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Sacred Gear Creator (PT-BR)

Sacred Gear: Creator, é a primeira Sacred Gear criada por Deus como ferramenta para fazer as outras, mas nenhum ser em seu universo poderia usar seus poderes, então quando ele morreu uma parte de seu poder enviou a Sacred Gear em busca de um Hospedeiro. Eu posto essa fanfic neste outro site e resolvi ver como me sairia aqui. https://www.spiritfanfiction.com/historia/sacred-gear-creator-20411360 https://www.wattpad.com/story/240038941-sacred-gear-creator-pt-br

L4DR1X · Anime e quadrinhos
Classificações insuficientes
67 Chs

Fate

Eu tenho o mesmo sonho, sobre um mundo que não existe ou talvez exista e apenas não possa alcançar, um mundo onde demônios, anjos e humanos vivem em harmonia.

"Então você veio até mim, hora de cumprir nosso contrato".

Mas antes que eu posso realmente lembrar de algo um enorme dragão vermelho aparece e esqueço de tudo, todas as noites desde que meu pai adotivo morreu, Emiya Kiritsugu.

Ainda de olhos fechados escuto a porta de correr do meu quarto abrir.

"Mestre, o café já está pronto", eu reconheço a dona da voz que não demonstra alegria ou tristeza, uma casca vazia, Matou Sakura, minha serva, após seu irmão perder uma aposta.

"Pode entrar", dou minha permissão ainda um pouco sonolento e me sento em meu futon e vejo a garota de cabelos roxos e olhos Azuis-claros, seios grandes, algo raro em mulheres japonesas. Parei de perder minhas noites de sono tentando entender esse sonho, algo em mim me diz que falta pouco para entender seu significado.

(Futon = uma espécie de saco de dormir japonesa)

Ela estava vestindo o uniforme da instituição de ensino Academia Homurahama a qual estudamos que consiste em camisa branca de mangas largas, colete abotoado bege, um laço vermelho na gola, saia até a altura dos joelhos, preta, meias brancas e sapatos marrons, que ela não estava usando, para mulheres e em seu cabelo um fita rosa na lateral.

"Sim, mestre", ela desliza um pouco mais a porta revelando uma bandeja para tomar café da manha na cama, uma refeição completa, com suco de laranja, meu favorito, depois do de guaraná, que provei apenas uma vez quando encontrei um brasileiro que me deu um pouco quando era criança.

Seus modos eram impecáveis, a forma como levantou e como serviu meu café eram elegantes, para completar com toque de ouro sentou ao meu lado e esperou paciente mente enquanto terminava de comer.

Quando ela notou que o ultimo pedaço da omelete foi devorado por mim, ela começa a desabotoar o colete e revelar seu pescoço, o principal motivo para a querer como minha serva não são os pequenos luxos, mas por causa disto.

"Itadakimasu", eu digo enquanto minhas presas se alongam e mordo o pescoço da garota ao meu lado e aproveito o sabor característico do seu sangue, não é um dos melhores, já provei muitos de outras garotas na cidade, mas o de Sakura é mais rico em magia, além de seu corpo conseguir se recuperar mais rápido.

Eu não sou nenhum leigo, fui educado por meu pai adotivo sobre magia básica e sobre o mundo mágico enquanto ele era vivo, inclusive sobre a minha própria existência, algo classificado como Sugador de Sangue e não Vampiro, existem inúmeras espécies sobrenaturais que tomam sangue e vivem em certa harmonia com os humanos, por isso não são caçadas em circunstâncias normais.

Por outro lado, os chamados Vampiros, necessitam de sangue constante para ficar vivos e matar sua sede de sangue, além disso, suas vítimas morrem ou são transformadas em servos, similares a Zumbis, esse tipo tem duas categorias os Apóstolos Mortos e os Verdadeiros Progenitores, essa história era um pouco chata então não lembro corretamente, mas para simplificar, não me encaixo em muitas das características deles então posso ser considerado uma espécie diferente que não arrisca a humanidade, principalmente por ser humano ainda.

Eu sinto Sakura soltar leves gemidos ainda com sua poker face sem emoção, apesar de tudo ela está viciada nessa sensação luxuriante de ter seu sangue sugado, o corpo dela esquenta e sua pele pálida fica rosada.

Eu sei de tudo que aconteceu com ela, Shinji seu irmão fez questão de me contar detalhadamente como ela foi abusada e torturada por ele, além de dizer brevemente sobre os experimentos que fizeram com ela ao ponto de quebrar sua mente, como apesar de ela ser a sucessora de seu Clã ainda é uma falha, "Ela não serve para ser um bom receptáculo", foram as palavras que escutei ele dizer.

Isso não importa para mim, não ligo para o bem estar dela, mas quando ela virou minha serva fiz Shinji não a tocar, pois a qualidade do sangue dela pode torna-se pior, se não fosse esse o caso ainda o deixaria brincar com ela, lembro de ele aceitar a contragosto, por saber que não deve mexer no que é meu sem minha permissão, depois de tantos anos na mão daquela família o gosto dela ser aceitável é um milagre, "imagino qual gosto teria caso ela tivesse uma irmã pura", penso aumentando meu aperto nos seios dela, apesar de tudo minha sede de sangue é atrelada ao meu instinto sexual, tive tempos difíceis quando apenas podia tomar sangue do Kiritsugu.

Os únicos que sabem atualmente sobre eu ser um Sugador de Sangue é Sakura, Shinji acha que eu a uso para outras atividades, o corpo dela me agrada, mas não consigo sentir uma atração real por alguém que nem consegue demonstrar emoções e muito menos tem seus próprios pensamentos.

Meu tipo de garota é alguém que apesar de estar comigo ainda tem objetivos próprios, uma posição de superioridade sobre outros, personalidade forte e decidida ou simplesmente seja capaz de ir contra mim quando necessário e Matou Sakura não atende a nenhuma dessas qualidades para despertar meu interesse, apesar de oficialmente estarmos namorando para evitar empecilhos em nossa vida cotidiana.

Dou uma leve lambida em seu pescoço para limpar as ultimas gostas de sangue e aplico um Magecraft simples para fechar as feridas deixadas por minhas presas.

"Você tomou pouco hoje, mestre", diz ela sem emoção, porém acariciando seu pescoço antes de começar a arrumar sua roupa para sair.

