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O Vírus Zeit

O vírus que causou o colapso da civilização se originou de uma mutação genética em um vírus comum, que ocorreu em uma área remota da África. Os primeiros casos foram relatados em vilarejos isolados e não receberam atenção adequada, permitindo que o vírus se espalhasse silenciosamente. Quando os primeiros casos começaram a aparecer em centros urbanos, já era tarde demais. O vírus, altamente contagioso, espalhou-se rapidamente pelo mundo, especialmente durante grandes eventos como a Copa do Mundo de 2030, que reuniu milhões de pessoas de todo o mundo, espalhando com rapidez e velocidade o vírus pra todos os continentes. Os sintomas incluíam febre alta, dificuldade respiratória, olhos manchados e com as veias saltadas. O governo não conseguiu controlar a disseminação do vírus e a infraestrutura da sociedade caiu em ruínas, deixando os sobreviventes lutando pela sobrevivência em um mundo apocalíptico.

O vírus que causou a pandemia pós-Copa é um vírus altamente infeccioso que se espalha por partículas como de saliva ou sangue . O vírus atua rapidamente no organismo, penetrando nas células e alterando seu DNA. Ele se move rapidamente através do sistema nervoso, atacando os neurônios e alterando a química do cérebro.

O resultado é uma transformação total do comportamento humano. O vírus é capaz de controlar as funções básicas do cérebro, como o controle muscular, o que leva os infectados a perderem a coordenação e o equilíbrio. Eles também perdem a capacidade de raciocínio e, em vez disso, se tornam movidos por um desejo insaciável de consumir sangue e carne humana.

A única forma conhecida de matar um zumbi é destruindo o cérebro, já que o resto do corpo não é afetado pelo vírus.

Devido à grande quantidade de pessoas que viajaram para a Inglaterra para a Copa do Mundo de 2030, incluindo pessoas infectadas vindas da África, o vírus se espalhou rapidamente por toda a Europa e depois pelo mundo. Muitas pessoas foram infectadas sem saber e levaram o vírus para seus países de origem, fazendo com que a disseminação fosse ainda mais rápida.

Jobe, um jovem atacante de 22 anos, estava em êxtase enquanto comemorava a vitória da sua seleção, a Inglaterra, na Copa do Mundo de 2030 com seus colegas de equipe. Eles estavam viajando pelas ruas em um ônibus aberto, cumprimentando a multidão de fãs que comemoravam nas ruas.

De repente, um grito assustador ecoou pela multidão, e em segundos, as pessoas começaram a correr em todas as direções, gritando e tropeçando. O ônibus balançou violentamente enquanto tentava se esquivar da multidão em pânico.

Jobe sentiu o coração disparar em seu peito quando viu um bando de criaturas deformadas e inumanas correndo em direção ao ônibus. Ele imediatamente percebeu que algo muito ruim estava acontecendo. Jobe saltou do ônibus e correu em direção a um beco próximo, onde encontrou um sul-coreano chamado Daichi sendo perseguido e encurralado por um zumbi.

"Vamos sair daqui!", gritou Jobe enquanto lutava contra o zumbi. Ele percebeu que Daichi também era um jovem desesperado e querendo sobreviver. Juntos, eles correram pelas ruas em pânico, tentando encontrar um lugar seguro para se esconder.

"Como isso pode ter acontecido?!", perguntou Jobe, ofegante.

"Acho que o vírus foi trazido para cá por pessoas que vieram assistir à Copa do Mundo. A maioria delas era da África e pode ter trazido o vírus consigo, eu já tinha ouvido falar desse vírus no Twitter, mas achei que era só um boato ou uma história criada", respondeu Daichi bastante assustado e ofegante.

Jobe percebeu que eles não tinham tempo para ficar parados conversando. Eles continuaram correndo e, por fim, encontraram um edifício aparentemente evacuado e vazio onde se refugiaram.

Enquanto descansavam, Jobe se perguntou como eles poderiam sobreviver em um mundo tão hostil e perigoso. Ele sabia que a batalha para a sobrevivência seria longa e difícil, mas estava determinado a continuar lutando ao lado de seu novo amigo Daichi.

De repente, ouviram uma voz vindo de um rádio abandonado no chão. Era o comunicado de emergência do governo inglês, falando sobre o vírus mortal e o colapso da civilização. Jobe e Daichi se entre olharam, incrédulos.

"Que porra é essa? Como isso foi acontecer?", exclamou Jobe, incrédulo.

"Isso não pode ser real", respondeu Daichi, com os olhos arregalados.

