O Poder Proibido
medida que os dias passavam, Emílio mergulhava mais fundo nas artes sombrias ensinadas por Valerius. Cada ritual, cada conjuro, trazia consigo um novo vislumbre do poder que ele agora detinha. O jovem Guardião das Máscaras se sentia invencível.
No entanto, uma sombra de preocupação pairava sobre Emílio. Ele podia sentir os efeitos do poder proibido em sua mente, como se algo estivesse lentamente se desenrolando dentro dele, ameaçando corroer sua sanidade.
Valerius, por sua vez, parecia imperturbável. Ele encorajava Emílio a continuar, prometendo que juntos alcançariam patamares de poder que nenhum valenciano jamais sonhara.
Uma noite, enquanto a lua lançava sua luz prateada sobre Valência, Emílio realizou um ritual especialmente perigoso, desvendando um aspecto do poder das máscaras que estava há muito tempo esquecido.
A energia que emanava do ritual era avassaladora, uma força primordial que parecia vibrar no ar. Emílio sentiu uma onda de euforia, convencido de que tinha atingido o ápice de seu poder.
No entanto, conforme a energia pulsava através de suas veias, Emílio percebeu que algo estava terrivelmente errado. Seu próprio ser parecia se fragmentar, como se estivesse sendo dilacerado por forças invisíveis.
Desesperado, Emílio tentou conter a explosão de poder, mas era tarde demais. Uma onda de escuridão o engolfou, consumindo sua mente em um turbilhão de caos e confusão.
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Flashback
As palavras do homem idoso ecoavam na mente de Emílio: "As máscaras têm o poder de revelar e ocultar, de conectar e separar. Mas também têm o potencial de serem usadas de forma perigosa."
A advertência de seu avô parecia mais clara do que nunca. Em sua busca pelo poder, Emílio havia ignorado os sinais de perigo, sucumbindo à tentação das sombras.
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Quando Emílio finalmente recobrou a consciência, ele estava cercado por trevas. Sua mente estava turva, suas lembranças fragmentadas. Ele percebeu que havia cruzado uma linha que nunca deveria ter sido ultrapassada.
Valerius estava à sua frente, sua máscara negra exalando uma presença sinistra. "Você foi além dos limites, jovem Emílio. Agora, está no limiar entre o poder e a destruição."
A voz de Valerius parecia distante, como um eco distorcido em meio ao caos que dominava a mente de Emílio. Ele compreendeu, finalmente, o preço que havia pago pelo poder proibido.
E assim, Emílio se viu diante de uma escolha terrível: continuar na escuridão que ele mesmo havia desencadeado, ou encontrar uma maneira de reverter o curso e redimir-se diante de Valência e da Sociedade das Máscaras. A jornada para a verdadeira maestria das máscaras estava longe de terminar, e agora, ele teria que enfrentar as consequências de suas escolhas.