Ch 4

'Esse não é um desenvolvimento clichê?'

Um grupo de beldades dificilmente encontrado em sua vida anterior, passando por uma situação desastrosa. Apenas para o Herói aparecer no momento ideal e ajudá-las a superar essa crise.

Assim, gratas ao Herói, elas escolheriam segui-lo e futuramente dedicariam seu corpo e alma ao Herói!

Um desenvolvimento clichê.

Ou era pra ser assim se Ashton fosse um herói. Ou se essas beldades realmente precisassem de ajuda.

Lembrando o ataque que ele viu antes e vendo o resultado dele agora, é difícil pensar que ele poderia ser de alguma ajuda.

Ele ainda era [Nível 1]! Aquele ataque poderia matá-lo umas dez vezes e ter sobra!

Mesmo que elas estivessem em uma situação complicada, não parecia desastrosa e provavelmente conseguiriam resolver isso.

"Quem é você?" A beldade de cabelo rosa falou assim que colocou seu olhar nele.

"Ah, eu sou Ashton, é um prazer." Notando como a maioria dos monstros pareciam estar evitando essa área, ele se aproximou. Exceto por alguns suicidas que resolviam atacar o grupo de garotas. Era óbvio que elas levantaram a guarda, então ele não foi muito perto.

De alguma forma ele ainda não havia sido atacado, mas Ashton não estava querendo abusar dessa boa vontade dos monstros e era melhor se proteger.

Esse grupo era a solução.

"Eu sou Teresa, líder da equipe Morningstar, uma equipe de aventureiros de Rank B!" A beldade rosa, Teresa, falou. Apesar de dar atenção pra ele, ela não esqueceu de dividir em dois o monstro parecido com um lobo que chegou muito próximo.

'Eu recebi sua mensagem claramente.' Ashton pensou abrindo um sorriso estranho.

Mas aventureiros, hein. Como esperado de um mundo onde existe um Rei Demônio.

Se é Rank B, é provável que nesse mundo sigam as classificações iguais aos jogos.

Rank E, D, C, B, A, S. Se essa festa era Rank B, deveriam ser bem fortes.

Já que ele não era um herói, elas claramente eram um grupo que tinha força suficiente para lidar com essa situação.

Era exatamente por isso que Ashton grudaria nelas como cola pra sair dessa floresta duvidosa que a deusa o jogou. Ele já percebeu que esse lugar não era nada pacífico e Ashton não sentia vontade de viver aqui como um eremita enquanto passava pelo arco de crescimento e saia totalmente dominado!

"Eu tenho muitas perguntas pra você, mas agora não é a situação ideal! Você pode lutar?" Teresa questionou. Seus olhos eram afiados, como se estivesse analisando Ashton.

Muito disso era para indicar as garotas que não deveria baixar a guarda, mas a própria Teresa não estava muito preocupada. Como alguém experiente, ela geralmente pode perceber quando alguém era forte ou não. Ashton parecia o segundo.

Sua habilidade [Percepção de Perigo (Lv.3)] também não reagiu, mesmo quando Ashton se aproximou. Então a menos que ele fosse um mestre ou muito mais forte do quê a própria Teresa, seu julgamento não poderia estar errado.

"Eu posso tentar." Ashton, que nunca lutou em suas duas vidas, respondeu assim.

"Pegue isso." Maki, que observava ao lado, lançou uma espada curta sobressalente na direção de Ashton, que ele naturalmente desviou para o lado assustado.

Teresa suspirou vendo como ela não teria que se preocupar com Ashton, enquanto Maki franziu o cenho.

Ashton estava preocupado pensando se era comum para as pessoas desse mundo lançarem objetos pontiagudos na direção dos outros.

"Ashton, se aproxime de Cristina! Aquela de escudo! Maki-sama, meninas, agora não podemos contar com a cura de Luna, então vamos deixar os danos ao mínimo! Nosso objetivo é recuar para fora da floresta!" Teresa logo deu ordens. Mesmo que Ashton fosse um peso morto, ela não o deixaria para trás agora que o viu. Sua moral não permitiria isso.

A quantidade de feras se movendo para essa direção parecia estar diminuindo, então funcionaria.

Ashton pegou a espada e se aproximou da beldade que carregava um escudo com metade de seu tamanho. Ao lado dela estava outra beldade que carregava uma beldade loira de orelhas longas e pontudas.

'Uma elfa hein..'

Em um mundo mágico, os elfos eram praticamente presenças garantidas e nesse mundo parecia o mesmo.

