Os dias pareciam se arrastar, com a ameaça constante de um novo encontro com "Ovos Mexidos" — um apelido sarcástico que acabei dando ao bispo Manuel depois daquele fatídico encontro. Por algum motivo, suas visitas ao meu redor tornaram-se mais frequentes.
"Esse cara é realmente persistente," - murmurei, recuando para me esconder ao avistá-lo no corredor.
Manuel: Arcebispo!
"!!!" - Meu coração acelerou. - "Ele está falando com um arcebispo?!"
Arcebispo: E a criança? Há sinais do Sacred Gear?
Manuel: Ainda não. Porém, os sentimentos de repulsa exibidos pelos outros moradores certamente vêm da Gear dentro dele.
Sacred Gear? Pensei, enquanto tentava ouvir a conversa sem ser percebido. "O que é isso? E por que estão tão interessados?"
Arcebispo: Um Sacred Gear com o poder de afetar uma área tão vasta e ainda curar feridas fatais será de grande valia para nós.
Manuel: Eu compreendo. Vou intensificar meus esforços com o garoto.
"Filho da puta!" - Praguejei baixinho. - "Eles nunca tiveram a intenção de me ajudar. Só querem me usar, espera só seu fudido vou te dar oque merece"
Silenciosamente me afastei precisava esfriar a cabeça e nada melhor que ler algo ainda mais sobre essas sacred gear lembro de ter visto uma citação naquele livro de ontem, esgueirei-me até a biblioteca, buscando o livro antigo que havia deixado de lado na minha última visita.
Rapidamente, passei rapidamente pelos corredores tentando não ser encontrado por algum dos padres, parece que até às paredes tem ouvidos nesse lugar, e fui direto na sessão aonde havia encontrado o livro, e pra minha surpresa ele ainda estava lá, não tinha como não reconhecer o livro mais velho da prateleira, o peguei colocando por baixo de minha camisa e saindo de fininho antes do bibliotecário me notar
Me dirigi a meu esconderijo secreto, uma fenda na muralha da fortaleza, ao que parece já está aqui a algum tempo e também e bem grande o bastante pra colocar uma cama aqui, e eu fiz a minha peguei alguns panos um tempo atrás e uma lanterna e deixei lá, e quase impossível pra um adulto achar, afinal ela fica no entre um grande arbusto cortado minusiosamente em formatos quadrados, então a rachadura mal e visível, ao entrar me sentei nas fronhas e peguei a lanterna, abri o livro cuidadosamente e continuei de onde havia parado
O livro detalhava a longa guerra entre anjos, demônios e anjos caídos, e parece que em algum ponto os humanos se intrometeram, porém sua força era pífia em comparação com os outros até que então surgiram os abençoados por Deus, humanos com grandes habilidades que mudaram a história da guerra, eles que ficaram conhecidos como portadores das engrenagens sagradas ( Sacred Gear )
~ Então essa é a tal Sacred Gear... Parece a trama de um jogo do meu mundo. -Murmurei, levemente irônico. ~ Como um livro consegue ser tão previsível? Ou seria a história em si ?
O livro estava mais gasto do que parecia a princípio. Aqui estavam mais informações sobre essa tal de 'Sacred Gear'.
- Segundo o que está escrito aqui, - comecei a ler em voz baixa, - "as Sacred Gears são habilidades especiais concedidas por Deus a humanos selecionados. Estas 'Engrenagens Sagradas' variam amplamente em poder e forma, mas todas carregam em si um propósito divino."
A ilustração ao lado mostrava um homem com uma espada de luz, outro com escudos em ambos os braços e até uma mulher cujos olhos brilhavam intensamente, quase como se ela pudesse ver além da realidade física.
- Essas habilidades podem ser hereditárias, passando de geração em geração, enquanto outras surgem aleatoriamente, escolhendo portadores que talvez nunca tenham ouvido falar de tal legado divino. - Murmurei, impressionado com a quantidade de informação. Prossegui com minha leitura.
- A origem folclórica das Sacred Gears remonta ao início dos tempos, onde acredita-se que Deus as criou como uma maneira de equilibrar a batalha entre o bem e o mal. Para garantir que a humanidade tivesse uma chance de lutar contra os males crescentes do mundo, Deus incutiu partes de Seu poder em certos indivíduos, fazendo-os portadores de Gears especiais.
