Sobre as aguas correntes do rio, o barco voador estava navegando em aguas rápidas e límpidas, as grandes cadeias de montanhas da alta Grideia deram lugar a baixos relevos, grandes áreas florestais, campos e planícies que ficam em volta do rio Xianoh levando vida para onde vai em seu percurso até o mar.
Hytori: -me explica de novo por que não estamos voando... – de bruços sobre a lateral do barco.
Ezek: -já é a segunda vez cabeça de pamonha. – navegando o barco. -estamos nos vales baixos, por aqui não se veem barcos voadores como esse e isso chamaria atenção de curiosos ou de gente que não queremos no nosso pé. – segurando o timão com mais força. -podem haver mais do clã Hamura por ai atrás de nós, não podemos vacilar.
Aysa -Só espero que Bennevide não esteja muito longe.
Kamero: -no ar ganharíamos mais terreno, mas pela agua temos que seguir o curso do rio, suas curvas, seus desvios. – sentando do convés.
Sarina: -parem de reclamar, já estamos mais perto do nosso objetivo. – apoiada em uma das cordas que seguram o mastro.
Yashina: -ela tem razão, depois de acharmos Madoka tudo muda e voltamos para nossa jornada. – escorada na cabine que dá acesso a cozinha.
O barco faz uma subida repentina no curso do rio e logo um imenso vale cheio de árvores tropicais são vistas.
Ezek: -chegamos... – com olhar sério.
Hytori: -hum... – pensativo.
Kamero: -por que todo esse "hum"? – olhando para Hytori.
Hytori: -só vejo palmeiras...
Kamero se levanta para olhar em volta.
Aysa: -tem certeza que chegamos?
Ezek: -sim.
Sarina: -mas onde está Bennevide?
Ezek: -isso tudo é Bennevide.
A áreas que eles se encontram possui uma grande área florestal com um uma árvore gigantesca no centro dela ao longe.
Yashina: -ótimo, Bennevide é um vale enorme.
Kamero: -pensei que Bennevide era uma cidade.
Ezek: -Madoka veio para cá para se esconder, ela não iria para um cidade para isso. – guiando o barco até um porto próximo dali.
Kamero: -faz sentindo. – com a mão no queixo.
Hytori: -como vamos encontrar essa mulher no meio de tudo isso?
A longe dali em uma espécie de aldeia com várias cabanas de palha, alguém adentra uma delas rumo a um dos quatro quartos disponíveis.
-senhorita, senhorita, estão lhe esperando! – uma criança fala.
-estou pronta... – uma mulher usando o que parece ser um monóculos, vestindo roupas pretas com um casaco azul e um branco, cabelos curtos meio loiros surge na porta do quarto, portando consigo vários adereços de coloração diversa. -vamos começar.
No porto Ezek conversa com um menino após atraca seu cruzador na beirada do rio.
Ezek: -muito cuidado com meu barco garoto. – lhe entregando algumas moedas.
-sim senhor. – um garoto filho do dono do porto recebe o dinheiro.
Ezek: -pois bem, escutem todos. – parado com o braços cruzados. -esse lugar é bem perigoso, conhecido por ter muitas bestas magicas por conta de ser... – sendo interrompido.
Hytori: -rico em mana. – satirizando a voz de Ezek. -já ouvimos isso um milhão de vezes.
Ezek: -mas dessa vez as bestas daqui são feras muito poderosas, algumas mortais, então tenham cuidado ao andar por entre as árvores, principalmente você cabeça de pamonha.
Hytori: -tudo só sobra pra mim. – dando de ombros.
Kamero: -bom agora que sabemos dos perigos da floresta, é melhor irmos ou perderemos muito da luz do dia.
Yashina: -vamos andar em duplas, com uma floresta tão densa não podemos nos dá o luxo de nos perdemos.
Sarina: -eu vou com o Hytori! – segurando o braço dele.
Aysa: -que novidade. – olhando para o Kamero. -eu vou com o Kamero!
Kamero: -e quem disse que quero ir contigo?
Aysa: -nossa Kamero, que mal. – fazendo cara de choro.
Ezek: -então está decidido. – seguindo pelo caminho que vai até a floresta. – vamos loirinha.