"Minha cabeça ainda está doendo", digo me levantando do futon e começo a trocar de roupa na frente dela, não há vergonha entre nós já vimos tudo que poderíamos um do outro e o interesse era mínimo e o fato dela estar mais interessada em guardar meu futon ao invés de olhar para o meu corpo ou ficar envergonhada apenas reforça isso.

Desde que me entendo por gente tenho dores de cabeça constantes e só aumentaram com o passar dos anos, um dos motivos para tomar sangue da Sakura é uma forma de terapia contra a dor, afinal eu gosto bastante da sensação, as vezes sonho com um pequeno banquete de varias mulheres, loira, morenas e até algumas de cabelo branco, apenas para meu deleite.

Eu termino de me vestir, o uniforme de Homurahama é feito especialmente para mulheres, pois a versão masculina é horrível, sendo nada mais que um blazer de zip e uma calça comprida, ambos bege.

Me olho com desgosto no espelho, todo dia morro mais um pouco por usar esse tipo de roupa, pelo menos o contraste entre a roupa e a minha pele dá um toque especial, meus olhos dourados me incomodam um pouco, mas por algum motivo ninguém estranham, meus cabelos brancos levemente loiros me deram muitos problemas, principalmente com a direção da escola, eles prezam por um 'padrão' no Japão e isso começa desde as escolas.

Eu saio do meu quarto e vejo Sakura me esperando na entrada da sala, em pouco tempo ela já havia lavado a louça do café, "Vamos", digo e seguro sua mão, afinal somos 'Namorados', tranco a porta da casa e fecho o portão, a casa em que fui criado é uma mini mansão estilo oriental, eu gosto disso.

No caminho encontramos outros estudantes, sou bastante popular por ser o capitão do clube de Kendo nós levando para algumas competições nacionais, sou um segundanista, um ano mais velho que Sakura.

Ao longe vejo alguém que prefiro manter distância, por algum motivo ela me odeia sem motivo aparente e prefiro assim, afinal logo vai começar algo que venho sendo preparado por Kiritsugu a anos.

"Bom dia", digo para a garota de cabelo em caudas duplas amarradas por laços pretos, vestindo um casaco vermelho longo sobre o uniforme.

"Tsk! Bom dia", ela estala a linga e franze as sobrancelhas quando nota a minha presença e vai para dentro do edifício escolar, posso escutar ela murmurando, "Ele ainda tem coragem de falar comigo, mesmo namorando ela", sempre escuto algo assim quando estou próximo, mas prefiro deixar para lá, não quero me envolver com Tohsaka Rin, uma das três grandes famílias que regem a cidade pelo submundo mágico.

Sendo outro o Clã Matou, sim, Sakura é a herdeira de um desses clãs e o ultimo é o Clã Einzbern, esse nome sempre me traz uma mistura de sentimentos bons e ruins, mas não sei o motivo. Sempre atribui as coisas que meu pai falou sobre eles e sua filha que está lá, visto que a morte dela é quase impossível de ser parada.

Me despeço de Sakura dando um leve cafuné em sua cabeça, igual um dono faria em um gato ou cão de estimação, essa garota deixou de ser humana muito tempo atrás, se não um ataque aleatório contra ela na cidade talvez nunca falasse com ela, mesmo sabendo do seu envolvimento com magia.

Ela apenas acena com a cabeça e finge sorrir, exatamente como ensinei e melhorou muito nos últimos dias, antes parecia estar comendo carne com papelão e agora parece um sorriso 'aceitável'.

Entro em minha sala, todos aqui estão acostumados com minha presença, não inicio conversas e apenas fico em silêncio, se alguém falar comigo irei trata-los muito bem, afinal não posso manchar minha imagem, porém só tenho um amigo ou quase isso no colégio, Matou Shinji irmão da Sakura.

Matou Shinji, meu colega de classe, faço uma leve saudação e ele retribui claramente estressado, depois que tirei Sakura dele seu humor ficou pior, soube de algumas vítimas dele na escola que sua família deu um fim apropriado.

O professor entra e aula começa. Eu sento e olho rapidamente para o Shinji antes de voltar minha olha para a frente.

Muitos podem pensar que ser amigo se Shinji é um erro, mas tem apenas uma coisa que me admira nele, seu empenho em um único proposito o de poder usar magia, todos os dias pesquisa formas de conseguir atingir sua meta, sempre pronto para sacrificar tudo e a todos, algo invejável e graças a isso descobri que a Guerra do Santo Grall irá começar logo, pois segundo meu pai ainda iria demorar mais uns 40 anos, contudo devido ao fracasso do ultimo ritual e uma série de acontecimentos tornou possível seu reinicio em apenas 10 anos.

A aula seguiu normalmente, nunca memorizei o nome dos professores e muito menos o da minha tutora que apenas fez um favor em demonstração de apreço pelos trabalhos do meu pai quando em vida, além disso já tudo que os professores tem a ensinar, pelo menos nesse nível de ensino, por isso gasto meu tempo treinando imaginação para melhorar a projeção, uma das magias mais básicas e que tenho extrema afinidade.

O almoço foi calmo, Shinji não veio falar comigo, provavelmente o estresse, outra garota inocente vai pagar por isso e não vou impedir, mas não faço isso por causa de amizade ou algo parecido, assim como ganhei uma aposta tendo Sakura como minha serva, perdi uma aposta para ele que o deu o direito de fazer o que quiser contra outras pessoas que não vou interferir, desde que não machuque a mim ou a Sakura.

Por isso apenas fecho os olhos, um homem deve manter sua palavra, se Kiritsugu soube-se disso iria revirar em seu túmulo, uma vez ele disse, algo como, "Um homem não deve fazer uma mulher chorar", mas eu vejo como, "Um homem não deve deixar aqueles que importam para você chorar", eu não importo com pessoas que nem conheço e provavelmente nunca vou falar e se por acaso um dia fizer amizade com uma das vítimas dele, caso ele não pare irei atrás dele.

Eu nunca trago almoço e espero Sakura em minha sala, virou um ritual nosso, comer em público, temos que encenar um pouco, por isso esse horário é reservado para nós independente de qualquer compromisso e isso vale para ambos, posso não gostar dela, mas isso não é motivo para tratar injustamente um de meus pertences.

