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Klaus sabia que não havia como escapar das Escorpião-Aranha sem uma luta, mesmo com esses monstros lutando entre si para decidir qual deles mataria Therkara e ele.
"Kaizen, o que vamos fazer!? Parece que toda a família de aranhas resolveu aparecer, e elas estão se aproximando!" Therkara gritou com medo ao perceber que agora dez aranhas estavam os perseguindo.
"Eu te disse para não olhar para trás, cara! Continue correndo. Vou pensar em um jeito de nos tirar dessa!"
Analisando os arredores, Klaus notou apenas três maneiras de tentar resolver o problema deles.
O primeiro seria pular para o grande vão no meio da escadaria, que levava a uma queda livre de pelo menos sete metros até a próxima câmara. Havia uma chance de que o dano da queda fosse o suficiente para matá-los.
O segundo seria parar de correr para lutar contra os monstros. Esta era a opção mais arriscada na concepção de Klaus.
Finalmente, o terceiro seria continuar descendo as escadas até o final, mas ele sabia que provavelmente ainda precisaria lutar contra todas aquelas aranhas no próximo compartimento, se escolhesse essa opção.
'Merda, por mais que eu tente encontrar uma alternativa, não há nada que pareça ser um bom caminho... Espera, tem um jeito,' pensou Klaus.
Nesse momento, não importava o quanto o som dos passos das criaturas que os seguiam ficasse mais alto, Klaus raciocinava calmamente e se concentrava.
"Therkara, pule primeiro!" Ele gritou para a senhora.
"O quê? Pular? Mas é muito alto!"
"Rápido!"
A jovem olhou para o vão no centro da escadaria e hesitou naturalmente, mas ela já confiava em Klaus Park, então ela pulou.
Klaus nem sequer pensou muito e pulou logo após ela, e enquanto os dois caíam, ele usou <Telecinésia> para retirar três das quatro Flechas Huko da aljava em suas costas. Sabiamente, ele optou por não usar o arco naquele momento, pois o tempo era curto e o espaço ainda menor, então ele simplesmente arremessou as três flechas nas Escorpião-Aranha.
As três flechas voaram em sincronia, e como não foram disparadas pelo Arco Velho, dessa vez não dançaram no ar; elas simplesmente cortaram o ar produzindo um assobio mais alto.
*BOOOOOOM!
O impacto das flechas contra as dez criaturas que os perseguiam gerou uma forte onda capaz de sacudir as estruturas de toda a caverna, e o rugido dela ecoou até ao Bosque Nebuloso. Além disso, a onda de impacto parte das escadas e lançou os dois invasores do Covil das Aranhas com ainda mais força no próximo andar.
Depois de sentir uma dor enorme nas costas graças à forma como caiu, Klaus Park apenas não perdeu a consciência porque alguns sons o alertaram.
*Ping*
[Parabéns! Você subiu para o nível 2!]
*Ping*
[Parabéns! Você subiu para o nível 3!]
Embora a barra de HP de Klaus estivesse com menos de uma dúzia de pontos, ele viu ela se encher rapidamente de novo.
[Ao subir de nível, sua vida foi totalmente regenerada].
Com os olhos entreabertos, Klaus sorriu maliciosamente. No final, ele era a última pessoa que imaginava que sua ideia suicida realmente funcionaria, e nem mesmo em suas melhores previsões ele imaginou que as flechas que lançou realmente matariam todas aquelas aranhas.
"Hahahaha! Você quase nos matou!" Therkara declarou, já de pé com os braços cruzados.
Klaus sorriu brevemente, sacudiu a poeira das calças com tapinhas enquanto se levantava e então olhou para Therkara Pedraferro. De alguma forma, ela já estava de pé antes do novato sequer lembrar de verificar se ela estava bem, e para completar, ela não parecia ter sofrido nenhum arranhão.
"Você está bem?" Ela perguntou com uma expressão preocupada.
"Eu é que deveria perguntar isso. Você não se machucou?" Kalus perguntou.
"Não, estou bem. Muitas pessoas já caíram por essas escadarias enquanto transportavam materiais, mas ninguém nunca morreu, então eu não morreria tão facilmente, eu acho."
"Fico aliviado em ouvir isso. Bem, parece que consegui matar todas as Escorpião-Aranha que nos perseguiam. Será que tem monstros por aqui também?" Klaus levantou a questão e começou a olhar mais atentamente para o ambiente onde caíram.
Assim como o anterior, este novo lugar misturava a arquitetura rústica e cavernosa do hall de entrada. Também tinha novos elementos, como estalagmites pontiagudas gigantes e estalactites espalhadas por toda parte. Havia também ruínas de construções em tijolo de pedra, a maioria destruída pelo tempo. O local era vasto em todas as direções, mas entre o mar de estalagmites, havia vários caminhos rochosos a seguir. Alguns desses caminhos levavam aos edifícios mais significativos; outros estavam destruídos, caídos ou incompletos.
No chão, havia muitas poças de água, o que explicava o musgo rasteiro visível em cada edificação residual.
Além disso, não havia sinais de teias ou aranhas. As estalactites provavelmente eram a razão pela qual não havia esses monstros nessa região, pois seu movimento pelas paredes seria severamente prejudicado. Além disso, como a água estava no chão e as formações rochosas pontiagudas desta caverna eram proeminentes, a infiltração de água nesta câmara era recorrente.
Olhando para todo esse lugar, Klaus Park concluiu que escolheu não dizer nada para a jovem por enquanto.
Ele se virou para Therkara e perguntou:
"Para onde vamos daqui?"
A referida mestre-ferreira não respondeu à sua pergunta mas falou logo em seguida.
"Tudo aqui é tão tranquilo..."
Sem dúvida, todo esse ambiente parecia demasiado pacífico em comparação com a situação deles menos de dois minutos atrás.
Para Klaus, a quietude naquela caverna em ruínas seria quase aconchegante se não fosse assustadora. De fato, todo o visual do lugar tinha deixado Klaus com uma sensação desconfortável no peito. No entanto, para ele, esse sentimento não era semelhante ao medo ou nervosismo. Esse sentimento era diferente e inexplicável, uma mistura de nostalgia e medo, como se ele estivesse explorando o desconhecido com cada vez mais vividez.
"Sabe, Kaizen, tudo aqui costumava ser lindo. Onde aqui, no Jardim da Pureza, agora há estalagmites; costumava haver cristais azuis brilhantes, como os da entrada da vila."
No local em que estavam parados, ainda havia alguns cristais azuis maiores do que os da entrada da caverna, mas nem metade do brilho dos primeiros que viram. O tom desses era quase cinza, como se a luz deles tivesse sido extraída.
"Embora sejamos uma raça de ferreiros, a mineração também é uma etapa importante no processo de forjar uma boa arma, e um bom ferreiro deve cuidar das forjas das armas desde o momento em que o minério é extraído até que ele sabiamente escolha quem será o portador da arma." disse Therkara, olhando o recém-chegado nos olhos. "De qualquer forma, isso tudo é passado agora... Não consigo acreditar que a casa do meu povo, meu lar, se transformou nisso."
"Você ainda não se lembra do que aconteceu aqui ou por que acordou sozinha no meio da Floresta Encoberto completamente sozinha? Não quero ofender você, mas este lugar parece ter sido abandonado há dezenas de anos." Klaus falou enquanto desequipava o Arco Velho.
Therkara balançou a cabeça negando. "Sei como parece, mas não importa. Vou encontrar alguém do meu povo. A Forja Medular fica mais fundo na caverna. Se ainda houver alguém aqui, com certeza essa pessoa estará lá."
...
Editado por: DrHitsuji
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