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O Sanatório de Maryvill

No ano de 1994, o Sanatório de Maryvill surgiu como um farol de esperança e cuidado, celebrado por sua excepcionalidade no tratamento dos pacientes. Contudo, ao longo dos anos, o brilho dessa instituição se transformou em sombras, obscurecido por desaparecimentos misteriosos e relatos de crimes. O lugar outrora celebrado tornou-se temido, a ponto de as pessoas evitarem a rua onde ele se erguia. O mais recente incidente, o trágico falecimento de uma funcionária, forçou o fechamento do local, desencadeando uma investigação policial que buscará desvendar os segredos sombrios ocultos nas paredes do sanatório.

PHLComics · ホラー
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11 Chs

Capítulo 5: Ressentimento

 À medida que a noite cedia espaço ao dia, os primeiros raios de sol iluminaram o Sanatório, destacando uma cena de investigação policial em andamento. Jonhatan G. Downly, o coordenador do Sanatório, estava lá na frente, cercado por policiais e detetives. Ele mantinha uma expressão séria e determinada enquanto respondia às perguntas dos oficiais, dando seu depoimento sobre os eventos que haviam ocorrido no Sanatório.

Jonhatan era um homem de aparência meticulosa, com cabelos loiros bem penteados e óculos que lhe conferiam uma aura de seriedade. Suas roupas formais e postura indicavam alguém acostumado a cargos de responsabilidade.

Um dos policiais, o detetive Rodriguez, estava encarregado de conduzir o interrogatório. Ele olhou atentamente para Jonhatan e perguntou: "Senhor Downly, este Sanatório foi recentemente alvo de vários desaparecimentos e tragédias, e mais recentemente, o desaparecimento de uma de suas zeladoras, Claire. Pode nos contar o que sabe sobre esses eventos?"

Jonhatan suspirou antes de responder, sua voz carregada de preocupação. "Bem detetive, estou tão preocupado quanto vocês todos estão. Ver uma instituição que ganhou diversos prêmios decair ao ponto de ser um local de assassinatos e desaparecimentos, é bem.. triste, se posso dizer assim. Eu estou abalado, mas eu posso afirmar que não tenho nenhum tipo de envolvimento nisso."

Rodriguez assentiu, parecendo cético, mas continuou a questionar. "E quanto a Denis? Houve relatos de que ele também estava trabalhando aqui como segurança temporário. Você não sabia que ele estava vigiando o local?"

Jonhatan balançou a cabeça com sinceridade. "Denis não era um membro oficial da equipe de segurança do Sanatório. Ele foi contratado temporariamente para ajudar com as câmeras de vigilância e a investigação em andamento. Não tenho informações sobre o que aconteceu com ele, pois ele estava apenas realizando um trabalho específico para nós." 

 Os policiais continuaram fazendo perguntas a Jonhatan, explorando cada detalhe dos eventos recentes no Sanatório. Ele manteve sua calma e respondeu com honestidade, deixando claro que ele não tinha nenhuma conexão com as mortes e desaparecimentos. Enquanto os depoimentos continuavam, Jonhatan também expressou sua preocupação com a segurança dos pacientes e funcionários restantes do Sanatório.

Detetive Rodriguez pressionou Jonhatan com suas perguntas incisivas, insistindo que era improvável que o coordenador do Sanatório não tivesse conhecimento dos procedimentos de tratamento e segurança dos pacientes e funcionários. O detetive declarou: "É difícil acreditar que você, como diretor, não teria conhecimento sobre os detalhes do tratamento dos pacientes ou das condições de trabalho dos funcionários. Como pode explicar essa falta de envolvimento?"

Jonhatan olhou diretamente nos olhos do detetive, sua expressão mostrando uma mistura de frustração e ansiedade. Ele respondeu com firmeza: "Eu não sou o diretor do Sanatório. Meu papel é supervisionar as operações diárias e garantir que tudo esteja funcionando conforme o planejado. O verdadeiro dono é Bruce, Bruce Tompson."

O detetive arqueou uma sobrancelha, claramente intrigado. "Bruce Tompson? E onde ele está agora? Por que ele não está aqui respondendo às nossas perguntas?"

