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DC: The Prince Of The Underworld (PT-BR)

Reborn, without even a family to protect him, being adopted by a criminal. and being forced to steal to survive in the most dangerous city in the world. That's how his story started, but it was only the beginning, soon he was trained by the greatest heroine on Earth, and becoming a hero, and a man worthy of his name and her parents. That is his story. OBS: History in Portuguese of Brazil. Se vocês quiserem e gostaram do trabalho do autor, podem dar uma ajuda, vou colocar o e-mail do meu PIX abaixo. PIX: gabrielhenrique059@hotmail.com Nome: Gabriel Henrique B de F

LordVoid · อะนิเมะ&มังงะ
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139 Chs

Bem-Vindo a Gotham.

"Levantassem logo, seus moleques!"

Grita um homem com uma voz nada gentil me arrancando dos meus sonhos. Talvez eu estivesse sonhando, quem sabe, nunca consegue me lembrar de nem um deles desde que reencarnei.

Levanto-me da minha pequena cama retirando o coberto do meu corpo. Meu local de descanso era uma cama antiga de madeira com um colchão velho e encardido, com um travesseiro tão duro, que seria mais confortável usar uma pedra para dormir. Como sempre, sou o primeiro a me levantar, as outras crianças dormindo em camas enfileiradas como a minha ainda lutam para se levantar. Não importa, eles vão ser acordados "gentilmente" pelos garotos mais velhos daqui a pouco, um evento que me incentivou muito a acorda imediatamente depois do primeiro chamado.

Saio do quarto velho atravessando o pequeno espaço disponível entre as camas, faz nove anos desde que nasce nesse mundo, no início eu não possuía minhas memórias da minha vida passada, mas quando eu completei quatro anos, eu comecei a lembrar, achei que estava ficando maluco, ou sonhando, mas o tempo passou, e finalmente quando completei sete anos, minhas memórias voltaram totalmente. Na verdade, seria melhor dizer que parte delas voltaram, coisas importantes estão faltando, como o meu nome da minha vida passada ou o que eu trabalhava, minha família, assim por diante. fatos da minha vida comum estavam bloqueados, mas eu não podia reclamar, as memórias que recebe possuíam o conhecimento acadêmico e da vida em geral, e o mais importante, o conhecimento sobre o mundo em que eu estava.

Eu não era um estudioso na minha vida passada, não sei se me formei na faculdade, mas pelo conhecimento que eu tenho sobre um pouco da história da arquitetura, talvez era um estudante de arquitetura. Só isso já me põem na frente de todas as crianças no orfanato, isso não quer dizer que eu me tornei um gênio, minha velocidade de aprendizado ainda é bastante comum.

E estou incapacitado de ir até uma biblioteca no momento para adquirir mais conhecimento.

Quando eu saio do quarto, ando até o banheiro, era um banheiro para todas as trinta crianças, e de se esperar que seria uma bagunça total, como tudo nesse local caindo em pedaços. Após escovar os dentes o mais rápido que posso, lavo meu rosto e olho para o espelho.

Esse novo corpo é jovem, com bochechas fofas e um cabelo curto preto igual meus olhos, eu era um muito magro, graças a alimentação desse lugar. Eu não era lindo de morrer, mas também não era feito.

Então dou meio volta até a saída enquanto as primeiras crianças do meu quarto entram no banheiro, vou até o refeitório e pego meu café da manhã, uma tigela de mingau com um pão seco e água. Não fico para comer em uma das mesas que estão começando a ser ocupadas, em vez disso, vou na direção da escada que leva até o teto do local fazendo o possível para evitar os garotos mais velhos que estão sempre muito animados para encontrar uma desculpa para me dar uma lição.

O teto do orfanato era um local calmo para se comer, paz é algo que eu aprecio muito.

"Hahaha!" Rio sem querer, sempre rio quando associo paz a essa cidade.

Vou até à borda o muro do teto e me sento numa cadeira velha colocando o meu prato com minha comida sobre minhas coxas, aqui posso comer em paz em frente da bela vista da cidade que é considera uma das mais perigosas do mundo.

"Bom dia Gotham!" digo sorrindo para esse local amaldiçoado.

Estamos num local relativamente distante do centro de Gotham, a visão na minha frente é de vários prédios tomados de escuridão e nevoa. O som da cidade é uma sinfonia de sirenes de polícia, bombeiros e ambulâncias. E como sempre, mesmo sendo de dia, a escuridão domina o local, as nuvens dessa maldita cidade são tão densas que ter um dia de sol é uma raridade. A arquitetura de Gotham também não ajuda muito na imagem da cidade, como o Superman disse em um Hq que li:

{É como se alguém tivesse construído um pesadelo de metal e pedra.}

Quando eu descobri em que universo eu estava, eu chorei por uma hora.