- Hmm, então é basicamente como se Deus distribuísse cartas de baralho para a humanidade e dissesse, 'Aqui, isso pode ajudar ou pode te fuder, e isso de qualquer forma, divirta-se!' Dei uma risadinha sarcástica. - Parece que mesmo nessa vida deus continua o mesmo sacana de sempre. - Estiquei os labios para o lado como uma forma de desaprovação e logo continue minha leitura
- "A cada geração, novas Sacred Gears surgem enquanto outras desaparecem. Seus poderes variam, desde manipulação de elementos, cura acelerada, até mesmo o poder de prever o futuro em alguns casos raros."
- Então, supostamente, tenho uma dessas coisas em mim? E esses idiotas querem usar isso para seus próprios fins? Que ótimo. -Parei por um momento e suspirei, olhando para o símbolo da igreja em meu peito. - abri a jenela do sistema e novamente a encarei olhando novamente aquela aba que agora em vez de afirmar que não havia uma sacred gear dizia algo totalmente indecifravel
- Mas que merda essa?!
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『ESTATISTICAS』
Nome: Kuroto Nível: 01
Idade: 26 (03+23)
Raça: Humano Reencarnado
Sacred Gear: ᓭℸ ̣ ᔑ∷ʖ𝙹∷リ ᒷ||ᒷᓭ 𝙹⎓ ╎リℸ ̣ ⚍╎ℸ ̣ ╎𝙹リ
Título: N/A
Facção: N/A
XP
[░░░░░░░░░░] 0/500
___________________________
Força: 05 Vitalidade: 10
Agilidade: 05 Sabedoria: 10
Sentidos: 10 Sorte: -05
___________________________
Pontos Restantes: 0
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Agora havia uma coisa escrita mas indecifravel para mim, não conseguia entender, ao tentar clicar nela o sistema parecia entrar em pane, varias janelas de cor avermelhada começaram aparecer dizendo
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『!ERROR!』
Permissão negada!
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『!ERROR!』
Permissão negada!
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『!ERROR!』
Permissão negada!
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『!ERROR!』
Permissão negada!
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Essa foi a segunda vez que o sistema negou minha permissão de acesso, parece que ele esta tentando esconder alguma coisa... mas porque?
Fiquei incomodado com isso mas no momento não tenho oque fazer, continuei a ponderar sobre essa descoberta peculiar. Meu olhar desviou lentamente do sistema de volta para o livro, onde mais informações aguardavam para serem absorvidas, provavelmente com mais perguntas surgindo à medida que aprofundava minha compreensão desses artefatos divinos.
Fechei as notificações de erro, e meu olhar curioso se fixou nas páginas amareladas pelo tempo. Continuei a ler as linhas, cada palavra, cada frase, tentando assimilar o conhecimento que poderia, porventura, decidir meu destino nesse jogo insano.
- A habilidade de uma Sacred Gear é única e muitas vezes, incompreendida, mesmo por seus portadores. O verdadeiro potencial de uma Sacred Gear muitas vezes permanece adormecido, revelando-se plenamente apenas em momentos de extremo perigo ou necessidade.
Franzi o cenho, as palavras ressoando em minha mente com um eco de urgência e mistério. Então, o que eu tinha dentro de mim era um enigma envolto em uma conundrum, uma caixa de Pandora esperando para ser aberta.
- É, Deus realmente gosta de uma boa piada. - Murmurei sarcasticamente, o amargor tingindo minhas palavras enquanto o pensamento de ser uma peça em um jogo divino me fazia revirar o estômago.
Continuei minha leitura, absorvendo cada fragmento de informação sobre essas Sacred Gears. A cada linha, um vislumbre do desconhecido se desdobrava diante de mim, apresentando um mundo onde o místico e o mundano se entrelaçavam de maneiras inimagináveis.
De repente, um pensamento cruzou minha mente, afiado e urgente. Se eu tinha uma Sacred Gear, e essa coisa era tão poderosa e cobiçada, quanto tempo levaria até que outros, com intenções piores, viessem atrás de mim? Quantos mais saberiam sobre o que eu carregava dentro de mim? Quando nem mesmo eu sei oque e que está em mim
Uma dúvida pairava sobre mim, o sistema me afirmava que não possuía uma sacred gear porém agora está me dando como se algo tivesse na posição de sacred gear, ao que parece o sistema em si não e uma, então de onde veio?
