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Capítulo IX - Conto 32: A volta do martelo de Thor

Sentia-me só, então fui papear na internet, para passar o tempo...

- Oi, tudo bem? De onde você é? – perguntei.

- Tudo bem, estou no litoral... sou solteiro e você?

- Divorciada. Mora sozinho? – pergunto, só pra ter certeza.

- Não, com minha mãe, ela está adoentada...

Nesse momento percebi...

- Sou a Ana, coincidência a gente se encontrar por aqui, Thor?

- Foi mesmo... estou de bobeira em casa... ainda não tenho amigos aqui...

- Considerava você um bom amigo.

- Verdade, nossas conversas são muito produtivas...muitas pessoas que se conhecem há anos não conversam sobre tantas coisas.

- Tenho saudades das nossas conversas, saudades de você... – confesso.

- Também tenho saudades, mas eu não acho justo ficar falando com você se não poderei vê-la sempre... acho que é entrar em brigas e problemas que não temos.

- Concordo. Vai morar aí para sempre?

- As coisas se complicaram um pouco, então ficarei por aqui mais um tempo, não sei quanto tempo. Tenho trabalhado muitas horas, todos os dias, e, por isso, estou muito cansado... e com as dificuldades das coisas, o cansaço aumenta. Mas hoje estou mais confiante.

- Fechou seu escritório da capital?

- Não, deixei uma advogada para atender clientes antigos.

- Agora lembrei... você foi embora e não me disse tchau. Poderia ter se despedido de mim, não é? – cobro.

- Acho difícil. Sabe... sinto tantas saudades, que volta e meia me pego pensando em você...

- Também sinto saudades, mas você me fez de passatempo. – escrevo, chateada.

- Não, esse ano foi uma grande prova pra minha vida. Estava numa situação confortável e resolvi me lançar no desconhecido... tem sido bem complicado.

- Preferia a época que você era só advogado, era legal pra mim... – risos.

- Imagina pra mim... – risos.

- Nem sei. Está mais feliz agora?

- Estou feliz por ter descoberto que estava acomodado, e, que chegaria o futuro e seria muito mais complicado. Por outro lado, estou tendo uma vida muito mais difícil, de novo, e, eu não gosto disso. Acho que já me esforcei muito, ao longo da vida, pra ter que passar por tudo isso novamente...

- Também acho. Está ganhando mais?

- Não, muito menos.

- Trabalhando mais e ganhando menos. Até quando vale a pena?

- É uma decisão difícil porque coloquei meu dinheiro aqui, então se eu desistir, o perderei e terei que trabalhar mais pra ganhar de novo, e, sabe-se lá se conseguirei. Por enquanto, penso que tenho que ir mais adiante por aqui. Acho que o ano que vem descobrirei qual rumo será o definitivo.

- Entendo. De vez em quando, penso em você também.

- Eu também penso, na verdade, até bastante... você é muito interessante, pena mesmo que as coisas tenham ocorrido ao mesmo tempo, e que tudo tenha tomado um rumo diferente.

- Você me deletou do seu celular? – pergunto ansiosa.

- Não, está lá!

- Não teve coragem? Sou legal, não é?

- Não pensei nessa possibilidade. Não tenho raiva ou nada contra você, pra isso. Você também não deve ter deletado meu número, não é?

- Não deletei. Não tenho raiva de você, e nem nada contra.

- E a favor? Pergunta difícil, não é?

- Neutro.

- Mas se eu quisesse vê-la, por exemplo, dependeria da minha vontade, por estar neutro pra você?

- Quer me ver pra que?

- Pra ficar com você, por exemplo...

- Não sei o que dizer, na verdade. – respondo, pensando no aviso de Deus, para que me afastasse dele.

- Em teoria é sempre mais complicado de dizer...

- Você diz que vem, mas não vem...

- Não é essa a ideia... na verdade brigamos, e por isso não fui.

- É que me avisou a noite que não viria, na hora que deveria estar chegando, então me chateei.

- Eu sinto muito por isso, por essas questões, achei melhor deixá-la em paz, pois não conseguia dar atenção minimamente...

- Se tivesse avisado no começo da tarde, eu entenderia...

- Sinto muita falta dos seus beijos, carinhos... você é uma mulher incrível, por isso me ressinto de que tudo tenha acontecido ao mesmo tempo

- Também sinto falta dos seus beijos, daquelas noites quentes.

- O seu calor, a sua beleza, a sua inteligência, são coisas incríveis e difíceis de encontrar.

- Sou única, bela, fogosa e inteligente. – escrevo convencida.

- Peituda, bonduda e bonita...

- E fazia você se sentir muito homem...

- Sim, o macho da sua casa, o único que monta em você.

- Seus beijos são deliciosos, sua barba, adoro...

- Gosto de acreditar que fui o homem que a pegou mais gostoso...

- Foi. Sinto falta de sua amizade.

- Caso se sinta confortável, podemos ser amigos, seria um prazer para mim...

- Já falei que não tenho raiva de você.

- Ótimo! Então gostaria de voltar a conversar com você.

- Tudo bem.

- E ir almoçar com essa mulher linda...

- E terá tempo de almoçar algum dia?

- Sim, com você de férias, almoçar fica fácil.

- E o chocolate que você prometeu e nunca me deu?

- Humm... poderia ser o motivo de te encontrar e cumprir a minha promessa.

- Você vem e depois fica meses sem aparecer, não sei.

- Não é essa minha intenção.

- O principal não está resolvido. – comento, decepcionada.

