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**Destino Cruel**

"Não são a carne e o sangue, mas o coração, que nos torna pais e filhos." — Friedrich Schiller

Após grande Guerra que resultou em um armistício entre os reinos do Continente Hartia, e acensão de um novo reino. Voltando ao reino ao sul, conhecido como Ashrose, havia um rei respeitado pelos reinos vizinhos e amado pelos seus súditos, Sebastian Von Ashrose, um homem que como sua família tinha a pele pálida, somada a olhos do azul mais claro possível e cabelos de tom loiro champanhe, o rei aguardava  ansiosamente em seu palácio a chegada de seu herdeiro.

Essa criança vinda da rainha Leonor D. Alder Von Ashrose, que de sua família herdara a pele em tom de oliva somada um belo par de olhos verde âmbar, cabelos negros e compridos e uma silhueta que daria inveja a muitas mulheres no continente, ela era também o grande amor da sua vida de vossa alteza o rei. Que naquela manhã entrara em trabalho de parto.

Mas antes que eles pudessem viver desse momento tão aguardado por ambos, é de bom tom lembrar que após anos tentando produzir um herdeiro, seis anos para ser exato, o rei e a rainha já estavam sem esperança.

Até que um dia foram pegos de surpresa pela gravidez de vossa alteza Leonor, no entanto devido ao tempo em que passaram tentando reter filhos sem resultado o rei havia sido orientado pelas outras coroas e outros membros da alta nobreza de Ashrose encontrar uma concubina para garantir a linhagem Ashrose.

O que resultou por fim em duas mulheres de duas famílias distintas da alta nobreza gerando herdeiros reais. A já conhecida Rainha Leonor D. Alder , anteriormente princesa de um reino portuário ao oeste D. Alder e Catherine Greenland, filha do Rei Yoshep Greenland, que reinava sobre outro território portuário ao oeste, e insistiu que Sebastian tivesse sua filha como concubina após os seus homens e ele mesmo terem abandonado seu posto durante a guerra contra os Whitefield. Como concubina não era uma posição honrosa para filha de um rei a alta nobreza de Ashrose concordou que aceitariam a proposta e impuseram ao rei, Sebastian a obrigação sobre sua linhagem.

Catherine como os membros de sua família também possuía a pele pálida, e cabelos de cor escarlate preso em um penteado com tranças e olhos de cor verde musgo. E Sebastian e Leonor haviam a conhecido brevemente durante os preparativos para guerra contra os Whitefields.

Com isso como a Rainha Eleonor já governava o país junto com o Rei Sebastian, para Catherine foi dado o título de Princesa consorte, em respeito a sua imagem, e a mesma obteve terras férteis é um templo ao sudoeste sob sua posse para cuidar dadas pelo Rei Sebastian. 

Ela deu à luz um bimestre antes da rainha consorte a primeira filha do Rei, Ameerah Greenland Von Ashrose, um bebê tão pálido quanto os pais que nascera com os cabelos loiros como os do pai, parecia saudável e o rei a amou assim que nasceu. Porém Sebastian nunca mais procurou a Catherine.

Assim decretando que os herdeiros reais deveriam viver no palácio principal junto com o rei, separando a pequena Ameerah, carinhosamente chamada de Amy de sua mãe Catherine que foi mandada para longe.

Na manhã que a Rainha Leonor entrou em trabalho de parto o dia amanheceu fechado, e do lado de fora raios e trovões ecoavam por todo reino. O que para alguns supersticiosos indicava a má sorte que antecede o mal. O rei que deveria está feliz como nunca, não conseguia deixa de ficar ansioso. E após andar em círculos em sua sala no palácio, decidiu pegar a pequena Amy nos braços procurando um ponto tranquilidade enquanto ouvia os gritos da rainha vindos do andar de cima.

Não conseguia deixar de ficar preocupado, então olhou para a pequena Amy em seus braços e disse:

-A sua mãe não gritou ou sofreu tanto assim... Deve haver algo errado! Você acha que eu devo ir checar a Leo?- Como carinhosamente chamava a Rainha Leonor, mas a criança permaneceu calada em seus braços e então ele continuou -Como você está quieta deve concordar comigo... Bem... Então vamos lá!-

E ainda com a bebê nos braços seguiu até o andar superior onde a Rainha dava a luz.

