Princesa Shahnaz POV:
Volto apressada até a árvore e vejo as damas vindo ao meu encontro.
— Onde estava, Princesa? – Zena pergunta, genuinamente preocupada e depositando um cesto na grama.
— Admirando a paisagem, o que mais me é permitido fazer? – disfarço a minha euforia do encontro mentindo.
— Muitas coisas, não seja injusta. O grande Imperador sempre faz as suas vontades, afinal deixa Milady treinar como um homem e faz questão de lhe ensinar as artes da luta, além disso pode bordar, cerzir, cozinhar, dançar, cantar, tocar instrumentos, ler, passear pelo palácio, andar a cavalo, brincar com os animais... – Lila diz e eu a interrompo.
— Viver presa no palácio... – digo.
— Ainda às voltas com essa história de sair do palácio? – Pari pergunta.
— Sim, quero ter mais liberdade. – digo com veemência.
É verdade que o meu pai, apesar de ser rígido e muito austero com todos, até mesmo com meu irmão e a Imperatriz, minha mãe, é misericordioso e atencioso comigo, não sei bem ao certo o porquê de ter alcançado a sua benevolência, talvez porque temos muito mais do que a aparência em comum, mas o modo de reger o império, afinal concordo com muitos dos seus métodos e o apoio.
O grande Shahanshah faz questão de me ensinar as artes de como manejar a espada e o arco e flecha, porque acredita que mesmo uma mulher deve saber se defender, principalmente sendo uma futura Rainha ou Imperatriz, mas não me questione o motivo pelo qual ele não quer ensinar a grande esposa real ou suas demais filhas, ninguém jamais ousa inquirir o Imperador.
Enquanto é o mais liberal dos pais ao me ensinar uma arte dominada apenas por homens, é ao mesmo tempo rígido ao me trancar no interior do palácio em Persépolis, com a justificativa de me proteger de um ataque ou retaliação do inimigo, que podem atingir o que o Imperador tem de mais precioso, seus filhos, sua continuidade e o seu legado.
É certo que em ocasiões festivas saímos do palácio rumo às províncias, momento em que finalmente vemos nossos súditos e consigo reparar na imensa desigualdade em que vivem, enquanto temos fartura em nossos banquetes, diversos tecidos e roupas, adornos e joias, de tudo o povo carece, mesmo assim parecem felizes.
Esses passeios são situações mais raras, é verdade.
Os Imperadores Shahanshah e Vashti preferem oferecer grandes bailes e festas em seu grandioso palácio, que são sempre magníficos e elogiados por todos. Então todos os anos comemoramos as temporadas e colheitas, assim como realizamos as celebrações religiosas, sempre com muita abundância, fartura e beleza, ocasião onde podemos e devemos confraternizar toda a nobreza das demais províncias, vendo novas alianças se estabelecendo, intrigas crescendo em nosso meio, novos amores florescendo, inclusive os romances proibidos, a incessante guerra pelo poder e traições, situações que uma Princesa como eu não deve ver, mas o grande Imperador faz questão de me preparar para governar em seu lugar, mesmo que todos esperem que o Príncipe Mirza tome posse de tudo que pertence a ele.
— Não considero Mirza forte e impetuoso como você, Shahnaz. Vejo em ti as qualidades necessárias para uma governante, mesmo que não tenha nascido homem, isso não importa realmente e todos terão que aceitar a minha decisão. A treinarei e ensinarei tudo o que sei, serás ainda melhor do que seu pai e sua glória e esplendor infinitamente maiores do que o meu. – o Imperador faz questão de me dizer certa vez e dela nunca me esqueço.
— O que está pensando, Princesa? – Pari pergunta, me tirando de distração.
— Nada. – respondo e recosto sobre a sombra da árvore, pego um livro e começo a folhear sem muito interesse.
Meus pensamentos voam para aquele cavalheiro, Jahangir Azimi, de certo um conhecido do general, caso contrário não pediria para vê-lo. Serão aparentados?
Ora, Shahnaz, por que quer saber?
