Eles estavam correndo, fugindo do seu próprio clã.
Como isso chegou a essa situação? Porque seu sangue estava tentando aprisionar seu próprio sangue? Toma não conseguia entender. Foda-se os Hyugas, Nós somos Chinoikes, não precisamos fazer igual!
Clandestinamente parte do clã Chinoike espacou de seu lar no país do relâmpago. Fugindo de um destino que para ele, era pior que a morte.
O clã Chinoike era um grande e influente por essas áreas, com uma repleta lista de clientes, ele faziam de tudo, espionagem, assassinato, chantagens, etc...Tudo o que ninjas decentes fariam, eles construíram uma reputação de sanguinários e implacáveis. Poucos clãs nessas terras do grande país do relâmpago ousaram ataca-los, claro que devido a sua força e também porque era um país com uma escassa quantidade de clãs.
Tudo começou quando o clã Yotsuki, um clã que eles sempre estavam em guerra a cada 5 anos, estava roubando seu Kekkei Genkai. Os membros do clã Chinoike estavam assustados com a ideia que seus inimigos poderiam mata-los usando seu próprio poder!
Incoformado, seu pai o líder da família, chamou ele e seu irmão mais velho e seu clã para uma reunião de emergência, juntos com os anciãos também. O que ele propôs o assombrava.
Kenji Chinoike com uma expressão severa disse " Como vocês sabem, nosso inimigos esta roubando nosso doujutsu, não só para vende-lo ao mercado negro, como também para usar-lo contra nós! Isso é inadmissível!" Seu pai golpeu com a mão na grande mesa que se estendia por quase toda a sala.
Toma concordava com seu pai, mas ele não conseguia pensar em uma solução para esse problema, por agora. Então ele perguntou:
"Mas pai o que faremos? Para de lutar? Nos esconder? Não importa onde vamos eles nos seguirão."
Seu pai que foi questionado não parecia nada contente, com raiva ele disse " Fugir? Como você ousa pensar nisso, estamos nesta terra há anos, não iremos mover nem uma passo sequer daqui!"
Toma baixou seus olhos e apertou seus punhos, qual era o problema de fugir? Ele nem pretendia fugir, ele só perguntou tentando entender as ações de seu pai.
Ele não conseguia entender porque seu clã era tão orgulhoso e nunca estivessem dispostos à ceder. Esse orgulho os levaria a destruição.
Seu pai olhou nos olhos de todos que estavam presentes, ele e seu irmão e todos os setes anciãos presentes.
"Eu contratei um meste de juinjutsu de um clã distante, do mesmo clã que os Hyuga chamaram um tempo atrás" disse ele com convicção como se ninguém pudesse fazer-lo mudar de idéia.
"Igual os Hyugas iremos seperar o clã em uma família principal e secundária"
Toma não podia acreditar nas palavras que saía na boca de seu pai.
Justo quando ele estava pensando sobre isso, seu pai virou-se para ele, e lhe disse " Você será o chefe da família secundária, você e sua esposa receberão o selo amaldiçoado e, é claro junto com seus filhos " seu pai manteve a mirada, esperando que ele o desafia-se.
Apertando os punhos até que saíssem sangue, surpreso, triste e decepcionado, mas ele não disse nada. Pois ele era leal ao clã Chinoike.
Os anciãos e seu irmão não disseram nada, como estivesse bem condenar e escravizar a metade da família como se não fosse absolutamente nada, como se lhes estivessem fazendo um favor.
Ainda quieto e atordoado ele nem notou quando seu irmão, pai e anciãos saíram da sala, deixando-o sozinho. Ele olhou para costas de seu pai que ficava cada vez mais longe e não pode deixar de pensar
Que tipo de homem faria isso com a própria família?
○●○●○●○●○●○●○●○●○●○●○
Os dias se passaram, a chegada do mestre kinjutsu cada dia estava mais próxima.
Os que não seriam marcados estavam indiferentes, apenas alguns se sentiram incomodados. Os que seriam marcado, principalmente segundos e terceiros filhos e praticamente quase todas as kunoichis, estavam visivelmente abalados. Mas as lealdade cega os fazia permanecer, pelo menos por enquanto.
Toma não conseguia olhar nos olhos de sua Esposa e nem de seus filhos, sabendo que estavam condenados a um futuro sem esperança. Onde gerações e gerações sofrerão o mesmo destino.
Aquela noite ele foi dormir cedo, quando acordou percebeu que sua esposa não estava na cama. Preocupado com Kimiko ele saiu procurando por ela. Não encontrando ele quase desistiu, mas de repende ele percebeu a luz de uma vela adentro do bosque ao redor. Decidindo investigar ele segui a luz e logo a frente dele escutou vozes.
"Amanhã de manhã iremos como planejado, você irá conosco certo Kimiko?" Pergunto uma voz feminina.
Ele podia ver Kimiko acenando com a cebeça. "Eu não condenarei meus filhos e nem os filhos deles" disse Kimiko baixo mas com firmeza.
"Quanto ao todos seremos?" Perguntou Kimiko
" De todos os 150 chinoike que serão marcados, mais de 80 conseguimos convencer a fugirem conosco." Disse a kunoichi.
"Não são todos, mas já é suficiente" disse Kimiko, assim a conversa se cerrou.
Kimiko se despediu da mulher, e voltava em direção ao quarto deles. Asim que ela entrou no quarto ele apareceu por de trás dela.
"Você esta planejando fugir mulher?" Perguntou Toma.
Kimiko não parecia surpresa, ela se virou e disse " Pelo meus filhos eu seria capaz de tudo"
Silêncio tomou conta da sala, Toma a encarava, lentamente ele se aproximou.
Seus braços a envolveram, ele sentia lágrimas caindo do seus olhos. Foi a segunda vez que ele chorou em toda sua vida, desde que sua mãe morreu.
"Desculpa, eu te decepcionei Kimiko" disse ele cabisbaixo.
Ela levantou a cabeça dele na altura do seus olhos e suavemente beijou seus lábios, ela murmurou em seus ouvidos " Eu sabia que você tomaria decisão correta, afinal você é o homem que eu escolhi"
Ele sorriu com as palavras dela.
Mentalmente ele se preparava para o amanhã, ele lutaria, pela sua família.