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Soltando a Fera

V se aproximava de casa, sua mente tramava um milhão de planos para se livrar de Gabriel mas nada lhe vinha à cabeça, ele estava prestes a desistir quando uma voz o chama.

-Ei gracinha!

Deitada sobre o galho de uma árvore estava Thereza, ela o olhava com um sorriso malicioso nos lábios, V rolou os olhos por de trás da máscara, ele tinha certeza de que se Astrid ouvisse a ruiva falar assim com ele, ela quebraria todos os ossos no corpo dela por ser tão ousada.

-Você esqueceu isso aqui.-Ela diz jogando um anel para ele.

Olhando mais de perto o anel era provavelmente de prata, além de ter uma jóia branca em cima, dentro dela havia um símbolo, uma aranha negra com uma marca branca de caveira em seu abdômen, a mesma marca que adornava Orenmir, o símbolo dos tecelões.

Thereza desce da árvore e lhe mostra sua mão, ela tinha um anel similar em seu indicador, o símbolo negro de uma cruz enfeitava a jóia branca nele,  V percebe tarde demais que ela vinha em sua direção, ele estava contra o tronco e a ruiva bloqueava a passagem com suas mãos apoiadas na árvore, bloqueando sua passagem.

-E aí, tá afim de tomar umas comigo?

Lá estava aquele sorriso irritante outra vez, V já tinha coisas demais para se preocupar, não tinha tempo para isso.

-De você eu só quero uma coisa: Distância.-Ele diz a atravessando e seguindo seu caminho.

-Ah qual é, já não basta o Gabriel? Relaxa gracinha, eu não mordo.-Ela teve a ousadia de o seguir, isso já o estava irritando.

-Meu nome é Ahzidal, e é melhor  começar a usá-lo, eu estou na frente da minha casa agora e a menos que queira explicar pra minha namorada o porquê de você estar dando em cima de mim, eu sugiro que vá embora.

Ele sequer a olhava enquanto falava, se fosse qualquer outra ele simplesmente lhe aplicaria um feitiço paralisante e seguiria seu caminho, mas Thereza era uma "colega de trabalho" agora, e mesmo que não fosse grande ameaça criar uma inimizade com ela poderia atrapalhá-lo.

-Ah relaxa, não vejo problemas em dividir.

Essa foi a gota d'água, mesmo não querendo fazer inimigos ele não precisava ouvir as coisas absurdas que saíam de sua boca, ele atravessa o chão e desaparece, deixando Thereza sozinha ali.

-Um dia você vai me querer.

A ruiva diz com um sorriso malicioso antes sair, depois de um dia agitado desses ela precisava de uma boa garrafa de cerveja.

Já dentro de casa V percebe que não teria um segundo para respirar naquele dia, Gabriel já o esperava sentado no sofá já com suas roupas costumeiras, ele dá uma rápida encarada antes de apontar para o sofá ao seu lado, V tira sua máscara e se senta ao seu lado.

-Então "Ahzidal", vai me dizer que porra você tá fazendo?

Finalmente, Gabriel finalmente mostra sua verdadeira face para V, sem fingimento, sem cerimônia, esse era ele, alguém agressivo e violento que usa uma máscara de filho bonzinho para esconder seu verdadeiro eu.

-Vou perguntar de novo, com mais clareza dessa vez...-Ele diz isso criando uma de suas espadas e a repousando sobre a coxa.-Que porra você tá fazendo!? O ataque dos Louva-Deuses foi uma coisa, você não tinha culpa, mas envolver minha irmã em algo tão perigoso é outra história!

V sentia a agressividade em sua voz, mas podia ver que ele se contia, se contia para não avançar, mesmo assim, decidiu dar-lhe outro motivo para não atacar, ele tira Orenmir das costas e a apóia sobre as pernas enquanto observava o casulo de seda envolvendo a lâmina.

De repente um riso, um riso alto de escárnio vindo do grisalho, a espada de água já não estava presente, apenas o mais puro desdém de seu riso.

-Acha mesmo que conseguiria levantar a espada antes que eu cortasse seu pescoço? Você pode até ter mais experiência em magia mais em combate físico eu acabaria com você.

Gabriel parecia ter se acalmado depois de rir um pouco e agora se divertia com a ingenuidade de seu cunhado, ele se levanta do sofá abruptamente, vai até a geladeira e a abre.

