Capítulo 4

Passado- 5 anos- Acho que estou apaixonada/ Namoro

Fico olhando várias vezes a foto de seu perfil sem conseguir acreditar que é ele mesmo que dançou comigo naquele dia.

Começo a ficar nervosa do nada e resolvo lhe mandar uma mensagem no Facebook.

Ele me responde depois de alguns minutos e trocamos número de telefone.

A partir daí, nós começamos a conversar todos os dias e marcamos de nos encontrar no começo do ano, já que eu vou passar as férias na casa da minha biza e irei por lá por algumas semanas.

Finalmente chega as férias e eu e minha mãe vamos para a casa da minha biza de ônibus e chegamos lá em algumas horas. A viagem durou cerca de seis horas e meia e apesar de ter ficado muito tempo sentada dentro daquele veículo, eu estava bem disposta a aproveitar bastante assim que chegasse por lá.

Assim que vi a minha biza, corri para os seus braços e lhe dei um abraço forte.

"Olá vovó" - dizia com os olhos cheios de lágrimas de emoção - "senti sua falta."

"Olá minha bisneta, como você cresceu"- dizia ela toda alegre por nos ver- "tem comida pronta que a sua tia fez, ela foi trabalhar, mas volta no dia seguinte."

"Tá bom"- responde a minha mãe- "a senhora está com fome?"

"Não se preocupe com isso minha neta" - responde ela para a minha mãe - "a sua tia me deu a janta antes de ir trabalhar e eu já tomei o meu remédio."

"Tudo bem então. Carina, coloca as malas lá dentro do quarto enquanto eu esquento a nossa janta. Aproveita e toma um banho, pois sei que você também está bem cansada da viagem."

"Tá bem mãe" - dou mais um abraço em minha biza e vou fazer o que minha mãe me pediu.

Eu aproveitei bastante nessa viagem: eu fui na cachoeira, tirei várias fotos e é claro, fiquei conversando com o Cristopher.

Ele está me encantando a cada dia que passa e eu estou com a leve impressão que estou apaixonda por ele, mas será que ele sente o mesmo por mim?

Continuamos conversando e ele sempre me envia mensagens tão fofas como: Como pode uma garota tão bela e tão linda como você não ter ninguém ao seu lado?

Eu sorrio com a mensagem e ele me manda um áudio com uma música muito bonita da Banda Camila com o nome Abrasame.

Eu ouço a música e me vejo sorrindo na possibilidade de como seria se ele estivesse ao meu lado.

Aproveito bastante as minhas férias e vou para casa depois do Ano Novo.

Passamos o feriado do Carnaval em casa e eu quase que o vi, só não foi possível, pois a rua estava uma bagunça e acabamos marcando de nos vermos na semana seguinte, depois que o feriado terminasse.

***

Recomeça as aulas depois do feriado e eu estou mega ansiosa, pois hoje vou vê-lo e estou bastante nervosa também, pois eu não sei qual vai ser a sua reação ao me vê e nem mesmo o motivo dele ter marcado esse encontro.

Minha amiga diz para eu me manter calma, mas é fácil falar.

Agora eu estou nesse exato momento na esquina da escola usando o meu uniforme: blusa branca, meia branca, sapatilha e saia plissada preta.

Vejo alguém está se aproximando e quando olho mais de perto, vejo que é ele.

Ele sorri e me dá um abraço. Eu retribuo e meu coração parece que correu uma maratona de tão acelerado.

Ele me entrega três desenhos: Dois comigo desenhada a mão de óculos e outro de mim sem óculos.

Percebo que ele possui bastante talento e fico encantada com o desenho.

Agradeço e ficamos conversando, olhando um nos olhos do outro.

Depois de tanto conversar, ele diz:

"Estou muito feliz de revê -la."

"Também estou muito feliz"- digo e sinto as minhas bochechas corarem.

"Eu quero cantar uma música para você. Posso?"

"Sim."

Ele me observa por um instante e canta uma música da mesma banda que ele me enviou naquele dia chamada "Camila com a música Solo Para Ti."

A música é em espanhol e eu fico encantada com o seu modo carinhoso de cantar.

Depois que ele termina, ele sorri e eu lhe puxo e lhe dou um beijo.

É uma atitude que eu nunca tomei na vida e parece que ele gostou bastante, pois o mesmo retribuiu e após terminarmos, ele me beija novamente e diz:

"Estou apaixonado por você Carina."

E eu toda feliz respondo:

"Também estou apaixonada por ti Christofer."

Depois que nos beijamos, ele me leva numa sorveteria perto da escola e ficamos conversando por um bom tempo. A sorveteria é pequena, mas toda enfeitada com desenhos de sorvetes e alguns em formas de coração.

Após isso, nós vamos para o ponto de ônibus, pois a escola fica um pouco distante da minha casa.

Nos distraídos tanto conversando que eu perdi a condução e só chegou outro quarenta minutos depois.

Subimos no ônibus e nos sentamos no antepenúltimo banco do final do ônibus.

Continuamos conversando e ele me beija novamente e depois me diz:

"Carina, você quer ser a minha namorada?"

"Sim"-digo e o beijo.

Ele pede para ir na minha casa para contarmos aos meus pais, mas eu digo que é melhor não, pois preciso preparar o meu pai para a notícia.

Ele concorda e após descermos do veículo, ele me leva até a esquina da sua casa e me dá um beijo e eu sigo para a minha residência e ele para a dele. Ele mora há vinte minutos da minha casa, mas nós não nos esbarrávamos antes, pois ele estuda em uma escola diferente da minha.

