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O Recomeço em um mundo de RPG

Sofrer por causa do erro de outras pessoas, isso resume bem a vida de um jovem garoto, mas mesmo com tudo e todos conspirando contra ele conseguiu sobreviver. Quem iria imaginar que alguém que sobreviveu a praticamente tudo morreria de um jeito tão normal, um dia quando estava em mais uma de suas fugas foi atropelado, morte instantânea, mas algo ainda tinha sido reservado para ele, isso era... uma segunda chance. Ele acorda em uma sala, com o auto intitulado deus estagiário, ele tem a escolha de recomeçar em um novo mundo, cheio de magia e coisas maravilhosas, mas que também irá trazer grandes perigos. Essa é uma história inspirada nos isekais japoneses, nosso protagonista viverá em um mundo de magia e monstros perigosos, conseguirá ele sobreviver nesse mundo assim como fazia em sua antiga vida? (Se bem que ele morreu). Isekai de acordo com a Wikipédia: Isekai (異世界 lit."mundo diferente") é um subgênero de light novels, mangás, animes e jogos eletrônicos de fantasia caracterizado por um protagonista normal (geralmente um habitante contemporâneo da Terra) sendo transportado ou preso em um universo paralelo.

RenCmps · แฟนตาซี
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60 Chs

Capítulo 18 - Primeira dungeon

— Hmm... — Alícia se senta passando a mão no rosto. — Ioan?

— Estou aqui — falo me aproximando dela.

Estava sentado com as costas no bote. Alícia se levanta e sai do barco. Mesmo ficando acordado a noite inteira nenhum monstro apareceu, fiquei atento com eles pela minha audição, aparentam estar reunidos em um único lugar. Explico isso para ela.

— Então deve ser uma dungeon — responde.

— Dungeon? — Isso me deixa um pouco animado.

Lucio havia me explicado que existem algumas pertos de cidades, normalmente eles tomam posse e usam como forma de treinar soldados, além de as conhecer de jogos. Não esperava encontrar uma dungeon inexplorada, isso pode ser bom de certa forma.

— Sim, locais onde nascem monstros. — Aparentemente ela acha que eu não conheço.

Apesar de saber do que se sabe ainda é bom saber mais sobre o senso comum deste mundo.

— As dungeons costumam ser muito perigosas? — pergunto.

— Depende — responde.

Ela está transmitindo um ar de confiança, talvez acredite que deu a melhor piada possível. Me sinto até meio mal, mas ela não poderia ser mais clara?!

— Normalmente as pessoas entram nelas? — pergunto.

— Algumas — responde estufando o peito.

Ela está muito feliz de estar sendo útil. Desisto, vou apenas aceitar. Me levanto, tenho que alongar um pouco.

— Ioan vai entrar na dungeon? — pergunta vindo para o meu lado.

— Acho que sim. — Estico meu braço para cima. — É uma boa oportunidade de aumentar meu nível.

— Alícia... — Ela imita os alongamentos. — Também quer.

— Tem certeza, será perigoso? — pergunto.

Ela tem uma forte magia, mas a sua baixa força física é algo preocupante. O que acontecerá se enfrentarmos alguém que me supera em velocidade? Iria conseguir protegê-la em meio ao combate.

— Mas... — Tento argumentar, mas sou cortado por ela.

— Ioan cuidará de Alícia e Alícia cuidará de Ioan. — Ela junta as mãos. — Parceiros.

Terei que aceitar, dependendo da situação posso correr com ela.

— Suba em minhas costas assim como antes, o terreno é muito irregular. — Me abaixo.

— Okay. — Ela sobe.

Entramos na floresta, até chegarmos no rio de ontem o caminho estava fácil, afinal, já havíamos aberto o caminho.

— Vamos beber um pouco de água, você deve estar com sede. — A coloco no chão.

Enquanto ela bebe me concentro em minha audição. Durante a noite a única coisa que poderia perceber é que vinha da floresta.