As mensagens de boas vindas em minha mente ainda eram frescas e um estopim me veio a mente, se tudo oque o livro dizia era real, anjos e demônio e até caídos entraram em guerra e o sistema se auto se afirma como 'Sistema do Dragão do apocalipse' quer dizer que o dragões também são reais ?
- Minha cabeça tá fritando... e muita informação, mas isso e só uma suposição eu sou setico não tem como essas merdas existerem... ne? - ri nervosamente e logo cai na real - Quem tô querendo enganar, isso e ridículo eu tenho a porra de um sistema que me deu poderes de literalmente um anime, como esse lugar pode ser normal? Se bem que acho que minha definição de normal que pode estar errada
Mas uma coisa era certa a igreja só queria me usar, e sinceramente eu não vou deixar essa barato vou me mandar daqui na primeira oportunidade, mas pra isso tenho que melhorar a mim mesmo
- Parece que, mesmo nesse vida, o homem continuava sendo o mesmo: ganancioso, manipulador e infinitamente ambicioso. - Um riso amargo e rouco escapou dos meus lábios. - Se querem que eu haja como um leigo e idiota para vocês agirem como os portadores da verdade por mim tudo bem
Senti meus punhos quente e fiquei minha energia amaldiçoada circulando ela lentamente até meu punho começar a erradiar um pequeno brilho negro misturado com um fino carmesin brilhante
- Vocês não perdem por esperar. - a energia rapidamente se dissipou e eu fiquei com uma cara de 'serio?' - por enquanto vamos forçar em melhorar minha força
Voltei minha atenção novamente ao livro e la estava o final da historia, que por incrivel que pareça era o mais previsivel possivel. Os demônios e anjos caídos não puderam resistir ao poder supremo de Deus, e assim que ele interviu a guerra teve seu fim.
- Isso foi como um adulto parando uma briga de crianças." - Sussurrei, encostando minha cabeça no livro e suspirando profundamente.
- Quero voltar para casa. O Brasil pode ter seus problemas, mas pelo menos não sou tratado como um peão - desabafei, senti uma lagrima unica e solitaria escorrer pelo meu olho esquerdo - ei não ouse chorara kuroto, voce ja passou por coisa pior - disse limpando o rosto e fechando o livro.
- se nessa vida poderes realmente existem, então serei super forte ao ponto de ninguem poder me obrigar a nada. - Meus olhos em furias e determinados me diziam - o primeiro passo e controlar minha energia amaldiçoada, e descobrir minha tecnica inata.
"Se eu quero sair deste inferno, preciso ficar mais forte. Lisa... Eu voltarei para você."
- Mas esse lance todo de deus guerra santa, demônios, anjos caídos e anjos e dragões me lembra daquele hentai fantasiado de anime... - por um momento uma pergunta passou pela minha cabeça 'e se' - Nahh isso e impossível! - ri de mim mesmo e fechei o livro
Decidi não estender mais o pensamento e adormeci. Ao acordar, percebi que ainda estava amanhecendo. Rapidamente, fiz a minha mente: devolver o livro e melhoras minha energia amaldiçoada. Antes de sair do esconderijo, escaneei os arredores; vi padres caminhando por perto. Esperei que se fossem, mas, assim que tentei sair, mais deles surgiram, olhando diretamente para mim e cochichando entre si.
Padre: Esse não é o garoto que o bispo procura?
Murmurei para mim mesmo: ~ É melhor sair daqui...
"Ser discreto aqui é quase um esporte olímpico. Se eu envelhecer neste lugar, não poderei fazer nada sem alguém me julgando... Seus olhos reprovadores e os sussurros: 'Isso é pecado!'. Que irritação!" - Suspirei de exasperação e segui em direção à biblioteca. No entanto, fui impedido por três moleques mais velhos do orfanato.
Garoto 1: Olha só quem temos aqui, o prodígio sul-americano. E aí, macaco amarelo, perdido na Itália? - ele debochou.
O insulto era ridículo, e embora meu italiano fosse básico, os palavrões foram as primeiras palavras que aprendi.