Yashina: -até você... – seguindo ele.
Hytori: -se deu mal Kamero kkk. – seguindo junto de Sarina.
Aysa: -estende o braço Kamero.
Kamero: -vai sonhando. – seguindo os outros.
Aysa: -que cavalheiro, depois fala do Hytori.
Kamero: -não misture as coisas! – com as mãos no bolso da calça.
Aysa: -adoooro quando você irritadinho. – indo logo atrás dele.
Kamero: -essa viajem vai ser longa... – fechando os olhos.
Depois de um tempo andando pela floresta eles param em uma lareira perto de um riacho onde podem se refrescar e descansar um pouco.
Hytori: -quanto tempo mais teremos que andar nesse calor?
Aysa: -realmente essa floresta faz muito calor.
Kamero: -o clima aqui é tropical por isso as palmeiras e esses coqueiros.
Sarina: -diferente das outras florestas por qual passamos. – pensativa.
Kamero: -mas isso quer dizer que os perigos aqui também são. – pegando um pouco de água do riacho. -em florestas tropicais há muitos insetos que podem portar toxinas mortais.
Hytori: -ta com medo de um insetinho Kamero?
Kamero: -só estou falando.
Hytori: -isso é o que sabe fazer.
Kamero: -depois diga que não avisei.
Hytori: -haha.
Yashina: -já chaga vocês dois. – se volta para Ezek. -para onde estamos indo? Estamos andando por aqui a horas rumo a não sei o que.
Ezek: -então você percebeu. – se levantando da pedra onde estava sentando. -aquela árvore no centro da floresta.
Aysa: -o que tem ela?
Ezek: -existe uma aldeia envolta dela onde vivem os povos nativos dessa região.
Kamero: -Você acha que ela está lá? – se aproximando. -mas você mesmo disse que lá não ficaria em um ambiente de pessoas.
Ezek: -errado, eu disse que ela não ficaria em uma cidade grande.
Sarina: -e qual seria a diferença entre uma cidade e um vilarejo? Já que tem pessoas que podem reconhece-la.
Ezek: -ela pode estar com medo, se esconder, se privar do mundo mas ela nunca deixará de ser, a medica curandeira, Madoka Guren.
Yashina: -então ela...
Ezek: -sim, se há um lugar onde precisam de sua habilidade, elas estará lá.
Kamero: -é um começo, se ela for uma curandeira tão boa, todos saberão quem ela é nesse lugar.
Ezek: -exato.
Hytori: -quero saber é como vamos encontrar aquela árvore enorme no meio da floresta sendo que nem conseguimos ver nada a cima de nos.
Kamero: -simples, você sobe em uma dessas árvores com copa alta e olha a direção para nos.
Hytori: -porque que tem que ser eu?
Ezek: -votação, quem quer que o pamonha suba em uma dessa árvores levanta a mão.
Kamero, Ezek e Aysa levantam a mão.
Hytori: -há, deu empate.
Ezek: -quem disse?
Sarina também levanta a mão logo após s outros.
Hytori: -até você Sarina.
Sarina: -não resisti, rsrs. – contendo o riso.
Hytori: -só pode ser piada. – olhando para a altura da árvore. -eu não consigo ver nem o topo dessa coisa.
Kamero: -vai logo, mostra que é homem.
Hytori: -falou o anão que estava preso em uma geleira. – criando garras negras nas mãos para ajudar a subir na árvore. -lá vou eu então. – subindo pelo tronco da árvore até desaparecer da vista entra as folhas.
Yashina: -não acho isso uma boa ideia. – sem vê-lo.
Sarina: -você nunca acha nada uma boa ideia, há é, até acha, mas no final quase morremos! – se referindo a Gin.
Yashina: -o que você está insinuando? – olhando para ela.
Sarina: -para bom entendo meia palavra basta. – cruzando os braços
Chegando na copa da árvore Hytori avista a grande árvore no meio de Bennevide ao norte dali.
Hytori: -nossa. – admirado com aquele lugar. -a árvore está perto. – não ouvindo retorno. -pessoal?
Yashina: -o que você falou sua garota idiota?
Kamero: -Calma Yashina.
