Rio de Janeiro, domingo dia 25 de outubro de 2026.
─ Vamos Juninho, precisamos andar mais rápido já são 22h20! ─ um dos jovens fala enquanto olha o relógio.
─ Deste modo vamos ser expulsos do coven. Também, você sempre se atrasa não é César?! ─ fala o outro jovem, enquanto gesticula bastante com as duas mãos.
─ Cara é o maior encontro de magia do planeta, acontecendo este ano no Brasil. Eu não podia esquecer nenhum dos meus objetos mágicos.
─ O nosso mestre estará entre os maiores magos do país e do mundo. ─ Juninho, abre um sorriso enorme enquanto olha para o seu amigo.
─ É isso aí, e no final do encontro eles vão fazer um ritual de energização muito poderoso.
─ Eles não vão ficar esperando por muito tempo, vamos correr. ─ Juninho dá um empurrão em seu amigo e dispara a sua frente.
─ Seu… Eu vou te pegar!
Os dois correm bem rápido, César apesar de ter saído atrás consegue passar seu amigo, que além de ser mais alto é gordinho, em consequência corre mais devagar.
O centro da cidade está deserto, parece uma cidade-fantasma, ainda mais por ser domingo. De repente, algo que mudará para sempre as vidas destes dois jovens acontece.
─ NÃOOOOOOOOOOOO! ─ um grito de uma jovem ecoa pelas ruas.
─ Caramba isso foi aqui perto! ─ Juninho para e fica com os olhos arregalados de medo.
─ Que merda foi essa Juninho?! ─ ele para de correr e vira-se para seu amigo. Eles vão caminhando um em direção ao outro e juntam-se novamente.
─ Eu não sei. ─ ele ainda recupera o fôlego. ─ O grito parece ter vindo daquele lado. ─ apontando para as ruas mais a frente.
─ Lá está ele.
Os dois veem um homem com uma capa preta correndo, ele salta e desaparece nas sombras dos prédios.
─ Você viu isso?! ─ Juninho põe a mão direita na testa, como se não acreditasse no que acabara de ver.
─ Sim, ele sumiu. ─ olhando atentamente para o lugar.
─ Ela pode estar ferida. ─ Juninho corre para a rua e antes de entrar nela, lê na placa o nome. ─ Rua do Carmo. ─ é a rua de onde o homem saiu.
─ Não sabemos o que houve e se eles forem namorados? Tiveram apenas uma briga? ─ ele puxa seu amigo pelo braço, tentando convencê-lo a não se aproximar mais do local.
─ E se ele for um assassino, e ela ainda estiver viva? ─ fala olhando nos olhos dele, logo após, continua correndo para o local de onde o suspeito saiu.
─ Juninho, nós não temos tempo. ─ diz pouco antes de correr atrás dele. ─ Droga!
Seguindo a rua, de repente os dois chegam à frente de um beco.
─ Não! ─ Juninho põe a mão na cabeça ao ver gotas de sangue no chão.
─ Beco dos barbeiros. ─ lê uma placa azul fincada na parede. Ele procura algo dentro de sua mochila, enquanto seu amigo vai entrando.
─ César eu nunca passei por este beco antes. ─ caminhando bem devagar, sem querer ele chuta uma lata que estava ao chão, fazendo barulho. Ele está andando passando os braços de um lado para o outro.
─ Nem eu.
César acende uma vela e entra no corredor lentamente.
─ Agora melhorou bastante. ─ Juninho feliz ao ver a claridade.
Em pouco tempo eles encontram o corpo de uma menina de pijama no chão, com uma enorme cavidade no meio dos seus peitos.
─ Cara, olha isso! É sobrenatural, arrancar o coração de uma pessoa assim, ainda mais de uma criança! ─ Juninho se afastando lentamente, visivelmente abalado com o que acabou de ver, ele está com ânsia de vômito.
─ Eu li um livro antigo sobre magia negra, que falava de feiticeiros que comiam corações de gente morta, com isso eles conseguiam causar várias enfermidades a seus inimigos por intermédio de demônios. ─ olhando o corpo da menina como se procurasse por alguma pista.
─ Vamos cair fora César! Temos que avisar a polícia e correr para pegar a van. ─ Ele caminha bem rápido para fora do beco.
─ Espere um pouco, tem algo na mão direita dela. ─ abaixando-se para verificar o objeto, que parece pulsar um brilho azulado bem tênue.
─ Enquanto você vê a mão dela eu vou avisar a polícia. ─ ele corre até alguns telefones públicos.
César deixa a vela em cima de um latão de lixo e verifica com todo o cuidado a mão da adolescente morta, para não deixar impressões digitais.
─ É um medalhão, o mais lindo que já vi! ─ limpando o amuleto com a camisa. ─ Ela deve ter arrancado daquele homem, que pode ser um bruxo muito poderoso! ─ ele está admirado pelo brilho azulado que emana dele.
Em quanto isso, alguém observa o jovem de cima dos prédios…
─ Aquela miserável! A maior parte do meu poder vem deste medalhão. ─ o misterioso homem põe a mão no peito, como se fosse comprovar a ausência do objeto, que agora está nas mãos do jovem que ele observa. O seu chapéu preto de abas longas e a pouca iluminação, não deixam aparecer o seu rosto.