- Sério? Agora lembrei porque os italianos se especializam em massa porque em insultos - Ri sarcasticamente, o que fez o garoto franzir a testa e tentar um soco.
Fui atingido, mas aquilo era um mero
incômodo. Por conta da supressão de dor aquilo não doía mas realmente senti um imcomodo. Respondi com um sorriso ainda mais sarcástico
- Seus socos são tão fracos quanto seu repertório de insultos, seu SOCA FOFO - Em segundos, o trio avançou, mas não foram páreo para minha força.
Não demorou nem 10 segundos pra acabar com a raça daquela crianças, eu contra ele e igual um adulto contra crianças, meus socos realmente machucam, dois dos garotos desmaiaram quando acertei suas gargantas e o último se ajoelhou quando soquei chutei seu estômago vomitando o café da manhã
Criança¹: Seu mostro!
- Ah agora eu sou o mostro? - o segurei pelo cabelo - já que tu e italiano e gosta de zoar os descendente que tal eu te ensinar um cumprimento típico do insulto que vocême deu? - sorri maligno para o garoto enfiei a cara dele no seu próprio vômito fazendo ele se curvar segurando seu rosto no chão com meu pé - aproveita bota o café de volta na bareiga tampa de bueiro
Padre: Kuroto! Você pode matá-los! Pare! - exclamou, segurando-me com firmeza.
- Ele começou! Só tô me defendendo - disse sorrindo dando um chute no rosto do garoto o apagando
Manuel surgiu, com um olhar feroz: - Seu pequeno bastardo! - ele tentou me socar porém segurei o punho dele com força
- cansei de ficar de saco de pancada ovo mexido - disse e chutei a perna dele oque vez ele se ajoelhar de imediato - só bem mais forte do que aparentou né velhote! - disse e soquei o rosto dele com força oque fez ele virar o rosto e cuspir um pouco de sangue
Os padres começaram a me cercar para me prender tentei me forçar a saída mais quando uns 3 me seguraram já era tarde
- me soltem seus pau mandado! - tentei me espernear tentando me soltar quanto eles seguravam meu corpo em cima de mim me imobilizando
Manuel: Seu pequeno monstrinho vamos levar ele - ele disse e puxou uma seringa
- SE AFASTA COM ESSA MERDA DE MIN SEU FILHO DA PUTA! - puxei meu braço com força balançando ele e sorteio soquei o estômago de um dos padres e tentei me solar mas Manuel foi mais rápido e aplicou alguma coisa no meu braço
Manuel: segurem com força ele já vai apagar
Senti meu corpo ficando pesado e mais cansado rapidamente, esse filho da mãe me sedou, odeio agulhas
- Seu arrombado de merda - disse meus olhos pessam. E tudo ficou escuro
Manuel: esse moleque tem mais força do que parece tomem medidas a altura.
Padres: sim bispo
Foi a última coisa que ouvi antes de apagar de vez.
Quando acordei novamente, estava em um quarto todo branco: a sala de reflexão. Estava familiarizado com a camisa de força que envolvia meu corpoa, mas as correntes nas pernas era novidade. Era um lugar que o orfanato usava para "reeducação".
Sentei-me no chão frio e comecei a aproveitar a falta de supervisão era um bom lugar pra melhorar minha ciruculação da energia amaldiçoada. Estava quase alcançando um estado de concentração profunda quando a porta rangeu, revelando Manuel.
Manuel: Já está acordado? Pensei que ficaria mais tempo apagado
- Nah meus cochilos são curtos, mas e teu rostinho tá um caco, o soco deve ter doido - Ri sarcasticamente: - Estou esperando pelo próximo round vou ter certeza que não possa espalhar essas sementes por aí ovo mexido
Ele estava visivelmente furiosos e veio para cima de mim socando meu rosto com força e repetidas vezes oque me fez cuspir sangue mais sinceramente não sentia nada
- haha você soca igual mulher seu babaca - ri sínico dele sinceramente eu não tava sentindo meu rosto mais, porém não vou dá essa satisfação pra esse cara
Ele iria continuar a sessão de 'coreção se não fosse a porta rangendo seguido pelo som de uma voz familiar:
Velhinho: Bispo Manuel!
Manuel congelou no meio do movimento, sua expressão mudou, evidenciando um misto de medo e respeito pelo ancião.