Sarina: -quem você ta chamando de idiota sua loira falsiane.
Ezek: -parem com isso vocês duas.
Yashina: -cansei de ser desrespeitada você! – criando um disco de luz e lançado contra Sarina.
Sarina desvia usando um sopro de vento que a levanta no ar a tempo.
Sarina: -o que pensa que está fazendo? – olhando para ela ao voltar para o chão.
O dico de luz que passou por Sarina atinge a árvore que Hytori está a atravessando assim cortando ela ao meio.
Aysa: -essa não... – vendo a árvore cortada.
Yashina: -Hytori! – a árvore começa a envergar.
Hytori: -aaaaaaaah! – tentando segurar em um galhos da árvore antes de ser arremessado para fora dela.
Kamero: -raio de gelo! – tentando congelar o tronco antes que ele vire totalmente contra o chão.
Sarina: -muito bem idiota. – correndo para cima da árvore.
Ezek: -temos que encontrar o Hytori.
Eles sobem no tronco caído da árvore a procura de Hytori.
Aysa: -nada aqui.
Kamero: -lá embaixo também não.
Ezek: -droga, ele não está abaixo dela também? – tentando localiza-lo.
Sarina: -Satisfeita? Yashina. – furiosa.
Yashina: -Hytori, para onde você foi? – aflita.
Depois de um rio de águas cristalinas que corta Bennevide, Hytori acorda após não conseguir se segurar na árvore onde estava e ser arremessado.
Hytori: -caramba, o que aconteceu? – passando a mão na parte da cabeça que ele levou a pancada no desabamento. -minha sorte que cai sobre algo macio. – afofando aquilo. -espera o que é isso? – olhando para baixo.
Ele estava sobre o que parecia ser um ninho de algo, com cores brancas com vermelho, aquilo era enorme, com certeza a criatura que fez esse lugar deveria ser muito grande.
Hytori: -essa não. – se levantando devagar. -com cuidado. – ouve um estalo. -droga.
O lugar onde estava sede junto com ele, o fazendo adentrar aquele ninho caindo sobre vários objetos ovais que se quebram com seu peso.
Hytori: -haar! – se chocando com o fundo. -que isso? – com algo pegajoso nas mãos.
De repente algo no fundo surge do local fazendo um som agudo que quase estoura os tímpanos de Hytori.
Hytori: -uma aranha gigante! – vendo o tamanho da criatura mostra suas presas. -aaaaaaaaaaaaaaah!
Do outro lado do rio perto de onde a árvore que caiu, Yashina e os outros ainda procuram por Hytori, Sarina se afasta para tentar achar rastros.
Yashina: -Hytori. – usando seus discos para cortar a vegetação.
Kamero: -como alguém pode sumir assim?
Ezek: -esse lugar é muito perigoso para alguém como ele ficar aqui. – vendo o ninho de aranhas.
Aysa: -olha que coisa mais fofinha. - vendo uma aranha se aproximar dela vindo do ninho.
Kamero: -cuidado com isso Aysa.
Aysa: -ela parece inofensiva. – pegando a pequena aranha nas mãos.
Ezek: -o que você está fazendo?
Aysa: -acho que foi amor à primeira vista. – fazendo carinho na aranha peluda.
5 homens pulando sobre as árvores se aproximam deles com zarabatanas.
Aysa: -o que é isso? – vendo as árvores se mexerem.
Kamero: -fiquem atentos. – percebe os homens nas árvores. -pessoal!
Yashina: -quem são eles?
Ezek: -nativos.
-pela ordem da grande árvore de MeiMei, vocês estão sendo presos.
Os homens disparam dardos contra eles sem da chance de se defenderem e todos acabam sendo atingidos e desmaiam.
-leve-os.
Sarina: -Hytori! – tentando acha-lo próximo ao rio. -o que? – vendo pegadas no chão argiloso. -tenho que contar isso aos outros. – ela se vira para retornar quando sente algo atingir seu pescoço. -mas que merda...é essa? – seu corpo fica sonolento. -quem... – cai desacordada.
-peguem ela.
Dentro de uma casa de palha, alguém acorda sobre um tapete feito de palha no chão.
