Em um canto de escuridão de Tokyo, o esconderijo do Clan Yami, tinha a atmosfera carregada de tensão e expectativa enquanto Harumi e seus companheiros se reuniam para discutir os últimos eventos. Sentados em círculo, Harumi compartilhava suas preocupações.
Harumi olha para seus companheiros com seriedade antes de começar a falar — Estamos lidando com pessoas poderosas, vai ser arriscado mas é a nossa única oportunidade de descobrir o passado. —
Yuki, demonstrando determinação, acrescenta — Eu prometo que vou ficar mais forte, para honrar não só o Kaito-san mas você também, Harumi —
Aiko, com uma expressão pensativa, complementa — Tenho certeza que se eu continuar invadindo os bancos de dados do governo eu consigo achar alguma coisa sobre você, Harumi. —
Ryuji, mais reservado, concorda com um aceno de cabeça: — O que você decidir eu vou seguir, chefinho —
A conversa é interrompida quando Harumi e Yuki sentem um arrepio percorrer suas espinhas, um presságio sutil de algo sinistro pairando no ar. Logo em seguida, uma onda de vibração percorre o esconderijo, fazendo todos na sala se sobressaltarem.
Aiko, olhando ao redor com olhos arregalados, pergunta com ansiedade — Eles nos acharam? —
Ryuji, com uma expressão séria, murmura — Estamos sendo atacados? Ainda nem totalmente recuperado para enfrentar esses caras. —
Harumi ergue uma mão, pedindo silêncio. Seus olhos estão alertas, captando cada detalhe do ambiente. — A onda não nos atingiu com toda a sua força — , ele observa. — Isso significa que não estamos tão perto do epicentro da explosão. —
Yuki, ao lado de Harumi, assente com gravidade. — Mas também não estamos tão longe. —
Harumi volta-se para Aiko e Ryuji, dividindo suas instruções com clareza. — Aiko, você fica aqui. Ryuji, cuide dela. Yuki e eu já voltamos. —
Harumi, então, manipula as sombras ao seu redor, envolvendo a si mesmo e a Yuki em uma névoa escura que os encobre completamente. Num piscar de olhos, os dois desaparecem na escuridão, se teletransportando para lado de fora.
Aiko e Ryuji ficam sozinhos no quarto do esconderijo. Ryuji olha para Aiko e antes de conseguir dizer algo, Aiko rapidamente o interrompe — Não me olha tanto não, nojento —
A chuva noturna envolve Harumi e Yuki enquanto emergem das sombras que os ocultavam, surgindo no topo de um prédio alto. Diante deles se estende a cidade, Yuki, observa um quarteirão apagado, e comenta: — Harumi, a explosão deve ter vindo de lá. —
Harumi avança em direção ao quarteirão sombrio, e Yuki o segue, pulando de prédio em prédio enquanto o acompanha. Ao se aproximarem, avistam um homem ferido, de cabelos brancos, emergindo de um beco e se arrastando com dificuldade pelas ruas. Harumi faz um gesto para Yuki manter silêncio, e os dois observam cautelosamente de cima.
Yuki, percebendo algo familiar na aparência do homem, comenta — Ele está vestido de forma parecida com aquela menina de cabelo branco. —
Antes que possam se aprofundar na observação, uma voz calma soa por trás deles, interrompendo o momento tenso. — Quem são vocês? —
Harumi e Yuki se viram rapidamente, surpresos pela presença da recém-chegada. Antes que Harumi possa reagir, a menina se dirige a Yuki com familiaridade. — É você Yukizinha? Você não mudou nada.— Então, voltando sua atenção para Harumi, ela adiciona com um sorriso enigmático — Se esta é a Yuki, então você deve ser o Harumi-chan, certo? —
Harumi a encara com um olhar sombrio, enquanto Yuki, confusa e alerta, se prepara para qualquer eventualidade.
Yuki, surpresa com a revelação, questiona — Como você nos conhece?—
— Eu me chamo Kaguya, cresci com vocês. Como eu não ia conhecer vocês? —
Harumi, com sua habitual frieza, direciona sua pergunta para Kaguya — Você trabalha para a doutora? —
Kaguya, confusa com a pergunta de Harumi, responde — Para a Riko-san? Não, ela é nossa mãe, Harumi. —
A revelação de que Riko é sua mãe deixa Harumi e Yuki chocados. Yuki expressa sua surpresa — Nossa mãe? Mas ela enviou pessoas para me matar! —
Kaguya explica — Isso é porque vocês fugiram de casa. — Em seguida, ela estende a mão para Harumi e Yuki e sugere — Vamos para casa? —
No entanto, a reação de Harumi e Yuki é de defesa imediata. Harumi começa a emanar um poder sombrio, as sombras negras envolvendo seu corpo enquanto ele encara Kaguya com um olhar sombrio e ameaçador.
Kaguya, com uma expressão de decepção, comenta — Por que vocês não podem simplesmente obedecer a Doutora? — Ela então saca sua katana, emanando um poder aquático que flui graciosamente por todo o seu corpo, como uma dança fluida e bela.
Com ambos os lados preparados para o confronto, a tensão no ar atinge o ápice.