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Suas Lições Travessas

``` [ Aviso: Conteúdo Maduro ] “Harper, para de me despir com os olhos. A trama não está indo por esse caminho... AINDA.” Harper McKenzie, uma nova autora de romances da web, tem um problema — ela tem dificuldades com cenas românticas. Como alguém com experiência quase inexistente na vida real no assunto, ela não acerta na química íntima, e esses capítulos sempre saem secos e constrangedores. Felizmente para ela, Harper encontra um editor freelancer disposto a oficinar a escrita dela. Mas a surpresa? Esse editor acaba sendo seu amigo de infância e a sua primeira paixão da vida. O que acontece agora quando ele oferece aulas particulares sobre como escrever os romances mais quentes... e cenas de amor? -------------- Nota: esta é uma história divertida, aconchegante e doce, com um enredo de baixo drama. Sem triângulos amorosos, sem mal-entendidos, sem perda de memória/acidentes de carro/doenças terminais/etc. Conteúdo adulto abundante, começando suave, mas esquentando rapidamente. Você foi avisado! -------------- Espreitada: Ele deslizou o sutiã dela por seus ombros e, com um trabalho incrivelmente rápido e habilidoso, amarrou a peça de renda em seus pulsos. “Abra mais as pernas,” ele ordenou. O coração já vacilante de Harper falhou ainda mais. O comando em seu tom era estrangeiro, mas abateu sobre ela como uma onda de calor, e mesmo que mal pudesse começar a imaginar o quão salaz ela deveria parecer, com as mãos atadas e coxas abertas como uma oferta a ser devorada, ela pôde sentir a necessidade escaldante se enroscando mais e mais quente em seu núcleo. Seu corpo obedeceu com entusiasmo por conta própria, expondo-se completamente como lhe fora ordenado. Eli sorriu. Movendo-se entre as pernas dela, distribuiu beijos quentes ao longo de sua coxa interna, deixando pequenas fogueiras crepitantes em seu rastro. “Boa menina. Agora, o que a sua personagem deveria dizer a seguir?” Um dedo deslizou pela sua carne molhada e desejosa num toque escorregadio, fazendo seu coração parar de bater ao um gemido se libertar. “Escreva a próxima linha para mim, o que eu devo dizer antes de te desvendar com minha língua e fazer você gritar meu nome?” ```

Witchhazel · Urbano
Classificações insuficientes
270 Chs

Leve

** Eli **

Algo parecia estranho na Harper. Até mesmo na luz baixa da sala de teatro, Eli conseguia ver a vermelhidão em seu rosto. A tonalidade rosada de suas bochechas tinha se transformado num vermelho vivo, e ela parecia um pêssego perfeitamente maduro.

Ela estava bêbada? Eli olhou para o copo de martíni vazio em sua mão. Era apenas um drinque leve. Será que a tolerância dela era realmente tão baixa?

"Que tal um refrigerante se você não está a fim de outra rodada?" ele ofereceu novamente e se endireitou no seu lado do assento, alcançando o tablet enquanto tentava lembrar quais bebidas ela gostava quando criança. "Limonada de morango?"

"Não, estou bem, de verdade," Harper respondeu rápido demais. "Eu só— Na verdade, sim, isso parece uma boa ideia. Eu sempre aceito uma limonada de morango no verão."

… Ela definitivamente estava se comportando de forma estranha. Eli a observou com outro olhar cético, confirmando sua suspeita de que ela era super fraca para bebidas. Ele imaginava como era possível alguém com o sobrenome McKenzie, ou como quatro anos de vida na faculdade não a tinham preparado em nada.

O pedido deles chegou rápido. Assim que as cortinas se mexeram e o copo fez um tilintar leve na mesa atrás deles, Harper levantou-se, nem dando a ele a chance de levar a bebida até ela. Ela agarrou a bebida, deu um grande gole e então se acomodou no mini bar.

"Eu acho … Eu acho que vou querer alguns biscoitos também," ela murmurou, com os olhos fixos na bandeja de sobremesas à sua frente.