Manuel: Arcebispo, sua presença é uma surpresa. A que devo a honra?
Arcebispo: Vim verificar o jovem prodígio pessoalmente. - Ele se aproxima, agachando-se para nivelar seu olhar ao meu. - Como se chama, pequeno?
Hesitei em respondere ele. Havia algo intrinsecamente perturbador na presença desse homem, algo que me instigava a manter distância.
Minha hesitação resultou em um soco forte no estômago que fez eu perder meu ar, cortesia de Manuel, que rosnou entre dentes:
Manuel: Responda ao Arcebispo imediatamente!
Engoli a raiva e o desconforto, respondendo relutantemente:
- Kuroto
Arcebispo: Interessante, Kuroto. Seria você de descendência japonesa?
A mão de Manuel tremia, pronta para me bater e coçando para eu não responder.
- Não faço ideia...
Arcebispo, então, voltou-se para Manuel com um olhar inquisitivo.
Arcebispo: Manuel, há informações sobre a família do garoto?
Manuel: Infelizmente, não temos dados suficientes. Não há registros de pais ou outros familiares. Tudo que sabemos é seu nome: Kuroto.
Arcebispo: Há algum significado para esse nome?
Manuel: Segundo minhas pesquisas rudimentares, uma das traduções possíveis é 'merda'. Contudo, acredito que o significado mais apropriado seria 'Estela do Crepúsculo' ou 'Constelação Obscura', que também pode ser traduzido para 'Estrela Negra'.
"Tua tradução e igual teu português uma merda", pensei com desdém.
Arcebispo: Um menino resiliente com uma essência combativa. - Ele me analisou, seus olhos perfurando os meus. - Seu espírito selvagem e indomável é evidente. Talvez haja um uso mais... apropriado para ele.
Manuel: Tem certeza, Arcebispo? - disse ele num tom de incerteza
Arcebispo: A obediência pode ser ensinada, especialmente se a segurança de sua jovem 'mãe' estiver em jogo. - ele disse se retirando da sala
A menção à minha mãe enviou calafrios pela minha espinha.
- Ei! O que ele quis dizer com isso?!
Manuel: Sim, senhor. - Manuel concordou logo olhando pra mim sério e saindo junto do arcebisp
- MANUEL! O que ele quis dizer com isso? - exclamei furioso
A Porta foi fechada porém a portinhola abriu e o rosto do velho pode ser visto
Arcebispo: Espero sua cooperação, para o bem da jovem irmã lisa, Pequena 'Estrela Negra' - disse fechando a portinhola
- SEU FILHO DA PUTA! Eu vou te matar!
Tentei forçar a minha saída mas era em vão eu não sou um super herói pra quebrar as correntes, embora seja forte ainda sou humano, a escuridão engoliu tanto a sala quanto minha fúria, intensificando minhas preocupações sobre o que aconteceria com a lisa.
As horas passavam lentamente, mas mantive minha concentração. Sabia que, para sobreviver neste novo ambiente, teria que dominar cada fragmento de energia amaldiçoada que eu possuía.
Acabei por desmaiar de exaustão depois de gritar e chamar pelo nome daquele filho da mãe naquela sala, desconhecendo a duração do meu sono, mas despertei ainda exausto, com os movimentos restringidos.
Algum tempo se passou e, com a iluminação restabelecida, Manuel e outros padres entraram.
Manuel: "Bom dia, pirralho. Está mais calminho agora?
- Oque vocês vão fazer com a lisa
Manuel: Haha sabe a maioria iria se preocupar consigo mesmo ao invés de perguntar sobre uma pessoa que esta muito bem, diga-se de passagem
- Eu juro se você encostar um dedo sequer nela eu vou-
Manuel: Você vai oque? Espernear? gritar? Se debater ? - ele riu da situação e logo se aproximou segurando meu rosto com força e olhando nos meus olhos negros - oque você pode fazer ?
