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16. What are you doing here?

— Eu só sei rir quando olho para o rosto da Ema! — Emeraude gargalhou, fazendo Audrey revirar os olhos e Ayla ficar lhe olhando. — Melhor festa!

— Oh, trouxa... — Audrey bateu no ombro esquerdo da latina, fazendo-a quase cair de costas para fora da cama.

— O que aconteceu?

Ayla não tinha recebido as notícias ainda pois, Emeraude dormiu na casa de Audrey e não haviam se falado ainda, pois era cedo para as duas realezas.

— Você não faz ideia!

— Não faço mesmo! Me conta logo! — Ayla pulou na cama animada, só não pulou em Emeraude pois não queria sujar o pijama da mesma.

— A Ema deu um beijão na Isa! — a latina abriu a boca em choque, Audrey revirou os olhos e Emeraude riu ainda mais. — Foi épico!

— Mas a Isa não é hétero?

— Ela diz que é, mas estava bêbada suficiente para ser qualquer coisa! — Audrey acrescentou, negando com a cabeça. Levantou-se da cama para ir ao banheiro. — Nem eu beijei a Ema...

— Aposto que queria... — Emeraude cantarolou, rindo, aconchegando na namorada.

— O quê? — Audrey questionou, virando-se para olhar as duas.

— Vai sujar seu pijama, Eme. — Ayla avisou, pois sabia o quanto Emeraude era chata sobre a sua roupa.

— Que sujar o que! Vem cá... — Emeraude beijou o rosto da namorada. — Estou tratando da minha doença...

— Foco aqui! Eu não quero beijar a Ema!

— Ah, então você entendeu! — Emeraude apontou, Audrey revirou os olhos. — E está mentindo para si mesma.

— Cala a boca dela, Ayla!

*****

— Ela é tão espontânea com o primo... — Audrey comentou, olhando Ema e Thomas fazendo poses para o fotógrafo. — Por que ela não consegue ser assim comigo?

— Eu não sei de nada! — Isa deu de ombros. — Estou aqui só porque sua mãe mandou...

— Não fala da espontaneidade dela, não é?! Na hora de beijar ela...

— Nem comece, Audrey Hamilton... — a baixinha falou sem paciência, antes mesmo da negra terminar. — Beijei mesmo pronto, não vou beijar mais e nem lembro como foi, eu estava bêbada.

— Okay, Isa. — Audrey grunhiu pelo tom bravo que Jenkins usou.

— Você deveria admitir que tem ciúmes dela, só pra constar.

— Eu não tenho...

— Vocês duas são idiotas igualmente... Não admitem uma para outra nada... — Isa se inclinou para perto de Audrey, olhando-a de perto. — E eu não sou uma pessoa muito paciente, só entendam isso.

— Isso foi uma ameaça? — Audrey questionou, olhando um pouco para baixo.

— Não, não ainda... — deu de ombros, com um ar risonho, afastando um pouco da negra. — Mas não estranhe quando ficarem presas em algum lugar e só saírem de lá quando admitirem uma para outra que se gostam.

— Você está mesmo me ameaçando, anã de jardim.

— Oh! Nossa me senti totalmente ofendida. — Fez uma falsa expressão de ofensa. — E quer pagar para ver minha não-ameaça?

— Sua família mexicana é de alguma gangue por acaso? De uma máfia? — Audrey desconversou.

— Você não gostaria de descobrir a resposta... — a resposta da loira fez a Hamilton arregalar os olhos. — Eu vou ali tentar fazer o Thomas me chamar para sair.

— Vai lá, mafiosa mexicana.

— Olha só para não dizer que sou ruim... Você está perdendo a oportunidade de dar uns beijos na Ema!

— Mas você não disse que não se lembrava... Vadia.

*****

— Olá, Timothy! — Ema cantou para o homem, que sorriu.

— Oi, EJ. — Ele ergueu uma das mãos para que ela batesse. — Pronta para o treino?

— Sim, mestre. — brincou. Audrey que vinha mais atrás, estranhou toda aquela simpática de Ema. Ela nos últimos tempo parecia um animal bravo, qualquer descuido era uma patada. — Estou animada para socar coisas hoje.

— Certo, vamos começar logo. — Timothy avisou. — Já pode ir colocando as luvas então.

— Ok, branquelo.

— Mas que intimidade, hein, vocês dois. — Audrey comentou, ácida. Ema se afastou indo pegar as luvas.

— O que eu posso fazer? E ela nem gostava de mim ao menos. — O homem deu de ombros, fingindo uma careta de convencido.

— Mentira, querido! — Ema parou para rebater. — Quem não ia com minha cara era você!

— Ela tem razão, Tim!

— Eu sempre tenho, baby! — Ema lançou uma piscadela para os dois.

*****

— Por que estão discutindo? — Timothy falou surpreso, ele tinha deixado as duas sozinhas há 10 minutos, achando que quando voltasse elas estariam resolvidas. — Mas vocês se amam, gente!

— Ela está sendo uma idiota comigo a semana inteira! — Audrey acusou. — Eu não sei o que...

— Eu não demoro, meninas. — Timothy falou, saindo logo dali para não ser intrometido.

Ele não queria ficar no meio de uma briga de casal, ainda mais do casal que tinha sua 'ex-affair' e a namorada legal dela.

— Audrey, não fode! Vamos parar de discutir...

— Não! — Audrey se inclinou para cima de Ema tentando fazê-la ficar acanhada. — Você ultimamente só vive sendo grosseira comigo e só comigo! Por quê?... Por que sou filha da senadora? Você não a idolatrava? Ou é pela minha cor? Deus, o que foi? Eu não entendo.

— Ficou louca foi? — Ema sacudiu levemente Audrey pelos ombros, fazendo dar alguns passos para trás.

— Você quem parece louca. — A negra acusou, tirando as luvas das mãos e jogando para os lados.

— É, sou uma louca mesmo! — Ema dessa vez foi quem se inclinou, tentando oprimir a outra com seu tamanho. Para que ela parasse de falar. Já não aguentava mais ficar agoniada com os seus sentimentos, e ainda mais eles saindo todos "atravessados", ao contrário. — Acho que devíamos parar com isso...

— Em primeira mão a briga do 'Shipp Emrey', pessoal! — as duas mulheres exaltadas se viraram para olhar para Davis que segurava seu celular.

— Só o que me faltava esse blogueiro de merda! — Ema grunhiu socando o saco de pancada atrás de Audrey.

— Calma, Ema...

— Vocês já vão terminar com esse marketing para arrecadar voto lésbico na campanha da mamãe Hamilton?

Nem uma das duas responderam, estavam chocadas com as palavras do homem. Não tinham certeza se ele sabia a verdade, mas desconfiava que era só um verde que ele estava jogando.

— Para começo de conversa... — Ema questionou, irritada demais para se conter. Ela só queria menos problemas e o que acontecia era totalmente o contrário. — O que você está fazendo aqui?