Ela entra na sala caminhando lentamente, toda a escola sabe do nosso relacionamento, isso evita situações chatas como ano passado quando eu mal conseguia treinar por causa das Stalkers e fãs sem sentido, nunca entendi como alguém pode venerar outra sem conhecer realmente ela, viver ou conversar, existem muitas bandas boas que escuto, não conheço o nome de nenhum dos cantores, bateristas, etc. apenas gosto do trabalho dele, nada mais, nem menos e gostaria de ser tratado assim, porém não é o caso, muitas delas mau sabem o meu nome e me 'amam', perto delas o que eu e Sakura temos agora pode ser considerado amor verdadeiro.

Nosso almoço foi calmo, ela sentou ao meu lado enquanto comemos, algumas fãs dela surgiram e vieram conversar conosco, Sakura é muito popular sendo a estrela do time de Judo e por isso tem fãs, mas nenhum amigo.

Tohsaka também é da minha sala e fica nós encarando de canto de olho, mas finjo não perceber para evitar conflitos desnecessários, mas noto algo que não percebi em sua mão, um símbolo disfarçado com magia, "Então começou finalmente", eu digo um pouco mais alto sem perceber e ela nota meu olhar diretamente para a palma de sua mão que ela cobre rapidamente e sai da sala com a boca aberta.

"Finalmente o que Emiya-San?", perguntou uma das minhas colegas que estava conversando com Sakura que estava visivelmente tremendo, provavelmente entendeu o significado das minhas poucas palavras.

"Finalmente é final de semana e vou poder passar o dia mimando minha garotinha", digo com voz fofa e puxando Sakura para o meu colo e fazendo cafuné nela, igual a quando você força um anima a receber carinho. Ela apenas coloca a cabeça em meu ombro e sussurra nervosa, "Não vou poder jantar na sua casa essa noite, nem ir nela pela manhã".

Suas palavras confirmam minhas suspeitas, eu acaricio sua cabeça e falo no seu sussurro em tom audível para os presentes com minha voz ainda fofa, "Então vamos nos encontrar no telhado antes de ir", e mordo seu pescoço apenas para que ela fique um pouco mais calma e funciona, as duas observadoras ficaram vermelhas. No Japão tais demonstrações de carinho acontecem principalmente em privado, sendo eles tímidos ou com muito pudor.

Nos despedimos com um leve abraço, já virou rotina, Shinji voltou ignorando a existência de Sakura que parecia não se importar, melhor, ela realmente não se importar.

"Boas notícias?", pergunto, já sabendo a resposta por sua alegria, afinal não é todo dia que vejo um sorriso tão asqueroso vindo daquele rosto.

"Sim, uma excelente notícia, quando eu puder contar você vai ser o primeiro a saber, na verdade que tal uma nova aposta?", ele diz e nem preciso saber os termos, nossas apostas sempre tem as mesmas regras, tudo deve ter igual valor, quando ganhei Sakura estava apostando minha residência, apesar da Sakura não valer tanto.

A segunda é quem propôs a aposta tem o direito de escolher o desafio e a ultima regra é bem simples, contanto que não envolva inocentes pode fazer qualquer coisa desde mentiras, chantagem e até mesmo assassinato, quando perdi para Shinji foi em momento simples, aposta era sobre quem Sakura iria escolher, ele ou eu, apresentamos nossos argumentos e eu estava ganhando, até que ele começou a fazer promessas vazias, como se livrar de Zokuen, o patriarca da do clã ou até mesmo a ajudar na Guerra do Santo Graal e perdi, pois não faço promessas que não pretendo cumprir.

Eu já matei antes em trabalhos com meu pai e não foi difícil, aquele tipo de sangue não desperta minha sede, na verdade acho até nojento. Ele me treinou sabendo que eu não poderia dar continuidade aos seus sonhos, mas resolveu acreditar e apostar que talvez eu possa fazer o bem e faço isso da minha forma, se o antigo lema do meu pai era "O menor sacrifício" o meu é "O que realmente importa", não importa salvar a vida dessas inúmeras garotas que Shinji abusou, eu fiz um trato com ele, além dele ser uma fonte de informações preciosa, não posso simplesmente salvar vidas sem importância, Shinji tem mais valor.

"Eu aceito", digo alto o suficiente para ele escutar e me preparo para as aulas da tarde, "os próximos dias serão agitados", penso enquanto o professor entra na sala, não lembro seu nome, mas sei que ele é um assassino, seu ser fede a sangue, tenho uma magia implantada em seu corpo, posso mata-lo a qualquer momento, estou apenas esperando o momento certo afinal o sumiço de um professo iria acarretar em muitas perguntas e não tenho apoio para me ajudar.

O resto da aula correu tranquilamente, usei meu tempo para treinar até o horário dos clubes, a tarde é utilizada para atividades extracurriculares, como esportes e clubes de pesquisa.

Fui treinar com a espada no clube de Kendo, arquearia chamou minha atenção, mas eu treino com espadas desde pequeno e quando soube que um dos meus elementos é espada me deu maior vontade de continuar, os outros são um completo mistério até para mim.

"Ele vai começar, novatos fiquem em silêncio e aproveitem, veteranos não deixem bisbilhoteiros entrarem, não quero que ninguém desconcentre o capitão", disse um dos integrantes do clube, acho que era o vice capitão, não lembro o nome.

Eu estou usando Kendo-gi cinza, uma espécie de Kimono que assemelhasse a um casaco, e uma Hakama preta, tem aparência similar a uma saia e contem uma divisória entre as pernas, em minhas mãos está uma espada de carvalho conhecida como Bokken.

Eu respiro fundo e começo a movimentar a lâmina de modo simples e elegante, não quero demonstrar força ou agilidade, apenas a minha postura e firmeza, a lâmina não oscila enquanto corto o ar demonstrando meu total controle sobre a lâmina, meus pés parecem dançar, mas é apenas a base de um espadachim competente.

No meio do meu treino sinto a costa da minha mão doer e parei a pratica na hora, "Continuem, vou embora mais cedo hoje", digo escondendo minha mão e vou para o vestiário, o som de decepção e preocupação dos meus colegas não tira o sorriso em meu rosto, eu havia sido escolhido como mestre.

