Ma Hui Ying resolveu não ir de bicicleta para o colégio e ir a pé, pois o dia estava ameno e muito bonito para se apreciar, a semana dos seus exames já tinha terminado e já contará com férias que estavam próximas. Quando chega lá ele vê seu amigo, ele até pensou em falar, chamar seu nome mas viu que Quon Jin estava discutindo com alguém, ele não viu com quem pois estava atrás de uma grossa pilastra de concreto então ele ver uma mão que o pega e arrasta seu amigo para um beco, Ma Hui Ying vai atrás para ver a situação para não ser notado ele vai mais silencioso possível quando chega lá o jovem vê que é Koji mas não só isso os dois estavam contracenando um beijo de língua, Ma Hui Ying fica vermelho por ver aquilo mesmo sendo um beco estreito e sendo bem cedo onde o fluxo de alunos e professores eram pequeno fazer esse tipo de coisa ali é ainda um pouco arriscado. Ma Hui Ying não queria ficar mais ali então ele sai dali às pressas mas antes chamou atenção do Koji que parou de beijar Quon Jin.
"O que houve?" Diz o outro atordoado.
"Pensei ter ouvido algo, mas não é nada."
O jovem à sua frente recupera o juízo e tira a mão de sua cintura.
"Por que faz isso? Não vê que estamos no colégio?" Diz furioso.
"Só assim para calar a boca." Diz indiferente.
Quon Jin sai do beco e segue em direção a porta sem olhar para atrás, mas a ideia de ter alguém ali vendo os dois fazer aquilo o deixou assustado.
Ma Hui Ying estava sentado em sua cadeira organizando seu material mas pensando no que aconteceu mais cedo, ele lembra que Quon Jin disse que ele e Koji se beijavam muito, mas que não tinha esse tipo de relacionamento porque Koji era hetero, mas o que realmente estava acontecendo? Então Quon Jin chega e fala com Ma Hui Ying que distraído com seus dilemas toma um susto.
"Que foi bicha má?"
"Não faz isso, sou novo para uma parada cardíaca." Refuta.
"Você que está distraído, tá pensando em quem? Nele?"
"Estou pensando no beijo que deu no Koji, seu idiota." Pensa.
"Claro que não, só organizando algumas coisas." Ele pega o caderno.
"Sei." Quon Jin joga sua mochila e também pega o caderno, logo em seguida aparece Koji e outros alunos, a sala fica mais barulhenta e só quando o professor chega que coloca ordem.
Durante esse tempo, Ma Hui Ying é perturbado pelo seu amigo que lança várias perguntas mas o principal é sobre as férias que se aproxima.
No final ambos organiza suas coisas para ir para casa, ele ia para casa sozinho como todo dia mas foi surpreendido com Quon Jin o acompanhando
"O que está fazendo? Não vai no carro de Koji?"
"Vamos relembrar os velhos tempos, sinto sua falta." Diz enquanto aperta as bochechas do outro.
"Desnecessário, você fica atrás de mim, nos vemos quase todos dias, não precisa de toda essa saudade."
"Tão insensível."
Os dois caminhavam, e conversavam como antigamente Ma Hui Ying foi preenchido com nostalgia e sorria o tempo todo, na sua cabeça foi bom ter deixado a bicicleta de lado, o bom papo com seu amigo valia todas as viagens solitárias que percorria, mas os jovens não notava que estavam sendo seguido de perto, ouvindo cada detalhe.
"Meu primo me convidou para ir no apartamento dele para almoçar." Ele respirou fundo esperando a resposta de Quon Jin.
"Bicha, até que fim vocês estão nessa etapa, pensei que nunca ia sair desse chove não molha."
"Mas estou com receio, ainda não dei a resposta para ele…"
"Por que!!!?" Diz exaltado.
"Porque só vai esta nós dois e aí, não sei o que fazer tenho medo de… sei lá entende?"
"Entendo, só vocês dois, imagino. Sabe Ma Hui Ying, lá na minha casa tem uns vídeos porno com essa temática, onde o cara convida o outro aí eles começam a se beijar e tipo já estão na cama se pegando, é tão natural e espontânea que nem parece que estão contracenando." Solta um sorriso malicioso, o menino fica vermelho só de imaginar a cena, não que ele nunca tenha visto filme porno mas se imaginar fazendo com Ma Young-Nam o esquenta.
"Não! Para com isso." Diz quase como um sussurro suplicante.
"Para, vocês já se beijaram, o que significa ir para o próximo passo?"
"Muita coisa, não é bem assim."
"Você ama ele e ele te ama, acontece isso quando duas pessoas estão apaixonadas normal."
