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Fugir e Matar

- Então, o que eu tenho que fazer? - perguntei confuso.

- Me seguir e sentar o cacete em todo mundo.

Na hora que Seijiro terminou de falar, a espada dele saiu da bainha e cortou todas as grades que o contornava.

Ele conseguia mover-la sem precisar toca-la. Irado...

- Vamos?

As grades cairam e o som daquele metal quente repercutiu em todo o ambiente. Eu olhei na direção da garota. Ela estava sentada, olhando para mim.

- "Eu vou te ajudar"

Eu me aproximei da cela dela. Tinha certeza de que ela tinha entendido o que disse. Me preparei e acertei um soco em uma das barras. Ela entortou completamente e abriu uma brecha que ela podia usar.

Me afastei e a garota ficou um tempo olhando para mim. Ela caminhou cautelosamente e passou pela passagem.

nos fitamos por algum momento. sentia que ainda havia grande desconfiança por parte dela. Fazia sentido. Nós lutávamos todo o dia e não era exatamente por diverção.

Quando ela passou por mim e Seijiro a viu se aproximando, sorriu de canto.

- Mais um para o grupo. a família só cresce. Bem, me sigam. Nós vamos nos vingar dos carcereiros.

Pela primeira vez eu via os corredores daquele lugar. Eram escuros e longíncuos. Seijiro corria atento, porém confiante. Fazia curvas bruscas sem exitar e nós o acompanhávamos. Todas as paredes eram feitas de quadrados de blocos de pedra. Faziam um padrão simétrico idêntico do chão ao teto, que também eram do mesmo material.

Paramos em uma escada espiral de rocha sólida. Seijiro estava estático. Como se estivesse esperando algo.

Em um súbito momento, a parede do lado esquerdo se ergueu e revelou quatro homens de pele cinza e olhos brancos. Usavam lanças e vestiam armaduras bem construídas de um matérial que brilhava como ouro que parecia bem resistente.

Seijiro reagiu rápido. Como se já soubesse. Sua espada já estava atravessada no peito de um poucos instantes após eles terem surgidos. Este cuspiu sangue negro e caiu imediatamente no chão quando a espada foi retirada de seu corpo.

Os outros olharam assustados, mas isso não significavam que iriam fugir. No momento em que se distrairam com Seijiro, eu já estava no meio deles. Acertei alguns golpes que atravessaram o torax de outros dois. O único que sobrou ficou pálido. Sua pele cinza ficou branca e ele pôs sua arma em prôntidão. A garota com olhos de gato voôu na direção dele e rasgou seu gosto com as mãos. Quando terminou ela estava pintada de sangue preto. Uma menina selvagem, mas diferente dos animais comum. Se eu não fosse resistente, teria terminado da mesma forma que o homem cinzento nas nossas primeiras batalhas. Isso me fazia questionar o porquê de eu a ter salvado. Acho que eu só não queria ver uma garota ser carbonizada na minha frente.

Quando eliminamos todos a parede começou a descer imediatamente. Eu estava embaixo dela e levantei o rosto assustados. Seijiro enfiou sua lâmina entre um vão que estava a mostra no teto. A parede parou, tremeu e começou a soltar fumaça.

-Passe logo para dentro seu imbessil! - ele gritou comigo

Fiz o que pediu e ele tirou sua espada de onde tinha colocado e a parede se fechou.

- Como você sabe aonde está indo? Já esteve aqui? - eu perguntei enquanto andávamos.

- Passei todos os dias em que passei aqui meditando e ouvindo. Fiz um mapa mental de quase toda a área.

- isso se quer é possível?

- exige um certo nível de concentração e uma coisa mais importante ainda...

- Tipo o que?

- Ser muito foda.

No caminho, encontramos mais dos homens cinzentos. Derrotamos cada um deles e o painel surgia cada vez que eu terminava alguma luta.