O comunicado continuou, explicando que a maioria dos militares havia sido infectada durante o desfile da comemoração, e que o governo estava montando uma equipe especial para responder aos ataques de zumbi.

"Então o governo vai resolver tudo, certo? Vai mandar os caras armados para dar um jeito nessa merda", disse Jobe, esperançoso.

Mas antes que pudessem ouvir mais informações, a transmissão foi interrompida e o rádio ficou fora do ar.

"Que porra é essa? Eles não podem deixar a gente no escuro assim!", gritou Daichi, frustrado.

Depois de vasculhar alguns cômodos com cautela no edifício abandonado, Jobe e Daichi encontraram algumas facas de cozinha, dois rádios de comunicação, além de algumas cápsulas e remédios. Com o achado em mãos, os dois amigos se sentaram em um canto do prédio, conversando sobre o que deveriam fazer em seguida.

"Não podemos ficar parados aqui para sempre, cara. Precisamos de mais armas, mais comida e mais pessoas", disse Jobe, preocupado.

"Eu sei, mas onde vamos encontrar tudo isso? Não podemos simplesmente sair correndo pela cidade, especialmente quando não sabemos para onde ir", respondeu Daichi, visivelmente preocupado.

"O que talvez precisamos fazer é encontrar um lugar mais seguro. Algo como uma delegacia de polícia ou uma base militar, e eu acho que tem uma aqui perto... Lá teremos acesso a armas de verdade e talvez até possamos nos juntar a outros sobreviventes", sugeriu Jobe.

Daichi olhou para ele, hesitante. "Você acha que vale a pena o risco?"

Jobe assentiu. "É melhor do que ficar aqui e esperar a morte. Vamos nos mover enquanto ainda podemos."

Jobe olhou para a mochila de Daichi curioso e perguntou: "O que você tem aí na sua mochila?"

"Tenho meu notebook, celular e algumas coisas que eu uso no trabalho, e talvez possa ser útil pra alguma coisa", respondeu Daichi, enquanto colocava a mochila nas costas.

"Porra, você vai carregar tudo isso? Isso não é uma boa ideia", disse Jobe, olhando para a mochila de Daichi com preocupação.

"Eu preciso disso tudo para o meu trabalho, Jobe", respondeu Daichi, levantando as mãos em defesa. "E você, o que tem na sua mochila?"

"Eu só tenho algumas chaves, celular, documentos e roupas", disse Jobe, olhando para sua mochila vazia.

"Você não tem nada de útil aí dentro?", perguntou Daichi, surpreso.

"Não, eu não estava pensando em levar nada, e o resto das minhas coisas estavam dentro do ônibus", respondeu Jobe, encolhendo os ombros.

"Ok, então vamos lá", disse Daichi, liderando o caminho para fora do edifício abandonado.

Eles se moviam sorrateiramente pelas ruas desertas, sempre atrás dos carros estacionados e dos muros altos. Jobe e Daichi falavam sussurrando, tentando não atrair a atenção de nenhum zumbi que pudesse estar por perto.

Olha lá, mano, outro corpo no chão - sussurrou Daichi, apontando para um cadáver já em decomposição na calçada.

Jobe assentiu, olhando em volta com cautela.

É, a situação tá feia mesmo, sem contar esse cheiro podre. Mas não podemos desistir. Precisamos achar essa delegacia - respondeu Jobe.

Eles continuaram andando em silêncio, prestando atenção em cada som e movimento ao redor. As ruas estavam silenciosas, sem nenhum sinal de vida humana.

Essa rua tá limpa - sussurrou Jobe, olhando para a rua vazia à frente. - Vamos.

Eles atravessaram a rua sorrateiramente e continuaram andando em direção à delegacia. À medida que se aproximavam, perceberam que havia alguns zumbis vagando pela área.

Mano, tem uns zumbis ali na esquina - sussurrou Daichi, apontando para o grupo de criaturas cambaleantes.

Vamos nos esconder atrás desse muro e esperar eles passarem - disse Jobe, apontando para um muro alto ao lado deles.

Eles se esconderam atrás do muro, segurando as facas com firmeza, esperando que os zumbis passassem. Depois de alguns minutos tensos, eles finalmente se afastaram, seguindo em direção oposta.

Vamos - sussurrou Jobe, indicando a direção da delegacia.

Eles continuaram andando, espreitando de um lado para o outro, até que finalmente avistaram a delegacia. Estava cercada por barricadas improvisadas e guardada por alguns soldados em uniforme de combate.