- Eu não disse que estava, disse que as coisas estão se arrumando... provavelmente, ano que vem, as coisas vão ficar boas...

- Você me chamou no celular! Vi sua mensagem agora: "Oi delícia..."

- Sim, para mostrar que não a deletei.

Envio uma foto...

Na foto estou em pé, com o corpo virado de lado e inclinado para frente. Visto uma fantasia de estudante: sutiã branco e pequeno, saia xadrez, bem curta, salto alto e gravatinha.

- Pra reavivar sua memória! – escrevo, provocando.

- Olha que bonitinha... escondendo meus bebês...

- Sim.

- Já está emagrecendo de novo!

- Como percebeu?

- Braço, barriga... Comprou hoje essa fantasia?

- Comprei faz um tempinho, não tivemos chance de usar.

- Deu-me vontade de te pegar justamente nessa posição. Seus cabelos estão compridões, né?

- Sim, sobreviveram a minha ira!

- Quando for, pode me receber com aquele penhoar branco, de seda, sem mais nada por baixo, para que eu possa te tocar toda, assim que te encontrar, enquanto te beijo na boca?

- Sim...

- Se estiver frio pode colocar cinta liga... sem calcinha. Quero que coloque perfume no meio dos seios, das coxas e na barriga...

- Do jeito que desejar... vem me pegar, vem!

Todos os dias conversamos calorosamente. Depois de uma semana:

- Oi, tudo bem? – escreve ele.

- Sim, tudo bem, e você?

- Bem também, vamos nos encontrar?

- Sim. Você pretende vir que horas? – pergunto ansiosa.

- Consigo sair de casa em meia hora.

- Quando estiver saindo me avisa.

- Está bem.

Após quarenta minutos:

- Estou indo.

- Espero você de penhoar e perfume... só!

- Humm, que delícia!

- Vou autorizar sua entrada na portaria e pedir uma vaga de visitante.

- Cheguei. – avisa, depois de um tempo.

Sinto frio na barriga enquanto o aguardo. Olho-me no espelho do quarto várias vezes, pra me certificar de que está tudo bem. Ele bate na porta levemente. Corro para abri-la, e, lá está ele, sorrindo apoiando o braço na parede.

- Entra... – sussurro.

- Saudades... – diz ele, beijando-me intensamente, enquanto passa suas mãos pelo meu corpo.

O agarro com força e acaricio suas costas. Puxo seus cabelos, adoro esses cabelos...

- Saudades dos meus peitões! – exclama.

Pega-os com as duas mãos, depois abre a sua calça, e, agarra meus cabelos, empurrando-me para o chão.

- Gosto assim... gosto que se ajoelhe quando eu chego... – sussurra.

Deixo-o louco. Puxa-me pelos cabelos, para que fique de pé.

- Ai... doeu, vai devagar!

- Desculpa! Você é muito gostosa, sabia?

- Sabia.

Ele sorri. Vira-me de costas, perto da porta, e me pega ali mesmo. Depois me arrasta até sofá e beija meu corpo todo...

- Fala que sou o único macho que monta em você! – ordena.

- Só você é meu homem! – respondo, obediente.

Ele sai de mim e senta...

- Vem! – manda, acenando com a mão.

Obedeço, cheia de tesão. Sento no seu colo e ele me beija, enquanto acaricio seus cabelos.

- Adoro seu corpo, seu cheiro de homem! – falo ofegante, enquanto passo a ponta dos dedos na sua barba.

- Vou te comer na mesa da sacada!

Levanta, comigo no colo, e coloca-me no chão. Leva-me até a sacada. Ajoelho no banco, com o corpo sobre mesa e ele arranca meu penhoar.

- Quero você sem nada! Quero ver esse bundão! – fala.

Continuava, insaciável....

- Tá passando gente na rua! – fala, divertindo-se.

- Será que dá pra ver alguma coisa? – pergunto, escondendo meu rosto com os braços.

- Não, só o movimento!

Depois me arrasta pra junto da vidraça, vira-me de costas, segura minha cintura e continua...

- Seu corpo fica incrível com a luz da rua... – sussurra.

Era uma noite escura, sem lua e estrelas, apenas a luz da rua.

Leva-me até o quarto. Senta na minha cama e me abraça:

- Não emagrece mais! Você tem peitões, bundão, cintura... não tem como emagrecer. – pede.

Seu corpo estava suado, então começo lamber sua barba, e com a língua desço até seu peito...

- Gosto bom de homem... – falo, enquanto me delicio.

Subo na cama e ele em mim:

- Nunca tive uma mulher tão gostosa como você, sabia? – sussurra, insaciável.

- Não. – respondo, surpresa.

- Nunca tive. – fala olhando nos meus olhos, e continua.

Rolamos pela cama noite adentro... muitos beijos e abraços. Os lençóis ficaram molhados de suor e prazer... Dormimos de exaustão. Pela manhã, tomamos café e ele se vai. Volto para o meu quarto e deito: "Ele deixou seu cheiro na minha cama." – penso.

À tarde, envia uma mensagem:

- Oi, tudo bem?

- Estou bem, relaxada e feliz! Como você está?

- Bem, apenas com um pouquinho de sono.

- Ficou uma marquinha...

- No meio do seu seio, não é?

- Sim. Só fico com você, não precisa deixar marquinhas.

- É que me empolgo!

- Onde você está?

- No litoral, trabalhando.

- Já!? Que ninja!

- Foi muito bom te ver. Estava com muitas saudades. – escreve.

- Também! Bom trabalho! Beijos.

- Beijos.

Próximo capítulo