Jonhatan suspirou antes de responder. "Eu não vejo Bruce há muito tempo. Ele é um homem reservado e prefere operar nos bastidores. Ele é o investidor que financia a segurança e os tratamentos do Sanatório. Eu sou apenas um intermediário, encarregado de supervisionar as atividades diárias."

Ele prosseguiu, seu tom de voz carregado de preocupação. "Eu sei que parece suspeito, mas por favor, entenda que estou fazendo o meu melhor para colaborar com vocês e descobrir a verdade sobre esses eventos terríveis. Bruce sempre foi alguém que queria ajudar, independentemente do custo."

 Antes que Jonhatan pudesse fornecer mais detalhes, um dos policiais interrompeu a conversa, chamando o detetive Rodriguez para outro ponto da investigação. "Detetive, precisamos de você aqui! Encontramos algo estranho nos corredores internos do Sanatório!"

Detetive Rodriguez lançou um último olhar a Jonhatan antes de se afastar para atender ao chamado. Jonhatan ficou ali, ainda tenso, mas esperançoso de que a investigação levaria à verdade sobre os horrores que ocorreram no Sanatório.

Na enfermaria do Sanatório, várias seringas estavam jogadas pelo chão, cada uma contendo um líquido azul claro que parecia ter propriedades únicas. O detetive Rodriguez observou as seringas com atenção, notando que o líquido não se misturava com o sangue, o que indicava que poderia se tratar de algum medicamento experimental.

Rodriguez se virou para Jonhatan, com uma expressão séria. "O que são essas seringas, Sr. Downly? O senhor pode explicar o propósito desse líquido? Parece que temos mais perguntas do que respostas aqui."

Jonhatan parecia visivelmente desconfortável e confuso. Ele olhou para as seringas e depois de volta para Rodriguez. "Eu... Eu não sei.. Eu nunca vi isso antes."

Rodriguez cruzou os braços, mantendo um olhar penetrante em Jonhatan. "Isso não é uma resposta satisfatória, Sr. Downly. Já estamos lidando com uma série de incidentes misteriosos aqui no Sanatório, e agora encontramos essas seringas. Parece que o senhor está escondendo algo."

Antes que Jonhatan pudesse responder, os policiais decidiram que era hora de levá-lo à delegacia para interrogatório mais detalhado. "Você vai nos acompanhar até a delegacia, Sr. Downly. Não sairá de lá até termos respostas concretas."

Jonhatan olhou para os policiais com preocupação, mas sabia que não tinha outra opção a não ser cooperar. Enquanto era levado pela polícia, ele lançou um último olhar para o Sanatório, sua mente cheia de dúvidas e temores sobre o que estava acontecendo e qual seria o destino do local.

 Na pequena cela da delegacia, Jonhatan estava sentado em um banco duro, com a mente cheia de preocupações e medos. Ele segurava seu celular com as mãos trêmulas enquanto tentava ligar repetidamente para Bruce. Cada chamada ia para a caixa postal, sem resposta, aumentando ainda mais a ansiedade de Jonhatan.

"Por favor, Bruce, você precisa atender," Jonhatan sussurrava para si mesmo enquanto discava o número mais uma vez. "Preciso da sua ajuda, não posso enfrentar isso sozinho."

Mas Bruce Tompson permanecia inatingível, deixando Jonhatan com uma sensação de desespero crescente. Ele se perguntava por que o homem que financiava o Sanatório, e que ele havia conhecido apenas superficialmente, não estava respondendo em seu momento de necessidade.

Foi nesse momento que um novo detetive, chamado Arles, entrou na cela de Jonhatan. Diferente de Rodriguez, Arles tinha uma expressão mais calma e paciente, o que trouxe um breve alívio para Jonhatan.

"Jonhatan G. Downly, certo?" perguntou Arles com um tom tranquilo.

Jonhatan assentiu, sua voz trêmula ao responder: "Sim, sou eu. Por favor, você precisa entender que não tenho nada a ver com os eventos no Sanatório. Eu só estava fazendo o meu trabalho."

"Jonhatan, estamos diante de uma situação muito séria aqui," disse Arles, mantendo sua calma. "Essas seringas contêm um líquido que não se mistura com sangue ou qualquer outro líquido biológico. Isso sugere que se trata de algo incomum, talvez até experimental. Você pode fornecer qualquer informação sobre quem poderia estar envolvido nisso?"

