-houve uma época em que eu estava perdido mas alguém me resgatou.
-pegamos ele.
-me solta!
-quatro olhos, metido a sabichão.
-só por que os pais deles são conselheiros do colégio ele acha que pode sair por ai se achando.
-pivete metido.
-não sei do que estão falando!
-aposto que sem esses óculos você não enxerga não é. – pegando o óculos dele.
-ei me dê isso, não vejo nada sem eles! – tentando agarra-los.
-vai fazer o que então? – se afastando dele.
-eu vou...harrr – batendo a cabeça em uma estante. -har!
(Risadas)
-quatro olhos, quatros olhos sem óculos não enxerga nada.
-quatro olhos, quatros olhos sem óculos não enxerga nada.
-parem, parem com isso. – lágrimas começam a escorem por seu rosto.
-... – se levanta de uma cadeira atrás do balcão onde estava.
-vamos indo... – os três garotos saem correndo ao ver alguém se aproximar.
-não, meus óculos. – tentando acha-los no chão.
-Ei você, por que está chorando? – se aproximando do garoto.
-eu? – tentando ver algo.
-sim mas o que houve?
-uns garotos pegaram meus óculos e ... – sendo interrompido.
-quer ajudar? – sentindo a pessoa pegar em seu braço.
-... – sentindo ser levantando por aquela mulher.
-a propósito sou Luci, a bibliotecária, qual o seu nome?
-sou...Kamero Hijikata – pressionando os olhos para ver seu rosto.
Luci: -bom, vamos Kamero, temos que achar seus óculos – passando um lenço no rosto dele para enxugar sua lagrimas.
Kamero criança: -vamos...
Luci: -ei garotos, onde colocaram os óculos do Kamero? – vendo os meninos que faziam bullying no corredor da escola.
-despois daquilo eu passei a ir a biblioteca todo dia....e conseguir me livrar daqueles garotos graças a aquela senhora que me ajudou naquele dia e nunca mais me senti encurralado nas escola pois eu sabia que na biblioteca estava a salvo mas em casa...
Pai: -já é 3 óculos só essa semana Kamero. – sentado à mesa, jantando o que parece ser lagosta.
Kamero Criança: -me desculpem. – de cabaça baixa com um livro que tinha o titulo de Viagem de um homem pelo mundo de Silas Exo.
Mãe: -irei falar com o diretor Tomikita amanhã, tamanha disparidade não pode ocorrer com um Hijikata.
Pai: -Governanta, a partir de amanhã irá levar Kamero e atrase-lo todos os dias da escola até acharmos uma solução para esse disparate.
Governanta: -sim senhor.
-minha família os Hijikata são bem famosos em Tokyo; empresários, médicos, advogados, cientistas, engenheiros além de outros, todos da minha família tinha um alto status na sociedade e como eu faço parte, a pressão sobre mim começou desde cedo.
-filho de um advogado muito requisitado e de uma física renomada, eles me criaram para ser um Hijikata sobre fortes rotinas de aulas e cursos em casa, enquanto as outras crianças brincavam na rua, lá estava eu em casa estudando, as crianças ganhavam brinquedos de natal, eu...eu ganhava livros e roupas sociais, não que eu esteja reclamando mas eu era apenas uma criança.
Governanta: -Kamero...
Kamero: -oi Celi.
Governanta: -por que está acordado a essa hora?
Kamero: -estava pensando no que o pai falou.
Governanta: -seus pais as vezes são duros com você, mas não é por mal, eles são bem ocupados e você é o único filhos deles.
Kamero: -mas se eu não atender as expectativas deles? – com lagrimas escorrendo pelo rosto. -tenho medo que eu não seja como eles.
Governanta: -mesmo que você não se torne um advogado ou um físico, você é especial do seu jeito. – abraçando Kamero.
Kamero: -obrigado...
-meus pais trabalhavam quase que 24 horas por dia, erma raras as vezes que eu podia falar com eles além do jantar, que eles sempre insistiram que comecemos em família, pelo menos essa era a única atividade me família que eles não abriam mão, foi o que pensei.
Sala da Direção
Tomikita: -bom, Kamero se envolve em uma briga hoje na escola com os garotos que ele acusa de bullying.
Pai: -e vocês não fazem nada.