─ Que sensação estranha. ─ pensa, enquanto olha lentamente para cima. ─ Meu Deus ele voltou! ─ preparando-se para correr.
─ Nem pense nisso. ─ uma voz grave e assustadora, que faz César parar imediatamente.
O homem da capa preta pula de cima dos prédios e plaina quando faltavam poucos metros para atingir o chão, bem na saída do corredor.
─ Não vai sair daí vivo moleque, a sua curiosidade matará você. ─ diz o misterioso homem ajeitando o seu enorme chapéu, enquanto sua capa preta ainda vai caindo lentamente, mesmo após seus pés tocarem o chão.
Juninho termina de ligar para a polícia e atravessa a rua de volta.
─ Espero que não pensem que é um trote. Hei, quem é você? ─ aproximando-se do corredor.
─ Venha aqui e junte-se a nós. ─ ele usa o seu poder e o puxa pela roupa, o jogando no beco, junto do seu amigo.
─ Droga! Você viu o que ele fez comigo? ─ Juninho está com muito medo, começa a caminhar para trás até encostar-se a uma pilha de sacos de lixo e latões.
─ Você perguntou quem sou eu? Eu sou o Mestre das Sombras. ─ ele aproxima-se em direção aos dois, caminhando bem devagar.
─ Juninho não devíamos ter vindo aqui. ─ está olhando em todas as direções e não vê uma saída, a não ser na direção do inimigo.
─ Temos que ficar atentos, se houver uma oportunidade teremos de aproveitá-la. ─ Juninho procura algo coisa que possa ser usada como arma e pega um pedaço de madeira, que estava no chão.
─ Agora vou arrancar as suas cabeças. ÔMMM BANI ÔMMM… ─ da mão direita dele vai saindo uma chama que ilumina todo o beco.
Enquanto a mão dele se enche de fogo, César corre em sua direção, mas algo estranho acontece e seu corpo fica envolto de um brilho azul idêntico ao do medalhão. Ele se joga em cima do poderoso bruxo e uma explosão de energia acontece. O jovem nada sofreu, mas o misterioso homem foi arremessado a uns oito metros de distância, caindo bem no meio da rua.
─ Como você fez isso?! ─ Juninho, ao ser ajudado por César a se levantar. Ele também sofreu o impacto da explosão de energia e havia caído sentado no chão.
─ Vamos sair daqui, e rápido. ─ os dois correm sem parar.
─ Eu vou voltar para arrancar os seus corações! ─ ele diz enquanto vai flutuando para trás, bem lentamente, entrando nas sombras e desaparecendo.
─ Eu não sei como fiz aquilo! ─ fala todo empolgado a seu amigo, enquanto os dois correm. ─ O medalhão apareceu na minha mão, mas como? Ele estava no meu bolso! ─ pensa consigo mesmo.
─ César, se não fosse aquilo poderíamos estar mortos agora.
─ Corram o quanto quiserem, mas enquanto estiverem com ele, poderei achá-los em qualquer lugar do mundo.
Ainda bem que consegui essa belezinha. Este coração puro vai me ajudar a recuperar o meu medalhão. ─ está retirando o coração de uma bolsa de couro, que carrega por debaixo de sua capa e fica olhando-o, enquanto o aponta para a lua cheia, de repente ele começa a bater em sua mão direita. ─ Ah, ah, ah, ah, ah. ─ ele está em cima de um prédio sem iluminação, bem na beirada.
Os dois chegam a Praça Quinze, ao mesmo tempo em que o carro com todos os jovens do coven está partindo.
─ Eles estão indo embora. ─ Juninho correndo junto de seu amigo.
A van que estava parada no Largo do Paço vai seguindo viajem, enquanto eles vão atrás correndo na esperança de alcançá-la.
─ Não dava para esperar mais, infelizmente Júnior e César vão ficar para trás. ─ o mestre da Omus.
─ ESPEREM! ─ gritam os dois, correndo muito pelo meio da rua.
─ Eles chegaram. ─ o pequeno Joshua, feliz em ver seus amigos correndo, ele os observa pelo vidro traseiro.
─ Josias? ─ o motorista espera a confirmação.
─ Ok, pode parar João. ─ diz com um tom de descontentamento.
─ Que merda, eu pensei que ia ficar livre dele hoje! ─ Patrícia resmunga com os dentes trincados.
─ Essa foi por muito pouco. ─ César, já quase chegando ao carro.
─ Por muito pouco mesmo. ─ Juninho empurra seu amigo para que ele suba logo.
─ Por que demoraram tanto? O que foi avisado sobre o horário?! ─ Josias, que está sentado no banco da frente vira-se para eles e dá uma bronca.
Eu aguardo ansioso a opnião de vocês leitores, pois este livro é o livro da minha vida! Espero receber ideias, criticas e muitos comentarios a respeito da obra. Caso você goste, me ajude votando na historia, adicionando na sua biblioteca e acompanhando a jornada dos nossos jovens bruxos.