Bom dia pessoas,
[-]Fico feliz de ver que a história teve uma repercussão positiva através das plataformas que eu posto, por isso vou continuar a escrever ele.
[-]Gostaria de reiterar que essa história é mais focada no Slice of Life. Por isso que alguns, mas não todos, plot points vão acontecer no background e vocês vão ficar sabendo do ocorrido através de diálogos ou monólogos internos.
[-]Preciso de um Beta Reader, quem estiver interessado me manda uma mensagem.
-----------------------------------
RP # POV: Professor Luna
Tomei um gole de café, o líquido amargo escaldando minha garganta, e soltei um suspiro que parecia carregar o peso do dia. O vapor da caneca subiu, distorcendo a visão do escritório à frente. Através da névoa, olhei para professor Ozpin, seus olhos fixos em mim com uma mistura de curiosidade e preocupação.
"Jaune." Ele começou, sua voz firme e calma. "Como foi seu primeiro dia como substituto?"
Coloquei a caneca na mesa entre nós, a cerâmica tilintando contra a madeira.
"Foi... interessante." Respondi, recostando-me na cadeira. O couro rangeu sob meu peso, um som que parecia ecoar a fadiga em meus ossos.
Ozpin ergueu uma sobrancelha, esperando que eu elaborasse. Eu podia ver as perguntas se formando em sua mente, as rodas girando enquanto ele tentava decifrar minha resposta enigmática.
"Os alunos estão surpresos com a ausência de Goodwitch." Continuei escolhendo minhas palavras cuidadosamente. "Mas eles parecem terem me aceitado como substituto."
Um leve sorriso surgiu nos cantos da boca de Ozpin.
"Fico feliz que os alunos estejam à vontade com a sua presença." Disse o professor dando um sorriso sereno. "Mas admito estar mais interessado em como você está se sentindo em rever seus 'velhos amigos'."
As palavras de Ozpin pairavam no ar, pesadas com implicações não ditas. O peso delas caiu sobre meus ombros, um fardo familiar que eu carregava há anos. Respirei fundo, o cheiro de livros velhos e madeira polida enchendo minhas narinas, e encontrei seu olhar.
"É... complicado." Comecei, minha voz firme apesar da turbulência interior. "Vê-los novamente, depois de tudo o que aconteceu..." Parei de falar subitamente pois não consegui encontrar palavras para descrever meus sentimentos.
O professor se inclinou para frente, seus olhos nunca deixando os meus.
"Era evidente que não seria uma questão simples." Disse o professor dando um gole de sua caneca. "Falar sobre o assunto pode ajudar a aliviar suas dores."
Suspiro cansado, mas resolvi me abrir.
"É bom e ruim ao mesmo tempo." Eu finalmente disse. "Por um lado, é uma chance de rever meus velhos amigos, de guiá-los melhor do que eu podia antes. Mas, por outro... é um lembrete constante dos meus erros e do que foi perdido."
Ozpin assentiu, sua expressão pensativa.
"A perda faz parte da vida, Jaune. Ela nos molda, nos torna mais fortes. Mas também deixa cicatrizes."
Olhei para minhas mãos, os nós dos dedos marcados e calejados por anos de batalha.
"Sim, deixa." Murmurei. "Mas não é só a perda. É a responsabilidade. O peso de saber que o futuro deles está em minhas mãos agora."
Ozpin se recostou na cadeira, os dedos entrelaçados na frente dele.
"Segundo seus relatos você já fez a diferença-."
O professor é cortado pela porta do elevador particular que se abriu com um toque suave, revelando uma figura que saiu correndo com uma explosão de energia.
DING!
Me levantei, mas antes que eu pudesse registrar quem era, braços me envolveram em um abraço apertado.
"Jaune!" Gritou uma voz feminina empolgada.
Olhei para baixo e vi uma cabeça cheia de cabelo moreno vibrante pressionada contra meu peito. Amber Sunstone, a Fall Mainden, estava agarrada a mim.
Hesitei por um momento, então retribuí o abraço, sentindo uma mistura de surpresa e alegria.
"Amber." Eu fiquei aliviado em ver que ela estava de bom humor. "É bom ver você."
Quando a resgatei do ataque da Cinder ela estava deprimida. Ficar presa em Beacon na época não ajudou em nada com a moral dela, mas era melhor ela triste e viva do que morta.
