Após chegar em casa e preparar sua refeição, Dominic desfrutou da comida que havia preparado. O sabor dos alimentos era reconfortante, e a sensação de saciedade começava a se espalhar por seu corpo.
Enquanto saboreava cada garfada, um cansaço tranquilo o envolvia, consequência do dia movimentado e das atividades realizadas. Seus olhos começaram a se cerrar lentamente, seu corpo respondendo ao chamado do descanso após um dia cheio.
No limiar entre a vigília e o sono, um lampejo de imagem surgiu em sua mente. Era como se visse, em um sonho fugaz, um parapente cortando os céus, voando livremente contra um fundo azul infinito.
O sonho ou visão momentânea misturava-se com a realidade, um lampejo tão vívido que parecia real. Dominic piscou algumas vezes, tentando compreender se aquela imagem era fruto de sua imaginação ou se de fato vislumbrou algo no céu.
A sensação de ver um parapente no céu, mesmo que em um lampejo ou sonho, deixou uma impressão intrigante em sua mente, uma imagem que persistia enquanto ele se deixava levar pelo sono reconfortante.
À medida que suas pálpebras pesavam, ele se entregava ao descanso, curioso sobre aquele vislumbre fugaz e, ao mesmo tempo, tranquilo pela promessa de um sono reparador.
Enquanto sobrevoava a região em busca de um local para pousar, Roberto avistou Divino do Traíra lá embaixo. Observou atentamente a paisagem, avaliando-a de cima para baixo, mas algo em seu íntimo lhe sussurrava que aquele não era o local certo para aterrissar.
A cidade se estendia diante dele, uma tapeçaria de telhados e ruas entrelaçadas, mas, por mais convidativa que parecesse, algo em sua intuição o orientava a continuar sua jornada.
Ele se permitiu alguns instantes para apreciar a vista, mas a sensação persistente de que aquele não era o ponto final de sua jornada o impelia a seguir adiante. A energia do local não ressoava com o que ele buscava naquele momento, uma sensação que vinha de uma parte mais profunda de sua alma aventureira.
Com um olhar determinado e um suspiro de certeza, Roberto ajustou sua rota, decidido a continuar sua busca por um lugar que o chamasse de maneira mais intensa, um lugar que vibrasse em sintonia com seus objetivos e aspirações.
Enquanto o vento o impulsionava para longe de Divino do Traíra, ele mantinha seus olhos e coração abertos, confiando na intuição que o guiaria ao local certo, aquele que ele sabia, sem sombra de dúvidas, ser o destino ideal para sua jornada.
É difícil quando a carga emocional se torna muito intensa. Dominic, sentindo o peso de suas emoções, procurou um refúgio sob a sombra acolhedora de uma mangueira em seu quintal. Ele se sentou ali, abraçado pela quietude e pela natureza ao seu redor.
Entre os ramos e as folhas da mangueira, ele desabafou suas emoções, lágrimas deslizando silenciosamente por suas bochechas. Cada lágrima carregava consigo um turbilhão de sentimentos, um misto de tristeza, frustração e talvez uma sensação de desamparo.
Dominic se permitiu sentir tudo aquilo, deixando as lágrimas fluírem como uma válvula de escape para as emoções que o invadiam. Sob a sombra da mangueira, ele encontrou um lugar para liberar o peso de seu coração, sem pressa, sem julgamento.
A brisa suave balançava as folhas acima dele, como se a natureza estivesse ali para consolá-lo, para acariciar sua alma ferida. E enquanto as lágrimas lavavam sua dor, Dominic sabia, lá no fundo, que esse era um momento necessário, um momento de aceitação e autocura.
Ele permaneceu ali, absorvendo a serenidade do ambiente, permitindo-se sentir e processar cada emoção. Sob a mangueira, ele encontrou um santuário de paz, um lugar onde suas lágrimas se transformaram em um ritual de libertação, um passo em direção à cura de seu coração machucado.
Parece que o destino reserva um encontro entre Roberto e Dominic, já que Roberto se aproxima da cidade onde Dominic está.
Enquanto Roberto se aproximava dessa cidade, uma sensação inesperada de antecipação tomava conta dele. O pulsar do coração parecia acelerar, como se algo especial estivesse prestes a acontecer.
A cidade se revelava diante dele, um aglomerado de ruas, prédios e histórias desconhecidas que aguardavam serem exploradas. E enquanto ele se aproximava, algo em sua intuição o impelia a acreditar que ali, naquele lugar, algo significativo estava prestes a acontecer.
O vento sussurrava segredos, as ruas convidavam à descoberta e, em meio a toda essa energia, Roberto sentia uma inexplicável sensação de que estava prestes a cruzar caminhos com alguém especial, talvez Dominic, de uma maneira que poderia mudar o curso de suas vidas.
Os céus pareciam conspirar a favor desse encontro, como se os destinos de Roberto e Dominic estivessem prestes a se entrelaçar em um momento único e revelador. A cidade à sua frente parecia carregar a promessa de um encontro marcante, uma oportunidade de conexão que estava prestes a se desenrolar.
roberto entao percebeu que estava em um lugar que nao tinha costume de pousar, sentia que dominic olhava para ele e nao entendia que aquele sorriso escondia uma dor por tras dela, roberto sentou nas pedras do rio traira vendo que ele estava bem vazio e aproveitou um pouco para desfrutar da paisagem do lugar, ele nos olhos castanhos de dominic que morava na localidade e que ele começou a perceber que seus olhos estavam se encontrando com os de dominic.
−Oi, tudo bem com você? Mora por aqui? Pousei aqui em cima e acho que errei o caminho e estou sem ter como sair daqui? Perguntou Roberto que estava sem ter como sair dali.
−Eu moro sim, mas porque você quer ir embora tão rápido assim?
−Eu preciso ir embora para casa meu querido.
−Onde você mora meu querido?
−Eu moro aqui mesmo aqui na localidade, e você?
−Eu na cidade ao lado meu querido, por isso tenho que ir embora porque tenho que voltar ao meu trabalho.
Nesse momento então dominic começou a chorar porque sentiu que estava sendo deixado de lado e que aquele por quem tinha se apaixonado foi saindo com o equipamento nas costas e seguindo em direção a trilha do rio e dominic sentiu que estava ficando sozinho e começa a chorar, ele não deixa que Roberto visse que ele estava ali de cabeça baixa e derramando em lagrimas, ele olha para a paisagem. Enquanto isso Roberto vai saindo pela trilha do rio quando sente que algo o faz ficar atônito sem saber se deveria continuar ou ficar ali parado, indeciso se deveria ou não voltar, ele sente que alguém estava gostando dele coisa que ninguém tinha feito, mas mesmo assim ele continuou pela estrada voltando para a estrada de terra e entrando no carro de resgate e indo embora.
" eu sei que estou indo, sinto que você está afim, mas ainda não estou preparado para enfrentar um novo amor, sinto muito, sei que deve estar chorando, mas vamos sorrir ainda no final".
O carro seguiu de volta para a cidade onde ele morava e tinha costume de voar, esperando ter a chance de voltar uma hora dessa para encontrar o seu grande amor.