E a prova é o contorno de um Selo de comando na costa da minha mão, eu sou um mestre e tenho que começar os preparativos para essa noite, "Vou convocar meu servo", digo sorridente e termino de me arrumar, não me esqueço de encontrar Sakura no telhado noto imediatamente ela tornou-se uma mestra também e mostro imediatamente meu símbolo para ela.

"Eu não sei qual o seu desejo ou o que Shinji planeja usando você, mas lembre-se, eu sou seu mestre", digo para ela e ando até ela.

"Eu não tenho um desejo", ela diz sem emoção segurando seus cabelos e joelhos fraquejando.

"Todos que participam da Guerra tem um desejo, seja eu ou você, não sei como funciona exatamente, mas isso é certo", digo seriamente enquanto olho em seus olhos e seguro e seguro seu queixo.

"O que alguém como eu pode desejar? Você sabe quase tudo que fizeram comigo, Shinji, Zokuen, mas não sente pena, não me conforta ou dá esperança, se nem você que parecia ser minha ultima esperança tem piedade de mim o que posso querer?", pela primeira vez vi Sakura falar o que realmente ela pensa enquanto lágrimas escorrem por suas bochechas rosadas e seus olhos sem vida se enchem de medo.

Odeio admitir, mas gostei de ver ela demonstrar algo, mesmo que seja medo. "Buscar pena ou piedade em pessoas aleatórias é algo que funciona apenas em histórias infantis", desço minha mão na altura de seu pescoço e a levanto facilmente, "Essa pessoa aleatória pode ser a causa da sua morte", digo cruelmente enquanto vejo ela sufocar sem tentar se libertar, "Se você não encontra luz para conforta-se agarre a escuridão", eu a jogo contra o parapeito sem muita força para não causar danos permanentes.

"Um dia você não teve escolha e tudo lhe foi tirado, agora talvez seja a ultima chance de retomar oque é seu, então como seu mestre eu ordeno, lute a guerra para vencer, pois eu não terei piedade de você", dou um ultimo chute no estômago e cuspo em seu rosto, não posso ter piedade agora vou dar uma chance para ela lutar e nesse momento demonstração de afeto para quem só conhece a dor é a pior escolha.

"Espero que quando tudo acabar seu sangue esteja ainda melhor", murmuro descendo as escadas, minha boca ficou ressecada, por causa da minha animação não bebi água desdá hora do almoço e nem consegui matar minha sede com a Sakura, vou ter que fazer um pequeno lanchinho no caminho.

Fiz um grande desvio para minha casa, precisava caçar, mas por causa dos assassinatos recentes foi difícil encontrar uma mulher, Kiritsugu foi o primeiro e ultimo homem de quem tomei sangue, se merda tem um gosto deve ser o do sangue dele, quando finalmente encontro alguém bom o suficiente alguém ataca antes, "Eu cansei disso, ativar", eu ativo uma Magecraft que demorou bastante para ser desenvolvida, um pequeno pedaço de ferro, menor que um grão de arroz, com a capacidade de cortar órgãos internamente que ninguém jamais descobrirá o que o matou, pois ela irá desaparecer.

Ele vai embora normalmente, mas seu interior está sendo destruído, ele nem vai ver o dia nascer amanhã, eu vou embora chateado, não consigo lanchar e estou morrendo de cede.

Chego em casa e tenho que preparar o jantar, nunca gostei de cozinhar, amo comer, mas cozinhar não é algo que eu goste, apesar da minha comida ser muito boa, uma pessoa não precisa gostar de seu dom.

Eu peço uma pizza que chega em menos de 10 minutos, demorou dois minutos a mais que a média do tempo então dei menos gorjeta que o normal e foi jantar no armazém, aqui está um círculo de convocação que Kiritsugu deixou para meu estudo e uso posterior, pois é quase impossível que eu refaça algo dessa qualidade.

"Eu acho que ele deixou isso por aqui", digo pensativo enquanto vasculho o armazém com uma fatia de pizza na boca, "aqui está", em coberta por um pano velho é Avalon, a bainha da espada Excalibur utilizada por Kiritsugu na última Guerra para invocar Rei Arthur como servo e lutar ao seu lado e me contou os detalhes das dificuldades que teve..

"Mas não vou utilizar você", digo e a coloco em meu peito, fazendo uma luz branca surgir ao ser absorvida por meu corpo, ela foi usada por Kiritsugu para me salvar quando era novo, mas devido as circunstâncias do meu ser ele a tirou de mim, por medo haver consequências para o meu crescimento.

Não posso usar Avalon para convocar o mesmo herói, nossas formas de agir vão diferir muito não vou cometer o mesmo erro que ele, se um nenhum catalisador for usado o servo vai ser escolhido aleatoriamente com base naquele que melhor se encaixa com o mestre.

"Com a minha sorte vai ser uma Tsundere", suspiro enquanto termino de limpar o depósito, sou anormalmente forte, até para padrões sobrenaturais e a noite tudo se amplifica, eu nunca vi um servo, mas gostaria de testar meus limites contra um.

"Terminei", não foi algo fácil, nunca deixei ninguém entrar aqui e como não gosto de fazer tarefas diárias também não limpo durante cinco anos, muita coisa se acumulou, me arrumei o suficiente para estar apresentável, camisa branca e calças compridas pretas, além de sapatos brancos, pode-se de sir que gosto de três cores, Branco, Preto e Azul, principalmente.

"Está na hora", digo apontado minha mão para o que em palavras simples pode ser descrito como um círculo mágico e fecho os olhos para me concentrar.

Escute o meu chamado

Aquele que foi clamado como herói

Lendas criadas em seu nome

Eu lhe dou a chance de lutar por seu desejo

Não quero um servo

Não quero um amigo

Quero sua vontade

Para o Graal conquistar

O símbolo em minha mão toma forma, um símbolo que já vi em meus sonhos, porém não se ramifica por todo meu braço, tendo apenas três figuras que de alguma forma me lembram um colar.

O círculo reage, posso sentir uma ligação se formando entre mim e a figura que esta se materializando, é impossível para o Graal convocar uma verdadeira lenda, aquelas utilizadas na Guerra não passal de manifestações parciais desses 'heróis' com parte de suas habilidades restringidas pelas classes a que pertencem, ou seja, heróis como Hércules podem ser manifestados como Berseker após ficar louco quando matou seus filhos ou Rider por ter matado o leão de Nemeia, apenas uma fração do seu poder é encarnada, junto de sua alma.