Jonhatan hesitou antes de responder. Ele realmente não tinha conhecimento sobre as seringas ou o líquido que continham, mas temia que qualquer coisa que dissesse pudesse ser mal interpretada. "Detetive, eu juro que não sei nada sobre essas seringas ou o líquido. Nunca vi algo assim no Sanatório antes. Eu só posso supor que alguém possa ter trazido isso sem o meu conhecimento."

"Jonhatan," começou Arles, "você é o coordenador do Sanatório, responsável por sua operação. Como alguém de fora conseguiria entrar nas áreas restritas e trazer esse líquido sem a sua supervisão? Há algo que você não está nos contando?"

O silêncio pairou enquanto Jonhatan processava as palavras de Arles. O detetive havia acertado em cheio, e Jonhatan começou a se sentir estúpido por não ter percebido a falha em sua supervisão antes. Era evidente que ele havia negligenciado sua responsabilidade, e isso o incomodava profundamente.

"Você está certo," Jonhatan finalmente admitiu com um suspiro pesado. "Eu não deveria ter deixado essa lacuna na segurança passar despercebida. Era.. minha responsabilidade.."

Arles observou Jonhatan com uma expressão que misturava compreensão e ceticismo. Embora o detetive tivesse obtido informações importantes, ele ainda não estava convencido da completa inocência de Jonhatan. A complexidade do caso e a série de eventos misteriosos que cercavam o Sanatório tornavam difícil determinar quem era realmente responsável.

"Jonhatan," começou Arles com seriedade, "vamos continuar investigando as informações que você nos forneceu. Mas, por enquanto, eu preciso me afastar e coordenar as próximas etapas da nossa investigação. Não saia daqui e esteja disponível para mais questionamentos quando necessário."

Jonhatan assentiu, compreendendo que sua situação ainda era precária. Enquanto Arles deixava a cela, Jonhatan sentiu uma sensação de isolamento crescer ao seu redor. Ele olhou ao redor, percebendo que estava sozinho na cela e que, dessa vez, não havia ninguém para compartilhar suas preocupações ou buscar consolo.

Uma voz no fundo da cabeça de Jonhatan tentou oferecer um vislumbre de esperança, lembrando-o de que ele era apenas um peão em um jogo muito maior e sinistro. Mas Jonhatan sabia que a busca pela verdade estava longe de terminar, e que ele estava no centro desse turbilhão de mistério e perigo.

 No apartamento de Emma, a noite caía silenciosa. Seu pai estava no banheiro, concentrado em sua barba enquanto o som suave da lâmina de barbear cortava o ar. O celular tocou e, com espuma no rosto, ele estendeu o braço para atender.

"Alô?" disse ele, com a voz levemente abafada pela espuma.

Do outro lado da linha, a voz de Emma soava desanimada. "Pai, é a Emma..."

Seu pai interrompeu o ato de barbear e ergueu uma sobrancelha, estranhando o tom de voz de sua filha. "O que foi, Emma? Aconteceu alguma coisa?"

Emma hesitou por um momento antes de responder, escolhendo suas palavras com cuidado. "Eu preciso fazer um trabalho de escola com uma amiga hoje à noite, e nós gostaríamos de fazer isso na casa dela. Posso dormir lá hoje?"

Houve uma pausa na ligação, e a resposta de seu pai pairou no ar. Emma sabia que ele tinha a resposta na ponta da língua, uma negação quase certa. Ela se sentia ansiosa e temia a reação dele.

Surpreendentemente, seu pai concordou. "Ok, Emma, você pode. Mas só para o trabalho da escola. Se descobrir que você está fazendo qualquer outra coisa, você vai ser castigada."

Uma frieza se infiltrou na voz de seu pai, fazendo com que Emma se sentisse desconfortável. Ela engoliu em seco, com medo de contrariar a decisão dele. "Entendi, pai."

No entanto, antes que Emma pudesse desligar, seu pai riu de repente, aliviando a tensão. "Ah, Emma, estou apenas brincando! Claro que você pode ir à casa da sua amiga. Só me ligue se precisar de alguma coisa, está bem?"

