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Capítulo 59 de 18 — Estás bem, irmãozinho?

Prossegui com o treinamento de extração de energia demoníaca, sentindo-me cada vez mais próximo. Percebi que, talvez antes do cair da noite, alcançaria o sucesso. Já se passavam várias horas de árdua prática, e agora, ao tocar um demônio, era capaz de perceber, algo que outrora me parecia inatingível.

Continuei a aprimorar essa habilidade enquanto o mantinha imobilizado. Fiquei segurando-o por horas até finalmente conseguir extrair, e o resultado foi surpreendente. Após tanto tempo de contenção, pude senti-la sendo absorvida por mim.

A sensação era distinta daquela experimentada durante a alimentação; era como se aquilo me conferisse uma força adicional. Uma corrente de energia percorria meu braço até o centro do meu ser, mesclando-se com minha própria aura. Embora o processo ainda fosse gradual, eu estava progredindo.

Mais algumas horas se esvaíram, durante as quais consegui extrair de dez demônios. Embora o processo tenha sido lento, revelou-se eficaz. Contudo, percebi que havia suas limitações; demônios com uma grande quantidade de energia demoníaca resistiam à minha capacidade de extrair tudo de uma só vez. Era necessário primeiro mesclar uma parte de sua com a minha e, só então, repetir o processo.

A noite se aproximava rapidamente, e com ela a possibilidade de retirar a energia demoníaca daquela abominável mulher. Ainda nutria receios, mas minha curiosidade era insaciável. Queria testemunhar suas reações.

Retornei, não à minha morada, mas à do velho. Anunciei-lhe minha decisão de seguir adiante com seu pedido. Sem hesitar, ele e sua serva me conduziram até aquela mulher detestável. Antes mesmo de iniciar qualquer procedimento, Max também surgiu, como eu previra.

Deslizei minha mão até o pescoço dela, confiante em minhas experiências anteriores. Afinal, a energia negativa parecia mais acessível por ali. Concentrei-me, buscando-a, mas estranhamente não consegui detectar nada. Uma sensação de estranheza tomou conta de mim. E se eu falhasse? Certamente seriam rápidos em me rotular como um fracasso, e isso eu não poderia permitir. Foi então que uma ideia surgiu.

— Ei, neguinha — disse, enquanto apontava o dedo na direção da serva. — Tira as roupas. 

— Mestre? — perguntou ela enquanto olhava para o velho.

— Faça isso, Nita.

— Entendido, mestre.

Ela começou a despir suas roupas com um olhar triste, e eu me vi confuso, incapaz de compreender suas ações.

— Sua idiota — o velho deu um soco leve na sua cabeça, como se estivesse repreendendo por não compreender a situação. — Não são as suas roupas.

 — Ham? Me desculpe. — O rosto dela voltou ao normal depois de entender, revelando uma expressão que permanecia enigmática, como se ocultasse seus verdadeiros sentimentos por trás de uma máscara impenetrável.

A neguinha se aproximou, começando a despir-se com delicadeza. Refleti brevemente sobre o fato de que eu poderia tê-la forçado de forma mais brusca, porém, talvez tenha sido o reflexo de uma experiência anterior que me impediu de agir assim.

Ao perceber a ausência de qualquer energia em sua pessoa, concluí que a dela deveria estar alojada em algum lugar específico de seu corpo, fluindo por ali. Isso significava que eu precisaria explorar cada parte de seu corpo para encontrá-la. Irônico, pensei, que a primeira mulher que eu tocaria tão intimamente seria justamente aquela que mais desprezava.

Segundo o velho, ela foi manipulada. Se houvesse mais alguém por trás da morte de minha mãe, a ideia de eliminá-los me traria uma satisfação imensa.

Iniciei o processo, passando minhas mãos por todo o seu corpo. Como a dela deveria ser sutil, percebi que precisaria aplicar mais pressão. Era impressionante estar tocando o corpo de uma mulher que, pelos padrões humanos, poderia ser considerada atraente, mas tudo o que eu sentia era um profundo desprezo.

Após percorrer todo o corpo dela com as mãos e não encontrar nada, comecei a duvidar se realmente havia energia negativa presente. Decidi então ativar meu "Speed Iz", permitindo que minha própria fluísse mais rapidamente, aumentando minha sensibilidade para detectar dos outros. Repeti o processo de exploração em todo o corpo da mulher, mas novamente não detectei qualquer indício.

Frustrado, recorri à minha habilidade mais forte "Super Speed Brute force Iz" e vasculhei novamente, mas o resultado foi o mesmo: nada. Parei por um momento, inspirei profundamente e suspirei, tentando clarear minha mente e encontrar uma nova abordagem.

— Izumi, conseguiu? — velho perguntou, com uma expressão séria.

Ao observá-los, percebi uma expressão de surpresa em seus rostos. Era evidente que algo os deixara intrigados. Talvez fosse o fato de eu não estar conseguindo extrair como esperado, ou quem sabe estivessem surpresos com minha habilidade.

— A energia demoníaca dessa mulher talvez não exista ou simplesmente não é detectável.

— Sério? E agora.

— Izumi, consegues usar aquela habilidade de que parou todo mundo da cidade? — perguntou Max.