-Eu sei que você não necessariamente quis envolver minha irmã nisso tudo, ela mesma se envolveu, mas você também não fez nada pra impedir.

Ele diz voltando se virando com uma garrafa de cerveja na mão, a abre com os dentes e usa sua língua enorme para jogar a tampa fora antes de beber um gole.

-Nada que eu fizesse ou dissesse faria ela mudar de idéia, você sabe muito bem disso.

-Sim eu sei, por isso estamos tendo essa discussão, se for pra colocá-la em risco então é melhor que consiga protegê-la direito.-Ao invés de se sentar, ele se encosta no batente da porta e dá outro gole.

-O que quer dizer com isso?

-Depois da sua primeira missão você vai entender, quando termina-lá vou estar esperando no Central Park.

Após dizer isso, ele dá as costas e sai da casa, deixando V confuso, o que ele queria dizer com isso? Ou melhor, o que ele queria lhe mostrar? Como se fosse cronometrado, um trovão rasga o céu quando percebe que parada na porta estava Astrid, totalmente encharcada, uma tempestade começava a cair.

-Astrid?-Ela não o responde, sua cabeça continuava baixa.

V percebe que suas roupas tinham rasgos em vários lugares, e que estavam manchadas com sangue mas ela não aparentava ter nenhum ferimento, sua respiração era calma e ela permanecia ali, parada como uma estátua.

Pareceu terem se passado vários minutos até ela finalmente erguer o olhar, com os olhos tomados por um brilho azul e verde ela o olha antes de caminhar calmamente até ele, seu comportamento nada normal o assustava, o fazendo se inclinar cada vez mais no sofá, Astrid engatinhava até ele e ele se afastava até que não havia mais escapatória, o corpo enorme dela já estava sobre o seu.

-Astrid... O que você está fazendo?

Sua pergunta é recebida com silêncio, até que Astrid tira sua camisa expondo seus seios. Antes que V dissesse mais alguma coisa, sua boca é amordaçada pela mesma camisa que a grisalha tirou.

-Você fala demais...

Mais cedo...

Astrid caminhava calmamente em uma floresta afastada de Nova York, hoje seria seu primeiro dia de treino como uma "fera", como Verônica as chamava, ela não sabia o que esperar desse dia, mas por estar sentindo o cheiro de sangue por toda a floresta, sabia que não seria um treino normal.

Ela podia ouvir o som de passos vindo em sua direção, Verônica chegava jogando uma maçã para o alto e pegando com uma expressão de pura impaciência.

-Tá atrasada.-Ela diz dando uma mordida na maçã.

-É difícil chegar na hora certa quando eu tive que te procurar pela floresta.

-Não quero desculpas, quero que melhore, se ainda não tem os sentidos aguçados o bastante pra me achar rápido então venha com uma, duas ou até três horas de antecedência, eu mandei chegar em um horário e você respeitar ele, ou sofrerá as consequências.

O antebraço dela se enche de um pelo negro, suas unhas se tornam garras, sua mão se fecha sobre a maçã e com nenhum esforço, a maçã é esmagada. 

-Você seria ridicularizada em temiscira por não conseguir nem ao menos ser pontual.

Essa foi uma das coisas que Verônica contou apenas para Astrid, Temiscira é uma vila completamente isolada do resto do mundo, suas habitantes são formadas inteiramente por feras, a única ocasião onde MBS estão presentes é na famigerada "Temporada de Acasalamento" onde as feras que desejavam se tornar adultas deveriam raptar um MB de alguma cidade próxima para participar do "Ritual de Amadurecimento"(Que é só um nome chique para "orgia".) que acontece todas as noites na temporada de acasalamento, os MBS são liberados no outro dia após jurarem jamais contarem sobre a existência de Temiscira. 

Apenas as feras sabem da existência da vila, por isso apenas Astrid sabe dessa informação.

-Não estamos em Temiscira, você não tem como saber como elas tratam quem se atrasa.-Astrid respondeu emburrada.

-Não é sobre se atrasar, é sobre não cumprir as ordens de sua treinadora, uma fera tem que ser independente, mas também deve ter disciplina, ou acabará morta.-Ela diz pegando dois sacos de areia e os entregando a Astrid.