Emma riu sem graça, aliviada com a mudança repentina de atitude de seu pai. "Claro, pai. Obrigada!"

 A ligação terminou, e Emma desligou o celular, sentindo um misto de alívio e apreensão. Ela não podia deixar de pensar nas palavras frias que seu pai proferiu antes de fazer a brincadeira. Algo parecia errado, e Emma não tinha certeza do que estava acontecendo.

O pai de Emma continuava a fazer a barba, sua expressão refletida no espelho era fria e imperturbável. Ele estava completamente concentrado na tarefa, como se estivesse tentando bloquear qualquer pensamento ou distração.

Quando terminou de fazer a barba, ele saiu do banheiro e se sentou em uma poltrona na sala de estar. O silêncio do apartamento foi quebrado quando seu celular começou a tocar. Ele pegou o celular e, ao ver o nome no visor, uma expressão de irritação cruzou seu rosto.

Ele atendeu a ligação, sua voz contendo uma tensão evidente. "O que você quer?"

Do outro lado da linha, a voz respondeu, mas suas palavras eram inaudíveis para quem estava na sala. O pai de Emma franziu a testa, parecendo ainda mais irritado com o que estava ouvindo.

"Já disse que não quero mais saber de você!" ele exclamou, sua voz carregada de raiva. "Não me ligue mais!"

A ligação foi abruptamente encerrada, e o pai de Emma ficou ali, sentado na poltrona, sua expressão endurecida pela raiva e pela frustração que em poucos instantes mudaria novamente para o rosto frio e impassível, como se nada tivesse acontecido. Ele estava de volta à sua fachada imperturbável. Enquanto ele permanecia na poltrona, imerso em seus próprios pensamentos, o brilho da televisão agora refletia em seu rosto. O som suave da programação de fundo preenchia o ambiente, criando um contraste com a tensão anterior.

No grupo de amigos de Emma, a atmosfera era leve e descontraída enquanto eles caminhavam pelas ruas. Joey e Zoe estavam de mãos dadas, mostrando seu afeto um pelo outro, enquanto Franklin parecia ser o brincalhão do grupo, fazendo previsões meteorológicas sarcásticas.

"Eu digo, pessoal, em dez minutos, vai começar a chover!", brincou Franklin, lançando um olhar malicioso para Emma. "O pai de Emma disse sim para ela, então, vocês já sabem!"

Todos riram da piada de Franklin, incluindo Emma, embora seu sorriso parecesse um pouco forçado. Ela sabia que havia mentido para seu pai sobre o motivo de sair, e a culpa pesava sobre ela. Enquanto seus amigos zombavam da previsão fictícia de Franklin, ela se sentia cada vez mais distante das risadas.

Melissa, a rainha da diversão, apontou para uma sorveteria próxima. "Ei, pessoal, que tal uma parada para um sorvete? Vamos adoçar essa noite!"

Todos concordaram animadamente, e o grupo se dirigiu à sorveteria. Enquanto escolhiam seus sabores favoritos e compartilhavam histórias engraçadas, Emma tentava se envolver na conversa, mas sua mente estava ocupada com o segredo que estava escondendo.

Ela sabia que, mais cedo ou mais tarde, seu pai descobriria a verdade sobre sua saída e as mentiras que contou. A culpa a atormentava, e ela se perguntava como enfrentaria as consequências quando finalmente fosse confrontada com a realidade. Enquanto saboreava seu sorvete, uma sensação de apreensão crescente a acompanhava, lembrando-a de que suas ações tinham consequências, e o tempo para enfrentá-las estava se aproximando rapidamente.

Enquanto todos se divertiam na sorveteria, Melissa percebeu que Emma estava mais quieta do que o habitual. Ela conhecia a amiga o suficiente para notar a diferença em seus olhos, como se algo estivesse incomodando Emma profundamente. Melissa decidiu abordar discretamente a questão, inclinando-se para perto de Emma enquanto o resto do grupo ria e conversava sobre outros assuntos.

"Emma, você tá legal?" sussurrou Melissa, preocupada com a amiga.

Emma olhou para Melissa, seus olhos cheios de tristeza e preocupação. Ela hesitou por um momento antes de responder, sua voz também em um sussurro. "Melissa, meus problemas são... complexos. Eu nem acredito que você me entenderia, nem se um milhão de anos se passasse."