Enquanto os dois meninos tratavam desse assunto, a pessoa de trás se encheu de ódio, ela não podia acreditar no que estava ouvindo, ele e seu amado Ma Young-Nam estavam tendo algum tipo de relacionamento, ela abominava essa seria o momento certo para destruir esse garoto tirar ele de jogada. O tráfego de carro ao lado é bem tranquilo, não havia muitos veículos circulando, o céu estava formando o crepúsculo e o tom alaranjado era bonito de se ver essa era uma das qualidades do verão. Mas uma mente maligna tramava algo e queria ser bem rápida em seu objetivo, ela não pensa duas vezes seus pés avança em direção aos meninos e empurra Ma Hui Ying, o menino vai para frente mas consegue recuperar o equilíbrio.
"O que..?"
Os dois garotos olham para trás e depara com a imagem da mulher totalmente coberta, ele não consegue identificar já que ela usava casaco com capuz, máscara e óculos escuros.
"Como ousa manchar a reputação de Ma Young-Nam? De todas as pessoas tinha que ser ele? Seu imundo!" Grita, mesmo sendo abafado pela máscara os dois notam que a voz é feminina.
"Você conhece ela?" Diz Quon Jin confuso.
"Claro que não." Diz atônito.
Ambos ficam encarando a curta distância sem reagir.
"Quem é você?" Pergunta Ma Hui Ying.
"Não lhe interessa, que tipo de relação você tem com Ma Young-Nam?" A garota em fúria cita o nome de seu primo ele percebe que deve ser umas das malucas que gosta dele. O interior do jovem entram em combustão, era por isso que uns dos motivos de não ter contato com Ma Young-Nam é por causa dessas malucas.
"Não é da sua conta! Eu e ele somos apenas primos."
"Mentira! Se fosse apenas isso, não ia se beijar ter essa aproximação íntima, só de imaginar isso me dá nojo." Ma Hui Ying olha para Quon Jin e fica surpreso sobre ela saber do beijo, ele cogitou que essa pessoa estava investigando.
"Como você sabe?"
"Não importa, pessoas como você merecem o inferno. Você não vai me tirar ele." Era uma tarde tranquila, poucas pessoas ao redor mas devido o tom de voz alto da mulher ela atraía olhares curiosos por causa da confusão, Ma Hui Ying não queria isso e queria encerrar a discussão, e o melhor era ignorar essa pessoa. Ele vira de costas provocando a fúria dela que o empurra novamente, mas dessa vez em direção à rua, era tarde demais para recuperar o equilíbrio fazendo tropeçar os dois pés e cair com tudo no chão.
Ele tenta levantar mas sente que o pé esquerdo está pesado impossibilitando de levantar, Quon Jin solta um xingamento alto e a mulher corre em direção oposta fazendo com que ele não vá atrás dela. Um carro que vinha em baixa velocidade para, o motorista era um senhor de 60 anos ele pergunta do por que o jovem está parado no meio da estrada, as poucas pessoas se aglomeram ao redor, Quon Jin foi prestar socorro ao seu amigo.
"Ma Hui Ying consegue se levantar?"
"Acho que…. Aí!" O pé esquerdo estava doendo. "Acho que torci o pé."
"Merda, aquela vadia." Ele usa sua força para levantar Ma Hui Ying que se apoia em seu ombro. "Vamos para um hospital próximo."
"Eu chamo um táxi." Falou uma garota, em menos de dois minutos um táxi aparece e aos poucos Quon Jin coloca seu amigo no banco do passageiro e ele vai atrás.
"Vou ligar para sua mãe." Ele pega o celular e começa a discar. "Qual hospital iremos?"
"Do meu tio, é o mais próximo." Ma Hui Ying segurando a dor.
"Para esse hospital senhor…" Quon Jin diz o nome e o carro da partida.
***
Hoje não era o dia de está no hospital, sua folga depois de um turno de 12h mas tinha esquecido alguns papéis no seu armário e precisava pegar, ele passa por médicos e enfermeiros que o cumprimenta então segue para o vestuário e pega o maço de chaves do bolso e uma pequena chave abre o cadeado e ver a pasta fina preta, ele abre e verifica se tudo está em ordem e fecha o armário novamente mas quando faz isso em seu peito sente um aperto e em sua cabeça havia três pessoas que o preocupava: seu pai, Ma Hui Ying e sua tia. Ele ligou para seu pai mas caiu na caixa postal ele não deixou recado ele sai do vestuário e sala de recepção encontra Quon Jin segurando a mochila de Ma Hui Ying, seu peito se aperta mais ainda só de imaginar que seu amado esteja em perigo o apavora. Ele se aproxima de Quon Jin que o viu, o jovem vê Ma Young-Nam se aproximando e prende um pouco a respiração não era todo dia que se via uma beleza como aquela mas em sua cabeça não era momento para pensar naquilo.