-Amarre nas pernas, essa é sua punição por chegar atrasada: Você os usará durante todo o treino.

-Ah qual é!-Astrid resmunga enquanto se sentava para amarrá-los.

-Se eu ouvir mais uma reclamação você vai usar é quatro.

Essas podiam não ser as palavras mais ameaçadoras que já ouviu, mas foram o bastante para calar Astrid, após terminar de amarrar os malditos sacos em suas pernas, ela segue Verônica floresta a dentro enquanto a ouvia falar.

-A parte básica de qualquer treino é o controle, não há poder que seja útil se não souber controlá-lo, então é o que vamos trabalhar nos primeiros treinos.

Astrid se sentia aliviada ao ouvir isso, não só aprenderia primeiro o que a mais preocupava como também tornaria seus poderes mais úteis.

-Mas não vai aprender a controlar tudo de uma vez, é impossível, vamos começar com algo mais simples: Transformação Parcial.

Ela para, e transforma apenas os seus antebraços, mostrando que era isso que ela queria dizer, transformar apenas parte do seu corpo.

-Eu espalhei alguns "alvos" pela floresta, você já deve ter sentido o cheiro deles.

Agora Astrid entendeu o motivo do cheiro de sangue, os "alvos" eram, na verdade, pessoas feridas tentando escapar da floresta, muito provavelmente eram El Clonado, já que Verônica as odiava.

-Vamos caçar juntas, eu vou assustar elas e você vai finalizar usando a transformação parcial, pronta?

Ela não dá a Astrid nenhum tempo para respirar e já pula no galho de uma árvore, por ter pesos em seus pés, a grisalha acaba ficando um pouco atrás, as duas pularam pelas árvores por alguns minutos até que o cheiro de sangue ficou mais forte, esse cheiro atiça algo em Astrid, ela sentia sua adrenalina subir cada vez mais quanto mais elas se aproximavam do alvo.

Até que as duas conseguem ver, uma mulher com um corte na perna esquerda que a fazia correr extremamente devagar, era uma presa fácil, como Verônica havia tramado, ela desce a frente da presa na forma de lobo rosnando e latindo ferozmente para ela.

O desespero toma conta e ela muda sua direção na tentativa desesperada de fugir mas já era tarde demais, Astrid cai a sua frente, suas pernas estavam transformadas até um pouco abaixo do joelho e com um único e forte chute na cabeça, ela manda a mulher voando até que sua cabeça vá de encontro a uma árvore, o som do impacto é alto, o crânio dela foi esmagado seu sangue agora manchava o grosso tronco da árvore

Verônica estava boquiaberta, ela achou que Astrid demoraria bem mais para aprender, ainda mais com dois pesados sacos de areia amarrados sobre as pernas, talvez ela tivesse a julgado mal.

-Bem... Ainda temos dois alvos pra caçar, vamos nessa.

E o processo se repete, as duas corriam atrás de outra El Clonado ferida, o cheiro forte de sangue atingiu suas narinas outra vez, a enchendo novamente com uma boa dose de adrenalina.

Verônica salta transformada a sua frente e quando a mulher se vira, é surpreendida por Astrid com seus antebraços transformados, sua mão agarrou o pescoço da mulher e ela a ergue sem dificuldade, as tentativas de luta de seu alvo eram fúteis, logo seus movimentos param com o som de seu pescoço sendo quebrado, seu corpo sem vida atinge a terra.

Verônica se aproxima mas decide parar, algo estava muito errado com Astrid, ela até tinha uma idéia do que fosse, mas precisaria confirmar suas suspeitas, as duas começam a caçar o último alvo sem trocar nem uma palavra, lá estavam elas outra vez, Verônica em sua forma de lobo rosnando para a El Clonado até que a grisalha cai atrás dela, suas pernas e braços estavam completamente transformados.

A mulher leva uma rasteira dela antes de sua cabeça empurrada por Astrid direto para o chão, não satisfeita, a grisalha agarra sua cabeça novamente e a bate no chão com força no chão mais três vezes antes de Verônica a parar segurando seus ombros, Astrid respirava pesadamente soltando alguns rosnados de vez em quando, suas roupas e mãos totalmente ensanguentadas.

-Astrid... Você...

