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A Princesa Esquecida Rosa

Anos atrás, quando ela era apenas uma menina, Rosa fugiu com seus dois amigos Alexandre e Matias, exatamente quando estavam prestes a ser marcados como escravos e vendidos para trabalhar em um bordel. A infelicidade se abateu sobre o grupo quando Matias ficou preso e, para salvar seus amigos, Rosa se sacrificou para distrair o filho do dono do bordel, Graham, que os perseguia. Rosa fez seus amigos prometerem que, em troca de seu sacrifício, eles voltariam para libertá-la. Conforme os anos passaram e Rosa se reuniu com seus amigos, ela aprendeu que nem todas as promessas seriam cumpridas. Presas em um bordel com um homem que deseja transformá-la em sua mulher, Rosa inicia um relacionamento inesperado com Zayne Hamilton, um general de outro reino. Zayne oferece-se para comprá-la de Graham e abre caminho para que seu sacrifício não seja esquecido.

Violet_167 · ย้อนยุค
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337 Chs

Capítulo 4

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Uma hora mais tarde, Rosa juntou-se às mulheres do bordel para um passeio pelo mercado. Ela permaneceu na retaguarda com o homem que Graham encarregara de vigiá-la. Após o truque que ela havia aplicado na noite anterior, não haveria um segundo em que ficasse sozinha quando saísse do bordel.

Rosa olhou por cima do ombro e, sem surpresa, lá estava ele, bem atrás dela. Ele não cometeria o erro que o guarda anterior cometeu, pois isso lhe custaria a vida. Rosa não gostava quando alguém era prejudicado por sua causa, mas ainda assim, queria fugir.

"Nem pense nisso."

"Estou apenas olhando o que está à venda," Rosa respondeu, indo em direção a uma caixa com maçãs.

Henrique, o guarda atual de Rosa, não confiava na resposta dela. Ele a havia pegado procurando uma saída muitas vezes. Ela não iria custar a ele esse emprego e sua vida. "Eu vou te arrastar de volta se tentar fugir."

"Você precisa sempre me dar essa mesma lição a cada vez que saímos do bordel?" Rosa questionou, colocando a maçã de volta depois que o dono da barraca lhe lançou um olhar ruim.

"Agora você tem que pagar por isso. Quem vai querer a maçã depois que gente como você a tocou? Não toque em mais nada," o dono da barraca disse a Rosa.

Rosa sempre achava estranho como era julgada, mas não os homens que visitavam o bordel. Por que eles não eram igualmente ruins? Rosa poderia apontar alguns que ela viu das muitas vezes em que correu de volta ao seu quarto quando a noite caía sobre o bordel.

Rosa tirou uma moeda da bolsa que carregava e colocou em um lado da caixa antes de pegar novamente a maçã. A maçã seria o tratamento perfeito para comer naquela noite.

Rosa então se moveu para se juntar às outras mulheres. Como sempre, tentou evitar os olhares de todos ao redor. Muitos não gostavam do trabalho que as mulheres do bordel faziam e outros procuravam assediá-las. Não era como se qualquer uma das mulheres do bordel tivesse escolhido esta vida, então por que elas deveriam ser julgadas?

"Há muitos estrangeiros," Rosa observou, vendo homens com uniformes estranhos perambulando pelo mercado. O que tinha levado o rei a fazer uma trégua? Como era a vida para além desta cidade?

"Um bando de bastardos," Henrique disse, repugnado com a visão. O rei era um covarde por querer uma trégua e permitir que os estrangeiros pisassem em suas terras. "Você não deve se aproximar."

"Como se eu quisesse me aproximar. Os homens nesta cidade já são um problema," Rosa murmurou. Esta cidade não precisava de homens estrangeiros adicionados a ela.

Ela puxou a capa que usava para cobrir mais o rosto. A única razão pela qual se sabia que ela era uma das mulheres do bordel era por causa de seu guarda. As outras mulheres haviam seguido adiante para olhar vestidos de donos de loja que aceitariam o dinheiro delas e flertariam com os estrangeiros.

