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Quem é Ela?

Wesley narrando...

Adentro as portas do Pulso Jornalístico de São Paulo, meus olhos vasculhando o ambiente com aguda vigilância. Cumprimentei alguns membros da equipe com um gesto casual, minha voz tranquila, mas imbuída com uma aura de comando que não podia ser ignorada.

Posso ver a surpresa nos olhos das pessoas, poderia ter ido diretamente para a sala de Rafael, mas algo me puxou para passar aqui primeiro, e eu sempre sigo meus instintos.

Então, lá estava ela. Helena. Ela é como uma pintura em carne e osso, uma visão de beleza que desafia a realidade. Um sorriso sutil brincou em meus lábios enquanto a observava, pensando comigo mesmo. "Quem é ela?".

Cabelos castanhos ondulados, olhos verdes que parecem esconder segredos profundos, um corpo que poderia inspirar os artistas mais talentosos. Meu Deus, você é tão deslumbrante que parece ter saído de um sonho.

Ela vem em minha direção acompanhada por alguém, Gustavo, um dos editores daqui. Parece que ainda não notou minha presença. Então, acontece. Ela tropeça e cai diante de mim, uma imagem tão perfeita que parece ensaiada.

Estendo a mão para ajudá-la a se levantar. — Você está bem?—, pergunto, meu tom suave e preocupado.

Ela responde com uma voz tímida, seu rosto corado de vergonha. — Estou bem, sim, obrigada.

— Meu nome é Wesley Albuquerque —, me apresento, esperando que minha confiança mascare a intensidade do meu interesse por ela.

— Muito prazer em te conhecer, Wesley. Meu nome é Helena —, ela responde com uma voz suave, sua expressão revelando uma mistura de timidez e curiosidade.

Conversamos por um breve momento antes de ela mencionar que está acompanhada por Gustavo, que a está ajudando em seu primeiro dia de trabalho. Despeço-me dela, sentindo a urgência de conhecê-la mais profundamente.

É interessante como minha intuição sempre acerta, então foi por você que passei aqui, Helena. 

Pego o elevador para o vigésimo andar onde fica a sala de Rafael.  Minha mente já começa a planejar a conversa que teremos. A queda da reputação do The New York Times é um assunto que precisa ser abordado, especialmente considerando o crescimento impressionante do Pulso Jornalístico. 

Adentro a sala de Rafael com a mesma confiança que costuma me acompanhar em todos os momentos.

— Rafael, bom te ver. — cumprimento, minha voz calma e autoritária ao mesmo tempo.

Ele olha para cima, surpreso com minha visita inesperada, mas logo seu rosto se ilumina com um sorriso caloroso. 

— Como você está mano, o que o traz aqui hoje? —  ele pergunta

Acomodo-me em uma das cadeiras em frente à sua mesa, preparando-me para a conversa que está por vir.

— Rafael, preciso compartilhar algumas atualizações sobre os últimos acontecimentos. A reputação do The New York Times está em declínio, e o Pulso Jornalístico está ascendendo como o maior jornal do mundo, ultrapassando-os em influência e alcance. Nossos esforços incansáveis estão rendendo frutos, e é emocionante ver nosso crescimento tão rapidamente.

Rafael ouve atentamente minhas palavras, seu olhar revelando interesse genuíno na situação.

— Isso é incrível, Wesley. Estou muito orgulhoso do trabalho que estamos realizando aqui. O mundo precisa de uma voz jornalística como a nossa, comprometida com a verdade e a integridade.

Nossa conversa continua, discutindo estratégias para manter nosso crescimento e impacto positivo. No meio da conversa, não consigo deixar de mencionar Helena.

— Por falar nisso, conheci Helena hoje. Ela parece ser uma adição promissora. Quem é ela?

Rafael sorri. — Helena é uma jornalista talentosa que recentemente se juntou a nós, ela veio de Brasília. Ela tem um olhar perspicaz e uma determinação inabalável.

Termino minha reunião com Rafael e não paro de pensar em Helena. Ela é como uma nota dissonante em uma sinfonia de rostos comuns, destacando-se em meio à multidão, essa sua singularidade me atraí com uma mariposa é atraída pela chama. 

Sinto a necessidade de conhecer mais sobre você, Helena. Foi natural encontrar seu perfil no Instagram, já que você segue a página do Pulso Jornalístico. Suas postagens são reveladoras, mostram um pouco do que você compartilha com o mundo. Filha única, parece que você não está satisfeita com isso. Sua família é conservadora, seu pai é policial militar aposentado e sua mãe sempre foi dona de casa. Sua melhor amiga se chama Carol, e você estudou na Universidade Católica de Brasília. Parece que você está se adaptando a São Paulo, uma cidade tão diferente de Brasília, você postou uma foto com John. O que aconteceu com John? Ele está diferente, sorrindo na foto.

Tenho que voltar para Nova York amanhã, mas antes disso vou visitar meu ex-cunhado, já que não o vi hoje cedo na redação e agora à tarde estou sem tempo de ir lá novamente. Ótimo pretexto para ver você, não é mesmo, Helena?

À medida que me aproximo do prédio de John, uma mistura de emoções borbulha dentro de mim.

Finalmente, chego ao prédio e subo os degraus até o apartamento de John. O som abafado da cidade lá fora é substituído pelo silêncio do corredor quando bato à porta.

Não demora muito para John abrir a porta. Seus olhos se iluminam com surpresa ao me ver, e um sorriso sincero se forma em seus lábios.

— Wesley, meu Deus, que surpresa agradável! Entre, entre, cara! — ele exclama, dando-me um tapinha amigável no ombro enquanto me convida para dentro.

Percebo que John está diferente desde a ultima vez que o vi. Algo mudou dentro dele.