Quando já estava se aproximando do quarto, de repente todo o som sessou. Aparentemente os criados do lado de fora da porta também não entendiam o que tinha acontecido. O Rei não pode evitar colocou Amy no colo de uma das criadas e entrou no quarto.

Ao entrar ele se deparou com um lençol repleto de sangue, que julgando pelo balde ao lado com outros lençóis tão sujos de sangue quando o anterior, não era o primeiro ou último. Olhou para Leonor desacordada encima da cama e incrédulo perguntou para o médico real:

-O que aconteceu aqui? Por que A Rainha está daquela forma? - Antes de terminar de desenvolver as frases já havia desembainhado a espada que estava na cintura e a erguido na direção do médico real, que rapidamente disse:

-Nos fizemos o que poderíamos para salvar os dois- antes que pudesse terminar o Rei dei um passo à frente agora com com a espada encostando na garganta do médico real.

-Vossa alteza- disse o médico- a criança não estava na posição correta e apesar do esforço a rainha não conseguia dar a luz ao menino.- ele foi interrompido pelo rei que com os olhos cheios de ódio deu mais um passo para frente e completou:

-Menino? Como sabe se era um menino se a rainha não conseguiu dar a luz?- Nesse momento da sala ao lado outro médico real apareceu com uma criança, pálida de cabelos negros, um menino. O Rei piscou algumas vezes incrédulo, voltou seus olhos para o médico real e disse rispidamente:

-Explique-se!- Não parecia que ver a criança havia diminuído o ódio dentro do Rei, que mais parecia uma fera se aprontando para atacar! Então o médico real se apressou e começou a explicar:

-A rainha não poderia da a luz normalmente como a criança estava posicionada dentro de seu ventre! Eu falei isso para ela! Que ela poderia morrer, se continuasse! Mas então a ama da rainha- disse apontando para uma senhora parada de frente à janela do outro lado do quarto- aconselhou que ela tinha que dar um jeito e fazer o necessário para dar um filho ao Rei ou não teria cumprido seu papel como Rainha entregando assim mais poder na mão dos Greenland.

O rei parecia impaciente e olhava do corpo pálido da Rainha Leonor todo ensanguentado na cama para o médico real que rapidamente completou:

- A rainha me fez jurar! Jurar que era fiel a coroa e que a respeitava como minha regente, e eu claro assim o fiz, mas então ela pediu para salvar a criança independente- antes que ele pudesse terminar a frase o Rei rasgou a garganta do médico real.

Então se virou para o segundo médico que estava com a criança nos braços e disse:

-O que aconteceu depois? - Mesmo tremendo de medo o segundo médico explicou minuciosamente o que foi feito para salvar a vida da criança e que a rainha não conseguiu sobreviver a hemorragia. O rei se aproximou do segundo médico ainda com a espada na mão mas parou ao chegar perto, quando seus olhos se encontraram com os da criança. Quando estava pronto para falar algo do outro lado da sala alguém começa a falar:

-Recomponha-se! Você é o rei desse país e agora finalmente tem um sucessor que não tenha o sangue Greenland! Eu posso morrer aqui nesse quarto, mas o que me consola é saber que ela cumpriu o seu único dever como esposa! Agora volte a si e  honre a rainha agora falecida e anuncie a chegada do príncipe herdeiro!

Cada palavra dita friamente pela ama embrulhava o estômago do rei, ele estava desolado perdeu o amor de sua vida num cenário que mais parecia um conto de terror! E agora tinha que anunciar seu herdeiro coberto pelo sangue da pessoa que ele mais amou em sua vida! Olhou novamente para a criança que estava nos braços do segundo médico e friamente disse:

-Pois bem, bem vindo ao mundo Killian D. Alder Ashrose, "o cruel" que foi capaz de matar sua própria mãe para garantir seu direito a coroa! Espero que valha a pena! - Todos no recinto que ouviram o que o Rei disse ficaram perplexos, após terminar de falar o rei parecia arrependido mas seguiu até o cadáver da Rainha Leonor que estava deitado na cama deu-lhe um beijo na testa e disse:

-Perdoe me, por não ter deixado claro que você era mais importante para mim que qualquer descendente ou qualquer coisa nesse mundo! Espero que possa me perdoar do outro lado!