A minha frente estava meu servo, vestindo armadura pesada e um elmo de chifres, antes que eu pudesse analisar mais os detalhes a sua armadura, o elmo se abre, revelando o seu rosto.

"Você é meu mestre?".Eu tenho o mesmo sonho, sobre um mundo que não existe ou talvez exista e apenas não possa alcançar, um mundo onde demônios, anjos e humanos vivem em harmonia.

"Então você veio até mim, hora de cumprir nosso contrato".

Mas antes que eu posso realmente lembrar de algo um enorme dragão vermelho aparece e esqueço de tudo, todas as noites desde que meu pai adotivo morreu, Emiya Kiritsugu.

Ainda de olhos fechados escuto a porta de correr do meu quarto abrir.

"Mestre, o café já está pronto", eu reconheço a dona da voz que não demonstra alegria ou tristeza, uma casca vazia, Matou Sakura, minha serva, após seu irmão perder uma aposta.

"Pode entrar", dou minha permissão ainda um pouco sonolento e me sento em meu futon e vejo a garota de cabelos roxos e olhos Azuis-claros, seios grandes, algo raro em mulheres japonesas. Parei de perder minhas noites de sono tentando entender esse sonho, algo em mim me diz que falta pouco para entender seu significado.

(Futon = uma espécie de saco de dormir japonesa)

Ela estava vestindo o uniforme da instituição de ensino Academia Homurahama a qual estudamos que consiste em camisa branca de mangas largas, colete abotoado bege, um laço vermelho na gola, saia até a altura dos joelhos, preta, meias brancas e sapatos marrons, que ela não estava usando, para mulheres e em seu cabelo um fita rosa na lateral.

"Sim, mestre", ela desliza um pouco mais a porta revelando uma bandeja para tomar café da manha na cama, uma refeição completa, com suco de laranja, meu favorito, depois do de guaraná, que provei apenas uma vez quando encontrei um brasileiro que me deu um pouco quando era criança.

Seus modos eram impecáveis, a forma como levantou e como serviu meu café eram elegantes, para completar com toque de ouro sentou ao meu lado e esperou paciente mente enquanto terminava de comer.

Quando ela notou que o ultimo pedaço da omelete foi devorado por mim, ela começa a desabotoar o colete e revelar seu pescoço, o principal motivo para a querer como minha serva não são os pequenos luxos, mas por causa disto.

"Itadakimasu", eu digo enquanto minhas presas se alongam e mordo o pescoço da garota ao meu lado e aproveito o sabor característico do seu sangue, não é um dos melhores, já provei muitos de outras garotas na cidade, mas o de Sakura é mais rico em magia, além de seu corpo conseguir se recuperar mais rápido.

Eu não sou nenhum leigo, fui educado por meu pai adotivo sobre magia básica e sobre o mundo mágico enquanto ele era vivo, inclusive sobre a minha própria existência, algo classificado como Sugador de Sangue e não Vampiro, existem inúmeras espécies sobrenaturais que tomam sangue e vivem em certa harmonia com os humanos, por isso não são caçadas em circunstâncias normais.

Por outro lado, os chamados Vampiros, necessitam de sangue constante para ficar vivos e matar sua sede de sangue, além disso, suas vítimas morrem ou são transformadas em servos, similares a Zumbis, esse tipo tem duas categorias os Apóstolos Mortos e os Verdadeiros Progenitores, essa história era um pouco chata então não lembro corretamente, mas para simplificar, não me encaixo em muitas das características deles então posso ser considerado uma espécie diferente que não arrisca a humanidade, principalmente por ser humano ainda.

Eu sinto Sakura soltar leves gemidos ainda com sua poker face sem emoção, apesar de tudo ela está viciada nessa sensação luxuriante de ter seu sangue sugado, o corpo dela esquenta e sua pele pálida fica rosada.

Eu sei de tudo que aconteceu com ela, Shinji seu irmão fez questão de me contar detalhadamente como ela foi abusada e torturada por ele, além de dizer brevemente sobre os experimentos que fizeram com ela ao ponto de quebrar sua mente, como apesar de ela ser a sucessora de seu Clã ainda é uma falha, "Ela não serve para ser um bom receptáculo", foram as palavras que escutei ele dizer.

Isso não importa para mim, não ligo para o bem estar dela, mas quando ela virou minha serva fiz Shinji não a tocar, pois a qualidade do sangue dela pode torna-se pior, se não fosse esse o caso ainda o deixaria brincar com ela, lembro de ele aceitar a contragosto, por saber que não deve mexer no que é meu sem minha permissão, depois de tantos anos na mão daquela família o gosto dela ser aceitável é um milagre, "imagino qual gosto teria caso ela tivesse uma irmã pura", penso aumentando meu aperto nos seios dela, apesar de tudo minha sede de sangue é atrelada ao meu instinto sexual, tive tempos difíceis quando apenas podia tomar sangue do Kiritsugu.

Os únicos que sabem atualmente sobre eu ser um Sugador de Sangue é Sakura, Shinji acha que eu a uso para outras atividades, o corpo dela me agrada, mas não consigo sentir uma atração real por alguém que nem consegue demonstrar emoções e muito menos tem seus próprios pensamentos.

Meu tipo de garota é alguém que apesar de estar comigo ainda tem objetivos próprios, uma posição de superioridade sobre outros, personalidade forte e decidida ou simplesmente seja capaz de ir contra mim quando necessário e Matou Sakura não atende a nenhuma dessas qualidades para despertar meu interesse, apesar de oficialmente estarmos namorando para evitar empecilhos em nossa vida cotidiana.

Dou uma leve lambida em seu pescoço para limpar as ultimas gostas de sangue e aplico um Magecraft simples para fechar as feridas deixadas por minhas presas.

"Você tomou pouco hoje, mestre", diz ela sem emoção, porém acariciando seu pescoço antes de começar a arrumar sua roupa para sair.

"Minha cabeça ainda está doendo", digo me levantando do futon e começo a trocar de roupa na frente dela, não há vergonha entre nós já vimos tudo que poderíamos um do outro e o interesse era mínimo e o fato dela estar mais interessada em guardar meu futon ao invés de olhar para o meu corpo ou ficar envergonhada apenas reforça isso.

