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I hate U

Louis's P.O.V.

03:46 da madrugada.

Esse é o horário que está marcado no relógio, mas mesmo estando tão tarde (ou cedo, dependendo do ponto de vista) eu simplesmente não consigo dormir. Minha mente não descansa, não há um segundo sequer em que ela não esteja me lembrando de que há um... Ser... Dentro de mim.

Esse corpinho me incomoda profundamente, me agonia, e por mais que eu tente simplesmente fingir que ele não está aqui, as pessoas cismam em ficar o tempo todo falando dele. Além de que ele se mexe bastante, mesmo estando tão pequeno. É sempre bebê pra cá, bebê pra lá, e isso no colégio, em casa... Eu não aguento mais!

Decido tomar um banho quente para tentar relaxar, por mais que eu saiba que será impossível. Vou até o banheiro, tiro minhas roupas, peça por peça, e logo estou sentindo a água escorrer por todo o meu corpo, levando consigo um pouco do meu cansaço, da minha angústia e, principalmente, minhas lágrimas.

Será que eu estou exagerando?

Será que deveria estar feliz, assim como todos?

Se deveria... Por que não consigo me sentir assim? Por que não vejo felicidade alguma nisso?

Uma gravidez indesejada, uma gravidez que não era pra acontecer. Não era! Eu... Eu sou tão novo, não era pra ser assim! Eu não quero essa criança!

- Não quero... - Digo, mesmo que ninguém possa me ouvir.

Não é normal. Eu sei que não é. Uma gravidez é sempre motivo de extrema felicidade, eu mesmo ficava tão feliz quando recebia notícia de gravidez na família ou de amigos, e nunca achei nada mais bonito do que uma pequenina criança de bochechas rosadas ou cabelos cacheados. Mas agora eu simplesmente não consigo! Mesmo que todos estejam felizes e me apóiem, mesmo que todos queiram essa criança, eu não consigo!

Eu não consigo...

Mas também tem o Harry. Não sou apenas eu, também tem ele, e eu não posso ser egoísta a esse ponto. Eu não posso decepcioná-lo! Eu sinto vontade de tirar isso de mim, de impedir que essa coisa continue crescendo, mas não pretendo e não vou abortar... Não sou egoísta a esse ponto!

Eu vou suportar, só não sei até quando...

Por fim saio do banho. Meu quarto está com o aquecedor ligado, como hoje faz bastante frio. Saio do banheiro apenas em minhas boxers, e vou para a frente do grande espelho que há em meu armário. Passo a reparar em meu corpo e percebo que tudo parece ligeiramente maior. Meus quadris, minhas coxas, minha bunda, e principalmente minha barriga... Tudo está maior! Não chego a estar gordinho, mas mesmo assim, me incomoda. Por mais que eu seja bem resolvido com meu corpo e que não ligue para isso, me incomoda. Me incomoda por saber que é culpa dessa coisinha aqui dentro!

Passo minhas mãos sobre a barriga, sentindo uma pequena protuberância ali. Como se ele sentisse que estou estou o tocando, sinto uma pequena movimentação. Acabo sorrindo, mas em pura tristeza. Uma lágrima solitária escorre por meu rosto, algo que, por mais que eu tente, não consigo evitar...

- Eu... Eu odeio... Você! - Digo olhando para meu abdômen.

Eu odeio!

~*~

Harry's P.O.V.

Enquanto ando pelas ruas escuras e já desertas da grande Londres não consigo evitar que meus pensamentos voem até Louis, e também é inevitável pensar no quanto eu queria estar abraçado a ele neste momento.

Porém agora há algo mais importante a se fazer!

Hoje pela madrugada consegui contatar um informante que pode me dizer algo sobre o Ametista Negra e, obviamente, marquei um encontro com ele. Agora não deve passar das onze da noite, horário em que marcamos, e o horário que chego ao "ponto de encontro". Estou numa praça pública porém não há ninguém, nem jovens e nem adultos... A movimentação é mínima, quase inexistente, a não ser pelo homem que vem se aproximando em seus grande casaco preto. Deve ser ele!

- Styles? - Ele questiona assim que chega perto o suficiente.

- Eu mesmo. Você deve ser o Rogers, não? - Digo me levantando.

- Isso mesmo. - O ômega (sei que é ômega pois sinto cheiro de flores vindo de si) me lança um sorrizinho e estende uma de suas mãos, e eu o cumprimento. Nós nos sentamos novamente, e logo ele volta a falar. - Devo lhe avisar que não sei muito sobre o Ametista.