Me puno mentalmente por pensar em quem não devo, afinal é um homem bonito, simpático e jovem demais para ser casado.
Me aborreço por não conseguir tirar o cavalheiro dos meus pensamentos, deixo o livro de lado e decido ir cavalgar um pouco, mas para isso preciso voltar à minha alcova para trocar as minhas vestes e minhas damas me acompanham.
Voltamos ao interior do enorme palácio, subimos por sua imensa escadaria, atravessamos seus largos corredores, passamos por várias alcovas e câmaras até chegar na minha.
Adentramos, seguimos até a câmara de vestir e retiro o vestido que estou usando com certa urgência, enquanto vejo Pari ir até o grande armário que ocupa uma parede inteira, pega as minhas calças, Zena as botas e Lila segura a túnica e meu lenço, me ajudam a vestir toda a roupa e logo estou pronta, mantenho os cabelos soltos e escovados por baixo do véu. Saio de minha alcova e sigo direto novamente para o pátio, em direção ao estábulo.
Vejo meu cavalo sendo encilhado, monto e sigo cavalgando por um bom tempo, sinto o frescor da brisa soprando em meu rosto e balançando o meu véu o que me dá uma clara sensação de liberdade!
— Agora chega, Princesa, a Imperatriz lhe chama. – Lila me interrompe se pondo a minha frente.
Desmonto, enquanto ela segura as rédeas e entro apressadamente no palácio, fico sabendo que ela está no harém e vou ver imediatamente o que deseja.
— Vossa Majestade solicita a minha presença? – digo e faço uma vênia.
— Shahnaz, o que está a fazer? Como ousa caminhar pelo palácio sem suas vestes reais?
Suspiro porque sei que não devo responder à grande esposa real, apenas faço uma reverência e saio na companhia das minhas damas em direção a minha alcova para mais uma vez trocar de vestes e o faço apressadamente para retornar ao harém.
Mais uma vez diante da Imperatriz, pergunto se a minha presença é solicitada.
— Sim, quero lhe comunicar que vamos celebrar a vitória do Imperador com um grande baile daqui uma lua e convidaremos todos os nobres das províncias. – a Imperatriz diz.
— Entendido, Majestade. Tenho algum dever ou responsabilidade nessa celebração, além dos que cabem à família imperial? – pergunto.
— Apenas o de acatar as nossas ordens e a aliança que celebraremos. – a Imperatriz diz com firmeza.
O que ela quer dizer?
— Que seja feita conforme a vontade dos Imperadores. Posso me retirar? – peço.
— Nunca se esqueça de que é o orgulho do seu legado, Princesa Shahnaz. Pode ir. – ela diz.
— Não me esqueço, Majestade. – digo.
Mojgan, nossa mais antiga e importante serva, vem nos avisar que o banquete do jantar está servido.
Vashti pergunta pelo Imperador e fica sabendo que ele está em reunião na sala do trono e não quer ser incomodado por ninguém.
Então vamos jantar sozinhos e desfrutamos da refeição em silêncio, Mirza, a Imperatriz e eu, enquanto as demais esposas, concubinas e os outros filhos são servidos no salão secundário. Assim que terminamos, nos despedimos e nos recolhemos em nossas alcovas.
Observo com atenção ao meu redor, a grande porta dupla de madeira maciça e ouro, as paredes em tons bege decoradas e entalhadas com desenhos persas em dourado, a cúpula superior vermelha com desenhos entalhados em dourado, o grande vitral colorido que ocupa a parede toda da antessala, o tapete persa vermelho e bege estendido no meio do ambiente e sobre ele uma mesa e sobre ela uma toalha vermelha e dourada estendida, quatro grandes poltronas confortáveis e macias ao redor, um grande lustre de ouro acima.
Sigo pelo corredor e a decoração das paredes seguem o mesmo tom de bege e dourado com desenhos entalhados, vejo mais um grande vitral colorido que ocupa uma boa parte da parede e uma janela do outro lado, uma mesa com pergaminhos e penas, dois baús, poltronas macias e confortáveis vermelhas, tornando-se uma sala de leitura e descanso.