- Eu posso acabar com tua raça seu engomadinho de merda! - disse tentando ir para cima dele mas as correntes se tencionaram me segurando a cm dele
Manuel soltou uma longa risada e logo olhou prós outros padres que apenas ficaram em silêncio observando a situação
Manuel: Kuroto, Kuroto você agora e literalmente oque a tradução do seu nome diz 'merda' - ele riu dando um belo chute no meu rosto oque me fez cair - mas até merda pode ser útil se usada no lugar certo
- seu babaca convencido - disse com um olhar de puro rancor e ódio enquanto olhava aquele sorriso sínico em seu rosto - espere so ate eu me soltar vou arrancar esse teu sorriso arrogante desse rosto
Manuel: Haha fico ansioso por isso, Mas como isso não vai acontecer - ele disse colocando sua bota sobre meu rosto pisando na minha cabeça - E caso queira o bem da irmã lisa espero que se comporte e siga exatamente oque dissermos
- pro seu proprio bem torça pra não tocarem num fio de cabelo dela, se não quando eu me libertar, vou pendurar essa tua cabeça de merda na porta da igreja, empalado numa estaca!
Manuel: Toquei na ferida pirralho? - ele riu divertidamente com a situação - Sabe você seria muito mais perigoso se não fosse por ser tão apegado a ela, mas isso e util para nos, e seu ponto fraco então se realmente se importa com ela faça oque dissermos, estou sendo legal, e vou manter ela segura, isso e enquanto você for obediente.
Me mantive em silencio e olhava furioso para ele
Manuel: irei aceitar isso com voce concordando - ele logo olhou para os padres - Cuidem dele e levem ele para o carro
olhei para ele com um olhar de duvida não entendendo
Manuel: Preparado para uma mudança de ar? - ele riu sorrindo para mim dando um poderoso chute na minha cara me lançando a parede
Minha cabeça quicou na parede e eu senti meu cerebro estremecer e a minha visão rapidaemente ficou escura.
~ filho da ...
Senti que meu corpo estava sendo movido enquanto estava apagado porem não sei por quanto tempo eu realmente domir, quando acordei de modo abrupto estava dentro de um veículo, sendo levado para uma região montanhosa. Imobilizado por uma camisa de força, percebi a presença de padres ao meu redor.
"Acho melhor dormir mais um pouco, antes que eu tente espancar esses dois" - pensei, fechando os olhos novamente. Meu corpo estava cansado e dolorido por conta dos golpes que recebi.
De repente, um tranco forte sacudiu o carro, sinalizando que havíamos parado.
Padre: "Acorda, garoto. Chegamos."
- Chegamos aonde?
Padre: "Na sua nova casa."
Diante dos meus olhos se estendia uma floresta coberta por um manto gelado de neve. Subindo uma estrada de terra que serpenteava morro acima, avistei um prédio imponente, uma estrutura que lembrava uma mansão vitoriana ou uma fortaleza antiga.
- Legal. Será que vou dividir o quarto com o Gasparzinho?
O padre, indiferente à minha ironia, me guiou para dentro do imponente edifício. O som da porta antiga se abrindo ressoou pelo espaço enquanto entrávamos em um hall grandioso. Algumas crianças de cabelos grisalhos, semelhantes a mim, estavam lá. Alguns se escondiam, enquanto um trio no andar superior me observava: uma menina com cabelos grisalhos e olhos vermelhos, um garoto de cabelos bagunçados apoiado no parapeito e o maior deles, com uma expressão séria, me analisava atentamente.
"Parece que achei o asilo dos moleques cinquentões. Que beleza."
Padre: Então você e o garoto que o bispo me falou - ele disse me analisando e sorrindo enquanto levantava um leve fio do meu cabelo grisalho, - Bem-vindo ao Instituto Sigurd.
- O sentimento não e reciproco padre.
Padre: Ja foi me informado de sua personalidade problematica - ele chegou perto de minha orelha e disse sussurando ~ o bispo pediu para lhe avisar que tudo oque fizer aqui ira refletir em como ele lidara com a situação, ele disse que você entenderia bem.
"Seu filho da puta!" - pensei serrando meu punhos - Entendido padre - disse serrando os dentes de raiva
Padre: Podem tirar essa camisa dele. ele ira se comportar correto?
Não disse nada estava completamente enfurecido
Padre: Quando falar com você espero ouvir uma resposta garoto.