"Ouvi dizer que você estava de volta, mas não pude acreditar até ver você com meus próprios olhos." Seu olhar passou por mim, absorvendo cada detalhe. "Você não estava em missão com o Qrow e Glynda?"
Engoli em seco, a lembrança da nossa operação para capturar o traidor, Leonardo Lionheart se aflorou na minha mente. O faunus já tinha se tornado um espião de Salem, mas com ajuda de Qrow e da professora Goodwitch, conseguimos capturá-lo sem criar qualquer comoção.
Agora Lionheart está 'aposentado' e a professora Goodwitch está atuando como diretora da Haven Academy, para mantê-la funcionando e ficar de olho na Cinder.
"Jaune?" A voz de Amber rompeu a névoa de lembranças, seus olhos procurando os meus com preocupação. "Você está bem?"
Forcei um sorriso, empurrando as memórias de volta para os recessos da minha mente.
"Sim, apenas... lembrando de algumas batalhas antigas."
Ozpin tossiu na propria mão, chamando nossa atenção.
"Amber, você já terminou seu treinamento de hoje?"
Amber cruzou os braços, sua expressão se transformando de alegria em irritação.
"Não, ainda não."
"Você sabe que dominar seus poderes é essencial para sua sobrevivência."
"Eu sei disso." Ela respondeu cansada. "Mas qualquer problema o Jaune está para me salvar."
"Ele não está à sua disposição, senhorita Sunstone." Disse Ozpin em um tom sério. "No momento ele está trabalhando como John Luna para Beacon Academy,
"John Luna?"
"Mudei meu nome por causa do… outro 'eu'." Respondi me intrometendo na conversa dos dois. "Sei que John não é tão diferente de Jaune, mas se alguém que está por dentro do segredo me chamar pelo meu nome antigo, dá para usar como desculpa que só pronunciou errado sem levantar suspeita."
"Isso é… estupidamente genial." Comentou Amber confusa.
Não pude evitar e acabei rindo do comentário honesto dela.
Ozpin nos observou, um leve sorriso brincando em seus lábios, mas seus olhos continham uma profundidade de preocupação que eu conhecia muito bem.
"Bem, Amber." Falei disse, gentilmente me desvencilhando de seu abraço. "Estou feliz em ver você, mas tenho alguns preparativos a fazer. Preciso me preparar para uma sessão especial de treinamento."
O sorriso de Amber desapareceu um pouco, mas ela assentiu, compreensão em seus olhos.
"Claro, Jaune-. quero dizer, Professor Luna." Ela se corrigiu rindo. "E quem é a vítima desse treino especial?"
Sorrindo, respondi para ela.
"Eu mesmo."
RP # POV: Yang Xiao Long
Desinteressadamente cutuquei a minha comida que tinha no prato. O barulho dos talheres e o zumbido da conversa ao meu redor pareciam distantes, abafados pelo silêncio espesso que havia se instalado em minha cabeça.
A voz de Ruby cortou a névoa, suave e cautelosa.
"Yang, você está cutucando sua comida pelos últimos dez minutos. Está tudo bem?"
Olhei para cima, forçando um sorriso que parecia frágil em meus lábios.
"Só não estou com tanta fome, eu acho." Menti, esperando que ela desistisse. Mas Ruby não era de recuar facilmente, uma característica que eu geralmente admirava, mas agora, era apenas inconveniente.
Ela levantou uma sobrancelha, me estudando com uma intensidade que me fez contorcer.
"Não está com fome?" Ela repetiu desacredita com minha declaração. "Desde quando você recusa uma refeição? Principalmente um bife desse tamanho."
Dei de ombros, tentando fingir.
"Todo mundo tem dias ruins, eu acho?" Esfaqueei um pedaço da carne com mais força do que o necessário, evitando o olhar dela.
Ruby me encarou com ainda com uma sobrancelha arqueada, sem engolir a minha desculpa.
"Yang, nós duas sabemos que isso não é verdade. Você não está apenas 'sem fome'. Algo está te incomodando."
Suspirei, colocando meu garfo na mesa com um barulho.
"Não é nada, sério. Só... a luta com o professor hoje." Admiti envergonhada, minha voz quase um sussurro.
"Ah." Blake assentiu do outro lado, compreensão surgindo em seus olhos. "Você está chateada porque ele venceu?"