Reencarnar num dos seus mundos favoritos deve ser algo que daria bastante alegria para um fan. Claro que eu estava um pouco feliz, mas eu literalmente reencarnei no pior local possível. Gotham, não é um local seguro para uma criança sem pais viver, ainda mais morando num orfanato que fica em Park Row, muito bem renomeado de Beco do Crime pelos moradores.

Esse local já foi um dos bairros mais ricos da cidade, mas agora depois de tanto tempo, virou o ápice da sujeira da cidade. Prostitutas, assassinos, ladroes, entre outras pessoas de má índole podem ser encontrados em toda esquina ou beco. Se eu me afastar muito da zona segura, eu posso ter um destino muito pior que a morte.

Depois de acabar meu delicioso café da manhã, desço para devolver minha bandeja e depois vou até o banheiro mais uma vez para tomar um banho e trocar de roupa, já estava quase na hora de ir para escola.

Todas as crianças menores se reuniram com seus uniformes surrados e mochilas furadas na frente do portão.

É um grande exercício de paciência ter que ir para escola, as aulas fazem eu querer me matar, mas revelar um pouco do meu conhecimento agora seria a mesma coisa que me matar.

"Ma, estamos prontos." Fala a criança na frente da fila.

A mulher amorosamente chamada de Ma Gunn é a líder desse orfanato, uma velha senhora usando uma roupa que parece do século passado, ela tem o cabelo branco que usava sempre preso acima de sua cabeça, ela tenha um sorriso doce em sua face.

"Estou vendo Jon, muito obrigado por cuidar dos seus irmãos, agora vão, ou vocês vão se atrasar." Fala Ma se apoiando em sua bengala enquanto acaricia o cabelo de Jon, o mais velho desse grupo.

Quando saímos do portão em fila, ela grita para nós.

"Não esqueçam de fazer a tarefa diária crianças, ou vão ser punidos."

"Sim, Ma Gunn!" Grita todas as crianças assim como eu.

A um motivo para nós crianças podemos sair livremente pelo beco do crime para ir até à escola, é porque nem um idiota tem coragem de fazer mal para as crianças do Lar para garotos rebeldes da Mamãe Gunn. Esse local era para ser um reformatório para delinquentes, mas a mamãe Gunn é uma alma tão gentil, que ela acolhe as crianças que são abandonadas nas proximidades do beco do crime. Gunn é considerada uma santa nesse local consumido pelo pecado.

Todos tolos, é claro.

Nem um deles sabe que, na verdade, essa gentil senhora está criando crianças para se transformarem em seus soldados para depois ingressar em sua organização criminosa.

Uma ideia brilhante se você fosse pensar como um vilão, todas as crianças e jovens que passam por aqui acabam amando a Gunn, então ela tem facilmente a lealdade deles e um suprimento quase infinito de novos recrutas, por isso podemos andar até a escola sem sermos mortos.

A grande maioria respeita a boa fama da senhora Gunn, enquanto os líderes das gangues que ficam aqui sabem de sua real personalidade e não tem vontade de começar uma guerra com ela sabendo que ela teria o apoio do povo e seu grande número de garotos para a proteger, fora que ela também é responsável por uma grande parte das drogas que eles revendem.

Já passou várias vezes na minha mente a ideia de a entregar para polícia, e usar isso para escapar desse maldito lugar. Uma ideia louca, uma criança de dez anos acusando uma "santa" de algo assim, fora que ela tem bastantes contatos, com certeza alguns na polícia de Gotham, e vários no conselho tutelar.

Eu tenha um plano para escapar é claro, mas vai ser bastante perigoso.

A aula com sempre foi um inferno, mas valia a pena ir para comer a comida da escola pública, eu estaria bem desnutrido dependendo apenas da comida que eles me dão em casa. Depois da aula, crianças normais deveriam voltar imediatamente para casa, mas nosso pequeno grupo se separou cada um indo em uma direção diferente, a maioria deles escolhem ir até o parque, um ótimo local para se conseguiu cumprir a tarefa diária da Ma Gunn.

Eu como sempre, escolho os becos escuros, sempre escolhe eles aleatoriamente, não se faltam becos escuros em Gotham.

