Eu recobrei a consciência um pouco confusa.
Olhando em volta eu percebi que estava em um quarto familiar com várias bebidas jogadas.
Parecia bastante o quarto do meu pai, mas não tinha a escrivaninha com a foto da família e a cama estava em um lugar diferente, além disso tinha um celular em cima da cama.
O lugar me deixava totalmente desconfortável, mas apenas uma pergunta voltava a minha mente, Eu tive o meu coração devorado não era pra mim está morta!?
Olhando pra minha mão eu notei que era menor que a minha o que sugere que estou com menos de 9 anos.
Além disso esse coelho na minha mão era muito familiar pra mim.
Sentindo o cheiro de tabaco e bebida a minha expressão escureceu, isso era realmente familiar.
-Amor é mentira eu nunca iria te trair!!! - A mulher Exclamou desesperada tentando negar.
-Cala a boca sua vagabunda você me traiu com o Rafael e fez eu criar o filho dele!!! - O homem gritou histérico.
Ouvindo essas vozes eu me lembrei onde eu estava.
Meu pai tinha descoberto que mamãe o traia foi nesse dia que ele matou a mamãe.
-Entendo acho que eu fui pro inferno. - Eu murmurei calmante em quanto ouvia os gritos da minha mãe.
Eu apenas fiquei sentado em quanto segurava o coelho de pelúcia eu tinha 6 anos e não tinha nenhuma arma eu sabia que não tinha nada pra fazer.
-Não foi minha culpa,não foi minha culpa - Ele continuou murmurando essas palavras como se fosse um mantra em quanto se aproximava do meu quarto.
Ao me ver os olhos dele pareceu ganhar uma certa nitidez como se ele tivesse descoberto a verdade.
-É tudo culpa sua!! - Ele Exclamou em quanto se aproximava com um ódio profundo nos seus olhos.
Ele ia me esfaquear, mas ele parou perto da minha garganta. -Não isso é muito pouco pra alguém como você, você deve sofrer por tudo que me causou. - Ele afirmou com um sorriso macabro em quanto jogava a faca no chão.
Ele deu um chute no meu rosto que me arremessou até a parede.
De alguma forma eu não desmaiei, mas os meus olhos começaram a lacrimejar por causa da dor ressaltando que nada que eu obti como ressistencia a dor veio comigo.
-Você é um monstro se não fosse você teríamos sido uma família feliz!! - Ele afirmou em quanto dava vários socos na minha barriga.
Eu senti a minha consciência se esvaindo novamente.
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Vendo que eu estava na fase adulta eu apenas soltei um suspiro de dor eu já tinha passado por todos os dias ruins que eu tive na minha vida passada.
Depois do meu pai ser preso eu fui pra um orfanato que me vendeu dois anos depois por eu ser dotado de inteligência e ter um rostinho bonito.
Eu sempre trabalhei seduzindo pessoas jovens e as viciando pra trabalhar pro meu novo pai.
Quando eu entrei na adolescência ele leiloava a minha noite três vezes por semana.
Eu continuei revivendo cada momento que eu estraguei a vida de alguém.
Olhando pro corpo do meu amigo no chão eu sabia que estava prestes a ir pra minha última memória que era da Nao, mas essa teve uma coisa diferente.
O corpo do meu amigo se levantou e ele me olhou com ódio.
Eu apenas fiquei em choque em quanto começava a hiperventilar.
-Porque você me deixou morrer!? Não éramos amigos!? - Ele perguntou em quanto se aproximava.
Eu acabei caindo de bunda no chão em quanto tentava me afastar dele, mas a cada passo que ele dava em minha direção eu sentia um aperto no meu peito que dificultava mais ainda a minha respiração.
-Você nos deixou morrer porque!!? - Uma voz infantil soou atrás de mim em quanto a garota me abraçava.
-Nao!! - Eu murmurei em choque percebendo de quem era a voz.
-Você nós abandonou e foi viver uma vida feliz em quanto se esquecia de nós você é tão cruel!! - Nao afirmou em quanto me abraçava por trás.
-Eu sei que você sentiu alívio quando percebeu que tinha morrido por que não teria que cuidar de mim.
Ouvindo essas palavras da boca da Nao eu senti uma dor aguda no peito, mas eu senti todos os meus sentidos voltando.
-Quem é você!!? - Eu exclamei irritada percebendo que alguém estava brincando com as minhas memórias.
-Droga!! Foi tão perto só mais um pouquinho e eu teria vencido!!! - Uma garotinha com a minha aparência resmungou em quanto se movia de um lado pro outro amuada.
Todo o ambiente ao meu arredor mudou, fazendo eu ficar em pé em um mar um pouco avermelhado e um céu nublado.
Até o meu corpo voltou a ser o do mundo de Naruto me deixando na mesma altura que ela.
Apesar de tudo mudar eu apenas encarei a criança prestando atenção em todos os seus movimentos em quanto assumia uma póse defensiva.
-Quem é você!? - Eu repeti a pergunta em quanto me preparava pra lutar.
-Você não deve saber bem o que eu sou então pode me chamar de Anjo. - Ela afirmou com um sorriso arrogante.
-Você parece mais um demônio pra mim. - Eu afirmei tentando provocar ela já que parecia bem temperamental.
-Se quiser pode me chamar assim também!
- Ela disse não ligando muito pro adjetivo.
-Então demônio eu estou no inferno ou algo do gênero!? - Eu perguntei vendo como o lugar parecia algo saído de um conto de terror.
-Não esse é apenas o seu subconsciente.
- Ela afirmou em quanto aparecia bem na minha frente.
-Indo direto ao ponto eu estava brincando com as suas memórias pra fazer você quebrar e eu pegar o seu corpo pra mim. - Ela me explicou antes de enfiar a mão no meu peito.