"Quon Jin o que você está fazendo aqui? E por que está com a mochila de Ma Hui Ying?" Ma Young-Nam queria que fosse um engano que fosse uma brincadeira, mas quando ele viu a expressão de Quon Jin se tornou mais sombria e preocupado quando tocou o nome de Ma Hui Ying, Ma Young-Nam percebe que a coisa é séria.
"Uma doida empurrou Ma Hui Ying ele tropeçou e caiu na rua, agora seu pé está machucado."
"Me explica com mais detalhes." Pediu em súplica. Então Quon Jin explica tudo o que aconteceu, quando soube que seu nome era o motivo do ferimento de Ma Hui Ying o deixou furioso e culpado, ele perguntou em que ala da ortopedia ele estava e Quon Jin disse.
Ma Yong-Nam não perdeu tempo e seguiu em direção à sala, o médico que atendeu Ma Hui Ying já estava com outro paciente e disse que o menino estava fazendo meia tala já que não foi uma contusão no osso, Ma Young-Nam pega o raio-X e vê que só há um inchaço que só necessário a tala e descanso, então ele vai para sala de procedimento quando ele viu Ma Hui Ying concluir o procedimento vê daquele jeito fez seu coração doer como se fosse nele, queria se desculpar pelo ocorrido e ao mesmo tempo achar o culpado. Quando Ma Hui Ying viu seu primo parado na porta ficou surpreso.
"O que faz aqui?" Ele nota que ele não usava jaleco então presumi que hoje não seja seu dia de trabalho.
"Vim buscar algumas coisas e acabei encontrando Quon Jin na recepção." Ma Hui Ying vê o semblante preocupado de Ma Young-Nam conclui que seu amigo contou tudo."Eu queria me desculpar pelo o que houve, nunca pensei que chegaria a tanto."
"Você fala como se fosse o culpado por tudo, mas a culpa não é sua, não se preocupe." Disse de forma gentil, Ma Young-Nam queria nesse exato momento abraçar ele confortar seu coração que estava mergulhado na aflição, uns dos seus piores pesadelos tinha se tornado realidade.
"Quon Jin disse que não puderam reconhecer a mulher que fez isso, isso dificulta muita coisa." Poderia ser qualquer uma, mas uma coisa sábia ela fazia parte do convívio dele e andava investigando ele. Mas o que deixa decepcionado é que não podia fazer nada por enquanto.
Quando Ma Hui Ying terminou de enfaixar a perna uma cadeira de rodas já estava disponível para levar até o médico, Ma Young-Nam se prontifica a levar ele e o outro não diz nada, lá o médico diz que ele precisa apenas de descanso até a perna desinchar e fez o atestado para poder ficar em casa, passado desse dia tinha que voltar para hospital para retirada da tala. Ma Hui Ying fica desanimado já que ia ficar em casa o tempo todo sem fazer nada, quando saí da sala do médico indo para recepção encontra não só a Quon Jin mas a mãe de Ma Hui Ying segurando uma bota ortopédica quando ela viu ele com a perna enfaixada seu coração afunda e fica aliviada que não fora algo pior.
"Meu filho, você deveria tomar cuidado seu amigo disse que se distraiu e caiu tropeçou o pé." Ela o abraça forte, Ma Hui Ying e Ma Young-Nam olham para Quon Jin e sem dizer nada ambos estão agradecidos.
"Estou no meu carro e levo vocês para casa."
"Muito obrigada." Diz a mãe de Ma Hui Ying.
Com a bota Ma Hui Ying podia se locomover melhor, mesmo mancando mas já era um alívio não ficar dependendo de alguém, no carro Ma Young-Nam deixou Quon Jin em casa e seguiu para casa de seu amado, chegando lá a senhora Ma o convida para um chá ele aceita, enquanto isso Ma Hui Ying se prepara para ir tomar banho e tirar toda poeira de asfalto depois que caiu no chão como já quebrou a perna uma vez mais novo sabia o melhor jeito de se enxugar sem precisar de ajuda. Depois do banho foi vestir seu pijama, no andar de baixo ele percebe que seu primo estava aqui, agora ambos estão mais estáveis não havia mais mal entendido entre eles, ele desce as escadas e vai na cozinha sua mãe já estava no final da janta e seu rosto não tinha mais a preocupação de mais cedo, seu primo falava algo aleatória para distrair a senhora quando olhos se encontra uma outra atmosfera surge, o menino fica tímido de repente com a encarada do outro ele logo vira em direção para mãe e diz que tá com fome.
"Já está no fim é só esperar, enquanto isso converse com seu primo, aposto que faz tempo que os dois não se fala." Incentiva a senhora.
Mas o porém era que ele não tinha assunto, nenhum então falou sobre as provas da faculdade que foi respondida de forma simples fora isso havia apenas o silêncio.
"Você quer ir no meu quarto?" Depois de falar isso ele ficou vermelho feito brasa quente e ele nem entendeu o motivo desse convite mas só de ver o largo sorriso positivo de Ma Young-Nam o fez saber o motivo do porque.
