A Mascote do Tirano

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Um suave sopro de vento passou pelas duas figuras na parte oeste do imenso jardim. Com a lua cheia como sua luz e o uivar do vento como sua música, a mulher tremia de medo.

"Por favor, leve-me."

Ela olhou para cima, para o homem à sua frente, agarrando firmemente a grama até que suas unhas se cravassem no chão. Ele levantou a sobrancelha, braços cruzados, inclinando a cabeça enquanto estudava a mulher, que estava ajoelhada a dois metros de distância. Apesar de seu corpo estar coberto de hematomas, seus olhos brilhavam com clareza.

Seus olhos se fixaram na corda cortada em volta de seu pescoço, indicando que ela era propriedade de outra pessoa. Ele pôde ver seu ombro tensionar sob seu olhar, mas seus olhos nunca deixaram seu par de olhos carmesim.

"Mulher, por acaso você veio até mim sabendo quem eu sou?" o homem zombou, parecendo divertido com a situação. Ele estava apenas caminhando no jardim para tomar um pouco de ar fresco, pois a cúpula mundial — os encontros dos soberanos dos impérios a reinos menores para falar sobre a paz — que estava sendo realizada neste território neutro o sufocava. Mas ele nunca imaginou que uma mulher surgiria do nada.

Seu lábio inferior tremia ao se separar, mas suas palavras estavam presas em sua garganta. É claro que ela tinha uma vaga ideia de quem ele era. Pela sua roupa adornada com verdadeiras joias e um broche dourado, ela podia dizer que este homem era alguém importante, que poderia matá-la ali mesmo. Mas ela morreria de qualquer maneira se fosse arrastada de volta para seu 'dono'.

O homem soltou uma risada seca e caminhou em direção a ela. Ele se abaixou com os olhos cor de marrom cintilantes de interesse, levantando o queixo dela com seu indicador.

"Eu não me lembro de arrancar sua língua para que você permaneça em silêncio... mas tanto faz," ele comentou, fazendo-a engolir, o que ecoou em seu ouvido. "Você quer que eu te acolha?"

Aries assentiu profusamente, pois não se importava mais. Ela não voltaria para aquele homem detestável que a manteve cativa por dois anos.

"Hmm... você é boa de cama?"

Sua respiração imediatamente ficou ofegante diante da pergunta, apertando mais o punho na grama enquanto seu maxilar se travava. "Não, mas... eu posso aprender."

"Hah! Que sinceridade! Se você não é bonita o suficiente, deveria pelo menos ser boa de cama para compensar isso! Ou, pelo menos, fingir que é!" ele entoou com um suspiro, clicando a língua continuamente.

'Se eu mentisse, você não me mataria ao descobrir?' foram as palavras que ela quis dizer, mas a tensão crescente em sua garganta a impediu de falar. Tudo o que ela podia fazer era encará-lo enquanto seu peito subia e descia pesadamente.

Este homem é perigoso, ela pensou. Encará-lo de perto confirmou seu palpite inicial de que ele era alguém que nem mesmo seu dono ofenderia. Se ele a acolhesse, ela faria tudo para agradá-lo e sobreviver. Pode não ser diferente daquele monstro, mas pelo menos este homem não era a pessoa que massacrou sua família.

"Mhm..." o homem murmurou uma melodia longa e profunda enquanto a estudava. Seus olhos então se ergueram para os soldados frenéticos que buscavam pela área. Apenas um olhar e ele já sabia de qual país esses soldados vinham. Isso fez o canto de seus lábios se curvar em um sorriso malicioso, desviando o olhar de volta para ela.

"Então, seu dono é do Império Maganti?" ele colocou um dedo na corda em volta do pescoço dela, puxando-a para mais perto. "Meu conselheiro me disse para não causar problemas durante a cúpula mundial... mas como posso fechar os olhos para uma criatura tão lamentável?"

"Por favor... eu farei qualquer coisa," saiu uma voz trêmula com sua respiração irregular. "Eu não quero voltar para lá."

Ele assentiu, de boca fechada. "Você não quer voltar para o seu dono? Tem certeza?"

Ela assentiu profusamente mais uma vez, mostrando sua determinação de ser acolhida por ele. Sua resposta imediata e desesperada fez o canto de seus lábios se estender em um sorriso largo e malicioso. O homem a soltou e se levantou. O que ele fez a seguir deixou sua mente em branco, enquanto seu corpo congelava.

"Você! Está procurando por ela?" sua tez instantaneamente empalideceu enquanto os olhos dele se fechavam maldosamente. Ele observou o soldado que chamara se aproximar e exibiu um sorriso educado.

O soldado olhou para a mulher ajoelhada no chão, e depois para o homem que o chamou. Assim que reconheceu quem era o homem que o chamara, fez uma reverência.

"Saudações ao sol brilhante do Império Haimirich. Por favor, desculpe-nos se isto causou algum inconveniente." Ela lentamente virou a cabeça para o soldado enquanto ele pedia desculpas com uma reverência. Seu coração afundou, pois não havia dúvida de que este soldado era daquela pessoa.

"Mhm. Tudo bem." O homem acenou casualmente e olhou para ela. Vendo sua tez pálida, ele sorriu, satisfeito com o desenrolar dos acontecimentos.

"Obrigado por sua benevolência, Sua Majestade. Eu vou levá-la imediatamente e pode ter certeza de que isso não acontecerá novamente."