-Eu posso não ter conseguido vencer, mas isso não significa que eu vou te curar,sem nada em troca então você tem que me oferecer algo.
Após um breve silêncio eu olhei pra ela tendo a minha resposta. -Que tal eu me tornar sua amiga? - Eu perguntei em quanto observava a expressão dela.
Ela me olhou pasma com a minha resposta. -Você está de brincadeira!? - Ela disse em quanto me olhava nos olhos procurando algum sinal.
-Você parece solitária além disso não tenho muito a oferecer então acho que isso pode ser divertido. - Eu afirmei em quanto a olhava nos olhos.
-Porquê eu aceitaria isso!? - Ela perguntou em quanto sentava no mar de sangue que era estranhamente sólido.
-Não vou ceder o meu corpo e você não parece querer me deixar sair daqui então vamos apenas aproveitar a companhia uma da outra. - Eu Afirmei em quanto tentava mudar o mundo pra um lugar mais agradável.
Vendo que virou um parque de diversões um sorriso apareceu no meu rosto.
Eu rapidamente comecei a correr pra montanha russa.
-Você é realmente estranha! - Ela afirmou em quanto começava a me seguir.
-Porquê você transformou em um parque de diversões? - Ela perguntou em quanto entrava comigo na montanha russa.
Eu olhei pra ela um pouco confusa. -Você já viu as minhas memórias pensei que você saberia o porquê. - Eu disse em quanto sentava.
-Você sempre odiou aglomeração então é meio estranho você gosta de lugares assim.
- Ela disse em quanto estalava os dedos fazendo a montanha russa começar a se mover.
-Foi ali que eu conheci o Hikari. - Eu disse em quanto apontava pra um beco.
-Uma das adolescentes que eu viciei era filha de um policial, então ele pretendia me espancar até a morte, mas o Hikari viu isso e impediu o policial. - Eu disse com um sorriso nostálgico.
-Ele era tão ingênuo sempre tentando ajudar os outros, é até meio engraçado considerando que o nome dele é Hikari.
(Hikari é a leitura literal de um ideograma japonês que carrega consigo o significado emblemático de "luz" e "brilho" e também costuma designar felicidade e esplendor.)
Saindo do meu Estupor eu percebi que ela estava me olhando como se conseguisse ler todos os meus pensamentos.
-Resumindo foi onde eu fiz o meu primeiro amigo, além disso a filha dele também gostava daqui então eu vim bastante. - Eu disse em quanto olhava pra paisagem.
Eu fiquei um pouco amuada vendo que depois do parque não tinha nada era um completo vazio.
-Você tá sendo incrivelmente transparente!
- Ela murmurou em quanto estalava os dedos fazendo o lugar fora do parque virar uma cidade.
-Você pode sentir as minhas emoções então acho que é um pouco inútil ficar de teatrinho. - Eu Afirmei em quanto observava cada detalhe da cidade.
Ela pareceu ficar um pouco na defensiva e me encarou, mas eu resolvi ignorar.
-Você escolheu logo o dia que eu entrei na faculdade você é bem meiga. - Eu afirmei em quanto apreciava a vista.
-Você perceber isso só de olhar por alguns segundos é assustador. - Ela disse um pouco surpresa por mim descobrir o dia exato.
-Esse é o poder da memória eidética. - Eu afirmei em quanto olhava pras nuvens
-Entendo! - Ela murmurou em quanto assumia uma postura pensativa com a mão no queixo.
-Porquê você se Afeiçoou a alguém que te tratava da mesma forma que a sua família!?
Ouvindo a pergunta eu olhei ela nos olhos e a encarei por alguns segundos, estranhamente a única coisa que consegui capturar foi curiosidade genuína.
-Pessoas carentes são fáceis de manipular, de a elas um pouco de mel e elas fazem qualquer coisa pra você. - Eu afirmei em quanto tentava fazer um cigarro com a minha imaginação.
Tendo sucesso eu puxei um isqueiro e acendi o cigarro, eu abri a porta pra não infestar o lugar com a fumaça.
-Porquê você ficou nervosa!? - Ela perguntou novamente com a sua curiosidade genuína.
-Eu não considero esses tempos agradáveis então prefiro não ficar pensando neles. - Eu afirmei em quanto observava a expressão de compreensão dela.
-Agora é sua vez me conte alguma coisa sobre você. - Eu disse em quanto colocava os meus pés no colo dela vendo que ela estava mandando olhares estranho pra eles.
-Você sabia que boa parte das nossas ações fazemos de forma inconsciente!? Eu disse com um sorriso predatório.
Eu rapidamente usei o meu chakra pra fazer ela sentir prazer, fazendo ela abrir as pernas de forma inconsciente.
-Quem diria que um ser espiritual sentiria tesão! - Eu murmurei em quanto estimulava a caverna úmida dela com o meu pé por cima da roupa.
-Você é uma garota má espiando a memória dos outros. - Eu disse em quanto esquentava o corpo dela da mesma forma que o vinho pra ver como ela reagiria.
Ela começou a ofegar em quanto um rubor aparecia no rosto dela e ela movia a mão instintivamente pro peito esquerdo dela.
Se fosse a Emi eu concerteza impediria, mas eu tenho que achar um jeito de conseguir o favor dela e eu não sei muito como ela gosta de ser tratada apenas que têm fetiche por pés.
Percebendo que ela estava prestes a gozar eu pressionei com mais força fazendo ela gozar.
Ela tampou a boca se impedindo de gemer em quanto se contraia e rasgava o banco com as unhas da outra mão.
Eu soltei um assobio surpreso com a reação dela.
Parece que não vai ser tão difícil convencer ela. Um sorriso arrogante apareceu no meu rosto em quanto eu me aproximava dela.