Mãe: -já alertei sobre isso muitas vezes nas reuniões dos conselheiros.
Tomikita: -isso é o que vocês dizem, os pais dos outros alunos estão entrando com um recuso para tira vocês do conselho pois alegam que vocês tem privilégios.
-nunca pensei que meu pai fosse fazer aquilo.
Pai: -iremos nos retirar do conselho e não enviaremos mais recursos a escola.
Tomikita: -o que?
Mãe: -a partir de hoje, os Hijikata não fazem mais parte do colégio público de Tokyo.
Tomikita: -por favor reconsiderem.
Pai: -está decidido, Kamero irá para um colégio interno.
Kamero: -...
-aquilo me pegou de surpresa, iria ser transferido para um colégio interno, me afastar da minha governanta e da bibliotecária que me ajudou, eu seria encurralado novamente.
Governanta: -tenha cuidado minha criança. – chorando.
Kamero: -eu volto logo... – na limousine.
Assim eu fui para o colégio interno para garotos de Tsukisada, mas lá não foi muito diferente da escola pública, continuei a sofrer bullying por conta do meu nome de família e sem poder ver meus pais ou a Celi durante um ano inteiro, pois a única vez que ia para casa era no natal...passei 6 anos naquele lugar, até que nas férias de verão do terceiro ano do ensino médio eu pude ir visitar meus pais na capital.
Pai: -como vai à escola Kamero?
Kamero: -vai bem, estamos nos encaminhando para as provas para a faculdade de Tokyo.
Mãe: -muito meu filho, já decidiu o que vai fazer?
Kamero: -sim.
Governanta: -...
Kamero: -professor.
-o silêncio tomou conta da sala de jantar, eu já esperava por isso, então olhei para eles e disse...
Kamero: -é isso que eu quero para minha vida.
Pai: -vá para o quarto.
Kamero: -eu sei que vocês queriam que eu...
Mae: -para o quarto agora.
Kamero: -ta... – subindo a escadaria da mansão.
Governanta: -então você decidiu... – chegando na porta do quarto e ver ele cobrindo o pescoço mas percebe algumas marcas.
Kamero: -sim, Celi... – olhando para ela. -eu quero ser professor.
Governanta: -admiro sua força Kamero, você se tornou um homem.
Kamero: -você me ensinou os verdadeiros sentidos da vida, muito obrigado por tudo.
Governanta: -sou somente uma velha.
Kamero: -mas é a melhor de todas.
Eles se abraçam.
-na manhã seguinte eu e Celi fomos para o centro passear e comprar algumas coisas, meus pais tinham saído cedo e mal falara comigo.
Pai: -voltamos para o almoço.
-nunca almoçaram em casa, aquilo me assustou mas preferi curtir o momento.
Celi; -olha Kamero, lembra? A gente vinha aqui quando você tinha 3 anos. – uma lágrima escorre pelo rosto dela. -como o tempo passa rápido.
Kamero: -você como sempre sentimental – em uma loja de conveniências.
Governanta: -você me conhece.
-deu 300 Ienes, senhor.
Kamero: -ah, obrigado, fica com o troco. – pegando as sacolas.
-muito obrigado senhor.
-nessa hora tudo mudou...
Kamero: -uma nova experiência em VR, MMO: Isekia no RPG.
Governanta: -o que foi? – vendo ele olhar o vídeo game.
Kamero: -nada, vamos.
A noite logo após uma longa tarde de discussão com meus pais sobre minha faculdade, eu estava exausto de tanto debater sem êxito, meus pais não iriam aceitar minha escolha.
Governanta: -Kamero, está acordado?
Kamero: -Celi? – escondendo uma corda abaixo dos panos.
Governanta: -está tudo bem? – estranhando sua atitude.
Kamero: -sim. – limpando o rosto. -afinal eu já sabia que isso aconteceria.
Governanta: -me desculpe não poder ajudar.
Kamero: -você já fez muito por mim.
Governanta: -gostaria de fazer uma última coisa. – entregando uma caixa a ele.
Kamero: -o que é isso?
Governanta: -um presente.
-quando eu abrir a caixa era o vídeo game que eu havia visto na loja mais cedo.
Kamero: -Celi?
Governanta: -vi você olhando isso no centro, você nunca pode brincar como os outros meninos, achei que estava na hora de você se divertir e ter amigos.