Em um deles, me abaixo e fico do lado de uma lixeira na parte de trás de um restaurante nojento, faça bastante esforço para ignorar o cheiro do lixo. Mas depois de algum tempo, me acostumo com ele e espero.

Não demora muito para meu alvo apareça, um homem usando uma capa de chuva que estava sorrindo andando calmamente pelo beco segurando uma bolsa de uma mulher, ele estava remexendo a bolsa tirando as coisas de valor e as colocando nos seus bolsos. Por fim, com um sorriso no rosto, ele joga a bolsa só com as coisas inúteis no chão e continua seu caminho. Quando ele passa por mim sem me ver, avanço silenciosamente como um gato, fico atrás dele e com um movimento ágil e treinado, roubo o relógio dourado que eu já tenha visto ele colocar no bolso de trás.

O roubo foi perfeito. O ladrão nem mesmo percebeu e continuou seu caminho.

Enquanto eu simplesmente me virei e fiz o caminho contrário voltando para casa. Roubar dos outros ainda me faz me sentir mal, mas eu tenho que fazer isso, estava sendo obrigado a fazer isso, ainda bem que eu pareço ter um pouco de talento para isso, é claro isso agora, estou ignorando as várias tentativas fracassadas no início, em uma dessas, eu fui socado no rosto tão forte que achei que tenham arrancado minha cabeça, o homem que tentei roubar tenha um pouco de decência, e não fez nada mais após ver que eu era uma criança, mas mesmo assim, ele me deixou jogado no chão frio e sujo.

O engraçado é que todas as minhas habilidades atuais de roubo que me permitiram sobreviver foram ensinadas por alguém que eu estava tentando roubar. Um ano atrás, depois de minha surra e de várias tentativas frustradas, eu tentei mais uma vez roubar, agora uma mulher que eu pensei ser uma prostituta, fui pego antes mesmo de poder tentar. Só que para minha surpresa, a mulher não me bateu ou chamou a polícia, e sim me ensinou o básico de roubar bolsos usando uma mão ágil. Roubar é como uma arte, ela me disse, e eu concordei com ela depois de um tempo, mesmo não gostando de roubar, é preciso muita habilidade para tirar algo de alguém sem que ele perceba, ainda mais em Gotham, aonde todos andam pela rua com total atenção.

Após ensinar alguns conceitos básicos, a mulher foi embora apenas deixando seu nome e uma maça. Recolhesse o nome facilmente, e prometi que se um dia eu poder a ajudar, eu faria para devolver a gentileza que ela me fez hoje.

Normalmente, eu fico mais um tempo nas ruas depois de conseguir minha missão primaria, roubo de mais algum assaltante ou bandido, e isso se transforma em meu lucro, lucro que eu escondo num buraco de uma das árvores do parque que fica no meu caminho de casa. Com certeza não é uma fortuna, eu não posso vender nem um dos objetos roubados por conta da minha idade, então meu lucro e constituído de roubos em carteiras. Infelizmente, o povo aqui não tem muito dinheiro, depois trabalhar duro o ano todo, eu consegui juntar quase quinhentos dólares, uma quantidade gigantesca para uma criança não rica.

As limitações em estar no corpo de uma criança são maiores que só não poder vender itens roubados, eu literalmente não posso sobreviver sem um adulto. Não posso comprar roupas, comida ou alugar uma casa sozinho, qualquer ser racional ligaria para polícia se encontrasse com uma criança sozinha tentando compra seu jantar ou alugar um apartamento, se eu fosse pego, eu seria posto no conselho tutelar, e com seus contatos lá, eu voltaria para Ma Gunn.

Eu poderia fugir e tentar viver nas ruas de Gotham, mas seria muito mais perigoso que o local que estou agora, então o dinheiro que juntei até agora, é praticamente inútil.

Se eu fosse para qualquer outra cidade, mesmo se eu fosse capturado de novo, eu teria a chance de ser colocado em algum lugar seguro, eu poderia ficar lá até ter idade suficiente para me virar sozinho, só que Ma Gunn tem olhos em todos os lugares.

Estava começando a anoitecer quando voltei para casa, primeira coisa que encontro na frente do portão é um dos meninos mais velhos. Esses meninos mais velhos são aqueles que não podem mais ficar como internos no local, já que são maiores de idade, mas a gentil Ma Gunn os contrata para realizar serviços, como segurança ou limpeza no local. Isso é a desculpa legal que ela dá, na verdade, esses meninos mais velhos já estão na organização da Ma Gunn, os que ficam aqui, estão com ordens de nos observar e "educar".