"Não, não é isso." Eu balancei minha cabeça, frustrada. "Quer dizer, sim, doi um pouco ter perdido, mas é mais do que isso. Ele estava se segurando e me derrotou como se eu fosse uma criança no primeiro dia de escola preparatória."
Ruby e Blake se olharam, considerando minhas palavras. A minha irmã já parecia ter entendido o que me afligia, afinal Ruby me conhece muito bem, já Blake ainda estava confusa.
"E isso te incomoda?" Perguntou Blake.
"Claro que incomoda!" Exclamei frustrada. "Ninguém nunca lutou comigo sem me levar a sério.
"Pai e o tio Qrow nunca lutaram a sério com você." Disse Ruby dando um sorriso sapeca.
"Rrrrrrrr!" Resmunguei frustrada.
Empurrei meu prato para longe, a comida mal tocada. Ruby e Blake trocaram olhares preocupados, mas foi Weiss quem falou, sua voz cortando a tensão como uma faca.
"Sabe, Yang." Ela disse limpando a boca com um guardanapo. "Acho que você está olhando para isso do jeito errado."
Levantei uma sobrancelha, me virando para encará-la. Weiss estava sentada com as costas retas, as mãos dobradas ordenadamente no colo. Seus olhos encontraram os meus com um olhar firme, sem um pingo de seu desdém habitual à vista.
"O que você quer dizer com isso?" Perguntei, minha voz mais áspera do que pretendia.
Weiss não vacilou. Em vez disso, ela se inclinou para frente, sua expressão séria.
"O Professor Luna é claramente um lutador habilidoso. Ele não apenas entende a teoria por trás do nosso treinamento, mas também tem as habilidades práticas para apoiá-la. Essa é uma combinação rara."
Zombei, cruzando os braços.
"E daí? Eu deveria estar feliz que ele me derrotou?"
Weiss balançou a cabeça, sua voz suavizando.
"Não, não é isso que estou dizendo. Mas pense nisso, Yang. Estamos aqui para aprender, para melhorar. Ter um professor que pode nos desafiar, que pode nos mostrar onde precisamos crescer, isso é inestimável."
Olhei surpresa na direção de Weiss, a sempre crítica, a sempre exigente, princesa da perfeição estava… satisfeita?
"Você está falando sério?" Eu disse, mais uma afirmação do que uma pergunta.
Weiss assentiu.
"Absolutamente. Tive tutores e instrutores a vida inteira, e muito poucos deles conseguiam equilibrar teoria e prática do jeito que a Professora Luna faz. É revigorante ver um profissional do calibre em Beacon e não outro… Port."
"Acho que não tinha pensado dessa forma." Admiti, minha voz mais suave agora.
Weiss sorriu, um sorriso genuíno que iluminou seu rosto.
"É uma chance para crescermos, Yang. Para nos fortalecermos. E não é para isso que estamos todos aqui?"
"E também ajuda ele ser um DILF para ajudar nos daddy issues dá Weiss." Disse Blake sorrindo maliciosamente.
"Quê!?" Gritou a herdeira horrorizada.
Eu assenti, um pequeno sorriso puxando os cantos da minha boca enquanto Weiss dirigia um sermão para Blake.
"O que é DILF?" Perguntou Ruby curiosa.
"Daqui a 2 anos eu te conto." Respondi cortando minha irmã na mesma hora.
RP # POV: Jaune Arc
Me levantei rapidamente, o coração batendo forte como um bumbo. A tela do scroll lançou um brilho forte no dormitório escuro. Peguei o dispositivo, apertando os olhos para a mensagem do remetente desconhecido.
<Eu sei seu segredo e se quiser continuar em Beacon me encontre sozinho na sala de combate.>
Um arrepio correu pela minha espinha. Meu polegar pairou sobre o botão de resposta, mas outra mensagem apareceu.
<Agora! >
Olhei para meus colegas de quarto, seus rostos dormindo e o barulho de ronco da Nora me acalmou um pouco. Saindo da cama, peguei minha jaqueta e fui na ponta dos pés até a porta.
Andei pelos corredores mal iluminados da Academia Beacon, meus passos ecoando no chão frio de pedra. O silêncio era ensurdecedor, cada passo um lembrete do peso que eu carregava. A mensagem queimava em minha mente, um lembrete constante de que meu segredo foi revelado.
"Eu sou uma fraude, e alguém sabe disso." Sussurrei tremendo.