- Mas diga-me o que sabe! A vida do meu ômega depende disso!

- Tudo bem, tudo bem... Bom, o que sei sobre ele é que o cara é basicamente um fantasma e só quem já o viu foram os seus contratados, mas ninguém abre o bico. Mesmo se mantendo nas sombras alguns sabem que ele é um tipo de empresário ou magnata, já que o cara é cheio da grana, mas, surpreendentemente, é dinheiro "honesto" que ele não envolve em nada pesado. Vez ou outra algum assassino é contratado por ele, mas nada além disso.

- E onde eu posso achá-lo? - Pergunto, impaciente.

- Paris. Vá a Paris e você o encontrará!

(...)

Depois de um dia longo e cansativo, finalmente chego em casa. Durante todo o percurso vim pensando em meus próximos passos nessa caçada louca por um "fantasma", um anônimo filho da puta que não desiste de tentar matar meu Louis.

Nos últimos meses ele investiu incessantemente contra o mais novo dos Tomlinson-O'brien, mas eu, junto de Luke, Josh e seu pessoal conseguimos interceptar todos os "ataques". Foram algumas dezenas de vezes, e talvez uns doze assassinos de aluguel mortos tanto por minhas mãos quanto pelas dos meninos... Seria algo assustador, mas ele se esquece que eu sou Harry Edward Styles, simplesmente o melhor de todos os assassinos, e se depender de mim ele nunca terá Louis!

Abro a porta do apartamento que divido com Luke, e mal faço isso e já consigo ouvir um barulho alto vindo da televisão.

- Luke? - Por estar tudo escuro, eu pergunto.

- Estamos na sala. - "Estamos"?

Aspiro o ar do local e sinto um forte cheiro de petúnias. Sorrio. É Ashton que está com ele.

- Hey, Ash! - O menino me olha e sorri, e eu sorrio de volta.

- Tudo bom, Harry?

- Gente, eu quero ver o filme. - Luke reclama.

Hoje estou no clima para implicar com meu irmãozinho, e é isso que vou fazer.

- Então, Ashton... Vai dormir aqui hoje? - Ignoro Hemmings completamente, e sei o quanto isso o irrita.

- Não sei... - O cacheado para de falar quando o loiro faz "shhh", mas também o ignora. Parece que ele entrou na minha. - Eu pretendo voltar pra casa, mas está tão tarde, e a preguiça também não me ajuda.

- Cara, eu estou morrendo de cansaç...

- Então vá dormir, caralho! - Luke diz ríspido e eu, como sempre, rio. É fácil fazer esse loiro perder a paciência. - Tá bom, vocês querem conversar, então vamos conversar!

O mais novo desliga a TV e se ajeita no sofá de forma que possa ficar de frente pra mim e para Ashton, este que tenta a todo custo segurar a risada.

- Vamos. Conversem. - Ele diz.

- Não, eu vou dormir. Até mais meninos. - Me levanto e saio da sala. Luke me olha puto da vida, e isso me faz rir ainda mais.

- Que filho da puta! - O ouço dizer assim que chego ao meu quarto.

Fecho a porta do quarto e me apoio na mesma. Lentamente meu sorriso vai sumindo até, por fim, não existir nada além de cansaço em meu rosto. O cheiro de Ashton invade meu quarto e vem com força até minhas narinas, tão forte que só pode significar que ele entrou no heat. Sorrio por perceber que mesmo sem estar ligado a um ômega eu não perco o controle com um perfume forte.

- Parece que meu irmãozinho terá uma bela semana de diversão. - Gargalho sozinho, sorrindo ainda mais por lembrar de quando passei o heat de Louis com ele.

Louis...

- Eu o amo tanto que chega a doer! - Sussurro.

Hoje faz frio mas, graças ao meu gene "alfa", não sinto muito, então apenas tiro todas as minhas roupas, ficando apenas de cueca, e me jogo na cama.

Eu estou tão cansado...

Logo sinto minha consciência ir embora e minha mente escurecer...

~*~

Luke's P.O.V.

Droga, droga, droga...

Ashton entrou em seu heat!

Nós estávamos vendo filme quando ele começou a sentir dor, muita dor... E esse cheiro maravilhoso de petúnias que está me enlouquecendo de repente pareceu vir de toda parte. Tudo de repente, tão de repente que me deixou sem reação.