Rosa franziu a testa ao imaginar que essa eventualmente seria a sua vida se não conseguisse fugir. Tentando seduzir o máximo de homens possível para pagar Graham.

"Eles estão chegando! Os homens do rei estão aqui!"

Rosa olhou ao redor enquanto as pessoas ao seu lado começavam a mencionar os soldados do rei.

Henrique segurou sua mão enquanto a multidão aumentava. "Você não vai ser mais esperta do que eu. Fique perto."

Rosa tentou retirar à força a mão dele de seu braço. Ele sabia que ela não gostava de ser tocada. "Solte-me," disse ela, sem conseguir mover a mão dele sozinha. Seu coração doía ao pensar em como Graham tentava puni-la, provocando-a enquanto mostrava o que a esperava no futuro.

Henrique continuou segurando-a até a multidão se acalmar enquanto os soldados passavam a cavalo. Ele tinha ouvido as histórias de como ela poderia escapar se lhe dessem a menor oportunidade e não ia arriscar. "Pare de lutar contra mim."

Se não fosse por ela ser o brinquedinho de Graham, ele já teria batido nela há muito tempo. Henrique soltou Rosa para acabar com o choro dela. Era tolo como ela agia assim quando ele estava longe de ser como Graham.

Rosa tocou onde Henrique a havia segurado. Sua pele estava quente ali por causa do toque. Ela se afastou de Henrique. Por um momento, ela viu Graham em vez de Henrique diante dela. "Não me toque," ela falou baixinho.

Henrique não se importava de ter pena dela. Ele estava apenas fazendo seu trabalho e o dela era ser tocada. "Pegue o que precisa para que possamos retornar ao bordel. Precisamos alcançar as outras mulheres."

Se não fosse pelo fato de que ela estaria presa no bordel pelos próximos dias até chegar o momento das mulheres caminharem pelas ruas novamente, Rosa voltaria para o bordel agora. Ela tinha que aproveitar essa pequena liberdade agora.

Rosa se distraiu observando os homens do rei passarem. A forma como as pessoas ao redor os chamavam com excitação. Apenas por um momento, ela gostaria de aproveitar e ser tão despreocupada.

"Vamos embora- Matias?" Rosa sussurrou, seus olhos se arregalando quando um dos soldados a cavalo passou por ela.

O soldado fez Rosa se lembrar de um amigo que prometeu voltar por ela.

Rosa andou na direção que os soldados estavam indo para ter uma visão melhor do homem. Ela pulou para olhar por cima da multidão entre ela e onde os soldados caminhavam.

Henrique estava logo atrás de Rosa, confuso sobre por que ela estava de repente mostrando interesse nos soldados. Era comum para os soldados passarem pela cidade e Rosa raramente demonstrava interesse em homens.

Quanto mais Rosa olhava para o soldado, mais ela continuava vendo um rosto familiar. O amigo que ela se lembrava era um menino quando se separaram, mas ela não poderia esquecer suas características distintas. Se esse era Matias, então isso deveria significar que seu outro amigo Alexandre poderia estar perto.

Rosa andou mais rápido, tentando encontrar uma brecha na multidão para chegar mais perto e ver se realmente era ele. "Matias!" Rosa gritou, querendo ver se ele olharia ao redor se ouvisse o nome. "Matias!" Ela gritou, mais alto que da primeira vez.

Rosa sorriu com a excitação do retorno de seu amigo crescendo. "Matias!"

Henrique agarrou seu braço. "O que diabos você está fazendo?"

"Matias!"

A última tentativa antes de Henrique cobrir a boca dela pareceu funcionar, já que o soldado olhou em sua direção. Rosa tinha certeza de que ele a havia visto entre a multidão, já que seus olhos se encontraram. O soldado parecia confuso a princípio, então Rosa fez algo arriscado.

Rosa mordeu a mão de Henrique e removeu a capa para que seu rosto fosse revelado. "Matias!" Ela chamou, observando enquanto o homem que ela avistou não conseguia acreditar nos próprios olhos.

Rosa tentou correr para se aproximar de seu velho amigo. A memória da última vez que o viu voltou à tona.

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