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O sol da noite

CAPÍTULO 138

NOME DO CAPÍTULO: O SOL DA NOITE.

No véu da noite, quando o dia se esvai,

Surge um brilho oculto, um sol em segredo,

Não é o astro-rei que ao céu se atira,

Mas uma luz serena, sem medo.

O sol da noite, em sua forma mansa,

Desperta os corações em suave lume,

E nas sombras do mundo, lança

Um brilho que acalma, que resume.

É a lua que, em sua majestade,

Reflete a luz de um amor profundo,

E nas noites escuras, é verdade,

Que ilumina os sonhos deste mundo.

Seu brilho prateado, em tons sutis,

Beija a terra com toque gentil,

E nas águas calmas, em reflexos febris,

Desenha trilhas de um caminho tranquilo.

As estrelas, suas fiéis companheiras,

Pontilham o céu em constelações,

E o sol da noite, em jornadas primeiras,

Guia almas em suas contemplações.

Em cada raio de lua, um mistério,

Um conto antigo de eras passadas,

E na sua luz, o amor, o etéreo,

Se encontram as almas apaixonadas.

Os lobos uivam sob seu fulgor,

Invocando a essência da natureza,

E o sol da noite, com seu fervor,

Responde com sua pura beleza.

Nos campos, flores noturnas desabrocham,

Recebendo a bênção da luz lunar,

E os poetas, em versos que brotam,

Cantam a magia do luar.

A lua, em fases que mudam e giram,

Mostra o ciclo eterno da renovação,

E o sol da noite, em sonhos que miram,

Reflete o curso da vida em transição.

Nos mares profundos, a bioluminescência,

Cria um espetáculo de luz e cor,

E o sol da noite, em sua essência,

Desperta a magia, o esplendor.

Nas cidades, ruas tranquilas,

São banhadas por sua luz suave,

E nas almas inquietas, em vigílias,

Surge a paz que a noite lhes traga.

O sol da noite, em sua viagem celeste,

Traz consigo a promessa de um novo alvorecer,

E nas horas caladas, um encanto que investe,

Nos corações, a vontade de viver.

Em noites claras, sem nuvens, sem véus,

Sua luz abraça o mundo em plenitude,

E no firmamento, os mistérios do céu,

Revelam a vida em sua magnitude.

Olhares que se encontram sob o luar,

Trocam segredos, juras de amor,

E o sol da noite, a testemunhar,

Guarda em seu brilho o eterno calor.

E mesmo nos momentos de solidão,

Quando o mundo parece deserto e frio,

O sol da noite traz a sensação,

De que há luz e calor no vazio.

Em sonhos, navegamos pelo seu mar,

De prateadas ondas e silente maré,

E o sol da noite, em seu luminoso altar,

Guia nossos passos, onde quer que estiver.

Assim, a noite se faz dia em outra forma,

Com o sol que não queima, mas acalenta,

E em sua luz, encontramos a norma,

De um amor que o tempo não fragmenta.

O sol da noite, em sua jornada calma,

Segue seu curso no céu de veludo,

E em nossos corações, acende a chama,

De um brilho eterno, profundo.

E ao amanhecer, quando o dia se ergue,

Levamos em nós a luz que nos banhou,

O sol da noite, em sua forma perene,

Iluminou nossas almas, e nos transformou.

O sol da noite, guardião dos sonhos,

Continua a brilhar, em ciclos sem fim,

E em cada noite, em versos risonhos,

Redescobrimos a luz que vive em mim.