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Antes que ele pudesse terminar sua pergunta, o rosto dela ficou vermelho e ela se engasgou com o arroz. Ele passou calmamente uma tigela de caldo quente e acariciou suas costas tranquilamente enquanto ela tentava limpar sua garganta do arroz residual.
Ela teve que dar três goles no caldo antes de conseguir engolir sua comida com dificuldade. Ela olhou para Youyou, que parecia saber de alguma coisa.
Por que ele fez essa pergunta do nada? Ele detectou alguma coisa...?
Ele viu o quanto ela estava em pânico e se sentia indefesa e lhe deu um sorriso tranquilizador; ele não sabia de nada.
Ela bateu na testa em horrível realização!
Quando Youyou era bem mais novo, ele costumava lhe fazer essa pergunta. Ela tinha mentido para satisfazer sua curiosidade, mas ela não conseguia mais se lembrar do que tinha dito a ele naquela época.
Se a resposta dela fosse inconsistente com aquela de antes, e ele ainda se lembrasse do que ela tinha dito naquele tempo, ele descobriria que ela tinha mentido para ele!
Ela hesitou e decidiu mudar de assunto. "Ei, meu querido, vem aqui e dê uma massagem na mamãe. Estou toda dolorida de trabalhar o dia todo."
Ela viu ele lhe dar um olhar de desprezo.
Ela começou a suar frio. "Youyou, que tipo de olhar é esse?"
Ela se sentiu tão culpada.
Youyou suspirou e disse, "O que eu vou fazer com você?"
Ele se levantou, sentou ao lado dela e começou a massagear seus ombros. Ela suspirou furtivamente aliviada por ter conseguido sair da situação complicada.
Claro que ela não viu o olhar pensativo do seu precioso filho enquanto ele estava atrás dela.
Ele viu o olhar dela de desconfiança e perguntou gentilmente, "Eu te liguei de manhã, mas um tio atendeu a ligação, ao invés de você."
"O quê..." Ela ficou sem palavras.
Será que era aquele homem?
"Quem é esse tio?"
A voz inocente de Youyou só serviu para deixá-la nervosa.
Ela sondou cuidadosamente, "Esse tio te perguntou alguma coisa... tipo o seu nome, talvez?"
"Não! E mesmo que ele tivesse perguntado, eu não diria! Mamãe me instruiu a não dar meu nome a estranhos," ele respondeu com um bico.
"Youyou é um filho tão obediente!" Ela foi verdadeiramente consolada pela resposta do filho.
"Eu até pedi ao tio para aumentar seu salário!" ele acrescentou inocentemente e então lhe deu um sorriso cheio de dentes.
Seus olhos se encheram de lágrimas quando ela o perguntou, com voz rouca, "Youyou não vai deixar a mamãe, vai?"
Ele respondeu imediatamente, "Youyou nunca vai deixar a mamãe! Por que a mamãe fez uma pergunta dessas?"
"Se..." Ela tomou uma respiração profunda e então se decidiu a dizer, "Se um dia seu papai pedir para ficar com você..."
"Nunca! Eu sempre serei o Youyou da mamãe! Eu só amo a mamãe!" A confissão sincera da criança fez a mãe ir às lágrimas!
Ela o abraçou forte enquanto sua inquietação se dissipava.
Ninguém conseguiria tirar o Youyou dela!
Sentindo-se arrependida, ela olhou para ele e disse, "Youyou, mamãe nunca mais vai deixar você sozinho em casa de novo."
O rosto de Youyou corou de vergonha quando ela o apertou contra seu peito, mas ele continuou a acariciar suas costas tranquilamente.
Foi então que ele avistou o corte feio no canto da boca dela. Ele congelou e perguntou com uma carranca, "Mamãe, o que aconteceu com seus lábios?"
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