É um plano de fundo comumente usado. Os elfos, uma raça que era extremamente próxima da natureza, eram excepcionalmente bons em magia.

Do modo que a elfa parecia ter sido sugada, o ataque anterior deve ter sido de sua autoria.

'Provavelmente esgotou seu Poder Mágico.'

Quanto poder mágico foi preciso para lançar aquele ataque? Ashton lembra de ver que o Poder Mágico do Herói era 60, mas ele estava no [Nível 1]. Se essas garotas eram aventureiras de Rank B, elas deviam ser muito mais fortes.

Na verdade, existia um limite de nível? O quão alto as estatísticas poderiam crescer? Eram perguntas que ele e provavelmente o cara de antes queriam fazer para a Deusa.

Existia perguntas intermináveis, mas não era hora pra isso, então Ashton simplesmente parou de pensar.

O grupo já estava se movendo enquanto eliminava os monstros suicidas que se jogavam nessa direção.

"[Isca], [Impenetrável]!" A garota de escudo lidou habilmente com os monstros que vinham em direção a Ashton e a elfa esgotada, a acompanhante não nomeada lidava com os monstros que tentavam superar o escudo. A elfa conseguia ficar de pé sozinha, mas não parecia ter muito nela ainda, já que até seus movimentos eram lentos.

'Devo arriscar minha sorte?' Olhando para a espada curta que parecia estranha em suas mãos, Ashton se decidia.

Ele notou que a direção que o grupo estava seguindo era exatamente o mesmo que ele havia escolhido pelo galho mais cedo.

Sua sorte estava em pleno funcionamento, então talvez desse para abusar um pouco.

As questões sobre tirar uma outra vida, mesmo que fosse um monstro, não passou por sua cabeça.

Não que ele não se importasse. Ashton não era insensível e em sua última vida ele foi um claro apoiador da paz. Mas seria inevitável em algum momento. Ele teria que lutar.

Por isso, ele simplesmente escolheu não pensar nessas coisas e fazer o quê tinha que fazer.

Provavelmente foi por ter esse tipo de mentalidade que ele facilmente aceitou a história de outro mundo e o Rei Demônio.

Sobre como ele foi convocado, mas não se tornou um herói.

Complicar as coisas não era de seu gosto. Se ele pode fazer, ele faria. Se ele não pode fazer, ele não faria. Não tinha que pensar demais no certo e errado.

'Está tudo bem, desde quê eu viva uma boa vida.'

Foi o mesmo da última vez, não é?

Ele ainda não lembrava como morreu, mas sabia que só estava vivendo uma boa vida.

Ignorando qualquer questão moral, ele espetou a espada curta de baixo para cima no lobo que estava tentando circular o escudo. Cravou de sua mandíbula e saiu no cérebro, eliminando de uma só vez.

Parecia que a espada curta sobressalente era de ótima qualidade, pois ele mal sentiu resistência.

Abrindo um sorriso curto vendo o monstro desabando, ele retirou a espada antes de buscar um próximo alvo.

Para que ele pudesse crescer corretamente..

'Seja um sacrifício para minha boa vida.'

[Habilidade Adquirida - [Esgrima] - Você gostaria de aprender?]

[Habilidade Adquirida - [Acerto Crítico] - Você gostaria de aprender?]

"Hm?" Surpreso com a tela que apareceu em sua frente, ele perdeu os leves olhares de choque que as garotas deram. Maki, em particular, parecia excepcionalmente cautelosa. Se a habilidade de Teresa [Percepção de Perigo (Lv.3)] fosse mais alta, talvez no Lv.6, ela poderia entender o sentimento de Maki.

'Deveria ser tão fácil?'

Ele lembra que a [Benção da Deusa Mãe] diminuía o requisito de aquisição de habilidades enormemente. Mas ele achou que ainda seria mais difícil.

Ashton literalmente atacou com a espada uma única vez e ele adquiriu [Esgrima]?! [Acerto Crítico] até pode ser, mas uma única vez é o suficiente?!

'Talvez sejam habilidades básicas e seja bem simples adquirir.'

Elas também deveriam estar no nível mais baixo.

Do modo que Teresa e a garota que ela acompanhava balançavam suas espadas, Ashton tinha certeza que elas tinham [Esgrima].

'Bem, vamos apenas aprender!' Como esperado, ele não pensou muito nisso e apenas aceitou aprender antes de procurar um próximo alvo.