- Sim... Senhor! - disse apertando fortemente meu punho senti algo molhado encher meus punhos
Eles finalmente retiraram a camisa de força o trio la de cima me analisava atentamente enquanto o mais velho parecia ter perdido o interrese os outros dois continuavam a observar, apos tirar a camisa o padre então analisou meu fisico
Padre: Que fisico impressionante para uma criança de 3 anos, voce possui musculos tão bem desenvolvidos nessa pequena idade - ele dizia e olhara meu punho sangrando - Vejo que se machucou ora que lastima espero que não ocorra novamente precisamos de pessoas uteis não de bombas relogios entende garoto?
- Entendido. - minhas repostas se tornaram roboticas e tentava me controlar mas estava dificil
um responsavel pelas crianças veio junto do padre e estava a seu lado então o padre sem tirar seus olhos de mim o disse
Padre: Leve-o ate seus aposentos, o instrutor ira lhe informar tudo amanha, descanse bem garoto amanha sera um longo dia.
Sem demora, fui conduzido ao dormitório, um cômodo frio e austero que mais parecia uma cela.
~ Que aconchegante - murmurei sarcástico.
Responsavel: "Espero que se sinta em casa. Esteja pronto ao amanhecer, o instrutor virá lhe passar instruções."
No escuro, tentei achar um interruptor, sem sucesso. Caminhei até a cama, deixei minhas poucas posses no chão e comecei a meditar. Concentrei-me em acumular energia amaldiçoada em minha mão. Pouco a pouco, uma luminosidade fraca emergiu, iluminando sutilmente o ambiente e proporcionando um treino de foco enquanto organizava minhas coisas.
- Aguarde só um pouco, vou melhorar rapidamente.
Já estava amanhecendo quando fui tirado de minha meditação por passos no corredor. A porta se abriu, revelando um homem de meia-idade, com cabelos platinados como os das outras crianças, vestindo uma túnica escura.
Homem: Então você é o novo pupilo, Kuroto?
- Parece que sim. - Respondi, ainda desconfiado.
Homem: Sou Aelfric, o instrutor-chefe do Instituto Sigurd. Estou aqui para garantir que você alcance todo o seu potencial.
- Se o meu potencial envolve ficar trancado em uma cela escura, acho que já cheguei lá.
Aelfric: Sarcasmo não o levará muito longe aqui. Nosso treinamento é rigoroso e não há espaço para tolices. O Instituto Sigurd tem um legado a manter. - disse dando uma risada seca ao olhar pra mim
- E o que exatamente é esse legado? - perguntei, tentando entender meu lugar nesta nova realidade.
Aelfric: Você logo descobrirá. Por agora, vá se juntar aos outros para o treinamento matinal.
Antes de sair, ele me lançou um olhar penetrante. Parecia que ele estava tentando ler minha alma, avaliar meu potencial.
A luz do dia revelou mais do Instituto. As construções eram de pedra, com arcos e torres por toda parte. Uma paisagem digna de conto de fadas, se não fosse pelo clima opressivo que pairava no ar.
Juntei-me ao grupo de crianças no pátio, cada uma com cabelos tão prateados quanto o meu.
Alguns me lançaram olhares de curiosidade, enquanto outros pareciam indiferentes à minha presença. Entre eles, avistei uma garota de olhar distante, como se tivesse perdida em pensamentos
Aelfric: TOSCA!
Tosca: Sim senhor! - ela respondeu tomando um susto ao ver que o instrutor havia notado seus devaneio
Aelfric encarou Tosca por um instante, balançou a cabeça e depois virou-se para o grupo, sem dar muita bola para o devaneio dela.
Aelfric: Todos vocês! – Aelfric disse com uma voz que reverberou pelo pátio – Prestem atenção e se preparem para o treino.
Me ajeitei ali, tentando me encaixar naquele grupo estranho. Cada rosto parecia carregar uma história que eu ainda não conhecia, mas que, de alguma forma, agora era parte da minha também.
Aelfric começou a passar instruções. Suas palavras eram duras, o treino era rigoroso, e o ambiente pesava com a intensidade dos olhares focados e das expectativas não ditas. A tal de Tosca, ainda um tanto avoada, eventualmente se concentrou, adotando uma postura mais séria, como os outros.
Tentava absorver o máximo, mas meus pensamentos voavam, tentando não me importar com isso mas apenas o pesamento deles usarem a lisa como um peça pra me controlar me enojava e me dava vontade de matar todos ali, e que merda de 'Legado' e esse que Aelfric mencionou. O que esperavam de nós, um bando de crianças de cabelos prateados? Qual era o verdadeiro propósito disso tudo?
