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05. Mystery.

— Funaki, larga de ser atrevida. — Ema chegou, falando. — Oh meu Deus, Isa?!

— Sim, mana, é ela!

— Você é maravilhosa! — Ema quase gritou, de tão animada.

Mas logo ficando vermelha, envergonhada quando olhou para Audrey que a olhava como se fosse um ET.

— Não sabia que era famosa!

— Nem eu, Audrey.

— Aqui em casa você é! — Funaki retrucou para a loira.

— Então, Ema...?

— Ah sim, senhorita Hamilton... Desculpa pelo surto. — Ema sorriu rapidamente para a garota, quase com ironia. — Vamos entrar?

— Nós vamos estudar na sua casa mesmo?

— Algum problema? — Ema perguntou, ficando vermelha.

"Essa mimada que não se atreva a falar da minha casa."

— Nenhum, eu acho — Audrey, sorriu. — Não quero te causar qualquer tipo de incômodo, é isso.

Isa olhou para Audrey, ela não era tão ruim assim, afinal.

— Não vai. — Ema retrucou. — Acho mais fácil a minha família te incomodar.

— Vinte três pessoas em uma casa causam um "pouco" de incômodo... — Funaki sorriu, presunçosa para Audrey.

A Griffin sabia que não devia esperar por Audrey lembrar-se dela, e que a mesma havia beijado-a de surpresa, mas vai que...

Seria uma bela ocasião parar puxar papo com a negra e tentar zoar ela por tudo que aconteceu enquanto estava drogada.

— Vinte três?

— Naah... Vinte três foi o nosso maior número... — Funaki respondeu, rindo. — Agora são só vinte e uma pessoas.

Ema riu vendo a cara de espanto de Audrey, afinal ela sempre viveu apenas com sua mãe e avó. Apesar de conhecer seu pai e suas duas irmãs, mas não conviver com eles diariamente.

— Uau, meninas! — Isa falou surpresa. — Vocês sabem o que é privacidade?

— Privacidade é quando você toma banho com mais duas ou três pessoas no banheiro?! — Funaki brincou, fazendo as duas outras arregalarem os olhos e sua irmã rir. — Foi brincadeira não chegamos a esse ponto... Apenas quando éramos crianças.

— Vamos entrar então. — Ema falou, cortando a brincadeira de sua irmã.

— Claro.

— Eu tenho que ir embora, meninas. — Isa sorriu simpática para as garotas.

— Ah! Mas já?!

— Sim, infelizmente. — respondeu. — Tenho algumas coisas para fazer.

— Mas você volta algum dia, não é?!

— Claro, Funaki.

— Não esqueça a minha camisa!

— Ok.

— Larga de ser pidona, parece filho de cego!

Isa riu enquanto caminhava pelo jardim dos Griffin.

— Isso é preconceito com os filhos de cegos, Ema! — Funaki defendeu. — Que feio.

— Mamãe que me ensinou essa frase idiota. — Retrucou. — Estou sendo preconceituosa mesmo, que horror.

Audrey teve que pigarrear para que as duas pararem a falação idiota.

As três entraram na casa. Funaki logo arrumou o que fazer. Ema e Audrey tentaram estudar ali mesmo, mas não foi uma boa ideia.

— Eu sei onde podemos estudar. — Audrey falou, e Ema quase pôde ver uma lâmpada acesa por cima da cabeça dela.

— Então partiu.

As duas saíram da casa e no quintal dos fundos avistaram a van de Ema e Funaki.

— Você tem uma van do Scooby Doo?!

— A van é da Mistério S.A. mas tudo bem... — Ema respondeu. — Pois é tenho.

— Você deve ser muito fã mesmo.

— Na verdade a van era do meu tio. — Ema respondeu, dando de ombros. — Ele morreu e deixou para Funaki e eu, no testamento.

— Ele morreu de quê? Resolvendo mistérios? — Audrey perguntou sarcástica e riu em seguida.

— Essa foi a melhor até agora. — Funaki apareceu atrás das duas. — Mas se você fizer uma piada da morte do nosso tio novamente, juro que dou na sua cara.

Audrey ficou assustada, Ema riu.

— A garota só te deu alguns selinhos, mana, não quer te comer!

— Selinhos?! Eu nunca nem vi ela na vid... Ah!

— Lembrou, não é?!

— Me desculpa, Funaki. — Audrey falou, sem graça e envergonhada. — Não sei o que deu em mim naquele dia.

— Drogas. — Ema concluiu.

— Alguém me drogou na festa?!

— Festa, nada disso... Foi no carro.

— Eu não me lembro de muita coisa depois de entrar no carro da namorada da Emeraude. — Audrey falou pensativa. — Foram elas?!

— Que esperta. — Ema murmurou.

— Vou matar as duas!

— Não vai não. — Ema logo denunciou. — Foi só a Emeraude a culpada.