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Capítulo 6

O que você está fazendo aqui? Por acaso está me vigiando?

Emma balbuciou, indo em direção à porta, mas foi interrompida por Patrick, que segurou seu braço, puxando-a com firmeza e delicadeza ao mesmo tempo.

— Claramente você não está bem. E não — não estou te vigiando. Estou apenas me divertindo.

Ele a encarou com intensidade, os olhos azuis mergulhados nos dela. Por um instante, Emma perdeu o ar — e o foco.

— Eu não preciso da sua ajuda. Agora, por favor, pode me soltar?

Patrick passou a língua pelos lábios, esboçando um sorriso de canto.

— Você claramente precisa sim. Vamos, vou te levar para casa... A não ser que prefira aquele cara ali.

Ele apontou discretamente para o homem que ainda a observava de longe. Emma franziu o cenho. Sabia que era mais seguro ir com Patrick, por mais estranho que isso parecesse.

— Ok. Você pode me levar... Mas se fizer alguma gracinha, eu te dou um soco.

Patrick soltou uma risada sincera e segurou suas mãos, guiando-a em direção ao carro.

— Eu acredito. Você parece ser bem forte.

— Não tenha dúvidas disso. — respondeu ela, revirando os olhos.

Dentro do carro, o silêncio entre eles não era desconfortável, mas sim denso. Patrick lançou um breve olhar para ela antes de dar partida. Alguns minutos se passaram até que estacionaram em frente ao prédio.

— Bom... Chegamos. — disse Emma, saindo do carro e caminhando até a porta.

Patrick a seguiu. Quando viu que ela procurava as chaves com certa dificuldade, aproximou-se.

— Acho que você precisa de ajuda. Me dá sua bolsa, eu procuro.

Sem esperar resposta, ele pegou a bolsa de Emma e começou a vasculhar calmamente. Ela o observava, com os pensamentos embaralhados. Por que ele estava sendo tão gentil? Mal a conhecia. Será que sabia o que Jackson havia feito? Estaria ali se desculpando por ele?

— Achei. Vamos entrar.

Emma assentiu e virou-se para entrar, mas o desequilíbrio da bebida ainda a acompanhava. Patrick, percebendo, não hesitou — a ergueu nos braços com facilidade.

— Talvez você precise de uma mãozinha... ou melhor, de dois braços.

Ela suspirou, encostando a cabeça em seu ombro. Fechou os olhos, vencida pelo cansaço e pela paz momentânea. Patrick a observou adormecer, e um sorriso brotou em seus lábios.

Com cuidado, entrou no apartamento, cruzou o corredor até o quarto e a deitou na cama. Quando se preparava para sair, sentiu uma mão agarrar a sua.

— Fica... Não me deixa sozinha.

Patrick congelou por um instante. A expressão de surpresa suavizou em algo mais profundo, quase protetor. Sentou-se ao lado dela... e deitou em seguida, mantendo-se próximo, mas respeitoso.

— Você não ficará sozinha nunca mais.

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CONTINUA...