Conforme o treinamento rolava, senti olhares. Tosca me olhava de canto de olho. Ela tinha uma expressão estranha, uma mistura de curiosidade e algo mais que não consegui identificar. Resolvi puxar papo.
- E aí, tudo bem? Todos os dias são assim? parece canstivo. - disse tentando puxar assunto
Tosca me observou por um segundo, como se avaliasse se deveria ou não responder.
Tosca: Você vai se acostumar, - ela murmurou, voltando a atenção para as instruções de Aelfric. - Todos nós passamos por isso.
- E você, já está acostumada? – perguntei, tentando manter a conversa.
Tosca: O suficiente para não pirar. - deu de ombros, um gesto quase imperceptível.
A conversa morreu ali, mas de alguma forma me senti um pouco mais à vontade. Mesmo com o mistério todo e a pressão, eu não estava sozinho nessa. E, por enquanto, isso teria que ser o suficiente.
A noite caiu, e o Instituto Sigurd revelou mais um de seus segredos. Em meio ao silêncio, podia-se ouvir sussurros e cânticos, como se um ritual estivesse ocorrendo nas profundezas do lugar.
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『Tres anos depois...』
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Eu estava numa boa, curtindo meu sono, quando um barulho ensurdecedor de batidas na porta veio me arrancar dos braços de Morfeu. Era o sinal: o tutor estava na área, pronto para começar o dia.
Aelfric: "ACORDA! HORA DO CHECK DIÁRIO!"
Respondi com um "Sim, senhor" meio sonolento e me levantei da cama, me espreguiçando.
Olhando pela janela, percebi que ainda estava um breu lá fora. Esse lugar tem esse lance estranho de você perder a noção do tempo fácil, fácil. O frio não ajuda, e o sol, que parece ter preguiça de nascer cedo, só complica mais as coisas.
Enfiei no corpo o uniforme padrão que, sinceramente, até que não era de todo mal. No entanto, dei uma customizada nele porque, né, tem que ter a minha cara. Os tutores não deram nenhum pio sobre isso, o que foi uma vitória. Agora, minha roupa parecia mais um kimono. Mas não um kimono qualquer: as calças permaneciam, mas sobre elas, um haori preto que ia até os meus joelhos dava um toque estiloso. O branco e o preto dominavam a paleta de cores, tornando a vestimenta um misto elegante e sóbrio.
Crescer é uma parada estranha, mas boa. Ser criança é um saco. Assim que saí do quarto, já vi uma galerinha postada em frente aos seus quartos, todos numa postura meio robótica.
Aelfric: Vamos começar a contagem. Anabel!
Anabel: Em posição!
Aelfric: Ariel!
Ariel: Em posição!
E a chamada rolou, com a gente todo lá, feito estátua. Enquanto isso, eu me concentrava em manter minha postura e canalizar minha energia amaldiçoada. Já consigo deixar essa energia fluir pelo corpo o tempo todo, mas botar ela pra fora ainda cansa pacas.
De repente, o tutor me chama, mas estou tão concentrado que nem percebo.
Aelfric: Kuroto!
Silêncio.
Aelfric: Kuroto! - já meio irritado, repetiu!
Eu meio que volto à Terra e respondo rapidinho.
- Em posição!
Aelfric: Por que não respondeu antes? - franze a testa, olhando pra mim com aquele olhar de "vou-te-esganar".
- Ah, eu estava... concentrado. - Eu dou de ombros, inventando qualquer coisa.
Aelfric: Concentrado? Vai ficar concentrado no treinamento especial que vai ter agora! - Isso parece irritá-lo ainda mais.
E lá vou eu, pensando que o dia mal começou e já está cheio de surpresas.
E sobre isso um capitulo quase duplo. oque acharam? me digam suas opniões e comentem gente quero saber suas opniões sobre oque estão achando sobre a historia
Vamos fazer uma votação quem quer que eu repasse tudo do original pra ca e dai vamos para 5 capitulos por semana oque acham ou seja irei rushar os capitulos que faltam ate estarem colados com oque estou escrevendo, ai dai vai pra 5 por semana ou deixa apenas 5 por semana mesmo oque acham?