Todos eles são arrogantes e sádicos, mas o líder deles é pior, e ele tem problemas comigo, o motivo é simples, inveja.

"Olha quem está voltando mais cedo, parece que o menino-prodígio da Ma não teve sorte hoje." Falou o homem na frente da entrada.

"Minha sorte está tão boa como sempre, Dylan." Respondo sem muita vontade.

Dylan era um homem forte com quase dois metros de altura, sua altura só é superada por sua barriga, barriga conquistada roubando uma parte da comida que deveria ser das crianças.

"Garoto, já falei para ser educado quando fala comigo? Ou vai querer outra tapa?" diz ele sorrindo com seus dentes tortos e amarelos.

"Venha aqui me dar o produto de hoje, vou pessoalmente o dar para Ma." Exige ele com seu braço estirado e palma aberta.

Qualquer criança poderia cair nisso, todo o furto diário para cumprir a tarefa da Ma Gunn deve ser entregue diretamente a ela, quem não conseguir trazer nada, recebe a punição que vária entre ficar sem comida, ou se não consegui realizar a tarefa várias vezes seguidas, ser trancado na "solitária."

Dylan claramente está querendo me fazer perder a fama de prodígio. Diferente das outas crianças que roubam coisas bobas sem valor, sempre trago coisas com um pouco de valor, como brincos, relógios e celulares. Isso meio que me deu a proteção de Ma Gunn aqui, é essa proteção que impede o Dylan de poder me tocar.

"Vou entregar para Ma minha tarefa pessoalmente, como sempre faço." Digo o mais confiante possível, já pronto para correr até o escritório de Ma.

O sorriso de Dylan desaparece, e sua mão se fecha num punho.

"Seu moleque metido, eu estou falando para você me dar agora, ou eu vou virar você de cabeça pra baixo e te sacudir até eu ter o que eu quero!"

Como eu não me mexo, Dylan avança em minha direção, desvio pro lado evitando ser agarrado e passo por ele entrando pelo portão. Não paro e começo a correr até a porta, Dylan se vira e corre atrás de mim.

"Pare seu moleque!" Grita ele.

Eu não obedeço a ele, mas paro mesmo assim, ele também para, já que a senhora "gentil" que comanda o lugar aparece saindo da porta de entrada do prédio.

"Você já está de volta pequeno Dio?" Pergunta ela gentilmente ignorando o que aconteceu antes.

Diomedes Inwudu, o nome estranho que eu recebi nessa nova vida, ele estava escrito no cobertor em que eu fui envolvido quando fui abandonado, mas todos me chamam de Dio.

"Sim Ma, eu dei sorte na minha tarefa diária e voltei rápido para casa." Falo tentando o máximo parecer infantil.

"Meu pequeno Dio, sempre tem sucesso, você com certeza é o mais talentoso de seus irmãos, vamos ver o que você me trouxe."

Tiro o relógio dourado do meu bolso e passo para Ma Gunn que sorri em felicidade vendo meu furto.

"Belo trabalho meu pequeno, belo trabalho, agora porque não entra para comer algo quente e tomar um banho."

"Sim, Ma."

Tenho que fingir um sorriso de felicidade depois dela me parabenizar por um furto, algo que espero nunca me acostumar. Passo por ela sorrindo e entro pela porta da frente, quando me viro, vejo o olhar de raiva de Dylan que não me intimida em nada.

Após tomar meu banho, desço as escadas e vou ao refeitório para tomar uma bela e sem gosto sopa de tomate com bolachas duras. Só comi metade da minha comida, o resto como faço sempre, dei para uma das crianças que não conseguiu cumprir sua tarefa e ficou sem comida por hoje.

Já fiz esse gesto muitas vezes antes, coisa que ganhou a boa vontade das outras crianças aqui, mas como eu não tenho muita paciência para conversa com elas, eu evito contato com eles, eles me deixam em paz, coisa que aprecio.

Sinto muita pena dessas crianças, e seu me plano der certo, eu vou conseguiu os ajudar.

Não a muito que fazer depois da aula e do roubo, normalmente eu chego mais tarde e caio imediatamente no sono, mas hoje eu tenho que ficar acordado, o motivo deu ter voltado mais cedo hoje, era para me preparar para outro roubo, bem aqui na minha casa.

