Os resultados do teste saíram

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Virando-se para a fonte da voz, Kathleen viu que era um homem de meia-idade, mas, ao contrário dos outros, ele vestia um robe azul-escuro. Sua máscara facial estava levemente abaixada abaixo do queixo. Ele parecia ter cerca de sessenta anos.

Era alto e tinha traços bem cuidados, desde a profundidade dos seus olhos até a voz encantadora com a qual acabara de falar, ele ainda era muito atraente apesar da idade.

Seu olhar era quente e calmante, transmitindo uma sensação de conforto e tranquilidade.

"Esses olhos..." ele murmurou enquanto o sorriso em seu rosto mudava para um olhar um pouco surpreso no momento em que seus olhos encontraram os de Kathleen.

Ele se recompôs quase imediatamente, mas não o suficiente para que Kathleen deixasse de notar a mudança em sua expressão.

'O que estava acontecendo hoje?' ela se perguntava, 'primeiro foi a Tia Elizabeth e agora este homem se referindo aos seus olhos.'

As pessoas sempre diziam que ela tinha olhos incrivelmente únicos: eram de um tom púrpura puro ladeados por cílios negros naturais e aveludados. Isso complementava perfeitamente seu cabelo loiro e luminoso que descia pelos seus ombros, dando-lhe uma aparência etérea e bela.

Ela frequentemente se perguntava por que a cor de seus olhos era diferente das cores normais que todos tinham, mas ainda não havia obtido a resposta. Talvez fossem iguais aos de seus pais biológicos, mas ela talvez nunca soubesse, pois não tinha ideia alguma sobre sua verdadeira origem. Havia tantas perguntas que precisava de respostas, mas não tinha certeza se as obteria nesta vida.

"Como você está?" O novo médico perguntou, retomando seu sorriso inicial antes que ela pudesse expressar sua preocupação.

"Acho que me sinto melhor," Kathleen respondeu fracamente, com a voz tingida de um pouco de rouquidão.

"Isso é bom, pois precisarei que você esteja preparada para o que estou prestes a dizer," disse o Dr. Rivers.

Kathleen teve um pressentimento de que o que ele estava prestes a dizer não seria bom, e sua respiração acelerou inexplicavelmente.

Imediatamente, seus instintos maternos surgiram e ela instintivamente colocou as mãos sobre seu ventre ainda plano.

"Como está meu bebê, doutor, eu o perdi?" Ela lutou contra o pânico crescente dentro de si e se preparou para perguntar.

Ela tentou se sentar, mas foi contida pelo Dr. Rivers.

"Ei... você precisa se acalmar, e não, você não perdeu seu filho," Ele rapidamente acrescentou ao perceber seu estado de agitação. "No entanto, você terá que decidir se vai mantê-lo ou não."

"Por que preciso tomar uma decisão, doutor?" Kathleen perguntou, com uma expressão confusa que se formou em seu rosto instantaneamente.

'Apesar do fato de ter vindo em uma hora errada da minha vida, eu sempre amei crianças e planejei ter algumas delas na hora certa para preencher o vazio na minha vida criado pela falta de uma família de verdade. Além disso, dado o fato de que sobrevivemos ao acidente, acredito que Deus queria que eu mantivesse o bebê. Então, por que esse médico estava me perguntando se eu queria manter a criança?' ela pensou.

'Embora não faz muito tempo que soube da gravidez, ainda não estou reconciliada com a ideia de terminar a gravidez.'

"Bem..." continuou o médico, "o bebê ainda está vivo, mas não em condições muito estáveis."

"Vocês dois podem ter sobrevivido ao acidente de avião, mas temo que isso tenha afetado o bebê de alguma forma. O impacto do pouso violento do avião resultou em um aborto ameaçado, o que explica o sangramento."

"Quais são as opções?" Kathleen perguntou de maneira tensa.

"Podemos evacuar o bebê agora ou você pode continuar com a gravidez," ele respondeu gentilmente.

"Por que tenho a sensação de que não é tão simples assim se eu escolher continuar com a gravidez?"

"Sim, se você insistir em levar a gravidez a termo, o bebê pode nascer com algumas complicações ou defeitos congênitos. Também é possível que você dê à luz uma criança saudável, mas a probabilidade disso acontecer é extremamente baixa."

"Se você optar pelo aborto, aconselho você a realizá-lo o mais rápido possível," ele aconselhou.

"Eu tenho tempo para pensar sobre isso?"

"Claro que sim, mas não por muito tempo. Nós coletamos uma amostra de seu sangue para realizar alguns testes e o resultado sairá muito em breve.

Qualquer decisão que você tomar também será baseada no resultado dos testes, então você terá que esperar até que os resultados saiam para decidir o que fazer."

Precisamos também que você entre em contato com um membro da família que possa estar com você, pois agora você deve evitar todos os tipos de atividades e descansar bastante nestes próximos dias para se recuperar completamente da saúde.

"Os resultados dos exames saíram e eu acho que estou interessado no caso dela," anunciou o médico que estava olhando Kathleen estranhamente, com um sorriso sutil.

Ele olhou para Kathleen e por um instante foi como se ele tentasse ver alguém através dela, ele a acenou com a cabeça e saiu pelo mesmo caminho que veio.

'Clank!' o estetoscópio caiu no chão da mão do Dr. Rivers.

"O quê!!!" ele exclamou, "Eu não acredito no que estou ouvindo!"

Outros, "???"

"Quem era aquele, e por que todos estão agindo de maneira estranha?" Kathleen perguntou, confusa com a reação de todos.

"Aquela é o Professor Gaius, jovem senhora. Professor Gaius Lewith Hunt. Um renomado médico de medicina tradicional chinesa," respondeu o Dr. Sumrall, diretor médico de Ben, com uma voz trêmula.

Era a vez de Kathleen ficar estupefata. "Você não diz!" ela literalmente gritou incrédula, se não estivesse tão fraca, estaria pulando pelo hospital.

"Isso é incrível. Eu finalmente conheci meu ídolo, o Professor Gaius, o famoso médico de medicina tradicional chinesa do mundo, e pensar que ele está interessado no meu caso?"

"Isso é bom demais para ser verdade. Mas como é possível? Eu ouvi dizer que ele não atende mais ninguém e até parou de praticar," Kathleen expressou suas dúvidas.

"É melhor acreditar, minha querida. Se o Professor lhe deu sua palavra, pode considerar como garantido; ele nunca volta atrás," Dr. Rivers declarou com convicção.

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