Hytori: -há, onde eu estou? – vendo que estava em outro lugar. -há é... – ele se lembra do que houve no ninho da aranha.
Hytori: -aranha gigante! – vendo ela se aproximar com as presas a mostra. -impulso negro!
Hytori usando seu impulso consegue sair de dento do ninho antes de ser atacado pela aranha gigante.
Hytori: -essa foi por pouco. – ofegante. -agora onde é que eu to? – sentindo algo andar em suas costas em seguida uma picada. -essa não. – seu corpo começa a tremer e ele ver um a aranha pequena de pelagem branca pular de seu corpo. -droga. – desmaiando.
Depois de alguns minutos.
-mãe olha!
-o que foi?
-tem um garoto caído aqui.
-temos que ajuda-lo, rápido chame seu pai.
-levem ele para a senhoria, preciso verificar a queda da árvore.
Sendo carregado para um vilarejo.
-senhorita, senhorita, rápido tem algum que precisa de sua ajuda!
-o que aconteceu com ele?
-já o achamos assim.
-parece que foi picado por uma jungis. – vendo a picada em seu corpo. -tenho que começar agora ou ele morrera, traga ervas dakneias.
-sim senhorita! – correndo.
-vamos começar. – estendendo as mãos sobre ele. -que estranho, esse garoto...
A mulher começa os procedimentos em Hytori.
Hytori: -foi isso, aquela mulher. – voltando para o agora.
-vejo que já acordou. – entrando o quarto.
Hytori: -você me salvou?
-sim, mas foi graças aquela família que lhe encontrou a tempo. – sentando sobre um banco de madeira. -o que fazia no meio da floresta?
Hytori: -eu estava tentando localizar um árvore gingante e algo aconteceu e acabei sobre um ninho de aranhas. – passando a mão na cabeça.
-você tem um ferimento profundo na mente.
Hytori: -como sabe?
-eu sou uma curandeira muito poderosa meu caro. – olhando para ele. -aliás por que meu nome estava em sua mente. – imbuindo sua mão em uma coloração de cor lilás.
Hytori: -seu nome?
-sim, você esta aqui atrás de mim, não sei o porquê mas isso não irá muito longe. – indo contra ele com sua mão tentando acerta-lo
Hytori: -espera! – desviando ao rolar no chão. -então você é a Madoka?
-resposta errada. – indo para cima dele novamente.
La fora um barulho começa entre os nativos e chama a atenção da curandeira.
-o que está acontecendo? – parando seu ataque.
Hytori: -essa foi por pouco – sentindo uma dor.
-fiquei quieto, você ainda não está 100%. – saindo do quarto. -depois volta para falar sobre esse assunto.
Pouco antes os nativos chegaram a aldeia com o restante da Guilda exo que esta presa em cordas com efeito anti-magia.
Aysa: -me solta. – com as mãos amarradas.
Ezek: -o que pensam que estão fazendo? – vendo as lanças apontadas para eles.
-vocês veem derrubando as árvores e agora sofreram as consequências que o grande líder da árvore MeiMei ira dizer.
Aysa: -foi um acidente!
-não existe acidentes assim.
Kamero: -"veem derrubando", o que quer dizer com isso?
-você sabe muito bem.
Yashina: -foi eu que fiz aquilo, se tem que punir alguém serei eu.
Aysa: -Yashina, não.
-ela confessou, levem-na para o topo!
Sarina: -eu também ajudei.
-sabia que você também estava no meio.
Yashina: -o que ta fazendo?
Sarina: -nem pensar que deixarei você sair por cima.
-levem ela também.
Kamero: -esperem, nos derrubamos somente uma árvore.
-mentirosos, a semanas veem colocando fogo e derrubando nossas árvores.
Ezek: -se levarem elas, terão que levar todos nos.
-vocês acham que isso me intimida? – levantando sua lança de madeira. -levem todos!
Aysa: -não quero morrer desse jeito.
-que barulheira é essa? – a curandeira sai de dentro de uma das cabanas.
Ezek: -essa voz... – olhando para ela. -Madoka...
A mulher ao ouvir aquele nome olha para o anão e fica surpresa com aquilo.
-não.