Hoje noite Ma Gunn e seus meninos mais velhos vão sair do orfanato para o cais, aonde vão receber a mercadoria do mês. Por conta do alto valor das drogas, ela sempre move um grande número de suas forças por segurança, deixando esse local quase vazio. A maioria de seus negócios, acontecem aleatoriamente, mas toda vez que isso acontece, os mais velhos se preparam para sair no dia anterior.

O negócio pode acontecer qualquer hora depois de anoitecer, quando todos vão para suas camas, então tenho que ficar alerta e preparado.

Às nove horas da noite, todas as crianças e jovens foram ordenados a ir até suas camas, todas as luzes dos quartos foram desligadas poucos minutos depois deixando apenas os corredores iluminados, algo oportuno para mim.

A uma e dez da manhã, quando todos os jovens já estavam dormindo pesadamente, escuto vários passos pelo corredor, nem uma das pessoas falou nada, mas quando os passos se foram para o terreio, levanto-me e vou até à janela do primeiro andar aonde eu vejo várias pessoas saindo pelo portão de ferro entrando em vans e saindo logo depois. Como previsto, todos foram embora, menos dois meninos mais velhos que estão fazendo segurança no portão, mas o interior do prédio está vazio fora as crianças dormindo.

Ando o mais silenciosamente possível pelos corredores, a vários quartos nesse andar e eu não quero acordar num uma das crianças. Não demora muito para eu chegar nas escadas para o segundar andar, o terreio é a zona comum desse local, o primeiro andar são os dormitórios e banheiro, o segundo é o quarto dos mais velhos, e o meu alvo, o escritório da Ma Gunn.

O segundo andar não era tão grande quanto o primeiro, então não demorou muito mesmo andando lentamente até chegar a curva que leva até o escritório, coloco minhas costas coladas na parede, e desliso lentamente por ela.

Olho para a curva fazendo o máximo para não ser pego pela câmera de segurança.

Esse maldito lugar não tem uma cama decente, mas possui uma câmera.

Sei da câmera porque já venho aqui diariamente faz um ano, toda vez que eu voltava para casa após roubar algo, eu vinha até aqui em cima entregar pessoalmente para Ma.

A câmera e fixa e não se movimenta, mas ela não está totalmente fixa na parede, sei disso porque quando o vento entra pela janela abaixo dela, a câmera treme.

Então eu só precisei de uma boa pedra e uma boa mira, mira que eu pratiquei por um mês, o tiro é relativamente perfeito, acerta bem do lado da câmera a fazendo se mover sem a danificar, agora câmera está apontando para parede.

Só oque precisei fazer era entrar pela porta aberta. A mulher nunca trancava a porta, grande erro.

O escritório era velho, dava impressão que uma múmia trabalhava aqui. A mesa no centro dele estava tomada de papeis, burocracia que alguém vai cuidar no lugar da velha. Tinha uma cadeira de madeira na frente da mesa e só isso.

As paredes, por outro lado, estavam tomadas de fotos de crianças felizes beijando e abraçando a Ma. Na parede esquerda no centro, em vez de uma foto estava uma pintura, eram as primeiras crianças da Ma, ela junto de seus primeiros soldados.

A um cofre atrás desse quadro, foi uma das primeiras descobertas que fiz quando fui deixado sozinho nessa sala. A desculpa para ficar aqui e dar uma olhada em tudo foi que eu estava esperando Ma para entregar o roubo, eu esperei ela sair da sala para entrar, para assim poder dar essa desculpa.

E sempre tinha o máximo de cuidado para pôr as coisas no local, e não mexer em muitas coisas.

Só assim para ela não suspeitar de mim.

Demorou um tempo para descobrir a combinação do cofre, mas o interior dele foi uma decepção. Apenas os papeis legais e certidões de nascimento, documentação padrão de lugares como esse. Claro que já peguei meus documentos antes, A dona do local não liga para assuntos burocráticos, mas ela tenha que por algo no cofre "falso".

O verdadeiro cofre não está na parede, e sim no chão. Faço bastante força para mover a antiga mesa de escritório. Abaixo dela, levanto a carpete revelando um chão de madeira falso fora do padrão, removendo-o facilmente, me deparo para o cofre mais atual com até mesmo um display digital. Um grande avanço comparado ao cofre de chumbo bruto na parede.

Encontrei esse local totalmente por acaso, em uma das minhas várias sondagens desse local, reparei que a mesa foi movida várias vezes por conta das marcas no carpete. Foi um alívio quando achei esse cofre, já estava quase desistindo de encontrar o que é meu.

Não tive tempo no dia para o tentar abrir, essa vai ser a primeira vez.

