35. Punho Direito em Ação

Apenas homens das casas Glover, Stark, Bolton e Cerwyn estaria viajando comigo. Claro, apenas os Lordes foram permitidos embarcar nos punhos do Norte, enquanto os soldados estavam nas carracas que nos seguiriam.

Foi estabelecida a Frota Naval do Oeste, enquanto a frota do Leste estaria seguindo para ajudar Stannis em Pedra do Dragão. Ou seja, a frota Manderly.

Apenas 10 mil homens do Norte estariam nessa guerra, que para mim, era demais, mas esse numero pelo menos ajudaria a despistar a real força do Norte atualmente para os sulistas. Mesmo com os Bolton vendendo informações a eles.

Como em Deepwood Motte, Barrowtown e Rills não tinham mais as presenças dos Meistres, não tinha mais como saber a real força dessas casas, e ainda mais porque muitos homens dessas mesmas casas, estavam emprestados aos Flint.

Enfim.

De barco, na frota Oeste, estavam apenas 2 mil soldados, na Leste, mais 2 mil, os 6 mil restantes, estariam descendo por terra em direção a Seaguard como pedido pelo Rei. De lá, de acordo com os planos estabelecidos, aguardaríamos a frota do Rei e de Stannis, para invadir as ilhas.

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"Gawen, 50 carracas Greyjoy nos aguardam a frente." diz Roose Bolton, como se fosse meu amigo a décadas.

Eu apenas encaro o homem, que não era mais alto que eu ou mais forte, apenas mais velho. Parecendo ter percebido seu deslize, apenas me apresenta uma cara apologética, que mais parecia a de quem segurava um pum.

Chull, meu primeiro oficial se aproxima, trazendo com ele Lorde Cerwyn e Lorde Stark. "Suas ordens meu senhor?" ele pergunta, e por um momento, parecia que Roose falaria alguma coisa, mas parou.

"Peça ao punho direito que se adiante, atropele e limpe as laterais, deixe-os se divertir um pouco. Nós, seguiremos depois, limpando o que sobrar. Não errem." dou minha ordem, e Chull aprecia uma criança a quem foi dado açúcar.

Então os lordes que me acompanhavam sentiram a velocidade diminuir rapidamente, enquanto Chull estava enviando sinais para o primeiro oficial do punho direito, Manse. Depois disso, enviou sinais para as carracas ao nosso redor, que receberam as ordens e diminuíram o ritmo, ficando mais atrás de nós.

"Porque estamos diminuindo?" Roose pergunta.

"Espere e você entenderá, Roose." respondo, dando ao homem a mesma cara de peido que ele me forneceu anteriormente.

Lorde Stark e Lorde Cerwyn estavam apenas acompanhando, tentando segurar o riso da minha expressão para o homem. Se recompondo rapidamente, eles começam a prestar mais atenção no outro Galeão, que estava perfeitamente alinhado a nossa frente, mas com vários metros de distância.

Então o barulho ensurdecedor de madeira contra madeira foi ouvido, juntamente com os iniciais gritos de ajuda e socorro dos homens lançados ao mar. Pouco mais de alguns segundos depois, um som ensurdecedor acontece, assustando os três homens ao meu lado.

Era visível a fumaça quase que cobrindo a lateral do braço direito, enquanto as carracas em uma linha, pareciam ter sido atingidas por algo e agora afundavam de maneira rápida.

"Isso foi um trovão?" pergunta Lorde Cerwyn, assustado. Roose e Eddard estavam na mesma que o pobre homem.

"Não, meu lorde, esse foi o som do primeiro tiro do braço direito. Olhe ali." eu aponto, e os rostos dos 3 acompanham. Lá, as carracas atingidas estava se enchendo de água de maneira rápida. "Demorou, mas consegui criar uma maneira de arremessar pedras e bolas de chumbo ou ferro de maneira eficaz.

Os tiros, são dados pela linha canhões mais baixas, aproveitando a densa água do mar, e o ângulo, para fazê-las quicar e ganhar velocidade. Os barcos que são atingidos mais próximos, vão receber o tiro mais pesado, e os consequentes, enfraquecidos.

Mas isso não importa, muito provavelmente será possível afundar 4 ou 5 barcos em uma linha sem esforço." explico, mas o trio permanece com as caras de dúvidas. Apenas solto um suspiro. "Apenas observem e vocês entenderão." digo por fim.

Então a chuva de fogo começou, a direita e a esquerda. Aqueles que conseguiam desviar do atropelo, seriam atingidos pelas balas de canhão. Não havia escapatória. Apenas os mais longes estavam tecnicamente seguros, mas até a nossa vez de passar.

Quando chegamos as linhas de tiro, mesmo os mais longe, estavam sendo afundados com tiros certeiros e precisos. Claro, não foi uma pontuação de 100% de precisão, mas estava alto. E era isso que importa agora.

Aqueles que não fossem abatidos pelos canhões, seriam eliminados pelas carracas que vinham atrás, então assim, não teríamos surpresas.

"Então, o que achou Lorde Stark. Acha mesmo que não posso afundar aquelas malditas ilhas?" pergunto depois de finalmente passarmos pela fraca linha feita pelos ironborn.

"Eu tenho medo de dizer que não. Esse é um tipo de poder que não deveria existir nesse nosso mundo." ele diz, parecendo mais abatido que o normal.

"Lorde Stark está vendo o copo meio vazio. Então deixe eu apresentar o copo meio cheio." digo, recebendo a atenção não apenas dele, mas de Lorde Cerwyn também. "Agora o Norte tem força para se proteger das investidas ironborn. Bem como desaparecer com eles se eles continuarem a invadir.

Também temos uma maneira de nos proteger de algumas casas que tendem a se acharem maiores que outras. Poder se proteger é um benção, Lorde Stark, não uma maldição." respondo, ganhando um aceno de Lorde Cerwyn.

"Ainda assim, estamos indo em direção a nossos inimigos com esse poder, quase resolvidos a destruir uma antiga casa, por causa de seus costumes." ele diz, e parecia muito que ele estava mais falando do Sul atacando o Norte do que outra coisa.

"Lorde Stark, quantas mulheres sua casa sequestrou, estuprou e obrigou a gerar filhos para que virassem assassinos, estupradores e coisas do tipo? Quantas mulheres, em sua casa, cometeram suicídio porque suas filhas foram levadas ainda pequenas?

Quantos bons homens, o senhor viu morrer, por não aceitar a perda, a falta de força em proteger seus familiares e amigos? Quantas das sua casa, morreram de fome, porque os malditos ironborn pilharam tudo, deixando apenas a grama do chão?" dou a martelada certeira.

Eu podia ver o homem tentando, mas a falta de argumentos o fez permanecer calado. Roose Bolton apenas se divertia com aquilo, achando que a relação entre a casa Stark e Glover estava desarmonizada. Ele queria ganhos nisso. O homem era tão fácil de ler.