— O que queres dizer com isso?

— É uma teoria, mas talvez com sua intenção assassina, talvez em vez de sugar a energia negativa dela, podias simplesmente matar.

— Entendi. Vou tentar.

— Obrigado irmãozinho.

— Cala boca.

Aquela teoria fazia sentido, mas naquele momento, não era algo que eu, na minha atual condição, fosse capaz de realizar. O uso da minha intenção assassina não era o obstáculo, mas a explosão de poder que paralisou a cidade anteriormente só aconteceu devido à minha raiva extrema, algo que eu não estava sentindo naquele momento.

Se ao menos eu pudesse acessar aquela habilidade que me permitia sentir tudo que acontecia ao meu redor… Talvez então houvesse uma chance.

— Certo, segurem ela.

Todos concordaram com a estratégia e se prepararam para agir. No entanto, usar minha intenção assassina poderia resultar na mulher em um sono profundo se debatendo. Era um risco que eu precisava correr, embora não entendesse por que ela ainda não havia acordado.

Com todos tão próximos, percebi que teria que direcionar minha intenção assassina a um alvo específico, mas ainda assim todos sentiriam sua influência. Era uma situação delicada, mas não havia outra escolha a não ser tentar.

Intenção assassina. Ativar!

Continuei concentrando minha intenção assassina, tentando amplificar sua intensidade, mas por mais que eu me esforçasse, não conseguia aumentá-la. Enquanto isso, os outros ao meu redor tremiam diante da aura que eu emitia. Com um suspiro, finalmente parei. Era evidente que minha tentativa não surtira efeito.

— Irmãozinho?

— Não a soltem, ainda tenho algo a tentar.

Subi em cima dela e dirigi-me ao velho com uma pergunta clara:

— Velho, qual seria a melhor parte numa mulher para sentir melhor a sua energia?

— Bem, isso é complexo. Alguns dizem ser o cérebro e outros no seu órgão reprodutor.

— Órgão reprodutor?

— Sabe, entre as pernas — disse, sorrindo enquanto fazia gestos sugestivos com os dedos, deixando claro sua insinuação.

Entendi o que ele quis dizer. Ele sugeriu tentar algo diferente, embora incerto. Ponderando sobre suas palavras, considerei que simplesmente colocar nas proximidades da boca dela talvez não fosse suficiente para abranger todo o corpo.

Apesar da incerteza sobre a eficácia de minha habilidade recentemente aprimorada, decidi arriscar.

Coloquei meu dedo indicador e médio da mão esquerda na boca dela e comecei a dizer:

— Max. Segure esses meus dois dedos e coloque lá embaixo.

— Certo, irmãozinho.

Eu não tinha conhecimento ou interesse em questões relacionadas ao corpo feminino, e tampouco senti necessidade de saber ou ver. Com habilidade surpreendente, Max inseriu meus dois dedos nela sem dificuldade alguma. Mais uma vez, essa situação não provocou em mim qualquer excitação; ao contrário, senti-me bastante orgulhoso do meu corpo.

Certo aqui vou eu. Cure Iz.

Com meu recém-aperfeiçoado cure Iz, agora era capaz de concentrar a cura onde eu desejasse, priorizando as áreas que necessitassem mais atenção. Dessa vez, ao colocar meus quatro dedos na mulher, estendi a cura por todo o seu corpo, tirando os membros.

Te achei! Super Cure Iz.

Senti a presença da energia em seu cérebro e órgão reprodutor, ou pelo menos algo que julguei ser um, com base em sua localização. Como antecipei, percebi que apenas o "super cure Iz" não seria suficiente para erradicar, especialmente considerando que ela só me beneficiava.

Intenção assassina!

A frustração cresceu quando percebi que até mesmo minha última tentativa não surtiu efeito. Aquilo me deixou perplexo. O que mais eu poderia fazer?

Relutantemente, considerei uma opção que nunca havia cogitado antes devido ao dano potencial que poderia me causar. Nunca havia passado pela minha mente usar, especialmente depois dos danos que sofria usando "Super Speed Brute Force Iz". No entanto, diante da situação, parecia que não tinha escolha.

Super Speed Brute force Cure Iz!

Conforme antecipei, meu corpo começou a ceder diante do esforço adicional. As veias pulsavam com uma intensidade dolorosa, e eu podia sentir o sangue escapando delas, e também escorrendo pelo meu nariz e boca. No entanto, algo havia mudado: agora eu estava completamente consciente de tudo ao meu redor. Sentia uma confiança renovada de que poderia eliminar a energia negativa.

Ela começou a se debater com força, mas sua mobilização anterior a mantinha sob controle. Fixei meu olhar nos locais afetados, não com os olhos, mas com uma percepção intensa e aguçada. Então, com uma ordem firme e determinada, declarei:

— Suma! Suma!

Somente com essa palavra, a energia negativa desapareceu, dissipando-se como fumaça ao vento. Mal tive tempo de desativar todas as minhas habilidades antes de sucumbir ao cansaço, desabando para o lado, completamente enfraquecido. Felizmente, Max estava lá para me segurar, evitando minha queda completa.

— Estás bem, irmãozinho?