Meu nome é John ?

Conforme meus sentidos começavam a se adaptar, os cientistas vendo que eu estava acordado deram ordens para que dois guardas fortemente protegido do lado de fora.

Eu pude ouvir uma série de travas sendo destrancadas na porta do quarto, e quando ela se abriu os guardas sem dizer uma palavra entraram no quarto e me colocaram sentado a força. E cara, nesse momento ficar sentado doía.

E conforme os guardas se afastaram os cientistas que estavam do lado de fora entraram apressamente para dentro do quarto seguidos por outros dois cientistas.

" John, John, olhe aqui " Disse o homem e quando eu olhei ele ligou uma pequena lanterna em nos meus olhos. O que foi uma experiência desagradável.

Enquanto isso, os outros verificavam outras coisas, um deles medindo minha pressão, outra pedindo para eu abrir a boca, e outro perguntando quantos dedos ele me mostrava.

" Você nos deu um susto em tanto John " Disse de forma brincalhona a cientista de meia idade.

John...é verdade, meu nome é John, ao menos foi o nome que me deram. Conforme os cientistas discutiam entre si eu focava em recobrar minhas memórias.

Meu nome era John, ao menos foi o nome que me deram, eu cresci aqui, eles testam diariamente os limites do meu corpo, também me dão " Aulas "

Como eles gostam de chamar a lavagem cerebral que tentam fazer comigo.

Ah merda, eu sou o Capitão Pátria ! Como ?

Eu estava tranquilo até ainda a pouco, mas eu não me sinto diferente, é como se eu sempre fosse...eu ? Isso é muito confuso.

Eu, com esforço, lentamente levantei a minha mão direita a frente do meu rosto, uma mão pequena, eu sou uma criança agora, que beleza.

" Tudo nem John, vamos deixar você descansar, amanhã vamos voltar com os testes " Disse a moça de meia idade.

" Dona, você não pode estar falando sério ! Ainda temos muito tempo ! " Disse irritado o cientista homem de meia idade.

" É, eu estou Peter ! Ele tem 10 anos pelo amor de Deus ! Estresse não vai fazer bem para o corpo dele ! " Dona respondeu igualmente irritada.

" Descanse bastante John " Ela disse para mim em um tom falsamente amoroso.

Eu sem saber o que fazer, apenas acenei fracamente a cabeça em concordância.

Com isso ambos cientistas e guardas caminharam para fora do quarto, e uma vez que todos estavam fora a porta branca se fechou com uma série de sons de trancas podendo ser ouvidos.

Eu ainda estava sentado na cama, agora que todos haviam saído eu consegui olhar melhor ao meu redor e para mim mesmo.

Eu estava usando uma roupa de hospital por algum motivo, ao meu redor haviam alguns livros infantis, soldadinhos de brinquedo, revistas em quadrinhos, e em uma das paredes estava pendurada a bandeira dos Estados Unidos por um mastro e por final um calendário em outra das paredes que mostrava o ano de 1999.

A minha cama era uma cama simples, um travesseiro com um cobertor também com a bandeira dos Estados Unidos.

Eu cocei levemente a minha testa, isso parecia loucura demais para ser verdade, como que eu cheguei a esse ponto.

Uma hora eu estava em paz, e na outra eu sou o ser mais egocêntrico, e com complexo de deus da ficção.

Que sorte ein...

Alguns minutos depois as luzes do meu quarto foram desligadas, e eu lentamente me coloquei deitado na cama olhando para o teto escuro.

O que eu vou fazer agora ? Eu não sou uma criança, ao menos não mentalmente, na série eu deveria me levar pela lavagem cerebral e me tornar um psicopata, mas eu já tenho a minha personalidade formada graças a Deus.

Pelo menos eles tentarem me moldar vai ser um problema a menos, agora vem o segundo, aonde eu estou ?

Eu não me lembro de em nem um lugar mostrar aonde eu era escondido do mundo,

E obviamente eu não queria continuar aqui, mas sem saber aonde estou isso torna as coisas complicadas.

Meu pensamentos foram impedidos pelo sono que foi dominando meu corpo, e lentamente meus olhos se fecharam e eu cai em um sono profundo.