Continuo minha caminhada e chego na câmara de vestir e no quarto de banho, com portas de madeira maciça e fechadura de ouro, paredes de tons bege e com desenhos persas entalhados de ouro, cujas cúpulas vermelhas superiores também recebem desenhos entalhados em dourado, sendo que no primeiro há poltrona vermelha, grande armário que ocupa uma parede inteira e uma penteadeira com um banco. E no segundo uma grande tina para que o meu banho seja bem confortável.
Minha câmara de dormir é muito bonita e confortável, segue o mesmo padrão de decoração, as roupas de cama são bege, com detalhes vermelhos, com muitas almofadas e dossel. Há uma grande janela que me dá visão para o exterior do palácio, paisagem que gosto tanto de olhar nas noites frias como hoje.
Jahangir Azimi POV:
Retorno para o palácio a galope e com um sorriso de satisfação tão largo que todos podem ver à distância, afinal meu sonho de tantos anos acaba de se realizar, mesmo assim há um aperto em meu peito porque deixo para trás o que tenho de mais precioso e único.
Passo pelos guardas, que agora me cumprimentam e me deixam passar. Desmonto do cavalo assim que chego na área de treinamento e alojamento dos guerreiros.
Sou recebido por Baraz, o responsável pelo alojamento, que me diz onde devo deixar as minhas coisas e a cama que usarei, me mostra o quarto de banho e a cozinha.
— Está tendo um treinamento agora, vista seu uniforme e vá. – Baraz diz e eu obedeço.
Treinamos a tarde toda com o general Faridoon e somos dispensados para nos banhar, comer e descansar.
Converso com alguns dos guerreiros, que parecem satisfeitos em me ver e me respeitam, mesmo sendo um novato e me ensinam algumas coisas.
Deito e meus pensamentos se perdem no encontro desta tarde, quem deve ser a jovem e linda dama?
Me reprovo por ter reparado tão bem em suas feições delicadas, sua pele alva, seus olhos negros grandes e brilhantes, seus cabelos longos, lisos, pretos e esvoaçantes com o vento, podendo ser vistos mesmo sob o véu branco, seu rosto tão delicado, suas sobrancelhas tão bem desenhadas, nariz afilado e boca em um tom avermelhado...
Não Jahangir, não faça isso, não é respeitoso!
— Até as folhas aqui sabem o meu nome...
O que ela quer dizer com isso? Será uma serva importante para esse palácio? Será a esposa de alguém importante?
Sem conseguir tirá-la dos meus pensamentos, pego no sono.
O Narrador:
Shahanshah retorna para seus aposentos tarde da noite e manda seu leal servo Ashtad até Vashti para mandá-la escolher uma das suas concubinas para lhe distrair, não quer ter problemas em sua primeira noite no palácio.
Vashti está pronta, perfumada e esperando pelo Imperador e se frustra com o recado enviado por Asthad, mas cumpre a exigência de seu marido e escolhe Azar, uma mulher inofensiva, ao seu ver e tem que escutar reclamações de muitas outras e se justificar.
As disputas no harém são constantes.
Azar se arruma com a ajuda de Dara, eunuco chefe do palácio, recebe uma série de recomendações e vai ao encontro do Imperador.
Shahanshah tem a noite prazerosa que espera, Azar é quieta e satisfatória, o suficiente para essa noite, a dispensa logo ao amanhecer. Se arruma com a ajuda dos servos e segue para a sala do trono.
Convoca uma reunião de urgência com a nobreza.
Imperador Shahanshah recebe as sugestões de sessenta e quatro nomes dos quais sairão apenas dezoito que serão os sátrapas responsáveis pela coleta de impostos nas satrapias.
— Exijo que me tragam todas as informações sobre esses homens, quem são, como, em que condições e com quem vivem, sobre sua reputação e de sua família e a respeito de seu trabalho. E façam tudo isso agora mesmo! – o Imperador ordena e todos os seus nobres se agitam e impacientam e vão cumprir suas exigências pessoalmente, antes que ele perca a pouca paciência que tem.