Carinhosamente ele fechou os olhos da Rainha que ainda estavam abertos, limpou o fio da espada em um pedaço tecido da cama e embainhou a espada novamente. Em seguida saiu do quarto calado, pegou a pequena Amy no colo e desceu as escadas.

Naquele momento burburinhos sobre o Rei não gostar do jovem príncipe começaram a tomar o recinto. Então a princesa Catherine que chegará tarde demais para o parto de Leonor vinda do sudoeste, entrou no recinto disse:

-Parem com todas essas fofocas levem o príncipe para o palácio do Príncipe Herdeiro! Limpem esse quarto e preparem a rainha para o funeral! Anunciem que a Rainha morreu dando a luz ao herdeiro do reino, um menino forte e saudável! E livrem-se dessa mulher, disse apontando para  a ama.

Ela parou um momento olhou o corpo morto da rainha e brevemente e continuou- Vamos comecem logo! - Ela então saiu do quarto.

Com o passar do tempo os boatos daquele dia, foram modificados pelas más línguas que diziam que o jovem Príncipe rasgou sua mãe de dentro para fora em seu nascimento, assim matando a Rainha. E que o Rei horrorizado com aquela situação o amaldiçoou e lhe deu o título de Killian "o cruel" Von Ashrose. Que mais tarde era chamado de o Cruel Von Ashrose.

Na infância o Príncipe herdeiro nunca foi próximo de seu pai, apesar do Rei ter se arrependido quase de imediato do fardo que lançou em seu filho, o filho que teve com sua amada. O Rei não conseguia olhar nos olhos de seu filho ou trocar poucas palavras com ele. E com o passar dos anos mesmo o jovem Príncipe sendo um gênio que se destacava em todas suas funções e hobbies escolhidos, nada parecia gerar comoção ao Rei.

O Príncipe  era um ótimo espadachim, até foi treinado pelo guarda pessoal do Rei, que outrora agiu como regente interino enquanto o rei estava na guerra contra os Whitefields. Guerra no qual conheceu sua amada Leonor.

Sir Willian Fairtower, que apesar da idade atual deve ter sido um homem muito bonito em sua juventude, com sua pele bronzeada e cabelos castanhos ondulados além de seus olhos azuis como o profundo oceano. Agora também era guarda do príncipe.

Sir Fairtower tinha três filhos com sua amada esposa Lady Hannah Fairtower, uma mulher que também deve ter sido ainda mais bonita na sua juventude com sua pele num tom quase dourado, completada com seus cabelos loiros como ouro e olhos castanhos.

Dos filhos de Sir Fairtower, vieram o gêmeos Edward e Alexander Fairtower, ambos são dois anos mais velhos que o Principe herdeiro que fez 8 anos recentemente, os gêmeos são praticamente idênticos com pele bronzeada, cabelos loiros e olhos tão azuis quanto os de seu pai, o que os diferencia é o fato que Alexander possui covinhas no rosto como sua mãe e Edward tem uma pequena pinta preta próxima ao olho esquerdo. Além dos gêmeos ainda tem a filha mais nova de Sir Fairtower, Kate Fairtower, que nasceu um ano após o príncipe herdeiro, ela tem a pele bronzeada, cabelos castanhos como de seu pai e olhos castanhos vindos de sua mãe tal como covinhas no rosto.

Essas três crianças são na realidade as únicas amigas do Príncipe Herdeiro em todo o reino. Claro também tem sua irmã lady Ameerah, mas a jovem princesa já havia demonstrado interesse em aprender sobre medicina anos antes e após muita insistência pedindo ao seu pai conseguiu ser enviada ao Norte do continente Hartia para o Reino Bluestorm, que além de grandes aliados do Reino de Ashrose também é um dos reinos mais avançados nos estudos de medicina.

Muitos disseram que uma jovem tão nova sozinha em outro reino e já iniciando os estudos em medicina era muito precoce mas o Rei manteve sua ordem.