Verônica dizia como se tentasse convencer a si mesma de que aquele não era o problema de verdade, mas não tinha dúvidas, seu nariz não a enganava, Astrid estava...

-Você tá no cio...

Verônica a solta e Astrid despenca perto do corpo sem vida da El Clonado, ela se sentia frustrada agora que a adrenalina da caçada tinha passado. Verônica já havia passado pelo o que ela passava, em humanas normais o período de ovulação é apenas um estado normal do corpo, mas nas feras ele se manifesta em um crescente aumento de líbido, e quanto mais suas vontades crescem, mas descontroladas e violentas elas ficam.

-A quanto tempo você tá assim?

-Sei lá, desde ontem, eu acho.

-Ainda bem, então não vai ser tão perigoso, você precisa aliviar o estresse.

-Não dá, posso acabar machucando ele.

Verônica conseguia sentir o cheiro do medo, ela sabia como Astrid se sentia, ela também já sentiu medo de si mesma, como se ela fosse um monstro que precisasse ser enjaulado, mas a grisalha não poderia treinar se ficasse daquele jeito.

-Quanto mais você se segurar mais violenta você vai ficar, vai chegar uma hora que toda frustração vai ser demais pra segurar, e aí sim você vai machucá-lo, você tem que fazer isso enquanto ainda tem um certo controle de si mesma.

Esse era seu medo, o medo de TER que fazer isso, mas agora ela sabia que não havia escolha, para seu próprio bem, e para o bem de V, só uma coisa poderia ser feita: Ela tinha que se entregar à tentação.

Foi aí que ela sentiu, sentiu que ELA tomaria conta, a pessoa que ela mais odiava, o monstro que a assombrava, que vivia dentro dela: A fera. Astrid perdia ali todo o senso de certo e errado, sua consciência dormia para dar espaço ao animal dentro dela.

Seus olhos já não eram mais seus, o brilho os tomava, o mesmo brilho de quando se transformou pela primeira vez, aquele brilho só indicava uma coisa: Ela havia perdido o controle. Um sorriso malicioso cresceu em seus lábios e ela se levantou já dando as costas.

-O treino de hoje foi bom, mas eu tenho um encontro com meu namorado agora.

Um trovão cortou o céu assim que saiu pela floresta, a chuva que caiu não a incomodava mais, Astrid começa a correr pela floresta até que se cansa de correr como uma humana e se transforma, correndo pela floresta em direção a casa de seus pais.

Tempo atual...

Os gemidos e suspiros do grisalho eram abafados pela camisa que Astrid usou para amordaçá-lo, ela atacava seu pescoço com beijos, chupões e leves mordidas enquanto suas mãos seguravam seus pulsos firmemente, mesmo sabendo que ele não fugiria, vê-lo impotente a excitava ainda mais.

-Vou tirar isso da sua boca se você prometer ficar quieto, tá bom?

V acena com a cabeça, ela tira a camisa e quando vê que ele estava prestes a dizer algo, rapidamente toma seus lábios e invade sua boca com voracidade, o ar faltou, e isso foi o bastante para que V a afastasse instintivamente.

-Podemos... Pelo menos ir... Pro seu quarto?-Ele dizia entre a respiração pesada e Astrid apenas rola os olhos em resposta.-Seus pais podem chegar a qualquer momento...

A preocupação em serem pegos arranca um sorriso perverso de seus lábios.

-Os coroas foram visitar um casal de amigos e só voltam mais tarde e meu irmão deve estar enchendo a cara em algum bar por aí, temos tempo pra transar em cada canto dessa casa se quisermos.-Ela já aproximava seus lábios dos dele novamente mas ele vira o rosto.

-Por favor?

Astrid amaldiçoou-se internamente por ser tão apaixonada por ele, ela solta um longo suspiro antes de se levantar e pegá-lo no colo como uma noiva e carregá-lo até seu quarto, chegando lá, ela o coloca no chão e se senta largada pela cama.

-Graças a você eu quase perdi o tesão, então você tem duas opções, ou tira a roupa você mesmo ou eu mesma tiro, mas aí não vou poder garantir que ela vai ficar intacta.

Sabendo que sua roupa era importante(e cara), V obviamente escolheu a primeira opção, começando pela capa, ele desabotoa os dois botões em cada lado e a deixa cair pelas costas, ele passa para a camisa e depois para a calça, ele estava completamente nú em frente a ela, com exceção de algo.