Eu não sei o que fazer!

- Lukey... - Ashton chora e geme de dor, se contorcendo e se esfregando contra o sofá. - Faz isso parar...

O que fazer? Não quero transar com ele sem seu consentimento, mas ele precisa de mim... Não quero que nossa primeira vez seja num heat, com ambos agindo puramente por instintos primitivos de lobos...

Mas ele precisa de mim!

- LUKE! - Ele grita e me olha com seus olhos negros cheios de lágrimas. Decido, finalmente, agir.

Pego o ômega no colo e ele automaticamente se agarra a mim, me abraçando com certo desespero. Acabo tendo que segurá-lo com minhas mãos em sua bunda e sinto sua lubrificação natural escorrer aos montes entre meus dedos. Confesso que isso me deixou extremamente excitado, assim como todo o resto dessa situação e de Ashton!

- Não acredito que aconteceu comigo o mesmo que aconteceu com o Harry. Agora só falta o Josh! - Ralho enquanto sigo o caminho até o meu quarto, isso com certa dificuldade, já que Ashton beija meu pescoço e me dá chupões a todo momento.

Já consigo me sentir perder os sentidos lentamente, esse cheiro está me deixando desnorteado e muito inebriado, quase como se fosse um tipo de entorpecente que mexe direto com sua mente. É tão maravilhosamente bom que eu posso me viciar facilmente!

Ashton estremece um pouco quando me ouve bater a porta do quarto, e mesmo não devendo acabo sorrindo por ver o quanto ele está vulnerável. Sua dor parece aumentar ao mesmo tempo que sua lubrificação escorre em maior quantidade... Isso parte meu coração! Se parte mais ainda quando o ponho na cama e ele volta correndo, desesperado, com os braços abertos e me chamando, como se eu fosse simplesmente largá-lo ali.

- Calma Ash, eu estou aqui. - Digo tirando suas roupas e, logo em seguida, as minhas.

Irwin choraminga coisas desconexas, e suspira quando toco sua coxa, já nua. Ele é tão lindo quanto em meus sonhos mais sujos! Chega a ser ridícula a forma como ele está me deixando excitado, e por mais que eu esteja tentando me manter no controle, a cada vez que ouço um "Luke" saindo de sua boca de forma tão impura e necessitada sinto meu corpo se arrepiar completamente.

Vou até a cabeceira ao lado da minha cama e tiro de lá uma camisinha. A ponho rapidamente. Sei que estou demorando demais, e para o cacheado isso deve estar sendo uma tortura!

- Pronto Ash... - Me deito por cima do ômega e começo a o penetrar lentamente. Sinto ele se arrepiar conforme vou entrando, e o ouço gemer de dor. Talvez eu seja grande demais pra ele... - Shh, calma, amor... Eu vou cuidar de você!

Mesmo estando sentindo um pouco de dor, o desespero de Ashton fala mais alto. Ele abraça minha cintura com suas pernas e me aperta até que eu esteja por completo dentro de si. Isso me faz gemer extremamente alto. Ele é apertado, e se não fosse por sua lubrificação seria muito difícil. Ele suspira em satisfação e relaxa um pouco. Calmamente começo a fazer movimentos firmes de vai e vem, tentando, ainda, me manter no controle e não deixar meus instintos me levarem. Sei que para ele isso é impossível, Ashton agora é puro instinto animal, mas eu quero aproveitar ao máximo essa longa semana que está por vir.

- Está gostando, Ash? - Pergunto.

- Mais... M-Mais... - O mais velho tenta falar mas não consegue, parece perdido demais pra raciocinar.

- Mais o que, amor? - Diminuo gradativamente o ritmo de minhas estocadas e recebo um gemido em reprovação.

Ashton abre os olhos e me encara, seu olhar já perdeu o tom castanho esverdeado costumeiro, agora completamente negro. Sinto seus olhos puxarem os meus. Sinto quando minha consciência se esvai junto com a dele. Sinto meus olhos ficarem tão negros quanto os seus, e junto com eles veio a falta da razão.

- Mais rápido, Luke!

Começo a estocar mais rápido. Mais fundo. Mais forte. Me sinto entrar em êxtase. É quase como se meu corpo estivesse aqui mas meu espírito em outro lugar. Eu nunca havia me sentido assim, nunca perdi meus sentidos dessa forma. Eu nunca perdi o controle. Mas com Ashton eu simplesmente não pude evitar.

