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Capitulo 1 : Na sombra da morte

Uma noite envolvia a cidade de Dustville com um manto escuro e silencioso, quebrada apenas pelo gemido do vento entre as ruínas. John, o homem traído, jazia propriedade, sua figura destacando-se na penumbra, marcada pelos vestígios da traição. Seu corpo, mesmo em aparente inatividade, era uma tela manchada de sangue, testemunha do ato traiçoeiro.

À medida que as sombras dançavam ao sabor da brisa noturna, um pequeno coiote, faminto e desconfiado, farejava o ar impregnado com o cheiro de ferro. O animal espreitava pelas ruas desertas da cidade destruída, seus olhos brilhando como faróis em busca de alguma fonte de alimento.

Seus passos cautelosos o conduziram até o corpo caído de John. O homem, que parecia morto à primeira vista, exalava uma fragilidade enganosa. O coiote, querendo satisfazer sua fome, moveu-se lentamente das botas empoeiradas de Krane.

Justo quando o coiote se preparava para atacar, o corpo do homem traído reagiu com uma agilidade surpreendente. Mesmo em seu estado debilitado, os reflexos treinados envelhecem por instinto. John, ainda segurando firmemente seu revólver, desencadeou uma sequência de movimentos que desafiavam a lógica.

O cilindro do revólver girou com um clique audível, uma cápsula sendo incluída na câmara. Em um piscar de olhos, John mirou sua arma na direção do coiote faminto. O estrondo do tiro corta o silêncio da noite, ecoando entre as paredes arruinadas da cidade.

O coiote, surpreendido pela virada inesperada dos acontecimentos, retornou rapidamente, escapando por entre os destroços. John, ainda deitado, olhou para o céu estrelado, seu rosto expressando uma determinação tão ardente quanto o sol. A cidade de Dustville permanece silenciosa, como se os escombros guardassem segredos insondáveis, enquanto o homem ferido, traído, mas ainda resistente, retomou a consciência sob o manto da escuridão.

John sentou-se sentado no chão árido, sua expressão cansada e ferida revelando a dura realidade de sua situação. As primeiras palavras que escaparam de seus lábios foram um suspiro entrecortado:

 "Ah, merda...", 

uma expressão ríspida e direta de sua condição atual.

Seu olho esquerdo permanece cerrado, a visão obscura pelo sangue que escorria de sua cabeça. Uma sensação ardente se instalava no local do ferimento, mistura de raiva, confusão e confusão que tumultuavam sua mente. João, no entanto, foi feito de um estofo resistente, uma determinação incólume queimando por trás do olhar aturdido.

As lembranças da emboscada retornaram como sombras indesejadas, os dois disparos reverberando em sua mente como ecos de uma traição. O primeiro tiro, que atingir seu peito, foi o alerta crucial. Ao tocar o local atingido, John percebe um tipo de colete que lhe proporciona, redução do impacto do impacto.

"Acho que esse é o último dia que uso esse casaco", murmurou consigo mesmo, refletindo sobre o desgaste de sua vestimenta leal. Seu sobretudo marrom, outrora um símbolo de sua jornada, estava agora marcado por pequenos cortes, marcas de tiro e queimaduras. Foi um testemunho da passagem do tempo e das batalhas enfrentadas, transformadas de uma peça de vestuário em um manto de resistência desgastada.

Enquanto a noite silenciosa envolvia Dustville, John permanecia no chão, avaliando os erros físicos e simbólicos ao seu redor. Uma nova jornada se desenhava, uma trilha incerta no deserto pós-apocalíptico, e John, mesmo abalado, estava longe de ser derrotado

"Mas primeiro temos que cuidar desses danos", murmurou Jonathan consigo mesmo. Com dificuldade, ele se declarou, pegou seu chapéu de couro negro com aba reta e larga, mas não o colocou na cabeça, pois a dor pulsante em sua cabeça parecia prestes a explodir a qualquer momento. Deixando para trás uma pequena poça de sangue e trapos que outrara foram seu casaco, John sabia que não tinha o luxo de perder tempo; seus danos precisam de atenção imediata.