No continente de Hartia é comum que ao fazer 10 anos de idade a criança escolha a área que deseja se especializar para dar início aos seus estudos direcionados. Os jovens Edward e Alexander decidiram seguir os passos do pai e começaram a se preparar para se tornarem cavaleiros reais. O que os fez ficar um pouco distante do Príncipe Herdeiro devido os treinamentos.

Mesmo com a companhia de Kate, e de seu treinador e guarda Sir Fairtower, o jovem príncipe se sentia muito sozinho e melancólico então passava boa parte do seu tempo livre lendo, livros de diferentes continentes. O Príncipe era um gênio afinal, então tinha certa facilidade para aprender outras línguas, mas o fato é que saber sobre esses outros continentes e sua cultura o fez ter curiosidade e desejo de sair desse reino o qual não era desejado e sim visto como mal agouro.

Foi então que o jovem Príncipe Killian, tramou escapar desse pesadelo. Se prepararia e diria ao rei que deseja estudar mais sobre Política e Comércio nos reinos do oeste, onde viviam seus tios, quando fizesse 10 anos e então entraria em um navio e fugiria de sua sina para outro continente. Onde finalmente poderia viver.

Killian passou a guardar ou penhorar presentes caros como abotoaduras de diamantes entre outros para garantir que teria dinheiro para recomeçar em outro continente. O segredo era manter pedras preciosas já que a moeda lá poderia ser diferente. Ele se esforçou e arquitetou pacientemente todo o plano durante 2 anos, afinal seu pai nem gostava dele, então não teria impedimento em o deixar estudar fora e morar com seus tios e aí estaria finalmente tudo pronto.

E então se passaram dois anos e agora o Príncipe herdeiro um jovem de 10 anos de idade, solicitou uma audiência com o Rei Sebastian Von Ashrose. Vestiu trajes formais com as cores azul e branco do reino Ashrose para que vossa alteza não se zangasse ao notar sua presença, já tinha o discurso pronto que fora ensaiado trocentas vezes antes. Então seguiu até a Sala do Trono Real.

Ao chegar lá as portas imensas de cor de ouro e os dois cavaleiros armados vestidos em tons prata e azul, sugeriram tanta imponência que Killian até fraquejou. Mas respirou fundo se recompôs e entrou na sala, sendo surpreendido por um aviso:

-Sua Alteza Real o Príncipe Herdeiro Killian D. Alder Von Ashrose! - Ele olhou atentamente para a figura que acabara de o anunciar com tanta força que parecia que sua vida dependia disso. Então finalmente olhou para frente e lá estava seu pai, ou melhor, o Rei Sebastian Von Ashrose sentado em um trono imenso e adornado de ouro e pedras preciosas.

Haviam outros dois tronos menores um pouco mais atrás do trono do Rei, em um deles estava a antiga Princesa consorte que agora era a nova Rainha consorte Catherina Greenland Von Ashrose. Killian então entrou calmamente, fez reverência e disse:

-Sua majestade real, Rei Ashrose! Sua majestade real Rainha Catherina! É um prazer vê-los. Peço desculpas por atrapalha-los de suas atividades! Como fiz 10 anos vim aqui para solicitar- Antes que ele pudesse completar seu discurso o Rei levantou a mão o interrompendo e falou:

-Ah, sim você fez 10 anos! Está na hora de começar os seus estudos para regente desse país! Pedirei que os tutores responsáveis se apresentem a você em breve. Estava ansioso para ver como você se sairia...

Disse o Rei Ashrose com um tom um pouco arrogante mas despreocupado. Apesar de não ter sido um ataque ou um insulto suas palavras pareciam ter ferido o jovem Killian, e seu estômago se revirava. Mesmo assim ele encontrou um pouco de coragem e completou:

-Vossa Majestade, na verdade eu pedi a audiência hoje para pedir ao senhor, Meu Rei! Que me permita partir para o reino D. Alder no oeste onde pretendo começar meus estudos em- mas uma vez o Rei o atrapalhou ficando de pé em frente ao trono e parecendo consternado, mesmo assim Killian completou: - desejo sair do Reino Ashrose e iniciar meus estudos no oeste de Hartia  em Política e Comércio, no reino dos meus tios! Já que ambos os três reinos de lá são os mais ricos do continente por sua eficiência em exportações e comércio! -Completou com pouca segurança em sua voz e observando o rosto pálido do Rei.