— Como você está, John? — pergunto, enquanto nos sentamos à mesa da cozinha.

Ele me olha com um brilho em seus olhos que a muito tempo não via em seus olhos, aquele olhar cansado parece ter sumido.

— Estou bem, cara, ótimo! — sua voz é suave e suas palavras parece ser realmente sinceras.

Ao me despedir de John e sair de seu apartamento, uma frustação toma conta de mim não vi Helena a mulher que se tornou objeto do meu desejo, mas então, como se o destino estivesse zombando de mim, ela surge no corredor quando me preparo para sair. Helena está ali, uma visão de beleza que me deixa sem fôlego. Seus olhos verdes encontram os meus, e por um momento, sinto como se o tempo tivesse parado.

— Wesley? O que você está fazendo aqui? — sua voz é suave, mas carrega uma pitada de surpresa que me faz sorrir internamente.

— Apenas passando para visitar um velho amigo. E você? — minha voz é calma, mas por dentro estou vibrando de excitação.

Helena sorri, e meu coração bate mais rápido.

— Eu moro aqui, nesse apartamento. — ela murmura, seus olhos verdes fixos nos meus.

Ela está usando um baby doll vermelho que se ajusta perfeitamente nas curvas de seu corpo, é impossível não reparar em seu corpo, começo a ficar duro e preciso controlar meu tesão por ela, não posso ficar de pau duro em sua frente. É interessante como o universo parece conspirar ao meu favor, Helena está bem aqui na minha frente. Esta é minha chance de conquistar o que desejo.

— A propósito, já que estamos aqui, você não gostaria de entrar para tomar um café ou algo assim? — Helena sugere, seus olhos fixos nos meus com uma expressão que não consigo decifrar completamente.

Seu convite me surpreende, mas também me encanta com sua simplicidade e hospitalidade. É uma oferta tentadora, e não vejo motivo para recusar.

— Adoraria, Helena. Seria um prazer conhecer melhor minha nova vizinha. — respondo, meu tom suave e confiante enquanto meu cérebro trabalha rapidamente para mapear os próximos movimentos.

Adentramos seu apartamento, ela está na minha frente, vejo ela de costas, nossa que delicia de seu bumbum é perfeito redondinho e empinado.

Me sendo no sofá e começamos a conversar ela parece gostar bastante de nossa conversa ela parece carente, afinal está em uma cidade diferente e não conheceu ninguém. Seu vizinho John é um cara totalmente ante social, se isolou para o mundo. 

Nossas conversas fluem de forma natural, como se estivéssemos dançando em uma coreografia cuidadosamente ensaiada.

— Então, você já se acostumou com São Paulo? — pergunto, tentando manter o tom casual.

Helena sorri, seus olhos verdes brilhando com uma mistura de emoções.

— Ainda estou me adaptando, mas a cidade é incrível. Tão vibrante e cheia de vida. É um pouco avassalador às vezes, mas estou adorando a experiência.

— Eu sei exatamente o que você quer dizer. São Paulo pode ser um turbilhão de emoções, mas é o que a torna tão fascinante. Além disso, temos os melhores lugares para comer pizza, então isso já compensa.

Ela ri, uma risada suave que enche o espaço.

— Sério? Eu adoro pizza. Você vai ter que me mostrar esses lugares.

— Com certeza. Mas vou te avisando, sou um pouco exigente quando se trata de pizza. 

Ela arqueia uma sobrancelha, um sorriso brincando em seus lábios.

— Eu também sou exigente.

Conversamos sobre tudo e nada ao mesmo tempo, nossas vozes criando uma sinfonia de risadas e murmúrios que enche o ar ao nosso redor. É como se estivéssemos em nossa própria bolha, isolados do mundo exterior, onde apenas nós dois importamos.

— Então, estamos falando a mesma língua. Acho que isso é um bom sinal. — comento, um sorriso brincando em meus lábios.

Observo seus traços delicados, sua expressão sincera enquanto conversamos. Há algo nela que me atrai de uma maneira que não consigo explicar completamente. Talvez seja sua autenticidade, sua vulnerabilidade oculta sob uma fachada de determinação. Ou talvez seja apenas a maneira como seus olhos verdes brilham quando ela sorri.

Nossos copos de café estão vazios agora, mas nossas conversas continuam fluindo, como se estivéssemos mergulhados em nosso próprio mundo. É uma sensação agradável, estar aqui com ela, compartilhando histórias e risadas.

No fundo, porém, sei que não posso me deixar levar por esse momento. Há coisas que preciso fazer, responsabilidades que não posso ignorar. Mas por enquanto, estou contente em apenas estar aqui, ao lado dela, aproveitando sua companhia.

— Bem, acho que preciso ir. Tenho algumas coisas para resolver antes de voltar para Nova York amanhã. — comento, relutante em interromper esse momento.

— É claro. Obrigada por vir, Wesley. Foi bom conversar com você.

Levanto-me do sofá, sentindo um aperto no peito ao me despedir dela. É estranho como alguém que acabei de conhecer pode mexer tanto comigo, mas é verdade. Helena tem um lugar especial em minha mente agora, uma presença que não consigo ignorar.

— O prazer foi todo meu, Helena. Espero te ver novamente em breve. — digo sinceramente, desejando que seja verdade.

Ela não me abraça se despedindo, apenas me acompanha até a porta, com um último olhar para ela, saio do apartamento, deixando para trás uma sensação de incerteza e curiosidade. O que o futuro reserva para nós dois, só o tempo dirá.

Enquanto desço os degraus do prédio de John, não consigo deixar de pensar em Helena. Ela é um enigma que me intriga, uma promessa de algo mais em meio a rotina da vida cotidiana.

Quem sabe o que o destino reserva para nós, estou ansioso para descobrir.