Kamero: -amigos?...muito obrigado.
-naquela noite após ler todos os detalhes do jogo, eu coloque os óculos VR e emergir em um mundo de fantasia, onde eu começaria uma vida virtual em outro mundo.
-seja bem-vindo a MMO: isekai no RPG.
Kamero: -eu me darei bem aqui... – sorrindo.
-Depois de um dia inteiro de aventuras pelas dungeons eu fui a um lugar chamado de guilda, onde os jogadores podem comer e dormir e foi lá que eu conheci eles....
Yashina: -me solta Duskin.
Hytori: -solta ela agora, cara ou...
Kamero: "-que barulho" – observando eles.
Duskin: -ou o que?
Hytori se enfurece e com sua adaga em mãos ele tenta ataca-lo os outros amigos dele sacam suas espadas também mas alguém o impede de prosseguir.
Kamero: -não cometa esse erro meu caro.
Hytori: -me larga!
Yashina: -Hytori!
Duskin: -idiota, você é mesmo um ignorante, pirralho.
Yashina consegue soltar sua mão e olha com um olhar frio para Duskin e a garota que estava com ele.
Yashina: -eu não faço mais parte da sua guilda, por favor esqueça que eu existo.
Duskin: -você vai se arrepender disso garota. Vamos Melissa.
Com o rosto torcido ele sair enfurecido com aquilo junto da garota que ele chamou de Melissa e dos outros dois companheiros. pelo visto ele nutri algum sentimento por aquela garota.
Hytori que observava tudo ainda com sua mão presa pelo cara de cabelos brancos.
Kamero: -pronto. – soltando a mão de Hytori.
Hytori: -já estava na hora pensei que ia pedir minha mão em casamento de tanto que segurou ela.
Kamero: -você devia me agradecer, por pouco você não foi expulso do jogo por lutar com alguém dentro de uma cidade inicial como essa.
Hytori: -do que ta falando?
Yashina: -ele tem razão.
Hytori: -an?
Yashina: ninguém pode lutar contra outros jogadores pois é uma área neutra, uma cidade inicial, é proibido aqueles que fazem isso são expulsos do jogo para sempre.
Hytori: -é o que!
Gritou Hytori quando percebeu que ia acabar de vez com sua vida naquele mundo se tivesse feito.
Kamero: -acredito agora mal agradecido?
Hytori: -é, é...não espere um obrigado..
Kamero -já era de se esperar de alguém como você.
Hytori: -do que cê ta falando ai?
Kamero: -do seu jeito tosco.
Hytori: -repete de novo se homem.
Kamero: -jeito to...s..co!
Hytori -arrrrrr!
Os dois seguram as roupas um do outro, todos em volta observam aquilo.
Yashina: -ai, ai. Clarão! – criando uma forte luz.
Hytori: -que isso...
Kamero: -essa não.
Com um poder mágico Yashina emite uma luz forte diante deles que ofusca eles os deixando com os olhos doendo e momentaneamente cegos rolando no chão.
Hytori: -meus olhos!
Kamero: -meus olhos!
Os jogadores que observavam balançam a cabeça e voltam para o que estavam fazendo, depois de um tempo os dois melhoram.
Hytori: -você é maluca mulher? isso é golpe sujo.
Kamero: -seu dialeto é das cavernas realmente.
Hytori: -repete se for homem.
Kamero: -seu...
Yashina: -parem vocês dois, ou terei que usar minha magia de novo?
Hytori: -ain.
Kamero: -não precisa.
-aqueles dois de alguma forma me cativaram, em uma situação normal eu não me meteria em assuntos dos outros mas algo me disse para fazer aquilo e assim me juntei a eles, e logo depois Aysa, pela primeira vez tinha amigos da minha idade, aqueles 3 não sabem mas me salvaram do meu próprio mundo de escuridão, de um quatro olhos fui para Kamero o mago de gelo, membro da guilda Exo, o nome do meio de um grande escritor, que como nós, estava escrevendo sobre o futuro em um novo mundo.
A amizade tem o poder de salvar pessoas, ser menos apático e mais solidário com o próximo, as vêzes podemos salvar uma vida somente em entendê-la a mão e perguntar; quer ser meu amigo?
MMO: Isekai no RPG.