O rei dessa vez não o atrapalhou enquanto falava, e escutou tudo atentamente por um minuto ele ficou calado sem expressão, e no estante seguinte ele parecia contrariado e de certo modo com raiva ou rancor, então disse:

-Príncipe Killian, você não tem autorização de deixar esse reino! -Disse e logo sentou-se novamente em seu trono. Todos ao redor pareciam não entender os fatos que estavam  assistindo, Sir Fairtower que estava ao lado do  Rei olhou para o Rei com olhar preocupado e para o Príncipe Killian com um olhar cheio de amor e pesaroso. Mas o príncipe que se viu em um reino em que não era desejado e sem autorização para sair não mediu as palavras que disse a seguir:

-Olha, não vem com essa! -Todos inclusive o rei pararam em sobressalto então Killian continuou. - Eu sei o que falam de mim, que sou um monstro que matei minha mãe para ser herdeiro desse reino - Sir Fairtower fez sinal que iria intervir mas o Rei deu sinal que não o fizesse e Killian continuou. - O engraçado é que eu nem quero este  reino e queria ir embora pegar um navio sair desse continente e nunca mais ver você novamente, Vossa alteza! Finalmente eu iria sair da sua vista para que parasse de me olhar com esses olhos tristes que ficam te lembrando que eu matei a Rainha  Leonor! Não teria que ter nojo de si mesmo por ter que alimentar o demônio cruel que matou sua esposa! E você me vem com essa de que eu não tenho autorização de deixar esse reino? Não brinca comigo!!! Você me odeia tanto quanto eu não suporto você, então me deixe sair desse inferno! Ou sairei com ou sem sua autorização!

Disse o Príncipe Killian que apesar de ter apenas 10 anos proferiu todas essas duras palavras sem derramar uma lágrima se quer, na verdade com uma raiva pura em seu olhar. O Rei que passou todo o discurso calado olhando o filho dizer aquelas palavras tão desesperadamente parou por um estante olhando aquela criança.

Apesar de ter agora 10 anos de idade, Killian não tinha muito tipo era esguio e pálido como um morto, cabelos negros caídos sob os  olhos que eram de um azul claríssimo deixando claro ser filho de sua majestade. Algo em sua aparência também lembrava Leonor D. Alder. O que deixou o Rei com o estômago um pouco revirado e ressentido. Após analisar a criança que o olhava impetuosamente por um tempo um rei ficou de pé e começou a rir, ficou assim por um tempo e por fim disse:

-Então você quer sair desse inferno? Não diga tolices Príncipe Killian! Eu e você estamos presos a este trono e a esse reino! E você nunca vai conseguir fugir disso!- Após dizer essas palavras o rei voltou a gargalhar e se sentou novamente em seu trono então completou- Agora deixe de ser uma criança mimada volte para seus aposentos e espere a chegada dos tutores. - O rei terminou essas palavra de fez um gesto com a mão para que o príncipe se retirasse, mas Killian estava se sentindo confrontado e coberto de ódio, sentia que o Rei queria o manter por perto para poder o torturar até o dia de sua morte e se sentiu enojado, então engoliu esses sentimentos, arrumou sua postura e disse:

-Vossa majestade será como preferir! Mas não esqueça eu sou o príncipe Cruel que matou a mãe para herdar esse reino! Eu também posso querer me livrar de você e assumir Ashrose mais cedo! Afinal sou assim desde o meu nascimento, não? - Todos pareciam pálidos na sala do trono e os soldados atordoados pareciam aguardar um sinal do Rei para matar o Príncipe herdeiro bem ali, o Rei que antes estava rindo agora se tornou sério e olhou seu herdeiro que o olhava nos olhos com puro ódio e nem se surpreendeu quando Killian de repente fez sinal de reverência e disse: - Bem você já está avisado, agora vou me retirar para meus aposentos, como ordenou!

E então virou as costas para o Rei. Os guardas desembainharam as espadas e cercaram o príncipe. A segunda Rainha Consorte Greenland disse:

-Vossa alteza, todo esse tempo tem sido duro com ele tenha misericórdia!- Falou com a voz preocupada.