[Atributos]:

[Patamar 1 - Físico: 0 > 30]

[Patamar 0 - Mental: 40,5 > 48]

[Patamar 0 - Poder: 1]

[Características ativas (4)]:

- Multiplicador de pontos de Patamar (Nível Max)

- Linguagem universal

- Resistência (Nível 4)

- Força (Nível 4)

- Hibernação profunda (Max)

- Estoico (Nível 2)

- Reflexos Aprimorados (Nível 2)

- Luta básica

- Visão de lutador (Nível 2)

Eu não sei o que é "poder", mas o fato disso ser a única coisa que nunca muda nos meus atributos me incomoda. Fora isso a minha evolução tem sido muito boa. Não evoluí tanto meu físico contra a garota, pois eu não costumava bater muito nela e não a derrotava de verdade.

Eu poupei um dos cinzentos. Quebrei seus braços e queria perguntar algumas coisas sobre o lugar.

- Você nem faz ideia de que língua eles falam, meu nobre. É melhor só terminarmos com ele e seguir.

- Eu tenho alguns talentos espéciais. - respondi

- "Quem são vocês e onde estámos".

O homem cinza se surpreendeu ao ouvir minhas palavras. Estava confuso sobre como eu sei falar seu idioma. Eu conseguia ler suas expressões faciáis.

- "Desgraçado, nos vamos rasgar seus fígados e dar de comer as bestas".

- "Tente, eu adoraria ver". - eu respondi secamente.

O seu cerne de deixou de ser tão raivoso e era visível que ele temia que era completamente imponente agora.

-"Não vão conseguir sair. São centenas de kilometros de cavernas e...".

-"Então estamos debaixo da terra".

-"Desgraçado de merda..."

-"Quem são vocês?"

-"Você vai me matar, mesmo se eu responder. Acha que sou retardado!?"

-"Não vou te matar"

Ele olhou o corpos de seus colegas fatiados, ragados ou perfurados ao redor. Eu mesmo estava cheio de respingos pretos dos restos dos lanceiros que derrotamos.

-"Merda... ok".

Sorri de canto, finalmente vamos sair daqui e ter algumas respostas.

-"Somos Takraris, e nós estamos embaixo da terra".

-"Embaixo da terra?".

-"Sim, sou da guarda desta prisão, nesse lugar existem vários mecanismos que envolvem essas paredes e jogam mais presos nas celas para se degladiarem até morrer".

Ele fez uma pausa, e eu analisei o seu rosto. Eu o estava pressionando bem. Ele iria falar tudo que sabia para tentar sair desse problema e me convencer que era alguém que estava disposto a colaborar.

- "Por que fazem isso? Pra que um sistema assim, se vocês podem só matar antes de ter todo o esforço de capturar a pessoa viva, que é muito mais difícil".

- "De momento em momento nós paramos. Selecionamos os que estão em melhor estado e usamos para outras tarefas ou vendemos como escravos . A força de cada é medida pelos dias que ainda estão vivos"

-"Quantos presos estão aqui?"

-"Quase quatro mil"

Para a maioria isso não é nada além de uma senteça de morte. A não ser que você consiga lutar até a morte 3 vezes ao dia sem comer, beber ou se recuperar da ultima luta. Todos os dias até que alguém decida que é o suficiente.

Cerrei o punho e senti vontade de bater nele. Se alguém da vila estivesse vivo, talvez fosse trazido para cá comigo. Mas, com o jeito que lidam com os prisioneiros. Era quase impossível ter qualquer tipo de esperança de sobrevivência.

Seijiro percebeu minha raiva. Mas, duvido que tenha entendido a razão por completo.

- "Como chegamos a saída?" - eu o perguntei com ódio nos olhos.

- "Há escadas logo em frente que levam para os corredores acima. Terão outros guardas, mas é possível chegar ao topo"

Eu me levantei e traduzi o resultado do meu interrogatório.

Hora de sairmos daqui.