webnovel

O Portal da Ultima Sombra

Um grupo de jovens bruxos, precisa impedir que um poderoso portal seja aberto, mas para isso, terão de encarar os demônios do Inferno em uma batalha fantástica, cheia de aventuras, magia e mistérios.

Ramikan_Imperador · Fantasia
Classificações insuficientes
59 Chs

Doença Que Não Tem Cura Ainda Na Terra

Enquanto isso do lado de fora do hospital…

─ Espero ter chegado a tempo. ─ olha no relógio. ─ 18h55. ─ Almir estaciona a sua caminhonete do outro lado da rua. ─ Ainda bem que comprei estes biscoitos, estou cheio de fome e esta noite poderá ser longa, muito longa. ─ ele come um biscoito enquanto observa a entrada do hospital. ─ Ué!? De quem será aquele táxi parado próximo à entrada? É melhor ficar de olhos bem abertos. ─ pensa, enquanto come. ─ Nossa! É bom este negócio hein! ─ virando a embalagem na boca.

César passa pela recepção do hospital e dá tchau para a recepcionista, que está comendo doces de brigadeiro.

─ Como está o seu tio?

─ Está bem, ele só está muito sonolento devido aos medicamentos. Muito obrigado por me deixar vê-lo. ─ ele para e fala com ela.

─ Venha aqui um instante, por favor.

─ Fala. ─ indo em direção ao balcão, meio desconfiado.

─ Só deixei vê-lo hoje, devido ao seu estado delicado de saúde. O resultado de um exame que foi feito nele, diz que o câncer de pulmão se espalhou por todos os seus órgãos internos!

─ Meu Deus! ─ fala baixo. ─ Você sabe quanto tempo de vida ele ainda tem?

─ Os médicos dizem que ele deve ter no máximo um mês de vida. Eu sinto muito!

─ Tudo bem, eu preciso ir. ─ ele vira-se em direção a saída e segue andando.

─ Não esquece a minha caixa de bombom hein?

─ Ok. ─ ele acena com a mão e segue o seu caminho. ─ Não me admira que esteja tão gorda, só pensa em comer. ─ fala baixo, balançando a cabeça. ─ Então Camus disse a verdade, quando falou que ele estava para morrer por uma doença que não tem cura ainda na Terra. ─ pensa ele, enquanto se aproxima do táxi.

─ Não pode ser! ─ fica muito surpreso ao ver César se aproximando do táxi. ─ Se bem que aquele garoto é meio esquisito e não está livre de ser suspeito, ainda mais depois do que eu vi lá no clube. ─ lembrando do momento em que ele cortou a calda do monstro. ─ Ele está sozinho! Mas por que diabos abriu a porta de trás do carro?!

─ Vamos César, preciso comer algo. Minha nossa! Como eu odeio comida de hospital! ─ Dimitri fala bem baixo, ele está entrando no táxi e continua invisível.

─ Está bom, está bom já estamos indo. ─ responde no mesmo tom, fechando a porta do carro.

─ Não sabia que você está namorando a fofinha da recepção! Já estava indo te buscar.

─ Cala a boca, ele vai escutar. ─ ele abre a porta do carona e entrar.

─ Falou comigo? ─ o taxista ouviu César murmurando algo e olha para ele.

─ Não, eu estava pensando alto só isso! He, he. ─ ri sem graça, fechando a porta.

─ Por que abriu a porta de trás? ─ o taxista olha para o banco de trás desconfiado, e olha bem para a cara dele de sobrancelhas em pé.

─ É que eu ia no banco de trás, mas de repente, mudei de ideia. ─ diz fazendo careta, enquanto coça a cabeça.

─ Vamos para onde? ─ ligando o carro. ─ Que garoto doido! ─ pensa balançando a cabeça.

─ Vamos para a Pavuna, mesmo local que você me pegou.

Almir anota a placa do táxi e o nome da empresa em um bloco de notas.

─ Pavuna, aí vamos nós. ─ o taxista manobra o carro.

─ Como eu previa, alguém tentaria fazer algo com Dimitri, se aproveitando que ele está sob efeito de remédios. Aposto que ele tentou executá-lo, mas preciso ter certeza antes de pegá-lo. ─ ele desce do carro e liga para alguém, ele passa os dados que pegou sobre o táxi. ─ Veja se descobre para onde está indo, daqui a pouco eu te explico tudo.

Almir fecha seu carro e atravessa a rua, indo em direção a entrada do hospital. Ele segue andando rapidamente até a recepção.

─ Oi! ─ mostrando a carteira policial.

─ Oi! Como eu posso ajudá-lo? ─ a recepcionista mascando chicletes, nem se abalou com a carteira, olhando diretamente para ele.

─ Não vou tomar muito do seu tempo, é só uma informação sobre um paciente chamado Dimitri Dormen. Ele já teve alta? Pois acabei de vê-lo sair do hospital, com um rapazinho que está todo vestido de preto.

─ O sobrinho dele não faria isso! Faria? ─ ela pega o telefone e liga para a enfermeira de plantão. ─ Clarice, você viu se algum paciente saiu a revelia?

─ Não. ─ ela está sonolenta, pois estava dormindo debruçada em sua mesa.