Eli se sentiu um pouco perdido. Mais ainda quando Harper apenas ficou sentada lá, sem realmente se mover para pegar um biscoito como tinha dito. Só então ele notou que ela parecia anormalmente tensa. Estava esticando as costas em uma linha reta e rígida, e esfregava os polegares da forma que sempre fazia quando estava nervosa.

Espera. Será que ela estava tímida?

A compreensão surgiu, e finalmente ocorreu à Eli que ela só começou a dar aqueles grandes goles em sua bebida quando as coisas esquentavam na tela. A vermelhidão das suas bochechas … Poderia ser de envergonhamento, e não de álcool?

Seu olhar deve ter se demorado nela por tempo demais. Pela primeira vez desde que o filme começou, ela virou os olhos para olhar para ele. "Ah, não se preocupe comigo," ela sorriu, aparentemente com algum esforço. "Não perca a próxima cena—" ela acenou na direção da tela.

Então ela parou quando viu o que estava passando.

Seguindo o olhar surpreso dela, Eli mudou sua atenção de volta para o filme. A segunda cena íntima estava a todo vapor agora. Um pouco mais contida que a primeira, depois que os personagens principais se acalmaram após a fuga dramática, mas os movimentos corporais lentos e medidos só tornavam a cena ainda mais sensual.

Dada a expressão no rosto de Harper quando seus olhos pousaram na tela …

Caceta, ela realmente era tímida!

Eli ficou pasmo. O primeiro pensamento que lhe veio à mente foi: como alguém que escreve romances adultos pode ser tímida com um filme como Bala no Coração Dele? No grande esquema de mercado, essas cenas nem eram tão selvagens assim!

O segundo pensamento que veio logo em seguida foi: caramba, ela é melhor que não esteja pensando que ele é um pervertido agora, por levá-la para assistir a um filme tão proibido.

Eli deu um gole silencioso na sua própria bebida, tentando processar como as coisas saíram tão fora do curso. Ele certamente não tinha a intenção de que ficasse estranho assim. Foi Harper quem disse que se inspirava em filmes e livros... Que tipo de filmes e livros ela estava falando, se nem esse ela conseguia assistir?

Ou talvez ele tivesse cometido o erro de julgar completamente errado a personalidade dela. Desde que viu a ousada premissa e a linguagem arrojada no seu romance da web, ele tinha tentado se ajustar a essa nova imagem de Harper, uma vixen atrevida que há muito tinha deixado para trás sua timidez. Essa impressão foi apenas reforçada pela visão dela quando se encontraram fora do teatro — quando ela deslizou até ele naquele vestido justo e aqueles saltos altos como se estivesse desfilando na passarela, ela era cem por cento a mulher sexy que escrevia cenas de romance quentes, não a garota de dezoito anos que ele se lembrava.

Então ele simplesmente supôs que ela seria aberta o suficiente quando se tratava de temas maduros, que eles seriam capazes de assistir a esse filme e falar sobre ele como se fosse um livro didático. Mas ele se esqueceu de que ela era apenas uma garota, afinal. Esqueceu-se de que, por mais que parecesse aventurosa, ainda era natural para uma garota ser "leve" quando se trata de assistir a esse tipo de filme com um rapaz.

Seus olhos desviaram-se novamente para o mini bar. Harper voltou a focar na bandeja de sobremesas, como se estivesse determinada a devorar aqueles biscoitos com o olhar. Ela estava planejando acampar lá até o fim da noite? Com um suspiro interior resignado, Eli se levantou do assento. "Acho que vou preparar algo para mim," ele disse, se movendo para mais perto. "Quer trocar de lugar? Você pode sempre levar esses biscoitos para o sofá."

Ele observou enquanto Harper concordava rapidamente, quase ansiosa demais para voltar para o sofá e colocar alguma distância entre eles.

Bem, parecia que ele teria que começar a fazer um plano completamente novo para ajudá-la com aquela carreira de escritora.