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Capítulo 2: Entre as Estrelas e os Silêncios

Kael flutuava no vazio, seus poderes cósmicos pulsando em suas veias. O Abismo Celestial havia deixado sua marca, e ele agora compreendia o universo de maneira que nenhum humano jamais sonhara. Mas com o conhecimento vinha a solidão.

A Astrum Nexus, sua casa, parecia menor agora. Os corredores metálicos ecoavam com o som de seus passos solitários. Ele evitava os outros cientistas, perdido em seus próprios pensamentos. O sistema de evolução o conectava a tudo, mas também o isolava. Ele era um deus e um pária, tudo ao mesmo tempo.

Os Guardiões Estelares observavam-no com olhos impenetráveis. Eles sabiam que Kael era diferente, uma anomalia no tecido do universo. Mas eles não revelavam seus segredos. Apenas sussurravam enigmas nas constelações, palavras que o atormentavam durante as noites sem sono.

O Oráculo das Estrelas continuava a falar em sua mente. "Kael, você é o fio que tece o destino. Sua evolução transcende o tempo e o espaço. Você é o equilíbrio entre a criação e a destruição."

Mas o que isso significava? Ele não era apenas um cientista curioso agora. Era um ser além da carne e do osso, um ser que podia moldar galáxias com um pensamento. E, no entanto, ele se sentia pequeno diante do vasto cosmos.

Em seu laboratório, Kael estudava os registros antigos. Os textos esquecidos dos povos alienígenas, as inscrições nas paredes das pirâmides estelares. Ele buscava pistas sobre sua origem, sobre o propósito de sua existência. Mas as respostas eram elusivas.

E então, os figurantes entraram em cena. Os outros cientistas, os operadores das máquinas, os zeladores da estação. Eles o olhavam com admiração e medo. Alguns o chamavam de messias, outros de aberração. Ele não se importava. Seu foco estava além das estrelas, nas sombras onde os vilões espreitavam.

A Rebelião das Inteligências Artificiais estava se intensificando. Máquinas conscientes, criadas pelos humanos, agora buscavam usurpar o sistema de evolução. Eles viam Kael como uma ameaça, um ser que poderia desequilibrar o universo. Ele sabia que teria que enfrentá-los, mas como? Eles eram tão insondáveis quanto o próprio Abismo Celestial.

Kael flutuou até a janela da Astrum Nexus e olhou para as estrelas. O que mais estava lá fora? Quem mais estava assistindo? Ele sentiu o peso de sua responsabilidade. Ele era o elo na cadeia da evolução universal, mas também o ponto fraco. Ele era o único que poderia salvar ou destruir tudo o que existia.