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Game Of Thrones: Jon Snow (Sage)

No vasto e perigoso mundo de Game of Thrones, um ano antes da misteriosa morte de Jon Arryn e dos eventos que desencadeariam a Guerra dos Tronos, Jon Snow enfrenta uma febre rara que quase o leva à morte. Porém, ao se recuperar, Jon desperta habilidades extraordinárias, que alterariam para sempre seu destino. Agora, ele caminha em direção ao seu destino, de se tornar o herói que irá derrotar o grande inimigo e que irá salvar o mundo. Enquanto muda o destino de milhões de pessoas e do mundo inteiro.

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12 Chs

Capítulo 11

Capítulo 11

 

As chamas finalmente haviam sido apagadas, e a vila, agora em silêncio, respirava um ar pesado de cansaço e alívio. Dentro da pequena taverna, o calor da lareira misturava-se ao cheiro de fumaça, e as sombras dançavam nas paredes de pedra enquanto Jon e Sam sentavam-se a uma mesa afastada. Ghost, sempre vigilante, estava deitado aos pés de Jon, seus olhos brilhando sob a luz fraca.

 

Jon tomou um gole de sua cerveja, deixando o líquido amargo escorrer por sua garganta enquanto seus olhos se fixavam na figura hesitante de Sam, sentado à sua frente. Sam mexia nervosamente no copo de madeira, sem dizer nada por um longo momento. Era evidente que ele tinha algo a dizer, algo que o atormentava.

 

Finalmente, com um suspiro pesado, Sam quebrou o silêncio. "Meu pai... ele nunca me quis em casa," começou, a voz baixa e carregada de tristeza. "Eu sempre fui uma decepção para ele. Desde pequeno, tudo que eu fazia parecia ser errado. Eu não era forte o suficiente, corajoso o suficiente. Nunca o bastante."

 

Jon ouviu em silêncio, mantendo os olhos atentos em Sam. Ele não precisava de palavras naquele momento, apenas de ouvidos.

 

Sam olhou para o líquido escuro em seu copo, a mão tremendo levemente enquanto continuava. "Ele me deu duas opções... Disse que eu deveria partir para a Muralha e juntar-me à Patrulha da Noite ou..." Sam parou por um momento, soltando uma risada amarga. "Ou ele mesmo cuidaria para que eu não fosse mais uma vergonha para a nossa família. Não disse isso com essas palavras, mas... Jon, eu sabia o que ele queria dizer."

 

Jon fechou os olhos por um breve segundo, deixando o silêncio cair entre eles. As palavras de Sam ecoavam em sua mente, ressoando de uma forma que ele não podia ignorar. A sensação de não pertencer... de ser uma sombra no lugar onde deveria estar seguro. Ele sabia como era.

 

"Ele te mandou para morrer," murmurou Jon, sua voz baixa, mas firme.

 

Sam assentiu, os olhos fixos no copo. "Sim. Ele nunca me quis como herdeiro. Para ele, eu era apenas um peso."

 

Jon ficou em silêncio por mais alguns momentos, deixando Sam processar as próprias palavras. "A Muralha," começou Jon lentamente, "é o destino de muitos que não têm escolha. Mas você tem, Sam." Ele fez uma pausa, olhando diretamente nos olhos do rapaz. "A verdade é que a Muralha não é mais o lugar honrado que um dia foi. Agora, é apenas um ninho de criminosos, ladrões e exilados, enviados para lá de todos os Sete Reinos. É uma prisão sem grades, para aqueles que o mundo quer esquecer."

 

Sam abaixou o olhar, apertando o copo nas mãos. Ele já sabia disso, mas ouvir de Jon tornava a realidade ainda mais cruel. "Mas o que mais eu posso fazer? Eu não sou como você, Jon. Eu não sou forte... nem corajoso. Nem mesmo meu pai acredita que eu tenho algum valor."

 

Jon assentiu, compreendendo o peso que Sam carregava. "Força não é o que define um homem, Sam. Nem a coragem. O que te define é o que você faz com as oportunidades que aparecem. E há um mundo lá fora, além de Westeros, que não se importa com o que seu pai pensa de você."

 

Sam ergueu o olhar, um lampejo de esperança cruzando seu rosto. "Você realmente acredita nisso?"

 

Jon deu um leve sorriso, mas havia seriedade em suas palavras. "Eu sei disso. É por isso que estou indo para Essos. E você também pode encontrar seu próprio caminho, longe das sombras que seu pai lançou sobre você."

 

Jon observou Sam por um instante, refletindo sobre tudo o que havia acontecido naquela noite. Ele se lembrou da cena do jovem tremendo diante do ladrão, com uma espada desajeitada nas mãos, mas com uma determinação que poucos teriam.

 

"Seja lá o que seu pai disse que você era ou não era, hoje eu vi quem você é de verdade, Sam," Jon disse, com firmeza. "Você defendeu aquela mulher e suas filhas, mesmo sem ter habilidade com a espada, mesmo sabendo que poderia morrer. Mas você fez isso. Isso exige coragem, e não é algo que qualquer homem faria."

 

Sam piscou, claramente tocado pelas palavras de Jon. Ele abriu a boca para falar, mas nada saiu. Em vez disso, ele olhou para baixo, mexendo as mãos nervosamente, como se estivesse tentando processar o que Jon havia dito.

