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A primeira noite de liberdade.

Era incrível, eu consegui escapar ! Comigo indo em altas velocidades para o ar eu não puder evitar de ficar maravilhado com meu feito.

Eu estava voando !

E a sensação é incrível, atravessando as nuvens eu me encontrei em um imensidão negra, aonde tudo o que eu podia ver eram nuvens e estrelas. Com um sorriso no rosto eu cai levemente de costas e ajustei a minha posição para voar diretamente para frente.

BROOOMM !! 

E com um estrondo eu quebrei a barreira do som e voei em linha reta na maior velocidade que eu conseguia, e com um sorriso no rosto eu pude ver as cidades abaixo, é engraçado como elas são pequenas daqui de cima. E também é estranho eu conseguir ter um controle relativamente bom do meu voo.

Mas honestamente é como se eu sempre soubesse como fazer isso, acelerar e desacelerar, para frente e para trás, de um lado para o outro, era tudo tão fácil, agora com a adrenalina baixando eu percebi uma coisa.

Em que lugar no Estados Unidos eu estou ?

Eu fui desacelerando, e conforme fui descendo uma coisa passou pela minha mente, agora como eu pouso ? Não pode ser um bicho de sete cabeças né ?

Descendo eu me aproximei de uma casa em um subúrbio que tinham algumas roupas penduradas no quintal, se eu tivesse sorte alguma delas serviria em mim.

Fui desacelerando e lentamente me aproximando do chão com cuidado, e quando já estava lento o suficiente parei de voar e cai cambaleando um pouco no chão.

Não foi tão difícil, que estranho, nas obras de super heróis eles fazem parecer tão complicado, ou será que o Mark é só burro ?

Dentro da casa eu pude escutar algumas pessoas conversarem enquanto jantavam, uma família bem bonita por sinal, com um pouco de remorso eu comecei a procurar por roupas que me servissem, e por sorte encontrei uma camiseta branca e um jeans um pouco apertado, mas vai servir. E antes que pudessem me perceber eu novamente me lancei no ar frio da noite.

Eu tinha que procurar um lugar para me esconder rápido, a noite me esconde um pouco mas ainda assim não é normal ver um garoto de dez anos voando pela vizinhança.

Depois de dois minutos eu pousei calmamente em um parte vazio pelo horário, e caminhei em direção a um posto de gasolina que estava por perto, mas a todo momento checando meus arredores e mantendo os meus sentidos atentos para quaisquer inimigos que possam estar me seguindo.

Ding Ding !

Entrando na loja de conveniência pude observar um senhor de meia idade lendo uma revista no caixa enquanto uma musica country tocava em um radio ao fundo.

O homem nem se deu ao trabalho de olhar para quem tinha entrado na loja, e eu não incomodado com isso, fiz meu caminho até aonde tinham umas barrinhas de energia no fundo da loja, eu odiava roubar, mas toda essa fuja me deu fome.

E então escondendo três barrinhas na minha cintura caminhei em direção ao caixa.

" Olá " Eu disse tirando a atenção do homem da revista de colocando em mim.

" O que você quer a essa hora da noite garoto ? " Ele disse incomodado e voltando seus olhos para a revista.

" Ah, desculpa incomodar mas eu posso fazer uma pergunta ? " Eu disse meio hesitante.

" É um pais livre garoto, vai em frente " Ele disse em um tom monótono. 

" Você pode me dizer que cidade é essa ? " Eu perguntei tentando não soar muito nervoso.

Ele parou de ler a revista e me olhou confuso, provavelmente tentando entender como eu estava na cidade se eu nem sabia o nome dela.

" Em que mundo você está ? Aqui é Des Moines, Iowa " Ele disse me olhando confuso.

' Então não devo estar muito longe de Nova York ' Eu pensei rapidamente.

" Certo então, muito obrigado " Eu disse saindo da loja.

Mas não antes do atendente olhar para baixo e perceber que eu estava descalço, o que rapidamente o alertou que algo não estava certo.

" Ei garoto, espere aí ! " Ele disse saindo de trás do caixa e rapidamente andando em direção a saída por onde passei.

Mas ao chegar do lado de fora da loja eu já havia desaparecido.

" Mas o que ? " O homem de meia idade disse coçando a cabeça preocupado.

~~Scene Break~~

Eu caminhava pelos bairro a vinte minutos, não deixando a minha guarda abaixar.

Eu precisava de um lugar para passar a noite, e tinha encontrado o lugar perfeito. Eu estava de frente a uma grande casa abandonada, ela caia ao pedaços e eu consegui sentir o cheiro de mofo, mas por hoje bastava.

Dentro da velha casa todos os meus paços faziam um ruído, e encontrando um quarto aonde eu tinha visão da rua, e me recostando em uma parede eu pude descansar, o único som que podia ser escutado na casa era a minha respiração infantil, e fechando meus olhos eu me permiti descansar.