Nesse meio tempo, Shahanshah estuda a viabilidade das estradas com os homens que serão responsáveis por iniciar as grandes obras e as construções das vias, debatem e discutem por horas até chegar em uma solução para o começo de tudo e sabem que o processo será bem longo e exaustivo.
Asthad vem avisar que a Imperatriz Vashti o convida para o banquete e deseja saber se pode contar com sua presença.
— Diga à grande esposa real que irei. – o Imperador diz e Asthad vai entregar o recado.
Shahanshah percebe que nem ao menos no desjejum esteve presente, mesmo assim não considera importante, visto que os assuntos do império se sobrepõem as questões e necessidades femininas.
Segue para o salão do banquete e vê sua família o esperando em silêncio, os cumprimenta e recebe uma breve reverência, aguarda que o alimento seja provado a atestado e então é servido, todos desfrutam da refeição e apenas Shahnaz se dirige ao Imperador para perguntar o motivo da saída intempestiva dos nobres e sua ausência na mesa.
— Não devemos comentar assuntos da sala do trono à mesa, Princesa. – a Imperatriz lhe dá uma bronca e recebe um olhar reprovador do Imperador.
— Você deve vir à sala do trono, Shahnaz. Estamos discutindo sobre a formação de Satrapias e a escolha dos Sátrapas, quero que aprenda. – Shahanshah diz.
— Com a Vossa permissão, irei. – a Princesa responde e Vashti a olha de maneira reprovadora.
— Com todo respeito, Majestade, mas Mirza é seu sucessor, ele deve aprender a governar, enquanto Shahnaz deve aprender a obedecer e ser submissa ao seu marido. – a Imperatriz diz.
— Vashti! A Princesa Shahnaz aprenderá a governar porque esse é o meu desejo e a minha decisão e ninguém há de se opor a isso. – o Imperador diz de modo áspero e todos se calam.
O banquete é encerrado quando Shahanshah sai da mesa e Mojgan organiza tudo com as outras servas.
Princesa Shahnaz POV:
Desperto com o movimento das minhas damas na minha alcova.
— Bom dia. Vamos, Princesa, seu banho está pronto. – Lila diz.
— Bom dia. Vamos. – digo e me espreguiço.
Sigo com elas para o quarto de banho, tiro minhas roupas de dormir e entro na tina, elas esfregam meu corpo e eu me deleito na água em temperatura tão agradável. Logo saio e me enxugo.
Pari e Zena pegam no meu armário o vestido rosa e me vestem, ele é justo na cintura, tem um cinturão bordado, mangas longas e largas, penteiam os meus cabelos e os deixam levemente presos e põe o véu da mesma cor do vestido sobre eles, nos meus pés as sapatilhas e as joias que toda a Princesa deve usar, brincos, anéis, pulseiras e colar.
Vamos ao salão do banquete para a primeira refeição do dia e não vejo o Imperador, imagino que esteja em conferência com seus nobres, a julgar pela expressão insatisfeita da grande esposa real. As esposas secundárias estão falantes e alegres hoje, mas Mirza e eu mantemos silêncio e quando terminamos, pedimos para nos retirar.
Devo ir para os meus compromissos, que hoje começam no harém, com uma aula de dança. Assim que adentro o ambiente, Dara faz uma reverência e se alegra em me ver, as mestras estão prontas e iniciam logo seus ensinamentos, dizendo que devo aprender a arte da sedução para prender o meu marido.
Faço movimentos lentos e sinuosos com o meu corpo, acompanhando com as mãos, mexendo os quadris, as mestras elogiam meu desempenho e finalmente me dispensam.
Mas Dara quer mais de mim, agora devo aprender os instrumentos.
Estou aprendendo a tocar tchang, que é a harpa e ney, um instrumento de sopro, ambos são muito difíceis e requerem muita atenção e habilidade, mas as mestras acreditam que estou me saindo bem.
