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Revelações nas Profundezas

Enquanto o sol se erguia no horizonte, espalhando uma luz alaranjada sobre os becos sujos e as vielas apertadas da República Democrática de Kidonia, Kiros Leonidas despertava com um sentimento de inquietação. A dor de cabeça persistia, mas ele estava acostumado a ignorá-la. Levantou-se do colchão surrado e caminhou até a janela quebrada, observando os primeiros movimentos dos moradores da rua abaixo.

A vida na Kidonia era uma batalha diária pela sobrevivência. Desde que Karl Lin Marx assumira o poder, a situação havia piorado consideravelmente. A cada dia, mais pessoas eram despejadas de suas casas ou desapareciam nas mãos da polícia republicana. Kiros sabia que, cedo ou tarde, ele também seria um alvo.

Enquanto se preparava para mais um dia nas ruas da cidade, uma figura encapuzada se aproximou furtivamente da entrada do beco. Kiros endureceu, pronto para qualquer eventualidade. Mas, para sua surpresa, a figura ergueu o capuz e revelou ser uma jovem elfa, com longos cabelos prateados e olhos azuis brilhantes.

"Você é Kiros Leonidas?" A voz da elfa era suave, mas carregava um tom urgente.

"Quem quer saber?" Kiros respondeu, cauteloso.

"Aquele que procura respostas." A elfa se aproximou mais, revelando um pedaço de papel amassado. "Eu tenho uma mensagem para você."

Intrigado, Kiros pegou o papel e desdobrou. Nele, estava escrito em letras curvas: "Encontre-me nas profundezas. Não confie em ninguém."

Antes que Kiros pudesse questionar mais, a elfa se afastou rapidamente, desaparecendo entre as sombras da manhã. Ele examinou o bilhete mais uma vez, pensando no que fazer em seguida.

Horas depois, após evitar vários encontros perigosos com guardas republicanos nas ruas movimentadas da cidade, Kiros encontrou-se diante de uma entrada disfarçada em um beco sem saída. A entrada parecia levar a um sistema de túneis subterrâneos, obscuros e desconhecidos para a maioria dos habitantes da cidade.

"Será que devo confiar nisso?" Kiros murmurou para si mesmo. Mas algo dentro dele o impelia a prosseguir. Com um último olhar para trás, ele adentrou os túneis, guiado pela promessa de respostas e pela esperança de um futuro melhor.

Nos túneis escuros, o eco de seus passos era a única companhia. Kiros avançava cautelosamente, cada sombra parecendo ocultar segredos e perigos desconhecidos. Ele finalmente alcançou uma câmara subterrânea, iluminada por tochas rudimentares.

E ali, no centro da câmara, estava a elfa que o procurara mais cedo. Ela sorriu levemente ao vê-lo, mas havia uma tensão perceptível em seu olhar.

"Kiros Leonidas," ela começou, sua voz ecoando pelas paredes úmidas. "Eu sou Lyra, e estou aqui para revelar a verdade que você busca."

Kiros engoliu em seco, preparando-se para o que viria a seguir.