Dante já estava naquele mundo mágico a aproximadamente 8 anos e seu entendimento supera em muito o do bruxo comum, mas isso não era tanto por ele ser um gênio o sistema de ensino e de conhecimento era falho e arcaico, o foco era lançar a magia decorando gestos e encantamentos muitas vezes deixando o entendimento do porquê completamente de lado, era como o antigo método de algumas escolas trouxas onde se aprendia a decorar resultados e tabuadas sem nunca entender as causas e consequências, desse modo a maioria dos bruxos ficavam eternamente preso a poucas dezenas de feitiços que decoraram em vida, e jamais poderiam entender os fundamentos e criar novos feitiços.
Os professores de Hogwarts deviam fazer literalmente magia com os conhecimentos e métodos de ensino que tinham, Dante estava curioso para entrar na famosa escola como aluno, ele era realmente bom em cura, transfiguração e magia da luz, tão bom que criou em pouco tempo uma nova linha de estudo seu livros, teorias e feitiços sobre as forças vitais o haviam garantido uma ordem de Merlin, mas ainda lhe faltava muito em outros campos e havia limites para se estudar sozinho mesmo para um gênio, só que para os itens mágicos e magia desse mundo ele tinha apenas 8 anos embora seu corpo tivesse fisicamente 11 e sua mente aproximadamente 34 anos, ele só deveria receber a carta de Hogwarts em aproximadamente 3 anos, esses pensamentos fizeram Dante pensar em com que idade ele se sentia.
Embora tivesse 34 anos de memórias, seu corpo temporariamente congelado aos 11 anos tinha grande peso, entre os hormônios e o desenvolvimento do seu cérebro Dante se pegou tendo atitudes muitas vezes infantis, seu paladar assim como gostos para séries e desenhos e livros tinham regredido, tais questões levaram Dante a cogitar se somos controlados por nossas memórias e experiências ou pelos nossos corpos e hormônios.
Cansado de estudar e ficar trancado em sua torre Dante resolve se aventurar um pouco, ele não era nenhum santinho, durante esses 8 anos no mundo mágico ele se envolveu em diversos conflitos de vida e morte e embora muito paciente e calmo uma vez tirado do sério ia a extremos a ponto de usar aqueles que o atacaram com intenção de matar em cobaias.
Dante pegou sua varinha ao canto da mesa de estudos e olhando para ela em sua mão pensou *" a algum tempo atrás eu consideraria hediondo usar humanos como cobaias, mas em algum ponto isso se tornou normal para mim o poder realmente pode corromper, devo tomar mais cuidado com minhas ações" *
Dante se pôs a frente de um grande espelho de corpo inteiro em seu quarto, embora tivesse um compro de 11 anos biologicamente falando era relativamente alto e bonito, ele tinha o hábito de praticar algumas lutas e esportes em sua vida passada, não que gostasse no começo Dante preferia muito mais seus livros a ficar suado e grudento, mas com o tempo ele se apegou a algumas lutas suas preferidas eram o judô e o boxe, mas seu esporte do coração era natação e esses hábitos se mantiveram isso fez com que Dante mesmo criança desenvolvesse músculos levemente definidos e ombros largos, ele chamava esse físico de físico de nadador, como um todo Dante achava seu novo corpo bonito embora ainda tivesse 11 anos já podia prever que não seria nada feio. Enquanto se olhava no espelho Dante voltou a atenção aos seus olhos eles eram laranja vivo quase ouro como seu cabelo, mas o principal era que eles eram fendados como o de um animal.
Dante estava se preparando para sair ele queria ir ao mercado bruxo hoje e também tinha planos de distribuí livros comida e brinquedos para crianças nos distritos mais pobres do mundo mágico, ao longo dos anos ele se aproximou de muitas comunidades do mundo mágico, sua pesquisa sobre forças vitais o levava muitas vezes a conversar com lobisomens, mestiços entre bruxos e outras raças e muitos dos seres mágicos inteligentes o que fez Dante desenvolver simpatia por esses seres que viviam a margem da sociedade bruxa, eles o lembravam de sua vida no orfanato e os anos na pobreza, por isso Dante sempre ia visitar locais relativamente perigosos como mercados negros bruxos e a famosa Knockturn Alley muitas crianças moravam la e Dante ficou conhecido por realizar atendimento de curandeiro gratuito e dar presentes a crianças que iriam ingressar em hogwarts como livros, varinhas e vestes novas, a escola tinha uma ajuda para crianças que necessitavam mas era o suficiente para comprar tudo de segunda mão, Dante já havia sido o garoto que ia a escola com roupas e livros velhos, ele não desejava aqueles olhares e julgamentos das outros para ninguém principalmente para uma criança de 11 anos que estava começando a estudar.
Então hoje como ele fazia a alguns anos dês que chegou a esse mundo ele iria ao Knockturn Alley distribuir material escolar e tratamento, mas antes ele tinha que cuidar de seus olhos e aparência, Dante normalmente apenas os escondia com as ilusões da máscara de prata, era muito mais fácil esconder que tentar justificar essa estranheza, mas naquele momento Dante percebeu que eles estavam diferentes como se fossem olhos de um felino a noite , quase brilhavam, Dante nem terminou de formular o pensamento ou tentar entender a estranheza em seus olhos quando sentiu eles começando a queimar como brasas e quase que ao mesmo tempo o braço onde estava gravado o brasão de Hogwarts se manifestou outro lado do brasão estava recebendo cor.
Dante não sabia nem se importava com isso naquele momento estava se debatendo e gritando de dor, o elfo Aldar e a fênix branca salaark atraídos pelos gritos de seus mestres tentaram ajudar mas não conseguiram nem conter os espasmos de Dante, seus olhos queimavam e a dor parecia seguir até seu cérebro dando a Dante a sensação de que iria realmente explodir, o'que fez Dante vomitar, tudo estava girando e a dor parecia infinita como se brasa em chamas fossem empurradas contra seu rosto, mas em um momentos tudo passou….
Dante se jogou no chão exausto, estava chorando de dor seus olhos ainda quentes e sua cabeça palpitando como um segundo coração ele estava com vontade de dormir uma semana como se nenhum sono no mundo pudesse ser o suficiente quando falou "esqueça eu não vou sair de casa hoje" e desmaiou.