"Fique à vontade." O homem, o imperador do Império Haimirich, Eustass Silvestri Abel Bloodworth, gesticulou com o braço enquanto inclinava a cabeça para o lado. Sua postura amigável conquistou a confiança do soldado enquanto este se aproximava cuidadosamente do bicho de estimação fugitivo do príncipe herdeiro de Maganti.

"Não..." a mascote, Aries, balançou a cabeça em pânico, tentando se afastar dali. "... Eu não vou voltar."

"Não torne isso difícil para nós," disse o soldado irritado, inclinando-se para agarrar seu bíceps para arrastá-la. Eles não poderiam irritar o homem que encontrou esta senhora, e o soldado sabia as consequências se o fizessem. Mas, justamente quando a mão do soldado poderia tocá-la, Abel falou.

"Espere."

O soldado parou e virou a cabeça para ele. Suas sobrancelhas se franziram ao ver Abel acenar com um dedo.

"Venha aqui. Ela é a mascote do príncipe herdeiro de Maganti, certo? Quero que você envie uma mensagem para ele sobre este incidente," explicou Abel. O soldado, achando isso lógico, retirou a mão e marchou em direção a ele.

Quando o soldado estava ao seu alcance, Abel roçou o ombro do soldado com a parte de trás da mão. "Diga ao príncipe herdeiro de Maganti que esta senhora..." Abel interrompeu enquanto de repente agarrava o pescoço do soldado.

Pego de surpresa, o soldado segurou a manga de Abel por instinto. Ele tentou se debater, mas o aperto de Abel se apertou enquanto ele o levantava do chão.

O canto dos lábios de Abel se curvou maliciosamente, encarando os olhos do soldado e vendo como a vida se esvaía deles.

"Deixe para lá. Acho que você não será capaz de enviar a mensagem mesmo." Assim que seu aperto se intensificou, Abel olhou para Aries apavorada e zombou. "Bem, agora, olhe para você... tremendo de medo enquanto a realização bate... um pouco tarde demais, aliás."

ESTALO!

Abel quebrou o pescoço do soldado e abruptamente o soltou. O corpo do soldado imediatamente colapsou no chão com um baque.

Aries recuou, olhando para o soldado, de olhos arregalados. Ela estava um pouco confusa com a súbita reviravolta dos eventos, mas tudo o que conseguia fazer era olhar para o soberano do Império Haimirich. Seus olhos instantaneamente pousaram no sorriso sinistro em seus lábios. E naquele instante, um medo que ela nunca sentira antes se alastrou em seu peito.

Um diabo. Um homem de sangue frio que nunca mostrou remorso ao tirar a vida de um homem. O pior dos piores.

"Escute aqui," ele demorou, caminhando em direção a ela e se abaixando. A ponta do dedo dele pressionou levemente sua garganta, traçando-a até o queixo.

"Qual é esse olhar?" Seu sorriso se estendeu mais ainda, segurando seu queixo. Seu par de olhos cor de marrom reluziam com malícia. "Você não está pensando em voltar para o príncipe coroado agora, está?"

Aries só pôde encará-lo enquanto ele encaixava o dedo na corda em volta de seu pescoço, puxando-a para mais perto. "Minha agora," ele sussurrou.

Antes que ela pudesse reagir, ele já havia inclinado a cabeça e pressionado seus lábios nos dela, marcando o início de sua vida como a mascote desse imperador louco que tinha parafusos soltos na cabeça.

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NOTA DA AUTORA:

Olá a todos! alienfrommars aqui :) Bem-vindos, bem-vindos!

Se você é leitor dos meus trabalhos anteriores e dos atuais, gostaria de dizer que é bom ver você aqui também. Abraços~!

Se este é o meu primeiro trabalho que você vai ler, por favor, confira também meus outros romances! Além disso, bem-vindo à nave espacial para Marte. Por favor, aperte o cinto de segurança e relaxe antes de decolarmos.

De qualquer forma, chega de abraços e beijos e vamos ao que interessa. Gostaria de deixar alguns lembretes sobre o que esperar deste romance.

Antes de mais nada, se você não gosta de violência, conteúdo adulto e linguagem forte como palavrões, este romance não é para você. O Mascote do Tirano contém muito disso, já que é um romance com temática obscura. É um trabalho que estive escrevendo por meses antes de publicá-lo. Também tive dúvidas sobre compartilhar esta história por causa do conteúdo. (o conteúdo aqui me fez escrever uma história leve que ainda não foi publicada para limpar minha alma.)

Em segundo lugar, nenhum dos protagonistas é puro. Mas o que posso prometer é que a protagonista feminina definitivamente não é submissa ou alguém fácil.

Em terceiro lugar, o protagonista masculino é um tsun... e louco. Estive querendo escrever um personagem em que as opiniões seriam divididas. Pessoalmente, não sei o que sentir sobre nosso protagonista masculino, Abel, porque ele é um personagem complicado. Se você não sabe do que estou falando, vá ler e tire suas próprias conclusões. Você pode odiá-lo ou amá-lo.

Por último, esta é uma história de ritmo acelerado. Haverá muitos esquemas, cenas picantes, mortes e temas que você pode achar perturbadores.

Isso é tudo por agora. Se você decidiu prosseguir depois de ler esta nota, bem-vindo a bordo! Espero que você curta esta história louca comigo.

OUTRAS OBRAS DA AUTORA:

A Paixão do Duque - completo

Vilanesa para o Diabo - em revisão (o primeiro volume completo)

A Companheira Escolhida do Verdadeiro Alpha - completo

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