Desde que me entendo por gente tenho dores de cabeça constantes e só aumentaram com o passar dos anos, um dos motivos para tomar sangue da Sakura é uma forma de terapia contra a dor, afinal eu gosto bastante da sensação, as vezes sonho com um pequeno banquete de varias mulheres, loira, morenas e até algumas de cabelo branco, apenas para meu deleite.

Eu termino de me vestir, o uniforme de Homurahama é feito especialmente para mulheres, pois a versão masculina é horrível, sendo nada mais que um blazer de zip e uma calça comprida, ambos bege.

Me olho com desgosto no espelho, todo dia morro mais um pouco por usar esse tipo de roupa, pelo menos o contraste entre a roupa e a minha pele dá um toque especial, meus olhos dourados me incomodam um pouco, mas por algum motivo ninguém estranham, meus cabelos brancos levemente loiros me deram muitos problemas, principalmente com a direção da escola, eles prezam por um 'padrão' no Japão e isso começa desde as escolas.

Eu saio do meu quarto e vejo Sakura me esperando na entrada da sala, em pouco tempo ela já havia lavado a louça do café, "Vamos", digo e seguro sua mão, afinal somos 'Namorados', tranco a porta da casa e fecho o portão, a casa em que fui criado é uma mini mansão estilo oriental, eu gosto disso.

No caminho encontramos outros estudantes, sou bastante popular por ser o capitão do clube de Kendo nós levando para algumas competições nacionais, sou um segundanista, um ano mais velho que Sakura.

Ao longe vejo alguém que prefiro manter distância, por algum motivo ela me odeia sem motivo aparente e prefiro assim, afinal logo vai começar algo que venho sendo preparado por Kiritsugu a anos.

"Bom dia", digo para a garota de cabelo em caudas duplas amarradas por laços pretos, vestindo um casaco vermelho longo sobre o uniforme.

"Tsk! Bom dia", ela estala a linga e franze as sobrancelhas quando nota a minha presença e vai para dentro do edifício escolar, posso escutar ela murmurando, "Ele ainda tem coragem de falar comigo, mesmo namorando ela", sempre escuto algo assim quando estou próximo, mas prefiro deixar para lá, não quero me envolver com Tohsaka Rin, uma das três grandes famílias que regem a cidade pelo submundo mágico.

Sendo outro o Clã Matou, sim, Sakura é a herdeira de um desses clãs e o ultimo é o Clã Einzbern, esse nome sempre me traz uma mistura de sentimentos bons e ruins, mas não sei o motivo. Sempre atribui as coisas que meu pai falou sobre eles e sua filha que está lá, visto que a morte dela é quase impossível de ser parada.

Me despeço de Sakura dando um leve cafuné em sua cabeça, igual um dono faria em um gato ou cão de estimação, essa garota deixou de ser humana muito tempo atrás, se não um ataque aleatório contra ela na cidade talvez nunca falasse com ela, mesmo sabendo do seu envolvimento com magia.

Ela apenas acena com a cabeça e finge sorrir, exatamente como ensinei e melhorou muito nos últimos dias, antes parecia estar comendo carne com papelão e agora parece um sorriso 'aceitável'.

Entro em minha sala, todos aqui estão acostumados com minha presença, não inicio conversas e apenas fico em silêncio, se alguém falar comigo irei trata-los muito bem, afinal não posso manchar minha imagem, porém só tenho um amigo ou quase isso no colégio, Matou Shinji irmão da Sakura.

Matou Shinji, meu colega de classe, faço uma leve saudação e ele retribui claramente estressado, depois que tirei Sakura dele seu humor ficou pior, soube de algumas vítimas dele na escola que sua família deu um fim apropriado.

O professor entra e aula começa. Eu sento e olho rapidamente para o Shinji antes de voltar minha olha para a frente.

Muitos podem pensar que ser amigo se Shinji é um erro, mas tem apenas uma coisa que me admira nele, seu empenho em um único proposito o de poder usar magia, todos os dias pesquisa formas de conseguir atingir sua meta, sempre pronto para sacrificar tudo e a todos, algo invejável e graças a isso descobri que a Guerra do Santo Grall irá começar logo, pois segundo meu pai ainda iria demorar mais uns 40 anos, contudo devido ao fracasso do ultimo ritual e uma série de acontecimentos tornou possível seu reinicio em apenas 10 anos.

A aula seguiu normalmente, nunca memorizei o nome dos professores e muito menos o da minha tutora que apenas fez um favor em demonstração de apreço pelos trabalhos do meu pai quando em vida, além disso já tudo que os professores tem a ensinar, pelo menos nesse nível de ensino, por isso gasto meu tempo treinando imaginação para melhorar a projeção, uma das magias mais básicas e que tenho extrema afinidade.

O almoço foi calmo, Shinji não veio falar comigo, provavelmente o estresse, outra garota inocente vai pagar por isso e não vou impedir, mas não faço isso por causa de amizade ou algo parecido, assim como ganhei uma aposta tendo Sakura como minha serva, perdi uma aposta para ele que o deu o direito de fazer o que quiser contra outras pessoas que não vou interferir, desde que não machuque a mim ou a Sakura.

Por isso apenas fecho os olhos, um homem deve manter sua palavra, se Kiritsugu soube-se disso iria revirar em seu túmulo, uma vez ele disse, algo como, "Um homem não deve fazer uma mulher chorar", mas eu vejo como, "Um homem não deve deixar aqueles que importam para você chorar", eu não importo com pessoas que nem conheço e provavelmente nunca vou falar e se por acaso um dia fizer amizade com uma das vítimas dele, caso ele não pare irei atrás dele.

Eu nunca trago almoço e espero Sakura em minha sala, virou um ritual nosso, comer em público, temos que encenar um pouco, por isso esse horário é reservado para nós independente de qualquer compromisso e isso vale para ambos, posso não gostar dela, mas isso não é motivo para tratar injustamente um de meus pertences.

Ela entra na sala caminhando lentamente, toda a escola sabe do nosso relacionamento, isso evita situações chatas como ano passado quando eu mal conseguia treinar por causa das Stalkers e fãs sem sentido, nunca entendi como alguém pode venerar outra sem conhecer realmente ela, viver ou conversar, existem muitas bandas boas que escuto, não conheço o nome de nenhum dos cantores, bateristas, etc. apenas gosto do trabalho dele, nada mais, nem menos e gostaria de ser tratado assim, porém não é o caso, muitas delas mau sabem o meu nome e me 'amam', perto delas o que eu e Sakura temos agora pode ser considerado amor verdadeiro.