Chego em casa em cinco minutos e eu vejo que minha mãe está fazendo o almoço. O aroma da comida me invade e até sinto fome de novo -mesmo que eu já tenha almoçado na escola. Apesar que a comida da escola não me enche muito, pois nem sempre está tão bem temperada.

Eu espero ela terminar e resolvo tomar um banho gelado e após isso, chego perto da minha mãe e digo:

"Mãe, o Christofer me pediu em namoro e eu aceitei, ta bom?"

"Quem é Christofer?"- ela pergunta meio confusa.

"Um garoto muito especial."

"Ta bom filha. Depois você conversa com o seu pai"- eu acho que ela não acreditou muito que eu estava namorando não ou não prestou muita atenção, mas quando ela o conhecer a ficha dela vai cair.

"Ta bom."

"Agora vem almoçar que o almoço está pronto."

Terminamos o assunto e eu almoço com a minha mãe em silêncio.

Minha mãe diz para eu chamá-lo para vir aqui no fim de semana e é bom que o meu pai o conhece melhor.

Eu acabo concordando, mas com medo da reação do meu pai, mas não vou deixar de namorar com ele por causa do meu pai.

***

A semana se passa rapidamente e chega o tão esperado sábado que o meu namorado vai vir aqui conhecer os meus pais. É tão bonito dizer a palavra "namorado." Eu pensava que esse momento nunca iria chegar e agora estou eu aqui, ansiosa e torcendo para tudo dar certo.

Saio de casa e encontro com ele no meio do caminho e o abraço. Ele está vestindo uma camiseta branca com uma frase escrita: "Jesus Vive" e uma bermuda caqui. Já eu estou com uma saia preta e uma blusa rosa de listras, os meus cabelos estão soltos e cacheados.

Ele me dá um sorriso lindo que me deixa mais apaixonada ainda por ele.

Caminhamos de mãos dadas para a minha casa e meus pais os conhecem e graças à Deus deu tudo certo e meu pai e o Chris se tornam bem próximos.

Minha mãe acaba comentando que falta menos de um mês para o meu aniversário e ele me pergunta:

"O que você quer ganhar de aniversário linda?"

"Eu não sei. Ter você ao meu lado já é um ótimo presente."

Lanchamos, conversamos mais um pouco e ele marca de irmos na casa dele para eu conhecer os seus pais.

Eu fico feliz de finalmente ter alguém que goste de mim de verdade.

Eu o levo até a metade do caminho que é próximo a uma Praça e ele se ajoelha na minha frente e diz:

"Comprei isso para você-ele retira do bolso um anel de compromisso e coloca no meu dedo."

Ele me mostra que está usando um igual e eu fico mais feliz ainda. Depois, o mesmo se levanta e me dá um abraço.

Eu choro de emoção e ele cela os nossos lábios num beijo calmo, fazendo carinho em um lado da minha bochecha, o que faz borboletas mexerem no meu estômago.

Ele vai embora depois de alguns minutos e eu penso: Quem dia eu iria ser tão sortuda em ter alguém na minha vida.

Eu volto para a minha casa e logo começa o interrogatório do meu pai:

"Como você o conheceu? Ele parece ser um pouco mais velho que você."

"Eu pensei que o senhor tivesse gostado dele"- Digo um pouco chateada.

"Eu gostei, mas eu quero saber das coisas também, afinal, você é apenas é uma adolescente. Ele já tentou alguma coisa com você?"

"Claro que não pai, ele me respeita. Eu o conheci na festa de aniversário da Vanessa, mas pessoalmente o conheci há alguns dias."

"Ele é menino de família mesmo? Tome cuidado, por favor."

"Não estou entendendo esse interrogatório pai. Você parecia bem tranquilo quando ficou horas conversando com ele."

"Sim, eu estou. Eu só quero saber sobre as coisas mesmo, mas se está tudo bem, ok então. Mas nada de dormir na casa de namorado hein e nem ele aqui e terá regras também sobre o horário dele vir e sair daqui."

"É sério isso, pai? Eu já tenho quase 16 anos."

"Sim Carina, isso é sério. Eu apenas quero te proteger e não é porque eu me simpatizei com ele que eu vou aliviar para vocês, pois não quero que minha filha faça coisas que possam se arrepender e ter consequências maiores depois."

"Fala sério pai"- saio de perto dele e vou para o meu quarto.

Passado algumas horas, o meu pai bate na porta do meu quarto e eu o deixo entrar.

Ele se senta ao lado da minha cama e diz:

"Me desculpe filha, eu apenas disse isso para te alertar. Eu sei que ele é uma boa pessoa, mas ele é homem e vocês ainda são tão jovens. Não quero que faça nada forçado. Você realmente gosta dele?"

"Sim pai, eu gosto muito."

"Tudo bem minha filha, se é assim, eu vou tentar ser menos careta, mas ainda assim, nada de chegarem tarde em casa, está bem?"

"Tá bom pai, obrigado"- lhe dou um abraço- "agora eu preciso terminar as tarefas de casa, pois segunda preciso apresentar um trabalho na frente de toda a turma e amanhã eu vou ficar ocupada na igreja."

"Tá bom filha, depois você vai lá jantar. Sua mãe deixou comida pronta."

"Tá bom pai."

Ele sai do quarto e eu ínicio o meu trabalho escolar.

Termino tudo às 20hs e desço para ir jantar. A minha mãe fez linguiça com batata ensopada e após eu jantar, lavo a louça e tomo um banho morno. Quando termino, visto uma camisola longa e vou me deitar, pois o meu dia foi muito bom, mas também cansativo.

Mas tudo que é bom, dura pouco.

Continua...