Parece que estamos com sorte, mano - disse Daichi, com um suspiro de alívio.

Jobe assentiu, mas olhando para as barricadas e os soldados, tinha um mau pressentimento. Será que eles teriam algum tipo de ajuda ali dentro? Ou seriam apenas mais um grupo de sobreviventes lutando pela vida?

Eles se aproximaram com as facas ainda em mãos e os soldados os avistaram.

Ei, vocês estão bem? - perguntou um dos soldados.

Não estamos infectados - respondeu Jobe rapidamente. - Precisamos de ajuda porfavor, estamos sozinhos e não sabemos o que fazer, agora estamos procurando por suprimentos ou qualquer tipo de ajuda.

Desculpe, mas não temos mais nada para oferecer. A polícia limpou a delegacia, mas o governo nos mandou priorizar salvar a vida dos militares. Nossos veículos estão cheios - explicou o soldado.

Como assim? E a gente vai ficar aqui?, o que fazemos? - perguntou Daichi.

Vocês podem esperar na delegacia até recebermos novas instruções. Estaremos monitorando a área - sugeriu o soldado.

Isso é sério? Cara algo pode acontecer com a gente - Disse Jobe frustado.

Os soldados ignoraram e se afastaram e Jobe e Daichi seguiram para a delegacia. Chegando lá, eles viram que a polícia já havia limpado o lugar. Jobe verificou as salas em busca de suprimentos enquanto Daichi se sentou em uma cadeira.

E aí, achou algo? - perguntou Daichi.

Só encontrei algumas garrafas de água e alguns pacotes de comida das máquinas - respondeu Jobe. - Não é muito, mas pelo menos temos algo.

Certo. Acho que vamos ter que esperar aqui mesmo.

Eles se sentaram em cadeiras na sala de espera da delegacia, ouvindo o silêncio ensurdecedor da cidade. Daichi pegou seu notebook e começou a pesquisar sobre o ocorrido, enquanto Jobe vasculhava as gavetas procurando algo útil.

Jobe estava ansioso e inquieto, andando de um lado para o outro na recepção da delegacia.

"Mano, tenho certeza de que a polícia não entrou em todas as salas da delegacia, isso aqui tem quatro andares e tudo acabou de acontecer, não deu nem tempo de vasculhar tudo. Podemos encontrar equipamentos e armas aqui dentro", disse Jobe.

Daichi estava sentado em uma cadeira na recepção, tentando monitorar as câmeras de segurança da delegacia e da região. "Não sei, cara. Acho que é muito arriscado. Talvez seja melhor esperarmos aqui na recepção".

Jobe não estava convencido. "Cara, isso tudo acabou de acontecer. As autoridades não tiveram tempo de vasculhar cada sala. Além disso, temos que pensar em nossa sobrevivência, estamos sozinhos aqui, eu não sei onde estão meus amigos, a única companhia que eu tenho agora é você, e não sei até quando porque muita coisa pode acontecer. Precisamos encontrar mais equipamentos para nos protegermos".

Daichi suspirou, concordando. "Tudo bem, você tem razão. Vou ficar aqui na recepção e te darei cobertura pelo rádio e pelas câmeras, tenho dois rádios aqui na mochila, vamos usar pra manter contato. Mas tenha cuidado, cara".

Jobe concordou com a cabeça e pegou o rádio, e subiu as escadas rapidamente, pronto para explorar o prédio da delegacia em busca de mais recursos para ajudá-los a sobreviver.

Jobe subiu as escadas silenciosamente, procurando por qualquer sinal de vida, mas tudo que ele via era um cenário de terror. Ele chegou ao terceiro andar ainda em choque com o que viu e parou para recuperar o fôlego. Ele olhou para baixo e perguntou pelo rádio:

Jobe: Daichi, tá tudo bem aí em baixo?

Daichi: Tô procurando por comida. E aí, achou alguma coisa?

Jobe: Porra nenhuma! (quase gritando, mas sussurrando no rádio) A polícia limpou essa merda? Ainda tem um monte de gente morta arrastando pelos corredores, isso aqui tá com um cheiro podre!

Daichi: Calma, to indo aí. (desligando o rádio)

Jobe olhou em volta, nervoso. Ele podia ouvir os mortos-vivos se arrastando pelo chão, arranhando as portas. Ele deu alguns passos para frente, e viu um dos mortos-vivos se arrastando pelo chão. Ele gritou e acelerou o passo. O morto-vivo se virou para ele e tentou morde-lo. Jobe segurou a faca e a enfiou no crânio do morto-vivo, que caiu no chão.