 Melissa tentou tranquilizá-la, colocando a mão suavemente sobre a de Emma. "Emma, você sabe que pode contar comigo, não importa o que seja. Você pode falar sobre qualquer coisa, especialmente sobre sua relação com seu pai. Às vezes, desabafar ajuda."

No entanto, Emma interrompeu, lágrimas começando a escorrer por seu rosto. "É muito maior do que isso, Melissa. É algo que não pode ser resolvido com uma simples conversa."

A angústia de Emma a envolveu, e antes que Melissa pudesse fazer mais perguntas, Emma se levantou abruptamente da mesa e correu para o banheiro. O resto do grupo notou a repentina mudança de comportamento de Emma e começou a fazer perguntas a Melissa sobre o que estava acontecendo.

Melissa suspirou, preocupada com a amiga. "Acho que algo a está incomodando profundamente, pessoal. Vou verificar se ela está bem. Talvez ela só precise de um tempo sozinha."

Enquanto Melissa se dirigia ao banheiro para verificar Emma, o resto do grupo trocou olhares preocupados, cientes de que algo sério estava acontecendo e esperando que Melissa pudesse ajudar a esclarecer a situação.

No banheiro da sorveteria, Emma soluçava enquanto seu telefone tocava insistentemente. Ela secou as lágrimas e atendeu, tentando disfarçar a tristeza em sua voz. Do outro lado da linha, a voz de seu pai soava diferente dessa vez, não era mais fria e autoritária, mas carregava uma tristeza palpável.

"Emma, querida, você está bem? Como está indo o trabalho?" perguntou ele, com um tom de voz desanimado.

Emma tentou conter o choro enquanto respondia. "Está tudo bem, pai. O trabalho está indo muito bem, na verdade. Acho que eu vou estar de volta antes do almoço amanhã."

Ao fundo da ligação, leves batidas e pequenos ruídos eram perceptíveis, mas Emma não os notou, tão envolvida em sua própria emoção.

 O pai de Emma continuou a conversa, com um tom mais triste e reflexivo do que antes. Ele começou a fazer perguntas sobre os labirintos, como se estivesse tentando entender algo que escapava de seu conhecimento. Com uma voz pesarosa, ele questionou se os labirintos eram uma invenção que ele não compreendia, algo que estava além de sua capacidade de entendimento como pai.

Ele começou a abrir seu coração, admitindo que talvez não tivesse sido um pai adequado para Emma quando ela mais precisava dele. Ele confessou que descontou em sua filha todo o ódio e amargura que sentia em relação a sua própria vida, seu negócio e seu casamento, tudo o que ele havia perdido de maneira tão dolorosa.

Emma ouvia as palavras de seu pai com lágrimas nos olhos. Ela não entendia completamente o que tudo isso significava, mas as palavras de seu pai a tocaram profundamente.

Seu pai concluiu a ligação com palavras que pareciam pesar toneladas em seu coração. "Eu sinto muito, querida... Por tudo... Mas saiba que eu sempre vou te amar."

Emma estava atônita e emocionada com as palavras de seu pai. Ela não entendia o que ele queria dizer com tudo aquilo, onde queria chegar, mas respondeu com sinceridade "Eu também te amo."

A ligação foi encerrada, deixando Emma com uma mistura de emoções e perguntas não respondidas. Ela se sentiu grata por seu pai finalmente expressar seu amor, mas também confusa sobre o que estava acontecendo nos bastidores de sua vida familiar.

Ao sair da cabine do banheiro, Emma encontrou Melissa esperando por ela, com uma expressão de preocupação. Melissa confessou que ouviu parte da conversa pelo telefone e, antes que ela pudesse dizer qualquer outra coisa, Emma a abraçou com força.

As lágrimas de Emma fluíram livremente, e ela se agarrou a Melissa como se fosse uma âncora em meio à tempestade emocional que estava passando.

A cena então muda para o apartamento, onde o pai de Emma, com lágrimas nos olhos e uma expressão de profunda tristeza, pegou sua espingarda do chão. Ele se levantou da poltrona, e se dirigiu a um quarto.