Nosso almoço foi calmo, ela sentou ao meu lado enquanto comemos, algumas fãs dela surgiram e vieram conversar conosco, Sakura é muito popular sendo a estrela do time de Judo e por isso tem fãs, mas nenhum amigo.

Tohsaka também é da minha sala e fica nós encarando de canto de olho, mas finjo não perceber para evitar conflitos desnecessários, mas noto algo que não percebi em sua mão, um símbolo disfarçado com magia, "Então começou finalmente", eu digo um pouco mais alto sem perceber e ela nota meu olhar diretamente para a palma de sua mão que ela cobre rapidamente e sai da sala com a boca aberta.

"Finalmente o que Emiya-San?", perguntou uma das minhas colegas que estava conversando com Sakura que estava visivelmente tremendo, provavelmente entendeu o significado das minhas poucas palavras.

"Finalmente é final de semana e vou poder passar o dia mimando minha garotinha", digo com voz fofa e puxando Sakura para o meu colo e fazendo cafuné nela, igual a quando você força um anima a receber carinho. Ela apenas coloca a cabeça em meu ombro e sussurra nervosa, "Não vou poder jantar na sua casa essa noite, nem ir nela pela manhã".

Suas palavras confirmam minhas suspeitas, eu acaricio sua cabeça e falo no seu sussurro em tom audível para os presentes com minha voz ainda fofa, "Então vamos nos encontrar no telhado antes de ir", e mordo seu pescoço apenas para que ela fique um pouco mais calma e funciona, as duas observadoras ficaram vermelhas. No Japão tais demonstrações de carinho acontecem principalmente em privado, sendo eles tímidos ou com muito pudor.

Nos despedimos com um leve abraço, já virou rotina, Shinji voltou ignorando a existência de Sakura que parecia não se importar, melhor, ela realmente não se importar.

"Boas notícias?", pergunto, já sabendo a resposta por sua alegria, afinal não é todo dia que vejo um sorriso tão asqueroso vindo daquele rosto.

"Sim, uma excelente notícia, quando eu puder contar você vai ser o primeiro a saber, na verdade que tal uma nova aposta?", ele diz e nem preciso saber os termos, nossas apostas sempre tem as mesmas regras, tudo deve ter igual valor, quando ganhei Sakura estava apostando minha residência, apesar da Sakura não valer tanto.

A segunda é quem propôs a aposta tem o direito de escolher o desafio e a ultima regra é bem simples, contanto que não envolva inocentes pode fazer qualquer coisa desde mentiras, chantagem e até mesmo assassinato, quando perdi para Shinji foi em momento simples, aposta era sobre quem Sakura iria escolher, ele ou eu, apresentamos nossos argumentos e eu estava ganhando, até que ele começou a fazer promessas vazias, como se livrar de Zokuen, o patriarca da do clã ou até mesmo a ajudar na Guerra do Santo Graal e perdi, pois não faço promessas que não pretendo cumprir.

Eu já matei antes em trabalhos com meu pai e não foi difícil, aquele tipo de sangue não desperta minha sede, na verdade acho até nojento. Ele me treinou sabendo que eu não poderia dar continuidade aos seus sonhos, mas resolveu acreditar e apostar que talvez eu possa fazer o bem e faço isso da minha forma, se o antigo lema do meu pai era "O menor sacrifício" o meu é "O que realmente importa", não importa salvar a vida dessas inúmeras garotas que Shinji abusou, eu fiz um trato com ele, além dele ser uma fonte de informações preciosa, não posso simplesmente salvar vidas sem importância, Shinji tem mais valor.

"Eu aceito", digo alto o suficiente para ele escutar e me preparo para as aulas da tarde, "os próximos dias serão agitados", penso enquanto o professor entra na sala, não lembro seu nome, mas sei que ele é um assassino, seu ser fede a sangue, tenho uma magia implantada em seu corpo, posso mata-lo a qualquer momento, estou apenas esperando o momento certo afinal o sumiço de um professo iria acarretar em muitas perguntas e não tenho apoio para me ajudar.

O resto da aula correu tranquilamente, usei meu tempo para treinar até o horário dos clubes, a tarde é utilizada para atividades extracurriculares, como esportes e clubes de pesquisa.

Fui treinar com a espada no clube de Kendo, arquearia chamou minha atenção, mas eu treino com espadas desde pequeno e quando soube que um dos meus elementos é espada me deu maior vontade de continuar, os outros são um completo mistério até para mim.

"Ele vai começar, novatos fiquem em silêncio e aproveitem, veteranos não deixem bisbilhoteiros entrarem, não quero que ninguém desconcentre o capitão", disse um dos integrantes do clube, acho que era o vice capitão, não lembro o nome.

Eu estou usando Kendo-gi cinza, uma espécie de Kimono que assemelhasse a um casaco, e uma Hakama preta, tem aparência similar a uma saia e contem uma divisória entre as pernas, em minhas mãos está uma espada de carvalho conhecida como Bokken.

Eu respiro fundo e começo a movimentar a lâmina de modo simples e elegante, não quero demonstrar força ou agilidade, apenas a minha postura e firmeza, a lâmina não oscila enquanto corto o ar demonstrando meu total controle sobre a lâmina, meus pés parecem dançar, mas é apenas a base de um espadachim competente.

No meio do meu treino sinto a costa da minha mão doer e parei a pratica na hora, "Continuem, vou embora mais cedo hoje", digo escondendo minha mão e vou para o vestiário, o som de decepção e preocupação dos meus colegas não tira o sorriso em meu rosto, eu havia sido escolhido como mestre.

E a prova é o contorno de um Selo de comando na costa da minha mão, eu sou um mestre e tenho que começar os preparativos para essa noite, "Vou convocar meu servo", digo sorridente e termino de me arrumar, não me esqueço de encontrar Sakura no telhado noto imediatamente ela tornou-se uma mestra também e mostro imediatamente meu símbolo para ela.