-Tenho quase certeza de que não transamos com seu exoesqueleto ativado, anda, quero ver sua pele, não essa armadura.

V suspira profundamente, isso era um detalhe importante dos tecelões e de outros insecter, o que eles chamam de "exoesqueleto" é, na verdade, uma armadura natural criada para proteger seus frágeis corpos, armadura essa que pode ser removida a vontade por eles, na primeira vez deles ele havia removido apenas parte de seu exoesqueleto, essa seria a primeira vez em muito tempo que ele deixaria seu corpo inteiro para fora.

Como se fossem um vaso quebrado, as partes da armadura caíram todas de uma vez, fazendo um som alto quando atingem o chão.

-Agora sim.

Astrid diz admirar o corpo de seu amado, mordendo o lábio inferior instintivamente ao vê-lo cobrir-se de vergonha, ela se sentia excitada outra vez, mas não queria terminar aquilo tão cedo.

-Por que não me ajuda com esses shorts?

Ela diz se sentando na beirada da cama, V hesita sentindo a vergonha o tomar, mas logo força seu corpo a se mexer, com as mãos trêmulas, ele puxa o short preto para baixo lentamente, ao chegar abaixo dos joelhos, Astrid se deita e levanta as pernas, dando-o total visão de sua intimidade. V sente seu rosto esquentar e desvia o olhar instantaneamente.

-Você sabe o que fazer, não é?

O rosto do grisalho se avermelha ainda mais, mas ele obedece, ele aproxima sua boca de sua intimidade, passando a língua lentamente por ela e arrancando um alto gemido da grisalha.

-Bom garoto...-Ela dizia em meio aos suspiros de prazer.

Quanto mais intensamente V a chupava, mais alto ela gemia e quanto mais Astrid gemia, mais ele intensificava os movimentos de sua língua. Ela agarra os cabelos brancos dele quando sente seu ápice chegando  e ele agarra suas pernas, como se ela fosse fugir de seu toque.

E é então que ela explode, soltando um alto gemido, arqueando a cabeça para trás, Astrid respirava ofegante até que seu olhar recai sobre o membro do grisalho, completamente ereto.

-V...

Astrid o chamava, seus olhos já não estavam mais brilhando, Astrid estava de volta ao controle, ela abria uma camisinha com os dentes, seu olhar transbordando com desejo, V tomou a camisinha com pressa e a colocou com mais pressa ainda, ele a penetra devagar e com cuidado no começo mas Astrid cruza as pernas sobre sua cintura, o obrigando a penetrá-la completamente e arrancando um alto gemido dos dois.

Astrid sente os quatro braços do grisalho a abraçarem apertado quando os movimentos de vai e vem começam, os dois não tiravam os olhos um do outro nem por um segundo e podiam sentir as respirações um do outro, a grisalha o puxa para um beijo intenso e cheio de paixão.

Os movimentos se intensificaram junto com os beijos, eles estavam mais colados do que nunca, seus corpos encharcados de suor, os gemidos dos dois sendo abafados pelo som da chuva, um trovão ecoa no exato momento em que os dois chegam ao ápice juntos e gemem intensamente. 

V colapsa em cima de Astrid, ele estava completamente exausto e lutava para se manter acordado. Astrid sorri, o trás junto ao seu corpo com o braço o fazendo dormir em seu peito.

-Descansa meu amor.-Ela sussurra após depositar um beijo em sua testa.

Seu sorriso cresce ainda mais ao vê-lo fechar os olhos e adormecer, mas ele logo morre ao se lembrar do que havia visto, olhando para um espelho a sua frente ela pode ver claramente: O brilho de um raio iluminou as marcas nas costas do grisalho, marcas enormes que só poderiam ser feitas por uma coisa: Chicotes.

Passando as mãos por elas, Astrid pôde sentir a dor que elas causavam à ele e ela sabia bem que as causaram: A Verônica original. Não sabia dos detalhes, só sabia que ela havia causado muita dor tanto à V quanto à Verônica e aquelas marcas eram prova disso. Perante a essa terrível realidade, Astrid toma uma decisão:

-Ela vai pagar caro por isso...-Ela sussurra antes de puxar a coberta por cima dos dois e apoiar sua cabeça na dele.