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Quotation Marks - Versão em português

Uma coleção com alguns poemas que eu escrevo ao longo do tempo, normalmente curtos, mas haverá um capitulo por dia. Os poemas que eu mais gostar vão ser postados como histórias independentes e vão ter uma continuação. ( essa história faz parte de outra chamada The voice of Silence que sai em novembro )

Quotation_Marks · Sejarah
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34 Chs

Letters in the Wind

Sinopse

Uma carta dentro de uma garrafa de vidro, levemente trincada, pergunte-me o motivo da exibição dessa carta, retire-a ou o laço vermelho para ver o que foi escrito departe-me com algo clássico e clichê, As cartas de um "náufrago" .

Subtítulo : Carta Incerta

Talvez uma ilha em algum lugar,

Para o ser humano que encontrar,

Penso em quem encontrará esta carta, caso esse alguém exista, talvez seja esquecido no vasto mar que tanto esconde e por vezes reproduz a agressão que lhe é destinada, como a natureza em si, indiferente e alheia a tudo.

A minha maneira isto será, ou seja, não perderei tempo comparando-me com outros ou relembrando fatos como estar completamente sozinho, por mais que já esteja fazendo isso, esses paradoxos me perseguem afinal de contas.

"Apresentando sua coloração com esplendor,refletindo-se em tal cena,o grandioso Sol saía…" Uma frase poética de um livro da gigantesca biblioteca deste local, este trecho representara um sentimento universal de contemplação do natural e de pura reflexão que sempre fora extremamente presente em mim, desde criança observava o grande espetáculo dos milhares de furos brancos e incandescentes que eram refletidos pelas águas cristalinas do extenso lago que cortara as planícies e montanhas trazendo vida por onde passava, além de ajudar a aumentar meus devaneios e espalhar a beleza celeste, por vezes parecia mais uma das formas que a realidade usava para me condenar lembrando-me do fato sufocante que sempre estaria acima de mim.

A Lua parecia uma enorme rolha que tampava todo aquele tecido que já havia se esquecido das estrelas, como uma prisão inescapável e que me causava uma certa sensação de impotência e melancolia mudando todo clima ao meu redor, por vezes acho isso incrível mas pedante e em outras afundo nos pensamentos, às vezes simplesmente ignoro e volto completamente ao normal como se nada houvesse acontecido, minhas opiniões sempre foram muito voláteis, por mas que mantivessem uma certa coerência, normalmente mínima.

"Destruídos, todos, só restou uma coisa

Uma gigantesca torre vermelha e branca,

Vazia e oca, milhões de furos,

Mas,

Por algum motivo, as antes nuvens azul-marinho como o céu,

Transformaram-se em alaranjadas, da borda ao meio,

Gradativamente,o Sol nascia,as flores morriam

Tudo estava belo como deveria,mas os animais não voltaram

Nunca mais se viu a Lua,eternamente no brilho

Brilho demais"

Há pouco tempo li este verso que reverberou por um longo tempo em minha mente, lembrava-me dá única pessoa que uma vez já conversei de verdade, meu único "amigo" de verdade ,nunca gostei de relacionar-me com os outros por motivos que frequentemente mudavam, longe de medos ou inseguranças banais, nunca fui deste tipo, ainda assim foi algo diferente com ele.

Sempre fui o melhor em tudo, aprendia "instantaneamente" e todos que conheciam-me consideravam uma blasfêmia se fosse chamado de acima da média, por mas que achasse isso tão ridículo quando o termo gênio, "por sorte" também nunca tenha sido conhecido ou comentado como alguém incomum, conseguia facilmente desviar a atenção.

Havia sido transferido para um novo colégio e me tornei vice-presidente do conselho estudantil mesmo estando no primeiro ano, nunca vi o tesoureiro ou a secretária, não faziam falta com alguém como ele no cargo de presidência, lembro-me da visão que tive na primeira vez que entrei ,ele sentado em uma mesa no centro da sala,com um pouco de olheiras em seus olhos azuis-celeste,seus cabelos loiros esvoaçados com a brisa que saía da janela,seu perfume tão doce que enchia o local,os adornos a ouro em sua roupa passados a gerações.

Parecia que ele sentia-se preso no fato de ser quem era,nunca havia me preocupado com nenhuma outra pessoa antes,mas,ele era diferente,fazia vários joguinhos para ver quem era mais inteligente num puro espírito de competição que agora percebo que na realidade era a forma que encontrei de deixá-lo mais feliz,eu não definia sua personalidade,não conseguia,mas,se fosse para expressar de uma forma plana e até errônea,seria "dúvida".

No final do último ano,ao som dos brilhantes e chamativos fogos de artifício,algo, talvez até esperado,e ao mesmo tempo não,um ato de comprovação dele,nunca pensei que poderia ser algo mútuo."Emocionado",uma palavra nunca usada para descrever-me,mas que agora servia perfeitamente,o momento clássico e romantizado nunca ocorrera,não éramos deste tipo,se tipos existirem.

Não tratei este momento como algo diferente que a mais banal das ações,por mais que inconscientemente não consiga fazer isso.Minhas folhas acabaram e restou-me somente agradecer pela atenção.

Espero que tenha gostado desta carta a minha maneira.

Victor del Angelo, 21 anos.

Se você gostou lembre-se de adicionar a biblioteca e se tiver alguma ideia de como eu poderia continuar comente pls ! Capítulo novo ( de alguma das minhas histórias ) toda segunda-feira às 23h.

Eu também publiquei essa história nesses sites :

https://www.spiritfanfiction.com/historia/cartas-ao-vento-17388720

https://www.wattpad.com/story/207547552-cartas-ao-vento

https://fanfiction.com.br/historia/789407/Cartas_ao_Vento/

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