"Eu não sei qual o seu desejo ou o que Shinji planeja usando você, mas lembre-se, eu sou seu mestre", digo para ela e ando até ela.

"Eu não tenho um desejo", ela diz sem emoção segurando seus cabelos e joelhos fraquejando.

"Todos que participam da Guerra tem um desejo, seja eu ou você, não sei como funciona exatamente, mas isso é certo", digo seriamente enquanto olho em seus olhos e seguro e seguro seu queixo.

"O que alguém como eu pode desejar? Você sabe quase tudo que fizeram comigo, Shinji, Zokuen, mas não sente pena, não me conforta ou dá esperança, se nem você que parecia ser minha ultima esperança tem piedade de mim o que posso querer?", pela primeira vez vi Sakura falar o que realmente ela pensa enquanto lágrimas escorrem por suas bochechas rosadas e seus olhos sem vida se enchem de medo.

Odeio admitir, mas gostei de ver ela demonstrar algo, mesmo que seja medo. "Buscar pena ou piedade em pessoas aleatórias é algo que funciona apenas em histórias infantis", desço minha mão na altura de seu pescoço e a levanto facilmente, "Essa pessoa aleatória pode ser a causa da sua morte", digo cruelmente enquanto vejo ela sufocar sem tentar se libertar, "Se você não encontra luz para conforta-se agarre a escuridão", eu a jogo contra o parapeito sem muita força para não causar danos permanentes.

"Um dia você não teve escolha e tudo lhe foi tirado, agora talvez seja a ultima chance de retomar oque é seu, então como seu mestre eu ordeno, lute a guerra para vencer, pois eu não terei piedade de você", dou um ultimo chute no estômago e cuspo em seu rosto, não posso ter piedade agora vou dar uma chance para ela lutar e nesse momento demonstração de afeto para quem só conhece a dor é a pior escolha.

"Espero que quando tudo acabar seu sangue esteja ainda melhor", murmuro descendo as escadas, minha boca ficou ressecada, por causa da minha animação não bebi água desdá hora do almoço e nem consegui matar minha sede com a Sakura, vou ter que fazer um pequeno lanchinho no caminho.

Fiz um grande desvio para minha casa, precisava caçar, mas por causa dos assassinatos recentes foi difícil encontrar uma mulher, Kiritsugu foi o primeiro e ultimo homem de quem tomei sangue, se merda tem um gosto deve ser o do sangue dele, quando finalmente encontro alguém bom o suficiente alguém ataca antes, "Eu cansei disso, ativar", eu ativo uma Magecraft que demorou bastante para ser desenvolvida, um pequeno pedaço de ferro, menor que um grão de arroz, com a capacidade de cortar órgãos internamente que ninguém jamais descobrirá o que o matou, pois ela irá desaparecer.

Ele vai embora normalmente, mas seu interior está sendo destruído, ele nem vai ver o dia nascer amanhã, eu vou embora chateado, não consigo lanchar e estou morrendo de cede.

Chego em casa e tenho que preparar o jantar, nunca gostei de cozinhar, amo comer, mas cozinhar não é algo que eu goste, apesar da minha comida ser muito boa, uma pessoa não precisa gostar de seu dom.

Eu peço uma pizza que chega em menos de 10 minutos, demorou dois minutos a mais que a média do tempo então dei menos gorjeta que o normal e foi jantar no armazém, aqui está um círculo de convocação que Kiritsugu deixou para meu estudo e uso posterior, pois é quase impossível que eu refaça algo dessa qualidade.

"Eu acho que ele deixou isso por aqui", digo pensativo enquanto vasculho o armazém com uma fatia de pizza na boca, "aqui está", em coberta por um pano velho é Avalon, a bainha da espada Excalibur utilizada por Kiritsugu na última Guerra para invocar Rei Arthur como servo e lutar ao seu lado e me contou os detalhes das dificuldades que teve..

"Mas não vou utilizar você", digo e a coloco em meu peito, fazendo uma luz branca surgir ao ser absorvida por meu corpo, ela foi usada por Kiritsugu para me salvar quando era novo, mas devido as circunstâncias do meu ser ele a tirou de mim, por medo haver consequências para o meu crescimento.

Não posso usar Avalon para convocar o mesmo herói, nossas formas de agir vão diferir muito não vou cometer o mesmo erro que ele, se um nenhum catalisador for usado o servo vai ser escolhido aleatoriamente com base naquele que melhor se encaixa com o mestre.

"Com a minha sorte vai ser uma Tsundere", suspiro enquanto termino de limpar o depósito, sou anormalmente forte, até para padrões sobrenaturais e a noite tudo se amplifica, eu nunca vi um servo, mas gostaria de testar meus limites contra um.

"Terminei", não foi algo fácil, nunca deixei ninguém entrar aqui e como não gosto de fazer tarefas diárias também não limpo durante cinco anos, muita coisa se acumulou, me arrumei o suficiente para estar apresentável, camisa branca e calças compridas pretas, além de sapatos brancos, pode-se de sir que gosto de três cores, Branco, Preto e Azul, principalmente.

"Está na hora", digo apontado minha mão para o que em palavras simples pode ser descrito como um círculo mágico e fecho os olhos para me concentrar.

Escute o meu chamado

Aquele que foi clamado como herói

Lendas criadas em seu nome

Eu lhe dou a chance de lutar por seu desejo

Não quero um servo

Não quero um amigo

Quero sua vontade

Para o Graal conquistar

O símbolo em minha mão toma forma, um símbolo que já vi em meus sonhos, porém não se ramifica por todo meu braço, tendo apenas três figuras que de alguma forma me lembram um colar.

O círculo reage, posso sentir uma ligação se formando entre mim e a figura que esta se materializando, é impossível para o Graal convocar uma verdadeira lenda, aquelas utilizadas na Guerra não passal de manifestações parciais desses 'heróis' com parte de suas habilidades restringidas pelas classes a que pertencem, ou seja, heróis como Hércules podem ser manifestados como Berseker após ficar louco quando matou seus filhos ou Rider por ter matado o leão de Nemeia, apenas uma fração do seu poder é encarnada, junto de sua alma.

A minha frente estava meu servo, vestindo armadura pesada e um elmo de chifres, antes que eu pudesse analisar mais os detalhes a sua armadura, o elmo se abre, revelando o seu rosto.

"Você é meu mestre?".