"Não é bom ficar se locomovendo muito após uma ferida recente." Diz seu primo enquanto subia as escadas.
"Estou usando a bota, então é um alívio eu fico desapontado pois não poderei ir pra tão longe que não seja minha casa."
"Por duas semanas e isso será retirado."
Quando a porta do quarto é aberta, Ma Young-Nam é preenchido por nostalgia e felicidade, algumas coisas tinham mudado durante o tempo como o gosto pessoal de seu amado mas outras mantém as mesma como a prateleira de livro, a cama é a mesa de estudo até a cor é a mesma é como voltar no tempo, apesar do quarto ter muita coisa não era bagunçado e sim bem organizado. Para o jovem Ma Hui Ying a presença de seu primo ali fez o quarto encolher de tamanho já fazia muito tempo que não tem sua presença em seu espaço pessoal e parece que ele cresceu mais, quando ele equipara as seu ídolos a diferença é grande já que a beleza de Ma Young-Nam é mais máscula sem traço delicado. Ma Young-Nam passa o dedo pela coleção de livros e vê algo similar, uma coleção de livros de contos de fadas de capa dura que ele deu para seu primo quando mais novo.
"Estou surpreso." Diz pegando um dos livros.
"Com o que?" Pergunta sem entender nada.
"Essa coleção de livros eu te dei depois que você começou a me ignorar não imaginaria que estaria aqui."
"É que…" de fato ele ia jogar eles fora ou guardar no armazém no primeiro andar mas ele sentia um grande sentimento pelo seu primo o que fez deixar em seu quarto a vista. "Eu gosto muito deles, não podia jogar fora ainda mais é capa dura coisa cara." Inventa uma desculpa.
"É…" Ele coloca no lugar e vê outros livros, a maioria eram livros românticos, curiosidade sobre a Coreia do Sul e livro ligado à engenharia. "Pretende ser engenheiro?"
"Sim. Quero seguir a mesma carreira de meu pai." Quando seu pai não bebia era um ótimo engenheiro, ele que fez a planta do atual hospital do pai de Ma Young-Nam, e ajudou a construir e isso deixava Ma Hui Ying orgulhoso com ele morto não podia ver essa admiração toda.
"Fico feliz que tenha orgulho de seu pai, ele ia ficar contente em saber que o filho quer seguir a mesma carreira." Ma Hui Ying não vê traços de falsidade em sua fala e sim sua genuína sinceridade. "Será um ótimo engenheiro."
"Obrigado." Receber o elogio de seu primo o deixou alegre como se estivesse recebendo um doce. Ma Young-Nam continua a olhar ao redor e vê que há uma passagem de ida e volta de avião e dois ingressos para o show do Stars.
"Você pretende ainda ir para Coreia do Sul?" Pergunta ele.
"Pretendo, mas não vai acontecer tão cedo já que o show que ia foi cancelado." Diz tristonho, mas Ma Young-Nam ficou aliviado, ele não queria que Ma Hui Ying fosse sozinho para lá. "É engraçado você está aqui depois de tanto tempo, na época eu jurei que você nunca estaria aqui mas olha como é esse mundo."
"Bem pequeno, mas já se passou muito tempo mesmo assim esse quarto continua o mesmo, a cor e o cheiro difere em algumas coisas mas continua com a mesma essência."
"Achei que mudei muita coisa de uns tempos para cá, mas olhando agora percebo que foi uma mudança vazia, continuo o mesmo."
Naquele pequeno espaço o cheiro pôs banho de Ma Hui Ying enfeitiçava ele que queria ter em seus braços e beijar não era diferente para o jovem que o perfume de seu primo o incitava o convidando a fazer besteira e a conversa era apenas um tapa buraco para verdadeira intenção. Então mesmo mancando Ma Hui Ying se aproxima e o abraça, envolve suas mão na cintura do outra e encosta a cabeça no peito se deliciando ainda mais com o perfume.
"Senti tanto a sua falta, nesses últimos cinco anos em que vivi de rancor não pude apreciar o que é realmente você. Tentei mudar muita coisa, mas tudo sempre voltava a você até que desisti. Por favor me perdoe pelas minhas ações?"
Ma Yong-Nam ficou emocionado com essa declaração, não era um "eu te amo" mas chegava perto disso, e por amor é claro que ele ia perdoar seu amado, fora que seria apagar de vez o passado conturbado deles.
"É claro que te perdoo, seria maluco se não fizesse isso." Ele pega o queixo de Ma Hui Ying e levanta para beijar, enfeitiçado o menino aproxima a boca da boca do outro mas quando finalmente seus lábios ia se tocar eles são interrompidos com aviso que o jantar estava pronto. Ele para e se concentra melhor e ajeita, eles descem e vão jantar.