No início de maio de 1946, surgiram na Terra portais e começaram a sair monstros desses portais, causando a destruição do planeta. Com isso, os humanos começaram a ganhar poderes e o primeiro herói da Terra surgiu.
97 anos no futuro:
— Você nunca vai conseguir me derrotar.
— Isso é o que veremos.
20 anos antes:
Num mundo onde todos nascem com poderes, surgiu um menino que aparentemente carecia desse dom – ao menos, era o consenso geral.
— É um menino, qual será o nome dele?
— Será Olabe, Olabe Del Arco.
7 anos depois:
— Você nunca vai ser um caçador, seu verme sem magia.
— Deixe ele aí, esse fracassado.
— Eu vou ser o maior caçador de todos.
Eles começaram a rir da seriedade das palavras, acharam graça que Olabe realmente acreditava nessas palavras.
— Apenas nos seus sonhos, fracassado.
— Espere e veja, Adam.
Eles saem debochando do garoto, porque na percepção deles, aquele sonho continuaria sendo apenas um sonho.
Ao longe, Olabe começa a ouvir uma voz mais do que conhecida por ele se aproximando.
— Maninho! Maninho!
— O que foi, Lisa?
— Papai está te chamando, ele quer conversar com você.
— Sobre o que é? - Estava realmente curioso para saber sobre o que seu pai queria lhe falar, visto que raramente o homem o chamava para conversar.
— E eu lá vou saber, ele só pediu para eu te chamar porque quer conversar algo sério com você.
"O que será que ele quer conversar tão sério comigo?"
— Já estou indo. - Avisou vendo Lisa já se distanciando aos poucos.
[...]
— Eu não concordo com ele viajar por 3 anos. – Marina fala com um certo tom de preocupação, por ter seu filho longe por 3 anos.
— Mas virar espadachim é a única solução que ele tem, já que não tem magia. – Jorge falava calmamente para que sua esposa entendesse a situação.
Os dois param de falar imediatamente assim que escutam passos se aproximando.
— Papai? O que o senhor quer falar comigo?
— Arrume as malas, você vai para o sul do país treinar para ser um espadachim. Este é meu amigo, ele será seu professor.
Só quando seu pai mencionou o homem (até então desconhecido por si) é que foi perceber naquele minúsculo cômodo.
— Quem é você? – perguntou para o homem a quem não fazia ideia de quem era.
— Me chamo Luiz, e como seu pai disse, serei seu professor de agora em diante, garoto. — Disse o homem com cabelos grisalhos e que aparentava ser muito, muito velho.
— Então vou ser treinado por um velhote?
— Olá, — sua mãe o repreendeu pelo modo nada educado de se tratar com Luiz.
— Oh, não, tudo bem Marina. Não me importo de ser chamado assim. — Falou, realmente não se importando muito com o jeito nada respeitoso com que foi tratado.
— Bom, tudo bem, então vou ir arrumar as minhas coisas.
De todo modo, Olabe achava que não ia ser tão ruim assim treinar com Luiz.
[...]
— Finalmente chegamos, não aguentava mais ficar sentado nessa coisa velha.
Luiz ri de Olabe. — Você é hilário, garoto.
— Mas eu não falei nada de engraçado. Vamos treinar. – Realmente achava que Luiz não batia bem da cabeça.
— Vamos descansar primeiro, garoto.
Luiz encosta no ombro de Olabe e começa a guiá-lo para uma casa perto de onde estão.
A casa não era lá essas coisas, era uma casa simples, mas bem cuidada, tanto por fora quanto por dentro.