A porta da sala de combate pairava à frente, uma sentinela silenciosa esperando para fazer o julgamento. Parei, minha mão pairando sobre a maçaneta. O metal estava frio ao toque, um forte contraste com o calor dos meus nervos. Respirei fundo, me preparando para o que estava além.
Quando abri a porta, a sala foi banhada por um brilho suave das luzes do teto. No meio da sala uma figura de armadura negra que me era desconhecida.
<Black Armor>
"Você veio." Disse a figura, sua voz baixa e grave.
Eu assenti, com minha garganta seca.
"Quem é você? O que você quer de mim?"
A figura se aproximou caminhando lentamente, apesar de estar trajando uma armadura negra pesada seus passos eram silenciosos.
"Eu sei seu segredo, Jaune." Ele disse agora mais perto e até soando familiar.
"E você vai me denunciar?" Perguntei temendo o pior.
"Não." Ele levando sua mão para o elmo que ocultava sua face. "Vou ajudá-lo." Disse a figura agora sem elmo.
"P-professor Luna?" Perguntei gaguejando. "Gostei da armadura nova."
Fiquei ali, congelado, enquanto o olhar severo do Professor Luna me atravessava.
"Você trapaceou para entrar em Beacon, Jaune." Ele disse, sua voz tão fria quanto melancólica. "Uma vaga que poderia ter ido para alguém que realmente a merecesse. Alguém que trabalhou duro, que treinou, que estava pronto."
Senti um nó se formar na minha garganta, uma mistura de vergonha e arrependimento me sufocando. Sabia disso, é claro, mas ouvir isso de outra pessoa coloca mais peso na minha conciencia. Olhei para os meus pés, incapaz de encontrar seus olhos.
"Você acha que pode simplesmente entrar aqui com documentos falsificados e se tornar um huntsman?" Ele continuou, sua voz aumentando. "Beacon não é um brincadeira, Jaune. É um lugar para forjar huntsmen e huntresses. Não para mentirosos covardes."
Cada palavra doeu, um lembrete severo do meu engano. Eu tinha vindo para Beacon com as melhores intenções, querendo fazer a diferença, ser um heroi. Mas agora, sob seu escrutínio, eu sentia tudo menos isso.
"Sinto muito." Sussurrei, minha voz quase inaudível. "Eu só queria ajudar. Ser alguém importante, honrar o legado da minha família."
O professor Luna suspirou, sua expressão suavizando um pouco.
"Eu sei que você fez, Jaune. Mas boas intenções não compensam más ações."
Senti uma lágrima deslizar pela minha bochecha, um rastro quente de vergonha. Eu tinha sido tão ingênuo, tão tolo. Tinha pensado que poderia simplesmente me misturar, aprender, me tornar um verdadeiro Huntsman.
"Mas." Ele disse, sua voz mais serena agora. "É tarde demais para mudar o que foi feito. Você passou pela iniciação, e expulsá-lo agora só causaria mais mal do que bem."
Olhei para ele, um vislumbre de esperança brilhando em meu peito.
"O que você quer dizer?"
"Seu time ficaria sem um líder e teríamos que achar outro aluno para completar JNPR." Ele disse, seus olhos firmes e determinados. "Por isso vou treiná-lo para que mereça o lugar que roubou. Vou fazer de você alguém digno de Beacon."
Olhei para ele, uma mistura de medo e excitação percorrendo meu corpo.
Era isso que eu queria, não era? Tornar-me um verdadeiro caçador, fazer a diferença. Mas agora, sob seu olhar atento, eu sabia que não seria fácil. Eu sabia que teria que trabalhar mais duro do que nunca.
"Tomei a liberdade de pegar sua espada antes de vir para cá." Disse o professor jogando Crocea Mors para mim. "Me ataque com tudo que tiver, não com intenção de marcar pontos ou drenar minha Aura, venha com intenção de me matar.
Engoli seco encarando o professor com minhas pernas tremendo um pouco.
"M-ma-mas professor, isso não seria." Tentei falar mas fui cortado.
"Escute aqui Jaune!" Ele disse apontando sua espada de aço negro na minha direção. "Não tenho tempo de ficar justificando cada passo do seu treino, faça o que mando ou volte para sua casa como mentiroso covarde que todos vão saber que é."