"Então, vamos ver se a velha é tão previsível como eu penso que ela é." Falo sozinho enquanto aperto o botão ligando o display do cofre.

"02,08,56,74." Falo quando coloco a combinação no cofre, quando aperto no entrar, seu visor se torna verde confirmando sua abertura.

Ma Gunn pode ser uma líder de uma organização criminosa, mas ela também é uma senhora de idade com problemas em interação com a tecnologia, não fiquei surpreso em saber que sua senha é a mesma do cofre antigo atrás da parede.

Senha que também está escrita atrás de uma foto que está num porta fotos em cima de sua mesa.

"Bingo." Digo quando vejo o conteúdo do cofre.

Vários blocos de dinheiro, notas de cem. Com uma conta rápida, deve ter meio milhão aqui. Fora o dinheiro, vejo também um pequeno diário vermelho, mas nada do que eu realmente vim buscar.

Quando eu comecei a receber minhas memórias passadas, eu também me lembrei dos eventos de quando eu era um bebe recém-nascido. Não consigo lembrar do rosto da mulher que me abandonou, minha provável mãe, mas lembro claramente dela me levando nos seus braços até uma igreja, lá ela me envolveu num coberto e me pôs no chão na frente da porta.

Então ela retirou um colar do seu pescoço e colocou no meu, ela me beijou na testa e se afastou de mim.

É esse colar que eu procuro, normalmente eu não ligaria para algo tão simples, não tenho nem um sentimento pela mulher que me abandonou, mas todo meu instinto me diz que aquele colar é muito importante. Ma também pensou assim, quando eu fui levado para ela, meu colar foi tirado de mim por ela.

Ela deu para um dos meninos e o mandou ver quanto ele valia. Nesse momento, minhas memórias ficam mais claras e eu posso os entender. Poucas horas depois, quando ela ainda estava cuidando de mim, o menino voltou e falou que o colar não valia nada. Ma tenha bons instintos, e escolheu guardar o colar para tentar descobrir mais sobre ele.

"Ela está usando."

Foi a única explicação onde pode ele estar, já procurei nos objetos pessoais de Ma em seu quarto, vasculhei todas suas joias e nada.

"Ela vendeu?"

Outra opção também muito viável, ela supôs que o colar tenha algo especial, logo após procurar sobre ele, um comprador se revela e ele é vendido. De qualquer forma, só a uma pessoa que sabe aonde o encontrar.

E eu não tenho como conseguir respostas dela.

Sem o colar e ignorando o dinheiro, eu pego o pequeno diário vermelho e o abro. A letra da velha era quase inegável, sorte que o conteúdo era simples. Uma lista de datas, horas e locais, também a uma medição em quilos do lado.

Não precisa ser um detetive para entender que isso são os dias e locais das entregas que ela recebe para depois distribuir para as gangues de Gothan. Passo todas as páginas até chegar na última escrita, nela á data e hora de hoje, assim como o local, a também mais duas datas futuras escritas no diário.

Levo o diário até a mesa, arrumo uma página em branco, pego um lápis e começo a escrever as datas desde o início desse ano. Enquanto faço isso, um plano começa a se forma em minha mente. Não posso lidar com a Ma Gunn sozinho, mas posso encontrar alguém que faça. Se eu me livrar dela eu cumpro meu objetivo de fugir, como também libertar as crianças desse inferno. Esse foi sempre o plano, só que eu preciso mudar o método.

Inicialmente eu ia fugir, então viajar até Metrópoles, aonde eu encontraria alguns reportes competentes no Planeta Diário, e com algumas provas, e um matéria publicada, tudo seria resolvido, mas antes disso, eu ia conseguir meu colar.

Agora eu preciso de ajuda para o conseguir, e também uma pessoa de confiança para acabar com Ma Gunn aqui em Gotham.

O problema é quem encontrar, a bons policiais em Gotham, eles são raros, mas existem. O problema é que uma investigação com provas dadas por uma criança pode não ser levada a sério, ainda mais escritas num papel oficio. Fora que eu provavelmente não vou conseguir chegar até os bons policiais, mas a outro que luta por justiça nessa cidade, alguém que pode me escutar e seguir as provas, isso se eu consegui chegar até ele. Por sorte, eu sei como chegar até ele.

Só a uma pessoa que pode o encontrar facilmente, todos na cidade sabem que quando o sinal é acesso, ele vem.

Então eu só preciso acender o sinal e esperar, esperar pelo Batmam.