— Vou lutar enquanto você usa magias de longo alcance — falo.

— Alícia ficará de suporte, Ioan será a vanguarda. — Ela diz.

Termos parecido com os de jogos, até mesmo isso. Esses deuses com toda certeza são otakus. Enquanto penso nisso ouço o som de uma respiração de longe, logo em seguida os batimentos de seu coração.

— Achei.

Mais uma vez começamos a andar. Também pensei em uma forma de fugirmos, Alícia tem magia de terra, junto com a minha poderemos ter uma ótima válvula de escape.

— Se os monstros forem fortes demais iremos fugir — aviso. — Você consegue fazer um muro de terra quando isso acontecer?

— Alícia consegue.

De alguma forma sinto que se espírito se eleva, era quase como se ela estivesse pegando fogo, talvez esteja animada demais. Entramos um pouco mais na floresta, a maior dificuldade é cortar a mata, podíamos passar nos apertando e apenas desviando, mas não teríamos uma rota de fuga.

O som dos monstro vai aumentando quanto mais me aproximo. Depois de alguns minutos consigo ouvir passos, eram leves, pela quantidade eram três ao total, bípedes, provavelmente goblins. Lutei contra muitos quando estava subindo de nível, tenho confiança que ganharia facilmente. Apago minha presença o máximo possível e faço um sinal para que Alícia fique em silêncio, infelizmente não posso fazer nada para deixá-la mais escondida.

Assim como deduzi, eram três goblins, estão de costas para nós, alvos faceis, seus níveis são baixos provavelmente, afinal, não conseguiram nos notar. Em frente deles estava uma caverna, era relativamente grande, mas escondida embaixo das árvores, isso explica porque não conseguimos vê-la. Sinto presenças vindo lá de dentro, esta é a dungeon..

~360 xp~

Pelo xp que recebi eram todos de nível dois, goblins já não são um grande desafio, são pequenos e fracos, caso não estejam em grupo são derrotados facilmente. Me pergunto se isso muda com o aumento de nível, mas eles não iriam conseguir subir tanto assim, mas sinto que agora vou ter um oponente forte.

— Dentro da caverna... — falo. — Estou sentindo uma presença mais forte.

Coloco Alícia no chão, já concluir que não existem criaturas que oferecem muito perigo por aqui, além disso não corremos o risco de receber um ataque pelas costas, meus sentidos cuidarão disso.

— Assim como foi combinado — aviso.

Ela fica atrás de mim.

— Suporte. — Ela diz confiante.

Entramos na caverna devagar, é possível ver algumas ossadas nos cantos, pelo tamanho devem ser de goblins. A caverna estava escura, mas ainda consigo ver relativamente bem, Alícia por outro lado segura na barra de minha camisa.

— Pare — falo parando logo em seguida.

Consegui ver uma grande figura. Ele tinha quase três metros de altura, não sabia sua cor exata, porque estava escuro, mas parecia algo como verde escuro. Grandes presas, que um dia já foram brancas, saiam de sua boca, mesmo ela estando fechada, seu corpo era uma mistura de músculos e gordura. Não sei se consigo receber um ataque de frente.

— Um orc. — Alícia fala.

— Ele é bem feio — respondo.

— Sim. — Ela confirma.

Enquanto falávamos ele vem correndo para cima. Apesar de seu tamanho era bem rápido, mas se for só isso posso escapar. Pego Alícia no colo e corro para trás, vamos para o começo da caverna, aqui está muito escuro.

— Vou mostrar quem é feio. — Ele grita balançando algo grande em sua mão.

Não havia visto que ele estava com um porrete, provavelmente pegou do chão. Mais importante que isso, ele se ofendeu com o que eu disse?

— Ele fala nossa língua? — pergunto.

— Não — afirma Alícia. — Alícia não entende.