Já o Rei que até então estava apenas observando tudo e vendo seu filho de 10 anos que mesmo cercado por 6 guardas reais com suas espadas apontadas para seu pescoço permaneceu de costas para o rei sem dizer uma única palavra, finalmente riu novamente e disse:

-Então no final você me odeia tanto assim! Pois então garoto, aquele conhecido como "O cruel" que eu mesmo intitulei! Fique forte e tente me matar! Se conseguir você escolherá seu próprio destino, mas se falhar nunca terá como fugir do destino amaldiçoado que eu escolhi para você!

Ao terminar de dizer essas palavras todos na sala do trono se assustaram com a gargalhada do Rei, Sir Fairtower olhava para o Rei como se ele fosse um louco sem cura os demais guardas reais e cavaleiro na sala não sabiam como prosseguir e o jovem príncipe Killian se manteve de costas para o Rei, apertou o pulso e saiu da sala no trono. Nenhum guarda real ou Cavaleiro disse nada. Então o Rei falou:

-Bem, com esse espetáculo finalizamos a reunião de hoje estão dispensados todos! Sir Fairtower peço que me acompanhe até meu escritório pretendo conversar com você a sós!

Pouco a pouco a sala do trono foi esvaziando a Rainha consorte se dirigiu para seu palácio real e os guardas voltaram para seus postos tal como os cavaleiros se dirigiram aos campos de treinamento. No entanto o Rei Ashrose e Sir Fairtower seguiram para o escritório real.

Chegando lá, Sir Fairtower suspirou alto e colocou uma mão sobre sua cabeça e disse ao rei:

-Vossa alteza, o que pretendia com tudo isso? -Falou olhando para o Rei com uma cara preocupada.

-Bem, eu não queria que chegasse a esse ponto mas você viu o menino me odeia!- Disse o Rei com tom explicativo e debochado. Então Sir Fairtower completou:

-Ele tem 10 anos! Você deveria ter mantido a calma e falado apropriadamente com seu filho! - Mas o Rei o interrompeu e disse seriamente:

-Eu fiz como fiz justamente por que ele é meu filho, se ele tem minha personalidade ou da mãe dele é um teimoso sem cura! Tentar conversar não iria ajudar! -Disse o Rei enquanto abria um livro e começava folhear.

Então, já sem paciência Sir Fairtower disse:

-Vossa alteza, só consigo pensar que isso é culpa sua! Nunca tentou ter um relacionamento normal com o jovem príncipe e basicamente se cobriu de afazeres para fugir das obrigações de pai! Não é atoa que até a Princesa Ameerah mesmo tão jovem decidiu deixar esse reino! E olha que ela nem foi supostamente amaldiçoada como o senhor alega que fez com o príncipe Killian! O que esperava dele? Ele é uma criança!- Disse Sir Fairtower em um monólogo enquanto o  Rei o olhava calmamente, então o Rei disse:

-Sir Fairtower, o senhor é meu cavaleiro e guarda real, além de ser meu melhor amigo, basicamente meu irmão! Mas está sendo desrespeitoso! Sei que fui duro com o Killian mas esse reino não é um reino comum existem muitos inimigos dentro e fora desse castelo! E pequenos reinos vizinhos crescendo e querendo tomar nossas terras! Não posso me dá a permissão de criar um filho condescendente não se engane eu amo Killian afinal ele é a única coisa que resta da minha amada Leo, e sem dúvidas é uma das duas únicas coisas boas que fiz na vida! Mas preciso que ele seja responsável! Preciso que ele seja Killian o cruel, com esse título imponente sei que ele estará seguro!- Disse o Rei com um tom de voz pesaroso olhando para seu amigo e cavaleiro, então Sir Fairtower completou:

-Acredito que a segunda coisa boa que o senhor fez deva ser a Princesa Ameerah!- Falou com um tom brincalhão para quebrar o clima e então o Rei voltou a rir e disse:

-Sim, sim!

Enquanto isso o jovem príncipe Killian frustado devido sua conversa com o Rei Ashrose retornou para seus aposentos e ao contrário do que todos esperavam começou seus planos para fugir do castelo.