A cada vez que sinto meu pau sair e logo depois entrar nele é como se ondas de prazer se espalhassem por todo o meu corpo, e a imagem dele com sua cabeça jogada pra trás, boca vermelha por tanto morder, rosto banhado em suor e meu nome saindo de sua garganta em formas de gemido, quase como uma linda melodia, tudo de forma tão bela e quase divina... Tudo isso me deixa ainda mais excitado e fora de mim. Tudo o que vem a mente é Ashton, sexo e como preciso foder Ashton!

- Ah... Lukey...

Desta vez sinto minha gengiva coçar, e ao passar a língua percebo que minhas presas cresceram. Eu sei que isso só acontece quando ambos, ômega e alfa, sentem que estão prontos pra criar um laço de alma através da mordida. Ashton expõe seu pescoço para mim e tudo o que tenho vontade de fazer é mordê-lo para torná-lo meu logo de uma vez, porém não o faço.

Começo a masturbar o cacheado no mesmo ritmo em que estoco, já posso sentir meu orgasmo próximo.

- Ash, eu... Ah, meu Deus... - Por fim eu gozo na camisinha, e ele vem logo em seguida por minha mão, sujando nossas barrigas.

Saio de dentro de Ashton com facilidade, surpreendentemente não ficamos presos como deveríamos, e isso só pode significar que ainda não acabou! Em questão de segundos a lubrificação do mais velho volta a escorrer novamente, e quase tão rápido quanto ele, eu volto a me sentir pegando fogo em completa excitação.

- Fica de quatro, Ashton! - Meu pedido sai quase como uma ordem, e ele obedece sem pestanejar.

O ômega fica na posição em que mando, empinando bem sua bunda, deixando sua bela entrada completamente exposta pra mim. Confesso que é uma belíssima visão!

- Você é tão lindo... Tão gostoso! - Inclino meu corpo sobre o seu, colando meu peito em suas costas, apenas para que eu possa sussurrar em seu ouvido. Ele não me responde, e na verdade nem espero que o faça.

Irwin passa a rebolar quando sente meu pau encostar em sua coxa. Me levanto e me ponho de joelhos atrás dele, me encaixando e penetrando sem nenhuma dificuldade. "Tão bom, tão quente e apertado..." é tudo o que consigo pensar.

- Eu vou fazer tão bem pra você...

Seguro o outro com firmeza em sua cintura, estocando com certa velocidade. Gemidos cortados saem de minha garganta quase como pequenos rosnados. É tudo tão bom, tão intenso, tão primitivo... Eu nunca havia feito sexo assim com um ômega, nunca havia me sentido assim, nada nunca foi assim! Novamente minhas presas surgem, e a vontade de morder Ashton luta pra me controlar.

- Por que eu sinto tanta vontade de te marcar, ômega? Por que tenho tanta vontade de te tornar meu para sempre? - Não resisto e puxo seus cabelos, não a ponto de machucar, apenas para que possa o deixar ainda mais empinado para mim.

Beijo o cacheado de forma desajeitada, por conta de nossa posição, mas isso é o que menos nos importa agora. O beijo com voracidade, com desejo, fazendo questão de sentir e apreciar cada instante disso, apreciar sua boca colada a minha, apreciar nossos corpos se chocando em constante movimento, o suor escorrendo por conta do calor que se formou entre nós. Ashton me olha com os mesmos olhos negros de antes, se é que em algum instante eles voltaram ao normal, e eu me perco em seu olhar intenso e voraz. É quase como se a escuridão de seus olhos levasse para dentro de si toda a minha sanidade!

Mais algumas estocadas, sempre fundas, precisas, fortes e incessantes, e novamente nós dois chegamos a nossos ápices. Sinto quando meu membro incha, se prendendo às paredes de Ashton, este que reclama pela dor, mas faço de tudo para distraí-lo. Beijo seu rosto, beijo seus maravilhosos lábios, acaricio sua pele e o digo o quanto o acho maravilhoso. Em alguns minutos finalmente nos desprendemos e caímos na cama, exaustos. Ashton engatinha até mim e se deita sobre meu peito, enquanto o puxo para perto de mim. Logo o garoto cai no sono e eu sorrio.

- Eu acho que estou apaixonado por você, Ash... - Digo, mesmo que ele não possa me ouvir.

Logo também caio no sono, sorrindo ao pensar em como essa semana com Ashton será louca...