Soltei um suspiro horrorizado, o pensamento de ser humilhado e perder meus amigos era pior do que qualquer tipo de treinamento que esse professor poderia me fazer passar.
"Tudo bem, Professora Luna." Eu disse, minha voz tremendo um pouco. "Farei o que for preciso para provar que pertenço a Beacon."
O professor assentiu, estranhamente ele parecia aliviado com a minha escolha.
"Ótimo. Então vamos começar." Ele disse assumindo uma postura de defesa com sua espada. "Me ataque com toda sua força."
RP # POV: Professor Luna
Por ele ser uma versão mais nova minha, já sabia que ele tinha nenhum treino, mas ainda assim eu precisava ter uma ideia da onde ele estava comparado aos outros alunos. Tendo isso em mente, fiz o primeiro dia de treino com ele focado em uma luta contra mim, ele me atacando sério enquanto eu ficava na defensiva e usando contra ataques para eu poder avaliar a performance dele.
"Pode descansar Jaune." Falei só para em seguida o garoto cair no chão ofegante.
POF!
Os limites dele eram muito baixos. Sua resistência era patética, seus movimentos lentos, seus golpes apesar de forte faltavam coordenação e técnica para conectá-los direito. Suspirei, a decepção se instalando em meu peito mais uma vez. Esta seria uma longa e difícil estrada.
Me aproximei do jovem, minha expressão séria, minha voz firme.
"Você vai ter que treinar três vezes mais duro do que qualquer outro aluno em Beacon, Jaune."
Seus olhos se arregalaram, uma mistura de choque e determinação cintilando em seu rosto.
"Três vezes mais duro?"
Ajoelhei-me ao lado dele, com meu olhar firme expliquei.
"Porque você está começando do zero. Você tem o coração, mas lhe falta a técnica, a resistência e a experiência. Seus colegas treinam há anos. Você precisa preencher essa lacuna, e não será fácil."
Jaune se apoiou nos cotovelos, sua respiração saindo em suspiros irregulares.
"Mas... não sei se consigo fazer isso. Já estou sofrendo só para tentar acompanha-los."
Eu assenti, entendendo sua preocupação.
"Sei que é assustador. Mas lembre-se, todo grande heroi começa em algum lugar. Você tem potencial, Jaune. Você só precisa estar disposto a se esforçar."
Ele olhou para mim, seus olhos cheios de uma mistura de medo e determinação.
"E se eu não conseguir? Se eu falhar?"
Coloquei uma mão em seu ombro, meu aperto firme, mas reconfortante.
"O fracasso faz parte da jornada, Jaune. É como você aprende e cresce." Falei tentando animar o garoto. "Você só precisa fazer uma coisa para alcançar seus objetivos."
Os olhos de Jaune arregalaram me encarando, esperando o que ele precisava fazer para melhorar.
"Não desista." Falei sério encarando o jovem. "Se você falhar tente de novo, se você cair levante-se, se a espada escapar de sua mão pegue-a de novo e a segure mais firme."
O jovem ainda cansado e respirando ofegante se levanta sem quebrar o contato visual.
"Se você não desistir, você sempre terá uma chance de melhorar."
A respiração de Jaune se estabilizou lentamente enquanto ele estava diante de mim, seus olhos cheios de uma mistura de gratidão e determinação. O salão de treinamento estava silencioso, os únicos sons eram o zumbido distante da academia e o eco ocasional de nossos movimentos.
"Obrigado, professor Luna." Ele disse, sua voz ainda um pouco ofegante. "Por guardar meu segredo e por me ajudar a treinar."
Eu assenti, um pequeno sorriso puxando os cantos da minha boca.
"Não se trata apenas de guardar segredos, Jaune. Trata-se de lhe dar a chance de crescer."
Ele olhou para suas mãos, flexionando os dedos como se imaginasse o peso de uma arma.
"Sei que tenho um longo caminho a percorrer, mas estou disposto a me esforçar. Não quero decepcionar ninguém."
"Esse é o espírito." Respondi, me aproximando. "Agora vá dormir, assim que você chegar no seu dormitório teria mandado um cronograma de treino, vai ter muita corrida e muita malhação.
"Hmmmm." Respondeu Jaune gemendo com medo.
RP # POV: Pyrrha Nikos
Estava deitado, quando ouvi o som da porta se abrindo. Me levantei para ver quem era, quando me deparo com Jaune entrando mancando.