Uma língua que Alícia entenda e eu não. Os vampiros e humanos falam línguas diferentes, mas graças a deus nasci entendendo as duas, tanto há humano quanto as dos demônios, talvez seja isso... Mas de alguma forma sinto que é diferente. Quando chego no começo da caverna vejo novamente uma ossada. Aquela era a língua dos goblins.

— Isso é interessante, aprendi algo novo — falo sorrindo.

Coloco Alícia no chão.

— Se segure por enquanto, quero tentar derrotá-lo.

— Yep. — Ela dá uns passos para trás.

A caverna era mais longa do que me lembrava, mas mesmo assim ele chega logo em seguida. Agora estamos frente a frente. Ele segurava seu porrete para trás, deve estar esperando para fazer um grande ataque, mas não vou dar a oportunidade.

Acelero, uso toda a velocidade que tenho em sua direção. Estava com a adaga na cintura, primeiro quero tentar algo. Tento machucar seu braço usando minhas mãos, mas é impossível, sua pele é dura demais. Ele tenta me acertar com um golpe em arco, mas pulo para trás criando uma distância segura entre nós.

— É mais dura do que eu pensava — falo.

— Ponto fraco do orc é velocidade. — Alícia fala. — Ponto forte é a durabilidade. — Ela me explica.

— Sim... — Tiro a adaga da bainha. — Sou o pior inimigo que ele poderia lutar contra.

Vampiros são especializados em velocidade, é o meu maior status. Olho para adaga e em seguida em sua direção. Não poderei perfurá-lo com isso, mas...

Corro em sua direção, faço um pequeno corte em sua coxa direita. Ele tenta me acertar mais uma vez, mas desvio efetuando um corte em seu braço quando ele passa. A batalha entrou em um impasse. Sou muito rápido para ser atingido, o orc é muito forte para que consiga um golpe fatal. Em um minuto vários cortes pequenos o atinge, mas não parecem afetá-lo o bastante.

— Você é fraco demais. — Ele diz rindo.

— É o que veremos. — Levanto minha adaga até perto do meu rosto. — Careca.

O orc fica com raiva e tenta mais um ataque. Nesse momento passo minha língua no sangue que escorria pela adaga. Embora seja nojento beber o sangue desta coisa não há nada que eu possa fazer. O gosto, diferente do que esperava é delicioso, como uma ótima refeição.

Abaixo desviando de seu ataque.

— Vamos ver agora — falo correndo em sua direção.

Agora estou cinquenta por cento mais forte, minha velocidade também aumenta significamente. Não dou chance para ataque, acerto a adaga em sua mão que segurava o porrete. Diferente das outras vezes a adaga entra mais, isso faz com que solte sua arma, ele não será mais capaz de usar essa mão.

— O que você fez? — grita o Orc soltando um grande berro de dor.

Seu sangue respinga em minha mão, eu o limpo com minha língua. É realmente difícil parar depois que você começa, mas é bom deixar claro que não me orgulho disso.

Sem sua arma a batalha mudou totalmente. Era unilateral, ela não conseguia me acertar, mesmo tentando com todas suas forças, enquanto meus ataques faziam cada vez mais efeito, pelo jeito sua pele dura não é apenas natural, provavelmente era uma habilidade que vai perdendo o efeito com o tempo.

~Ganho de 675 xp~

Um orc é igual a cento e cinquenta xp por nível, este que derrotei tinha nível três, recebi quatrocentos e cinquenta, mais aumentou graças ao Boost de cinquenta por cento que recebi daquele deus.

— De alguma forma sinto que estou trapaceando — falo enquanto olho para aquele grande corpo no chão.

Esse é o primeiro monstro, sem ser goblins, que eu derroto. Realmente não gosto de lutar, mas a paz que sinto logo em seguida é realmente incrível. Embora que seja o invasor. Olho ao redor, os ossos de goblins que estavam por ali. É apenas natural, ele vencia os mais fracos, apenas acabou encontrando alguém mais forte.

Respiro fundo, foco em minha audição. Não há mais monstros por perto.

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