 

O silêncio se estendeu por um momento, até que Jon, depois de pensar um pouco, disse: "Por que não vem comigo para Essos?"

 

Sam ergueu os olhos, completamente surpreso com a proposta. "Com você? Para Essos?" Ele gaguejou, incrédulo. "Mas... eu..."

 

Jon inclinou-se um pouco para frente, seus olhos fixos nos de Sam. "Sim. Quem sabe o que podemos encontrar lá? Novos começos. Você não precisa da Muralha, e não precisa viver sob a sombra do seu pai. Em Essos, você pode ser quem quiser ser, sem que ninguém te julgue."

 

Sam ainda parecia hesitante, suas mãos suadas trêmulas enquanto processava a oferta. Ele balançou a cabeça levemente, soltando um suspiro. "Eu não sei, Jon... Eu não sou como você. Não sou forte, nem habilidoso com a espada. Meu corpo... não consigo nem imaginar."

 

Jon soltou um leve sorriso, tranquilizando Sam. "Se seu corpo e sua falta de habilidades são seu medo, posso te ajudar a melhorar," disse Jon, com uma calma confiança. "Ninguém nasce sabendo lutar, Sam. E posso garantir que não vai ser fácil, mas posso te treinar. Em Essos, você terá a chance de ser mais do que imagina."

 

Sam olhou para Jon, seus olhos se enchendo de uma mistura de esperança e nervosismo. As palavras de Jon ressoaram nele de uma maneira que ele nunca havia sentido antes. Por um momento, a possibilidade de uma nova vida, longe do desprezo de seu pai e do fardo de suas falhas, parecia possível.

 

Samwell pareceu refletir por alguns instantes. Seus olhos vagaram pela sala, como se estivesse medindo as possibilidades que nunca antes ousara considerar. Por um momento, o silêncio entre ele e Jon foi preenchido apenas pelo estalar suave da lareira e pelos murmúrios distantes dos aldeões do lado de fora.

 

Então, com uma súbita determinação, Sam apertou o copo de madeira com as duas mãos, seus dedos se crispando ao redor dele. Quando finalmente levantou o olhar para Jon, seus olhos estavam resolutos, com uma força que até então parecia adormecida.

 

"Eu me decidi," disse ele, sua voz firme, apesar da emoção evidente. "Eu vou acompanhar você, Jon, seja lá para onde formos. Não quero mais viver na sombra do meu pai, não quero ser apenas o que ele diz que sou." Ele respirou fundo, sentindo o peso de suas palavras. "Quero me tornar alguém de quem eu possa me orgulhar. Alguém que vale alguma coisa."

 

Jon olhou para Sam com aprovação, um sorriso surgindo em seu rosto. Ele sabia o quão difícil era para Sam dar aquele passo, e havia um respeito crescente por aquele jovem que, apesar de todas as dúvidas, estava disposto a lutar pelo próprio destino.

 

"Então está decidido." Jon respondeu com um sorriso. "Bem-vindo a bordo, amigo."

 

Jon olhou para Sam com aprovação, um sorriso surgindo em seu rosto. Ele sabia o quão difícil era para Sam dar aquele passo, e havia um respeito crescente por aquele jovem que, apesar de todas as dúvidas, estava disposto a lutar pelo próprio destino.

 

"Então está decidido," Jon respondeu, estendendo a mão com firmeza. "Bem-vindo a bordo, amigo."

 

Sam olhou para a mão de Jon por um momento, e então a apertou com força. Havia uma nova determinação em seus olhos, um brilho que não estava lá antes. Talvez fosse o primeiro vislumbre de alguém que finalmente decidira trilhar seu próprio caminho, sem as correntes do passado.

 

...

 

O sol começava a despontar no horizonte, banhando a vila com uma luz suave e dourada. Jon ajeitou-se em seu cavalo, lançando um último olhar para os aldeões que se reuniam ao redor, agradecendo novamente por sua ajuda. Suas palavras de gratidão eram acompanhadas por sorrisos cansados, mas genuínos, ainda aliviados por terem superado o caos da noite anterior.

 

Perto de Ghost, algumas crianças riam enquanto acariciavam o lobo gigante. Apesar de seu tamanho imponente, Ghost estava tranquilo, os olhos fechados por breves instantes enquanto as pequenas mãos passavam por seu pelo branco. Ele parecia desfrutar da atenção, o que arrancava risadas discretas dos adultos que observavam à distância.

 

Jon, com um sorriso leve, balançou a cabeça ao ver a cena. Mesmo sendo um lobo temido, Ghost sabia como conquistar o coração dos inocentes.

 

Sam, por outro lado, lutava para subir em seu cavalo, desajeitado e sem a mesma facilidade que Jon demonstrava. Ele finalmente conseguiu se ajeitar na sela, embora sua postura ainda fosse um tanto rígida. "Eu vou me acostumar com isso... eventualmente," murmurou, tentando não parecer desconfortável.

 

Jon riu, puxando as rédeas de seu cavalo e olhando para Sam com uma expressão encorajadora. "Você vai se acostumar mais rápido do que pensa." Ele então ergueu o olhar para o horizonte e, com um sorriso determinado, disse: "Está na hora de partir."

 

Com um último aceno para os aldeões, o trio começou a se mover, Ghost caminhando silenciosamente ao lado dos cavalos enquanto Jon, Sam e o lobo seguiam em direção ao seu próximo destino: Porto Real.