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Amazona.

"Vamos, acorde querido." Balançava o corpo adormecido de Ness.

"Eu não tô não...só mais um pouquinho." Resmungava enquanto sua mãe tentava lhe acordar.

Lá fora o clima ainda era sereno, com o ar úmido e gélido. Na vila, uma fraca névoa pairava dispersando os poucos raios de sol que conseguiam transpassava as colinas da enorme ilha, deixando o vilarejo em um tom azul azul claro e adocicado. Alguns vapores vazavam da casa dos vizinhos com cheiro de café e refeição bem preparada, já que aqueles que cedo acordavam, trabalhavam na lavoura.

"Venha tomar café, venha." Saia Aliora do quarto, vestindo um fino casaco de linho.

O pequeno se levantava com o cabelo macio em questão do clima, mas bagunçado por ter passado a noite se revirando por algum motivo estranho, com certa sensação de perigo. Dava seu pulinho da cama, enrolado na coberta que se arrastava pelo chão até chegar na mesa.

"Eu volto apenas à noite. Então caso você vá brincar com seus novos amiguinhos, não esqueça de fechar bem a porta." Aliora deslizava sobre a mesa um copo com café e um prato com talher, até a frente do filho.

Tais palavras despertavam e animavam o garoto, que ligeiramente se alimentava da comida quase se engasgando, e tratando o café como um suco, não se incomodando com a quentura do liquido. De canto de olho também notara uma panela sobre o fogão, onde a tampa saltitava com o que borbulhava dentro.

"Vou deixar a comida do dia pronta. Não se esqueça de comer para não estragar."

"Mãe, e a sopa de ontem? Estragou?" Ness cuspia comida enquanto falava de boca cheia.

"Tem que engolir antes de falar menino!" Seu cenho se fechava, mas relaxava logo quando olhava para porta principal: "Alguns viajantes que estavam passando por aqui na madrugada, pediram por um prato de comida. Então eu entreguei, aproveitando que eu poderia fazer comida nova agora de manhã para você" Sorria levemente enquanto tomava um gole de café.

....

Em um grande campo retangular, de em média 60 metros de comprimento e 28 de largura, era ocupada por 3 batalhões de 100 homens cada, com os grupos separados em 1,5 metro. O chão feita de blocos de concreto liso escuro, destacava uma grande marca que representa o símbolo militar abaixo dos pés do todo - sendo essa um "" preenchida em vermelho sangue.

A frente de todos esses homens, centraliza um outro que acabava de chegar, com as mãos para trás, coturno bem polido, traje padrão e uma boina militar. Tinha uma altura de 210 centímetros, face que indica uns 45 anos, barba rala grisalha e sobrancelhas bem escuras. Seu físico era surpreendente, antebraços bem avantajados e secos, sendo quase possível ver as fibras dos músculos .

O que lhe diferenciava de todos ali presentes, era as 3 pequenas medalhas dispostas verticalmente no lado esquerdo do peito. Aquele, aparentemente, superior, deixava o ambiente silencioso enquanto lentamente arrastava o olhar serrado sobre todos. No entanto, a voz do tal superior, surpreendeu a todos pela inferioridade, colocando, internamente, todos a riso : "Atenção a todos!" Gritava em agudo o superior.

Após o grito, o silêncio foi instaurado no ambiente, onde hora ou outra era nítido uma tosse abafando um riso, mas era ignorado: "As políticas internas da base militar deste país estão se moldando a sua grandeza. Recebendo uma quantia maior de membros para se encaixar com a mínima necessária, de acordo com as normas governamentais." Dando quase um gemido a fim de limpar a garganta, continuava: "Junto com isso, uma linha nova de patente está se juntando a esta base. Dito isso, vocês, em específico, estarão sendo realocados a uma patente acima, antes não existente no país, assim a nova horda de militares serão divididas em sub categorias e anexados aos 3 grupos aqui presente. Certo?!"

"Sim, senhor!" Respondiam em coral.

"Diiiiispensados!"Alongava a frase em um tom forte, apesar de não parecer forte.

Os batalhões saiam de forma e cada membro andava livre por esse pátio. Dentre eles, uma dupla feita de um rapaz loiro que seu cabelo poderia chegar aos ombros, mas está amarrado em um rabo de cavalo, já o outro tinha a cabeça raspada. Os dois em trajes militares, com uma altura media de 190 centímetros, ombros largos e rostos bonitos com traços fortes.

"Cara, eu juro que se eu não tivesse amor a vida, eu estaria no chão até agora rindo do superior." Falava o loiro estufando as bochechas.

"Ainda bem que eu estava bem longe de você Nathan." Retrucava o outro com um semblante neutro, mas gargalhando por dentro.

"Se liga! Vai ter festa no bar hoje a noite com o pessoal. Você tá nessa, né?" Dizia Nathan, enquanto vasculhava os próprios bolsos.

"Deixa eu adivinhar, você tá sem grana." Respondia vendo o colega colocar os bolsos para fora e em seguida dar um sorriso envergonhado.

"Qual é Dan! Só dessa vez, a gente vai receber nosso soldo só daqui duas semanas, e essas festas sempre são legais." Fazia olhar de pobrezinho para Dan.

"E quem disse que eu tenho dinheiro?"