"Jaune?" Falei, mantendo minha voz baixa.
Quando ele se virou para mim, ele tentou esconder uma careta de dor. Seu cabelo estava molhado de suor, uniforme sujo, corpo suado e respiração ofegante. Algo estava errado.
"Ei, Pyrrha." Ele respondeu, forçando um sorriso.
"O que aconteceu?" Perguntei preocupada. "Você está machucado?"
Ele suspirou, passando a mão pelo cabelo.
"Só... treinando com a professor Luna."
Encarei ele com uma sobrancelha erguida.
"Treinamento? Ou uma surra?"
Ele tentou rir, mas sentiu uma fisgada de dor na lateral do corpo.
"Um pouco dos dois, talvez." Ele se sentou na cama, tocando cuidadosamente ao seu lado.
Eu me aproximei, ficando cada vez mais preocupada com ele.
"Deixe-me ver."
Ele hesitou antes de levantar a camisa. Um hematoma feio estava se formando ao longo de suas costelas. Franzi a testa, ajoelhando-me para examiná-lo.
"Isso não é só por causa do treinamento, Jaune. O que realmente aconteceu?"
Ele desviou o olhar, envergonhado.
"O professor lutou comigo durante uma hora, só fizemos pequenas pausas para recuperar o fôlego, na hora eu nem tinha percebido esse machucado, mas agora que o sangue esfriou começou a doer tudo."
Suspirei, levantando-me.
"Isso não está certo Jaune, um professor não pode tratar um aluno desse jeito, muito menos em um tão horário estranho."
Ele olhou para baixo, puxando um fio solto em sua colcha.
"Está tudo bem Pyrrha, eu juro."
Sentei-me ao lado dele, cutucando seu ombro com o meu.
"Eu quero te ajudar, Jaune." Murmurei melancólica.
Ele sorriu, dessa vez genuinamente enquanto suspirava cansado.
Jaune engole seco e olha com seus olhos azuis para Pyrrha.
"Pyrrha, eu tenho um segredo para contar para você."
------------------------------------------
Boa noite pessoas,
[-]Espero que vocês tenham curtido o capítulo.
[-] Gostaria de avisar a vocês que eu leio TODOS os comentários, só separa aqui para responder alguns que eu possa adicionar algo interessante.
[-]No próximo capítulo acho que vou focar um pouco na Weiss, vocês gostariam disso?
COMMENTS:
[-]alexdel29 (wattpad):
Este one-shot é muito bom e divertido de ler, por favor, virou uma história, a parte cômica me interessou mais.
Posso imaginar as alunas de todos os anos tentando o máximo para chamar a atenção de John/Jaune para namorá-los, as funcionárias adultas também tentariam a sorte, já que John/Jaune está na faixa etária delas.
[-]Renan:
Obrigado pelas palavras gentis.
[-]Mengsk(fanfiction):
Sim. Ele poderia ser um super professor. Eu quero ver quais lições ele tem para cada membro do elenco.
Mas você vai precisar de uma razão muito convincente de como ele chegou aqui. Ou por que Ozpin contrataria o primeiro vagabundo que aparecesse para dar aula.
[-]Renan:
He-he(Ri o autor suando), claro que tenho tudo planejado…
[-]Ravell_Aqim(AO3):
Eu vi algumas histórias tomarem rumos diferentes sobre o Rusted Knight voltando no tempo, mas eu gosto do que você tem aqui, e acho que é muito promissor. E eu acho que considerando a posição de Jaune, um pouco de angústia vai ser uma parte necessária da mistura, embora um equilibrando isso com algumas coisas mais leves seria legal. Eu acho que uma história mostrando o Jaune que vemos acima - alguém que é mentalmente marcado, mas não está completamente distorcido por suas experiências (talvez devido a alguma esperança de mudar as coisas?), e que ainda é reconhecidamente Jaune - tem muito potencial.
[-]Renan:
Quando fiz os primeiros rascunhos da história fiquei assustado com o tanto de angst que eu tinha escrito, mas você tem razão, pelo menos o começo tem que ter o angst, para depois equilibrarmos mais com humor.
[-]MorbiIIionaire(questionablequesting):
Ele já errou e a chamou de Pyr bruh. Achei que ele duraria mais, haha.
[-]Renan:
Ele pode ser mais velho, experiente e melhor lutador.
Mas ele ainda tem um pouco de Dorky Knight.