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 D’arc, tá aí…?

Em um pequeno quarto de chão de madeira podre e paredes cheias de cupins se encontra uma menina de cabelos negros e corpo claro, vemos que os moveis e as suas roupas não acompanharam seu crescimento, por se encontrar em um estado de semissono, ela cambaleia para fora do cômodo e nesse caminho passa por papeis com símbolos distintos do comum, peças e gravetos quebrados espalhados por todo o lado, pó e líquidos em volto de toda a bagunça, ao chegar no outro lado a menina abre a porta e vê os seus colegas e diz no tom mais sereno e perturbador.

- Bom dia.

Todos respondem no mesmo tom já que ambos estão desmotivados, ao olhar pro relógio de sol se vê que já deve estar próximo das 7 horas, então D'arc volta ao seu quarto, busca o seu casaco preto com detalhes laranjas e usando uma camisa desbotada e uma calça já desgastada vai caminhar em direção ao seu primeiro dia na academia dos Hastati, uma academia que busca melhorar os piores e piorar os melhores, que tem como o objetivo maior a igualdade entre todos, os ensinando o que sempre foi ensinado dês dos tempos modernos. As frases ditas sobre a academia que estava para ingressar não são motivadoras de nenhuma forma, mas ao chegar em seus 21 anos o que todos diriam ser "a melhor época", se vê obrigada a frequentar qualquer instituição ou ser vendida nas ruas como mercadoria barata para burgueses, existem exemplos que já saíram da academia e se tornaram pessoas de alto renome e patentes, porem nunca pensei em ser alguém importante no mundo, porem ser ninguém não faz o seu feitio. Então ela seguiu seu caminho para a Hastati, passando pelo longo caminho de concreto, uma invenção recente mas que certamente deixava a caminhada mais exaustiva e quente, por se tratar de uma academia que lida com ManaFlow ela é afastada da cidade e se encontra perto de um grande lago azul.

Depois de passar por um pequeno parque de arvores e deixar o caminho feito de concreto, vê ao longe uma estrutura enorme com grandes paredes formando uma muralha e dentro dela se vê uma estrutura com a cor de safira, uma safira escura porem ainda bela, era lá a academia, ao continuar a se aproximar, vê ao redor da muralha casas, comércios e outras estruturas fantásticas como uma grande estatua de rua casa em seu desabrochar, que tem os seus 4 metros, porem mesmo sendo algo fantástico, não se comparava com nada que via ali. Então ao chegar na entrada se vê uma grande multidão em o que parece ser o pátio principal da instituição, então para se preservar D'arc busca um banco e senta ao lado de uma outra de menina, de cabelos cor de mel e uma pele morena, com uma estatura media, o que parece comendo um biscoito doce com um creme gelatinoso de cor purpura.

- Boa tarde, como é bom poder comer uma coisa tão gostosa assim, não consigo imaginar minha vida sem essa deliciosa pasta de uva, nossa como poderia viver sem essa iguaria.

Um homem esbarra ao caminhar com rapidez no pote de pasta de uva e acaba se sujando com o mesmo.

- NÃO!!! Por quê não anda com mais cuidado?

- Pelo mesmo motivo que você não fecha essa sua boca, pessoas como você deveriam aprender o seu lugar.

O homem de média estatura apenas um pouco maior que a menina dos cabelos de mel, tenta impor superioridade se aproximando da pequena mulher, porem, D'arc se levanta já que não suporta o desperdício de alimentos e por começar a se incomodar com a presença do homem médio, ao se levantar empurra com força o homem o afastando da menina, com a força moderada o homem cai no chão e começa a berra.

-Sua cadela com quem você pensa que está se metendo!

Da mesma forma que o homem tentou amedrontar a menina dos cabelos de mel, ao se aproximar mostra um sorriso maléfico e olhos opacos se abaixa em direção do homem e diz uma frase que o faz refletir sobre sua real posição naquele lugar.

- O que me impede de te meter a porrada?!

- Exatamente o que você está tentando pensar com esse cérebro de merda que você tem, nada.

Ao terminar sua ameaça, D'arc volta ao banco que estava, ao lado da menina que está surpresa por alguém ter tido essa atitude diante a um nobre de cabelos loiros, normalmente vindos de uma família com grande influencia e por se darem o titulo de os mais fortes se evita conversar ou discutir com os mesmo já que maior parte possuem grande controle das terras do mundo.

-Obrigado, meu nome é.

Interrompida pelos gritos do jovem loiro que começa a manifestar a sua raiva por ter sido humilhado, ele grita.

- POR QUÊ, NÃO ME ACERTAS UM SOCO SUA MERETRIZ, POR MEDO? MEU NOME É MARIUS PENDRAGON E EU A DESAFIO PARA UM DUELO!!!

Ao ver os berros do homem, D'arc se levanta novamente com um peso e uma falta de vontade que daria inveja ao melhor dos vadios, assim ao respirar profundamente e se levantar sem emitir quais quer som, começa a retirar o casaco, e sem mais qualquer palavra o duelo estava aceito.