Sem ser exigente quanto ao abrigo, John adentrou em uma casa próxima. A primeira ação foi bloquear a porta com um armário ao lado, garantindo uma medida mínima de segurança. Ao subir para o segundo andar do duplex, suas esperanças de encontrar suprimentos úteis foram frustradas. A única recompensa que o aguardava era um colchão velho e podre e uma lareira. Entretanto, para John, ele não conseguiu imaginar um cenário pior.

Foi então que ele começou a revirar seus bolsos e bolsas que ele carregava consigo e pelo incrível que parece a sorte sorria para ele mais uma vez; nada foi roubado enquanto estava desacordado. John carregava duas bolsas - uma de cada lado. Em uma delas, mantinhas cartuchos, cápsulas de balas, óleos e até mesmo um pequeno frasco de pólvora. Na outra, carregava um kit médico básico contendo ataduras, um cantil com álcool e fósforos.

Decidido a usar tudo o que tinha à disposição para sobreviver mais um dia, John acendeu a lareira, usando o colchão velho e pedaços de madeira para aquecer o ambiente. Com o cantil de álcool e água, limpou seus olhos, descartou as bandagens ensopadas de sangue e mergulhou as novas em álcool, preparando-se para limpar e desinfetar a ferida em sua cabeça. A queimação era o menor de seus problemas, pois ele tinha que se auto medicar.

John deixou sua faca esquentando no fogo porque ele não tinha mais fósforos. enquanto enrolava os restos de bandagem ao redor da cabeça. Em seguida, começou a analisar a ferida acima do coração, onde havia um pequeno furo rodeado por marcas de sangue. Determinado a localizar a bala, John tocou a ferida, apoiando a dor como uma tempestade silenciosa.

Com tenacidade inabalável, John manteve a firmeza mesmo nas piores situações. Toque após, ele finalmente conseguiu extrair a bala, revelando um projeto disparado por um rifle. Sem hesitar, cobriu o ferimento com pólvora e, com a faca extremamente aquecida, cauterizou a ferida. A dor intensa fez com que ele se contorcesse, mas, finalmente, seu maior problema naquele momento estava resolvido. O suor frio percorreu seu corpo, mas seu coração começou a se rir. John sabia que, mesmo em um mundo desolado, sua tenacidade o manteria de pé

John, após cuidar de seus danos da melhor maneira possível, ele lentamente vestiu sua camisa de manga escura e engatilhou novamente seu revólver. Sentou-se no canto do quarto, escondido atrás da porta, sua mente alerta para qualquer ameaça iminente. Apesar do frio que o envolvia, ele não poderia arriscar ser pego de guarda baixa.

Exausto, John permitiu-se ceder ao cansaço, adormecendo novamente. No entanto, ele não estava preparado para os fantasmas do passado que visitariam seus sonhos. Como um espectador em sua própria história, ele reviu em câmera lenta o momento em que Krane se moveu abruptamente, os flashes das armas atingindo seu corpo ecoando em sua mente.

As últimas palavras de Krane ressoaram como um eco amargo: "Não me julgue. Estou apenas jogando no lado vencedor." John assistiu impotente à traição, enquanto as emoções do passado se desenrolavam diante de seus olhos.

Então, subitamente, John abriu os olhos. A luz solar inundava o quarto, mas a lareira ficava permanentemente desligada. Tudo estava como antes, exceto pelo olhar de John. Seu olhar, outrora frio e imperturbável, havia se transformado. Agora, continha uma intensidade predatória, como se um predador tivesse despertado e identificado sua presa. O resgate de sua própria vida foi desencadeado algo em John, algo que transcendia a simples sobrevivência. O caçador estava acordado, e o deserto pós-apocalíptico testemunharia a próxima etapa de sua jornada implacável.