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Capítulo 2: Pilares

Carlos decidiu colocar em prática um projeto que ele tinha em mente. Era algo incrível, e diga-se de passagem, bem complexo e interessante.

Adentrou no vazio, e concentrou toda sua vontade alí. Ele começou a buscar em sua memória coisas que para ele fizesse sentido e que o causava interesse. Ele tinha um vasto conhecimento de conceitos e também sabia criá-los habilmente, facilidade essa que trazia do seu mundo original. Lá ele era um menino introvertido, mas não anti-social. Tinha seus amigos e muitos hobbys até, e o seu preferido era e continua sendo escrever.

Ele se lembrou de muitas de suas histórias, e de muitas ideias que teve em sua realidade natal. Neste universo que agora criara, ele quis aplicar um dos conceitos que se lembrava: Causa primeiro, e causas segundas.

Um conceito bem interessante diga-se de passagem, que explora o fato de uma causa primeira de algo não está diretamente relacionada ao que acontece com outras coisas, dado um intermediário que é a causa segunda.

Para melhor compreensão, imagine a chuva: Pense que uma causa primeira, que aqui podemos chamar de divindade, criou a chuva. Uma vez criada, ele atribui a ela uma lógica, um sentido natural para ela, esse sentido natural que pode ser, condições atmosféricas, temperatura, umidade local, são então a causa segunda, ela não cria a chuva, mas é o meio por quais ela se torna possível. Então assim, a causa primeira não é aquela que fez diretamente com que a chuva ocorresse, ela a criou, e a deu uma lógica para isso.

Esse conceito o deixava fascinado, pois queria vê-lo em prática, e também para testar se seus conhecimentos estavam em ativa.

Então, criou no vazio dois pilares. Um dos pilares era de cor branca e emanava um brilho dourado, o outro por sua vez era de cor azul e emanava um brilho prateado. A esses pilares chamou de Colunas de Criação, e era a partir delas, e por elas, que ele criaria todo aquele universo, o qual já chamará Éon.

Com sua mão, Carlos, levantou os pilares, e um show de luzes e e cores começou a acontecer. Assim surgiu a luz que iluminaria Éon, e as cores com as quais Carlos pintará esse novo quadro.

Os pilares foram postos nas infinitas extremidades de Éon, onde somente Éon poderia chegar, afim de que os pilares, causas segundas da existência de tudo, não fossem afetados ou destruídos. Com a luz e as cores chamadas a ser, Carlos, agora, poderia prosseguir no processo de dar vida aquele mundo.