─ Tem como você ir até o quarto 312-1 e verificar se está tudo bem com o paciente?

─ Claro, te ligo em um minuto. ─ a enfermeira sai da sua sala e sobe de elevador.

─ Ela vai ligar daqui a pouco, foi verificar o paciente. ─ pondo o telefone no gancho. ─ O senhor conhece aquele garoto, o César? ─ a recepcionista está desconfiada.

─ Isso é uma longa história, prefiro não comentar nada. ─ ele encosta no balcão.

─ Tudo bem, o senhor aceita um docinho de brigadeiro?

─ Não muito obrigado, estou de dieta.

─ O senhor tem um corpo bonito para que se privar das coisas boas da vida?

─ A idade já está começando a me derrubar, cada vez fica mais difícil perder esta barriga de chopp. ─ ele incha a barriga e dá dois tapas nela com as duas mãos.

─ Trinnn, Trinnn.

─ Fala Clarice. O quê? Sumiu?! ─ ela arregala os olhos e fica perplexa por alguns segundos.

─ Muito obrigado querida, só precisava mesmo confirmar se ele estava aqui ainda. Pode deixar que vou localizá-lo. ─ Almir se despede e corre para a saída.

─ Ok, tchau! ─ a recepcionista ainda perplexa com a descoberta da fuga do paciente.

─ Será que estes bruxos conseguem ficar invisível? Àquela hora em que César abriu a porta de trás do carro, aquilo foi meio estranho! ─ ele pega o seu smartphone e liga para o delegado Mario.

─ Alô. ─ Mario atende o telefone da sua mesa.

─ Conseguiu descobrir para onde o táxi está indo?

─ Não foi fácil fazer eles revelarem, estes dados são confidenciais e o que estamos fazendo é ilegal!

─ Vamos Mario, temos pouco tempo.

─ Eles estão indo para a Pavuna, o local exato eles conseguem verificar após a corrida, para não constranger o passageiro.

─ Ok, eu vou indo para a Pavuna, só me arruma o telefone do motorista do táxi. ─ Almir desliga e guarda seu smartphone, em seguida saí a toda velocidade com a sua caminhonete.

─ Eu não sei por que ainda ajudo este maluco. ─ Mario desligando o seu telefone.

O táxi chega até o seu destino…

─ Quanto é a corrida? ─ César desce do carro e abre a porta de trás.

─ Para que isso? ─ ele vira-se para trás e observa o jovem em pé ao lado da porta, como se estivesse esperando alguém sair. ─ a corrida deu trinta reais.

─ Aqui, obrigado. ─ ele dá o dinheiro e acena.

─ O taxista pensa que você é louco. ─ Dimitri ficando visível novamente, ele observa o carro indo embora.

─ Eu já estou acostumado, você não? Eu também estou cheio de fome! Vamos entrar. ─ abrindo o portão do quintal.

─ Sua mãe não vai se importar? Eu não quero incomodar. ─ ele está meio sem graça.

─ Vamos Dimitri, minha casa é igual a uma pousada, minha mãe já está acostumada. ─ ele o puxa para dentro.

─ César? ─ a mãe dele saindo de um dos quartos, ela está terminando de se arrumar. ─ Meu filho, tenho que sair, o seu irmão foi preso. Acabei de receber um telefonema do delegado. Você sabe de algo? ─ ela põe os brincos indo em direção do quarto.

─ Não mãe, não sei de nada não. O que será que ele fez desta vez?

─ Eu acredito que foi outra briga. ─ saindo do quarto.

─ Mãe, esse aqui é o Dimitri. ─ apontando com a mão esquerda, depois vira-se e vai direto nas panelas que estão em cima do fogão.

─ Muito prazer, meu nome é Cristina. ─ apertam as mãos. ─ Me desculpe, mas preciso ir, outro dia nos falamos melhor. ─ ela abre a porta da casa, está toda envergonhada pela situação constrangedora.

─ Não se preocupe, vai dar tudo certo. Tenho certeza que foi só um mal-entendido. ─ Dimitri tenta ser gentil.

─ Você diz isso por que não conhece o meu filho mais velho! ─ ela faz uma careta enquanto fala. ─ Meu filho serve o Dimitri, ele deve estar com fome. Esquenta no micro-ondas.

─ Quer que eu vá com você mãe?

─ Não precisa não, a Carla vai comigo e por falar nela, ela acabou de chegar. Tchau!

─ Tchau! ─ Dimitri e César.

─ Deixa eu ligar para a minha filha, antes que o hospital ligue para ela. ─ Dimitri senta-se à mesa da cozinha e liga para o celular da Amanda.

Cristina fecha a porta pelo lado de fora e corre até o carro, que está parando em frente à sua casa.

─ Amiga, desculpa por te dar mais este trabalho. ─ ela abre a porta do carona e entra.

─ Amigas são para estas coisas, minha querida. Quantas vezes você não ficou com o meu filho? Em todas às vezes que eu preciso, hein? Você já conhece o delegado, vai ser mais fácil desta vez. ─ Carla manobra o carro enquanto conversa.

─ É, este é o problema, estou ficando conhecida na delegacia e isso não é bom!

─ Não fica assim não, nós vamos sair dessa e rápido, você vai ver. ─ concentrada na direção do veículo.