— Agora, alteza, precisa cuidar de sua beleza, vamos. – Dara diz e chama outras mulheres.
Começam uma série de tratamentos comigo e só me dispensam quando Mojgan vem me salvar, dizendo que o banquete finalmente está pronto.
Desta vez o Imperador comparece ao banquete, decido perguntar o motivo de sua ausência e também a de seus nobres, o que a Imperatriz entende como uma clara provocação à ela, mas sou prontamente respondida, o que me deixa de certo curiosa para compreender o que consiste essas Satrapias e quem são os Sátrapas.
Uma breve discussão inicia entre meus pais, o que me faz sentir culpada.
É verdade que minha relação com a Imperatriz Vashti é crítica e a história é um pouco longa.
Os Imperadores se casaram por aliança, Vasthi é filha de Drayavahush e Haurvatat que reinavam em Hircânia, em troca de se manter no governo e de paz, deram sua filha, que veio para Persépolis, se tornou então a grande esposa real, mas ela não engravidava e o Imperador foi ficando aborrecido e por isso se casou novamente e de novo, deixando-a cada vez mais vulnerável e frágil diante do harém que estava aumentando com suas esposas e concubinas, os filhos estavam começando a vir, mas nenhum herdeiro vinha da Imperatriz. Ela estava se tornando amarga, mas após cinco anos do casamento conseguiu engravidar e deu à luz a uma menina, que nunca poderia ser herdeira do trono, fazendo com que ela me rejeitasse e me deixasse aos cuidados de Mojgan, que me criou como se fosse minha mãe, mas o Imperador sempre teve orgulho de mim, me ensinava tudo o que ele sabia e dizia que eu seria sim a sua sucessora e me prepararia para tal. Então um ano e meio depois veio a redenção para Vashti, o Príncipe Mirza, esse sim poderia e seria o herdeiro legítimo ao trono de Shahanshah, cuidado com todo zelo pela Imperatriz e com mimos até os dias de hoje.
Apesar de sua fragilidade, futilidade, ambição e carência, não vejo nada que possa ser admirado na Imperatriz, a não ser a sua incontestável beleza.
Após a refeição todos se retiram, agradeço a Mojgan e sigo para a sala do trono, a convite de Vossa Majestade.
O Narrador:
O Imperador segue para a sala do trono, se alegra ao ser avisado da presença de Shahnaz e permite sua entrada imediatamente, pede que permaneça ao seu lado e preste atenção em tudo o que sucederá.
Veem os nobres retornando apressados trazendo todas as informações exigidas por Shahanshah, os reverenciam e estão prontos para iniciar suas explanações sobre seus indicados, reunião que deve durar horas, relatando tudo o que o Imperador deseja ouvir para enfim decidir quais serão seus homens de confiança para gerir as dezoito Satrapias ou províncias.
O primeiro a ir diante do Imperador é Babak, já que é o conselheiro mais antigo e respeitado, lhe apresenta seus oito indicados, dos quais apenas três são realmente interessantes para Shahanshah.
Ebrahim, o contador real, se aproxima do Imperador e faz todo o seu relato, enfatizando a honestidade e dignidade dos seus escolhidos, mas o Imperador não se comove e escolhe apenas dois de seus indicados.
Assim segue com Omid, Sarod, Fravardin, Heydar, Payam e Sinbad, todos procuram apresentar todos os aspectos de seus escolhidos de forma a revelar a verdade sobre os fatos, uma vez que qualquer mentira dita ao Imperador, o infrator é imediatamente punido com a prisão.
A reunião dura longas horas, Shahanshah tem em mente os mais valorosos homens, de reputação ilibada e conhecida entre todos de seu povo, mas manda que todos venham pessoalmente porque quer vê-los, antes da escolha final.
E todos já estão avisados sobre a convocação do Imperador, por isso chegam em pouco tempo ao palácio em Persépolis, os guardas avisam que os sessenta e quatro estão à porta e pede permissão para entrar.
O Imperador permite a entrada, enquanto se ajeita em seu trono.