"Vocês dois! Em posição!" Ordenava uma terceira voz.

Distraídos ao caminho da saída, escutam uma voz feminina imponente na retaguarda, entrando em posição sem pestanejar. No entanto, quando a mente de Dan finalmente assimilou de quem era a voz, torceu a cintura para dar uma cotovelada rápida em quem estava atrás, porém o alvo era mais ágil e, velozmente, com a ponta do coturno, atingiu a parte de trás do joelho o fazendo perder o equilíbrio, indo ao chão que nem geleia.

"HAHAHAHAHAHA!" Gargalhava Nathan, que ao mesmo tempo recebia um golpe horizontal em cheio com a canela em seu estômago.

"Vocês dois deveriam estar mais em alerta. Se dependêssemos de vocês a uma invasão, estaríamos mortos." Falava de maneira ríspida a voz feminina, mas quebrando a pose logo em seguida: "Vocês estão bem?"

"Eu quase...eu quase consegui dessa vez." Se levantava Dan.

"Não fode Maia! Não é porque não comi nada que você pode juntar minha barriga com as costas." Se mantinha de quatro no chão com a mão na barriga.

Se revelando a grande Maia, a bela moça de cabelos prateados e olhos afiados, agora com o cabelo amarrado em um coque, vestindo a farda preta.

"Vai pra festa hoje de noite?" Nathan finalmente se erguia limpando a farda.

"Nem vem que não tem. Inventa de gastar em bares o tempo inteiro, e quando precisa não tem né?"

"Ah, qual é! Vai me dizer que você não tem nada?" Debochava Nathan, mas recebia um puxão de orelha de Dan: "Oh zé ruela! Ela tem filho pra gastar, acha que ela é uma irresponsável igual você?!"

Ria Maia vendo a situação: "Vocês souberam da noticia de hoje mais cedo?"

"De inimigos dentro da cidade?" Respondia Dan com certa seriedade.

O clima ao redor dos três torna-se tenso à medida que eles reconhecem a iminência das invasões no país e compreendem as razões por trás dos frequentes avanços dos mercenários nas proximidades. Subitamente, uma explosão estrondosa irrompe, enviando uma nuvem de poeira pelas ruas e acionando os alarmes da base militar em um lamento agudo.

"Vamos!" Grita outro oficial que passava por perto.

...

Em cima de um edifício distante, uma mulher de lábios carnudos e vestida com uniforme militar observa a imensa cortina de poeira pairando sobre as casas abaixo. Um leve sorriso brota em seus lábios enquanto ela contempla a cena. Com um piscar de olhos, ela desaparece com um movimento ágil, emergindo instantaneamente ao lado de um grupo de pessoas que adentram elegantemente uma viela estreita. À frente do grupo está o mesmo homem com uma protuberância nas costas, resultado de um ferrão de escorpião.

"Capitão! As extremidades da cidade estão sendo evacuadas para as áreas mais seguras. Não vai demorar muito para o centro da cidade e a mansão do nobre ficarem repletos de militares." O informante é um homem careca, com uma venda sobre os olhos. Suas vestes largas lembram as de um sacerdote.

O ritmo acelerado deles continua enquanto o capitão processa as informações fornecidas por seu companheiro. "Já esperávamos por isso de qualquer forma. A parte complicada começa agora...", murmura ele, emergindo do outro lado da viela e erguendo o olhar para a imponente mansão que se destaca por trás de uma fileira de casas.

"É minha vez de me aquecer agora" Declara um homem de 200 centímetros de altura, vestindo uma regata branca e calças camufladas. Seu cabelo preto está espetado e as laterais raspadas, enquanto seus músculos acentuados e ombros largos demonstram sua força.

"Certifique-se de mirar corretamente desta vez" Rebate o capitão.

O homem alto do quarteto inspira profundamente e, ao expirar, seus músculos saltam ainda mais dos braços. Com movimentos lentos, mas fluidos, ele ergue a perna direita e bate o pé com brutalidade ao lado, separando sua base e posição, fazendo o chão rachar. Nesse momento, os olhos do homem reluzem momentaneamente enquanto ele puxa o punho direito para trás e, com violência, acerta o chão, criando um choque em cadeia que se estende em uma linha distorcida até a mansão, a cerca de 1 quilômetro de distância.

"Certo, isso deve assustá-los por enquanto. Até que levem o Nobre para um local seguro e ativem o mecanismo de defesa do cofre, devemos nos separar e nos esconder. Karne, por favor, não cometa nenhum erro desta vez. Já perdemos a oportunidade de obter uma das peças principais do mapa" Diz o capitão em tom sério, dirigindo-se ao homem forte. Nesse momento, os olhos do líder brilham suavemente e, instintivamente, ele inclina a cabeça para trás, permitindo que um tiro passe e atinja o chão vazio ao lado.

Do alto de um edifício, mechas prateadas balançam na forte ventania, enquanto atrás da luneta de uma arma de precisão, Maia puxa facilmente o ferrolho para recarregar a arma para o próximo disparo. "Parece que temos Despertados como invasores" Diz ela para o comunicador em seu ouvido.

"Malditas Amanozas" Resmunga o líder, rapidamente localizando a responsável pelo disparo.